Assassins Creed: Legion escrita por Light Angel


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal, desculpe ficar um pouco sumida, é que como estou de férias, resolvi descansar um pouquinho. Mas caprichei no cap 6 e espero que vocês gostem. Boa leitura a todos.



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Bianca Auditore não era mais a mesma pessoa de dois meses atrás. Ela havia amadurecido muito durante seu treinamento, e agora as suas idéias, poderiam finalmente ser colocadas em prática.

Em uma manhã maravilhosa do verão do ano de 2012, parecia perfeita para passeios em família ou lindos passeios românticos, mas a Assassina tinha outros planos em mente. Seu pai, Nico Auditore, estava em posse dos Templários, há dois meses.

Eles já sabiam da nova Assassina na Ordem, e por isso queriam que ela viesse ao encontro deles. Nico não significava nada para os Templários, apenas serviria de isca para quando Bianca chegasse e eles pudessem liquidá-la. 

Ela, claro também sabia disso, pois como Ezio, agora sabia de tudo sobre o inimigo. Ela contava com a ajuda (mesmo sem conhecer) da Ordem. Muitos eram como ela, descendentes de famílias poderosas que estavam na Ordem dos Assassinos. Um exemplo era os Médici. 

Bianca ouvira falar que eles eram grandes aliados da família Auditore, e um certo Médici estava ajudando ela mais do que nunca. Mas, ela ainda não o conhecia e provavelmente não iria conhecer tão cedo. 

Ela se concentrou em sua missão e provavelmente nos atos que iria cometer. Estava claro que era isso que ela escolhera, mas mesmo assim, estava apavorada. Tirar a vida de alguém era realmente algo assustador, mas como fora ensinada, ela não deveria sentir prazer algum em fazer isso. E tratar isso como apenas uma obrigação. 

Se apegando a esse pensamento, ela saiu da mansão Auditore pelos fundos. Agora, ela não poderia contar mais com a ajuda de ninguém, a não ser ela mesma. 

Ela foi até a garagem subterrânea, e com as chaves do blindado na mão, entrou no carro e deu a partida. 

Sinto falta do meu Camaro,ela pensou triste. Mas desde que ela foi embora de Summerlin High naquele dia, ela nunca mais o vira. 

Como o carro, deixara tudo para trás e sentia muita falta de sua vida e de seus amigos, principalmente de alguém em especial. 

- Jason - Ela murmurou em voz alta com lágrimas nos olhos. 

Um aperto enorme surgiu em seu coração quando ele invadiu seus pensamentos. Ela sentia tanta falta de Jason que doía, e principalmente dos últimos momentos que tiveram juntos. 

Ela prometeu a si mesma, que se depois de tudo isso, saísse viva iria ao encontro dele. Nem que se fosse por apenas alguns segundos.

Ela decidiu se concentrar na sua missão, e por isso ligou o GPS. Lá estava o caminho e o local aonde ela iria.

Respirando fundo, firmou o pé no acelerador e se dirigiu a sua primeira missão.

Bianca chegou no meio do deserto de Nevada. Ela não sabia onde estava exatamente, e aonde aquilo tudo iria dar. Na hora em que ela chegou ao seu destino, o navegador parou de funcionar e não dava sinais de que voltaria a ativa.

Frustrada, mas com muita cautela, ela saiu do Land Rover e ficou em pé olhando o... Nada.

- Tudo isso pra...Nada? -Ela gritou frustrada.

Arrependeu-se no mesmo instante, pois ela não poderia dar sinais de que estava lá, pois seria mais uma vantagem aos Templários. 

Droga,ela murmurou em sua mente.Não vejo a hora que tudo isso acabe. 

Ela começou a andar em volta, procurando alguma entrada escondida ou um milagre. Mas a areia branca e o Land Rover preto reluzente era tudo que ela tinha em seu campo de visão.

Quilômetros e quilômetros de areia rodeavam a Assassina, e ela começava a ficar apreensiva. Será que tinha ido mesmo ao lugar certo?

O navegador poderia ter quebrado e ela ficado perdida. E, enquanto isso, seu pai ainda estava em perigo.

Seu celular vibrou. Ela olhou o número, mas não estava sendo indentificado. Seu coração disparou.

Será ele?Ela pensou esperançosa.Já faz um tempinho que não o vejo, finalmente ele vai poder me ajudar!

Ela antendeu cheia de expectativa, mas não era o Assassino florentino no telefone. 

- Bianca Auditore? - Uma voz sem identificação falou. Era disfarçada eletronicamente. 

