Seguindo em Frente escrita por Ahada


Capítulo 5
Hora de Treinar


Notas iniciais do capítulo

Como ninguém está lendo essa maravilhosa fic... /semata
Vou demorar um pouco pra escrever esse capítulo, porque pra mim, cada um tem que ter no mínimo 1.000 palavras.
Espero que gostem :3



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Melanie queria desmaiar ali mesmo. Todas esse tempo, quando ela ia na fazenda de seus tios, eles a mandavam cuidar da plantação e ela sempre tivera grande facilidade nisso. Ela vivia nos contando isso em momentos de raiva.

– De... Deme... -

– DEMÉTER, FIA! ACORDA! NEM É UM NOME TÃO DIFÍCIL! - gritou Marceline.

– Eu sei tá! - revidou Melanie. Ela se sentou em uma pedra com as mãos na cabeça como se fosse desmaiar a qualquer momento. - Só não consigo acreditar! - ela exclamou, baixinho.

– Um dia você irá entender o que aconteceu na sua vida. E eu virei pessoalmente aqui pra te ajudar.

A deusa desapareceu em um pequeno tufão verde e deixou aquele lugar com um perfume maravilhoso de flores.

– Todos esses anos... eu precisava de ajuda e ela nunca me deu um sinal...

– Mel, amiga, fica calma tá? - eu disse sem muito entusiasmo.

– Ela me desprezou como se eu nem existisse.

Oba, um monólogo interessante! Porque será que eu estava com uma sensação estranha de que a Melanie estava surtando?

– Por favor Mel, se acalma.

Ela se levantou da pedra e foi caminhando pesadamente de volta pros chalés.

– Ok. Agora quero respostas. Quem envenenou a Mel? - me virei pros garotos, mas eles pareciam pasmos demais pra responder.

– Eu vou falar com ela. - respondeu Austin, que saiu trotando que nem um louco.

– Vamos continuar a caminhada antes tranquila? - perguntou o Travis.

– Uh... Marceline, Stolls, porque vocês não vão na frente? Eu tenho umas coisinhas pra fazer antes.

– Ok. - responderam eles.

– Você não tem nenhum serviço pra mim, chefia? - Nico foi caminhando na minha direção.

– Ah, agora que você falou, eu tenho sim!

– Caçamba. - resmungou ele.

– Você vai me levar pra área de treinamento.

– Beleza. Me segue.

Parecia um caminho infinito até lá. Sinceramente, o guia turístico dele tá pior que o do Austin.

– Chegamos.

Era um lugar incrivelmente ENORME! Semideuses batalhando pra cá e pra lá, espadas voando e monstros surgindo do nada. Eu não tinha palavras pra descrever o que eu senti quando pisei ali.

– Então mocinha, sabe manejar uma espada?

– Ah, manda uma que eu te mostro como é que se faz.

– Hã... eu acho que não é uma boa ideia fazer isso. Você precisa de treinamento e...

– Vai ficar aí resmungando ou vai me ajudar a treinar?

– Você que manda, chefia. Peraí que eu já tô voltando.

Não fiquei plantada lá por muito tempo. Foi a conta dele pegar uma espada e proteção pra mim e pra ele. Colocamos o necessário e caminhamos até o centro da quadra e ficamos em posição de ataque.

– Já sabe o que fazer, certo?

– Com certeza, cara.

Avaçamos um em cima do outro. Toda vez que ele tentava me acertar, eu o bloqueava ou eu ficava fora do seu alcance e vice-e-versa. Mas ele era muito ágil e rápido. Tudo passou tão rápido pra mim... quando me dei conta, eu havia o tirado a espada e eu estava com a minha encostada na ponta de sua garganta, com ele ofegante de tanto lutar.

– Boa luta. - disse ele.

– Obrigada. - eu disse ofegante, e guardei minha espada. Quando olhei em volta, todos que estavam treinando pararam pra nos assistir.

– O que houve? - sussurei no ouvido do Nico. Ele corou e olhou pra mim.

– Hã, é que... bem...

– Porque está se enrolando todo? - tentei me fingir de boba, mas não deu muito certo.

– Você teve uma espécie de apagão interno né?

– Acho que foi isso. Pareceu que fiquei desligada do mundo por poucos segundos.

– Mas foram três minutos.

– O QUE? - gritei. Fiquei igual a um tomate de tão vermelha.

– É, isso já aconteceu comigo, depois eu aprendi a controlar. Mas a luta durou muito tempo, e teve uma hora que você tropeçou e caiu em cima de mim e se levantou fazendo uma espécie de cambalhota. - ele me olhou meio confuso.

– Ai meus deuses! Me desculpa, Nico. É que eu sou meio desajeitada com espadas. - no exato momento senti meu rosto queimar.

– Peraê. Isso quer dizer que você já usou espadas antes.

– Ah, você descobriu. - eu disse sem muito entusiasmo. - Eu já fiz esgrima.

Nico arregalou os olhos. Nós começamos a andar, e aos poucos os outros campistas foram se dispersando também.

– Então o papo da esgrima é sério?

– Sim. Pratiquei por 6 anos seguidos. Parei aos 12 quando sofri um acidente na perna esquerda, desde então eu não tenho muito controle em corridas.

– Hum... entendo. O que aconteceu?

– Ah, eu tinha uma inimiga lá na aula. Quando o professor fez nós duas lutarmos, ela trapaceou tirando aquela pequena borrachinha que tem nas pontas das espadas e fez um corte na minha perna.

– Doeu?

Eu olhei pra baixo e Nico seguiu meus olhos. Como eu estava com um short, ficou mais fácil de enxergar.

– Ai. - disse Nico.

Era uma cicatriz grande, embora ela seja bem clarinha.

– Eu tinha vergonha de usar shorts ou bermudas, mas agora sei que tem vários semideuses aqui que já passaram por situações piores.

– Pois é. Mas alguma coisa me diz que você fez mais do que simples anos de esgrima.

– Argh. - encostei as mãos na cabeça.

– Algum problema?

– Não - eu respirei fundo. - Eu fazia ginástica desde os três anos, já fiz hipismo desde os cinco e tentei fazer natação, mas fiquei seis meses porque acabei me afogando e meu pai me tirou de lá.

– Bem que você me disse que era desastrada.

Eu dei um soco no braço do Nico.

– Ai!

– Para seu bobo!

– Ah, quase que eu esqueci de te contar. Hoje à noite vai ter Captura de Bandeira.

– E o que é isso?

– Você vai ver.


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