Ela respirou fundo.

- Sim? 

- Ah, que bom que podemos nos falar pessoalmente. - A voz deu uma risada e aquilo ficara terrivelmente assustador com a voz distorcida por microfones. - Você já me conhece. Embora nunca tenhamos nos falado pessoalmente, eu estou ajudando você há um certo tempo.

Ela entendeu imediatamente o recado.

- Ah! Você é o...

- Não precisa falar aos quatro ventos o meu nome, não é mesmo querida? - Ele disse impacientemente. - Se eu quisesse ser identificado ou reconhecido, não teria restrito meu telefone e disfarçado minha voz. Precisa tomar mais cuidado, menina.

- Desculpe. - Ela disse completamente envergonhada.

- Que não se repita da próxima vez. - A voz disse mais calma. - E, antes que você pergunte novamente, eu sou sim seu aliado e um membro da Ordem. Meu nome é Alec Médici.

Mas ela já sabia. O Médici que estava ajudando ela havia algum tempo. Mas nunca tinha conversado pessoalmente e ela queria saber o porque esse cara estava te ligando justo agora.

- Bom, chega de papo e vamos logo ao que interessa. - Ele continuou - Você não está sozinha nessa, como bem sabe. A Ordem também está fazendo seu trabalho. Neste momento, estamos com completa cobertura do local onde os Templários estão com seu pai.

- Os idiotas, é claro, não tem nem ideia dessa cobertura, apenas de que você está indo lá, resolvendo resgatar seupapai. E querem dar em você, o mesmo fim que eles deram em Katherine Auditore. 

- Por isso, menina, não estrague tudo. - Ele continuou com aquela voz metálica. - Volte ao Land Rover e de lá te darei mais instruções. 

A linha ficou muda e Bianca caminhou pesadamente até o carro e entrou. Assim que ela sentou no banco do motorista, o Navegador ligou, mas não era mapas que ele estava exibindo e sim o símbolo da Ordem. 

Com aquilo, a voz metálica voltou a ressoar nos auto falantes do Blindado. 

- Muito bem. Agora podemos conversar normalmente. Os Templários estão com os olhos até em sua alma, mas vamos enganar esses panacas direitinho. - Ele deu uma gargalhada e feriu os ouvidos da Assassina. - Por isso, eles não sabem com quem você está falando, pensam que é com o seu queridinho Ezio. E não sabem do que se trata, é impossível grampear a situação. Mas temos o total controle sobre eles, de forma que estamos vendo que estão bem intrigados em saber com quem você está conversando.

- Não fale nada, Bianca, só escute. Pois é a sua voz que irá estragar tudo. Ouça com atenção. O GPS não quebrou, apenas parou de funcionar na hora em que chegou ao seu destino.

- Muito bem, você está na fortaleza 43 dos Templários. Eles tem essas fortalezas por todo o mundo, e a sede dos Estados Unidos é em Las Vegas. Ou melhor, Nevada. - Ele parou um momento. Testando ela, provavelmente. Mas ela não se rendeu. Ficou quieta.

A voz metálica fez um ruído de aprovação. 

- Ótimo. - Ela aprovou. - Parece que já estamos nos entendendo. Ou melhor, você já está entendendo. Agora, ouça com atenção.

- A Ordem dos Assassinos está com cobertura completa na Fortaleza 43, sede dos Templários nos Estados Unidos da América. Temos completa cobertura com instalações de câmeras em todas as partes e neste momento estamos com total vigilância em Nico Auditore, detido no nível 27 do subsolo da Fortaleza.

- Em todos os níveis estão uma equipe de guardas altamente armados e prontos para qualquer tipo de combate. Você, Bianca Auditore, é esperada e os Templários querem uma recepção a sua altura. Em todas as Fortalezas, há um líder e estes líderes são os nossos conspiradores. 

- O líder da Fortaleza 43 é um rival descendente de uma família inteiramente rival da família Auditore. Agora irei lançar os dados deste líder: Seu nome é Henrique Florentine de' Pazzi. Descendente direito de Jacopo de' Pazzi, inimigo mortal da família Auditore. 

- Ele quer a sua morte, não só por você fazer parte da Ordem, mas também por ser descendente direta do homem que matou quase toda a sua família: Ezio Auditore. E, não é só a sua. É de toda a sua família. Ele matou a sua mãe, quando ela tentou impedir a sua morte, mas também irá matar seu pai, seus avós, seus primos todos que você ama. Mesmo não tendo o sobrenome Auditore.

Bianca gelara. Já era bem terrível que este desgraçado estava planejando matar sua família, mas não era só isso. Ele mataria todos que estavam a volta de Bianca, todos que ela amava. Kevin, Kayla...

Ela não pode conter um suspiro alto:Jason...

Ela precisava matar esse homem. Agora não era apenas vingança por esse canalha ter matado sua mãe, amedrontado seu pai e ameaçado a sua família. Era uma questão de honra. Ele queria destruir a vida de Bianca e matar quem ela mais amava. Ela não iria permitir. Desta vez, os Templários não iriam vencer.

Ela olhou firmemente para a frente e sua visão se tingiu de vermelho. Um ódio mortal correu o corpo da menina. Ela olhou para frente e agora a alma dela agora estava assassina.

- Muito bem, acho que ja sabe o que fazer não é mesmo? - A voz eletrônica de Alec despetara seus pensamentos.Sim,ela disse mentalmente.Eu sei.O ódio preencheu a mente da Assassina. Hoje, alguém iria morrer.

- Abra o porta-luvas. Aí, dentro há um plástico preto. Dentro dele, há um fone bluetooth. 

Ela viu um dispositivo pequeno, minúsculo, quase do tamanho de uma formiga. Não parecia nada com um fone bluetooth, mas ela o pegou. 

- Cuidado, agora, para não despertar atenção. Lembre-se: Mesmo que não seja possível, os Templários estão com total atenção em você agora. Finja que vai guardar alguma coisa aí dentro e discretamente tire o fone. Ah, uma pequena observação: Eles não podem me escutar, conseguimos deixar a ligação invisível. Mas podem te ouvir, portanto fique quieta. 

Ela obedeceu e pegou a primeira coisa que veio a sua mente. Um Cd's do qual estava guardado embaixo do banco: Um AC/DC clássico dos anos 80. 

Puxa, ela pensou enquanto pegava o cd e colocava dentro do saco plástico.Até que esses Assassinos tem um bom gosto e tanto.

Imediatamente o fone foi parar em seus dedos e ela retirou com muita descrição. 

- Agora, finja que vai coçar a cabeça. Isso mesmo, agora puxe o capuz, mas faça parecer que foi um acidente. 

Ela obedeceu e imediatamente o fone foi parar dentro de sua orelha direita.

A luz do Navegador desligou-se e agora uma voz diferente tomava a cabeça de Bianca. 

- Muito bem, Bianca. - A voz aprovava. - Agora, acho que posso conversar normalmente com você. Mas você, continue calada.

A voz era jovem, suave e muito diferente daquele ruído eletrônico. Era doce como mel e suave como um veludo. Era a voz real de Alec Médici.

- Agora, saia do carro, e faça uma expressão frustrada. Muito bem. Nossa, que cara de brava é essa?

Bianca conteu o impulso de rir e fez ainda mais uma carranca.

- Ótimo, Bianca. Agora, diga:Tudo isso para acabar no meio do Nada? Eu odeio isso aqui!E bata a porta do carro, com bastante força, por favor.

Ela obedeceu, desceu do carro e bateu a porta com violência.

-Tudo isso para acabar no meio do NADA? Eu ODEIO isso aqui! - Ela disse berrando frustrada. E, para enfatizar ainda mais, chutou um punhado de areia.

Alec riu da cena da Assassina.

- Olha, você está me impressionando hein? Mas, vamos parar de brincadeira e vamos ao trabalho. Construímos uma entrada secreta para a Fortaleza, que eles aparentemente não notaram. Mas se você for para lá normalmente, vão perceber.

- Por isso, vire quarenta e cinco graus a sua esquerda. Mas faça isso com raiva e comece a caminhar pesadamente. Ótimo, perfeito. Há um buraco camuflado a 30 passos de onde você está andando. Opa, 25 passos. Calma, Bianca, não precisa correr. Cubra o rosto com as mãos para eles pensarem que está tendo uma crise. 

- Isso mesmo. Agora, espere alguns minutos.

Passado cinco minutos da falsa crise de Bianca, Alec voltou a falar.

- Você deveria ser atriz, sabia? - Ele riu. - Mas agora, comece a caminhar mais devagar. Isso, agora você vai deixar se jogar para dentro desse buraco. Eles vão pensar que você caiu em uma toca de cobras, mas na verdade, é a nossa entrada. Boa sorte, voltaremos a nos falar na Fortaleza 43.

O fone ficou mudo. Ela continuou representando, achando tudo aquilo muito difícil, mas tinha que ser estritamente profissional. 

Ela continuou andando até que não sentiu mais seus pés no chão. Ela caíra. Bianca tentou evitar, mas um grito estrangulado escapou de sua garganta. O buraco era fundo, e ela pensava se era mesmo o certo. Poucos momentos depois, ela encontrou o chão. Mas, para a sua surpresa, ela caíra de pé. 

Ela nunca tivera medo de cair, e já caíra muitas vezes na ginástica, alturas não a intimidavam. Mas, isso foi terrivelmente assustador. Agora, ela queria saber porque estava de pé e não estatelada como uma panqueca.

Foi quando ela olhou para baixo e viu cabos presos em seus braços. 

Puxa, isso parece até sobrenatural. Se eles já eram inteligentes na época, imagina agora com essa tecnologia toda.

A voz de Alec voltou a ressoar em seus ouvidos:

- Ok, Bianca, agora você já pode falar. Já estamos completamente fora da vigilância dos Templários.

- Ok. - Ela respodneu cautelosamente.

- Que queda, hein? - Ele comentou rindo. - Ainda bem que instalamos esses cabos sensores de movimento. Eles se prendem ao objeto ainda no ar e amenizam a queda.

- Ah, bom saber disso.

- Bem, olhe a sua esquerda. Está vendo um corredor iluminado, com uma luz esverdeada e uma porta maciça de ferro no final?

- Sim.

- Pois bem, até aquela porta você estará segura. Depois dela, aí é com você, pois é território inimigo. Eles terão novamente a sua imagem e verão que está na Fortaleza. Por isso, prepare-se. A perseguição irá ser feia e rápida.

- Seus objetivos: Ir até o nível 27. Já estamos no subsolo, mas você terá que descer ainda mais. Eu vou continuar com você e te alertar das perseguições. Mas, a missão será sua. E, as consequências também.

- Resgate o seu pai e se possível, tente trazê-lo de volta a este nível. Os Templários não podem ver a porta, vão pensar que é algum tipo de bruxaria que você anda fazendo. - Ele gargalhou. - Como se eles não pensassem issoantes.

- Bem, quando trazer ele até aqui, cuidamos do resto. Mas, terá que voltar lá e terminar a sua missão, mas aí é escolha sua. Quer voltar e assassinar Henrique de'Pazzi?

Ela não precisou pensar duas vezes.

- Sim. 

- Pois bem, a partir daí estará em suas mãos. Assassina, vai ficar muito difícil para você depois, se você nos trouxer Nico Auditore. A luta vai ser feia, e você pode se machucar. Pode morrer. É a sua primeira vez, eles sabem. Mas não vão pegar leve.

- Estou ciente, Alec. - Ela falava pela primeira vez diretamente. - Eu sei. Posso morrer, meu pai pode morrer. O que é ainda pior. Mas eu não vou desistir. Minha lealdade com a Ordem é plena e meu amor por minha família é imenso. Ele vai pagar por ter matado minha mãe e por raptar meu pai.

Alec suspirou e pela primeira vez, pareceu ser intenso.

- Bianca, sei o que está passando, mas vingança não é aquilo que se mais preza na Ordem e sim o dever. Sim, ele deve ser morto, mas não por vingança. E sim por dever, com a Ordem e com o mundo.

Ela não concordava com isso, mas sabia que era o certo. Embora, o sentimento ainda não saísse de seu coração. 

- Vamos logo acabar com isso. - Ela suspirou.

- Você quem manda, Bianca. - Ela ouviu um sorriso na sua voz. - Siga para a porta e de lá, se prepare. Os Templários irão te seguir e te impedir. 

- Estou pronta. - Ela respondeu.

E estava mesmo. Bianca Auditore, Assassina da Ordem dos Assasinos seguiu para a porta e ela abriu silensiosamente. 

Assim que pisou o solo inimigo, sentiu mesmo antes de acontecer que estava em sérios apuros.

- Vire a sua direita e corra, Bianca. Você precisa descer e o elevador já foi impedido. Estamos no nível 12 do sublsolo. Terá que descer quinze andares abaixo. Eles já te viram e 500 soldados estão correndo na sua direção, altamente armados.

Ela arregalou os olhos e começou a correr. Se sentia como os espartanos lutando contra os persas. Sabia que era só uma contra 500, mas assim como Leônidas, sabia que podia vencer

Viu uma porta indicando - Nível 12 - e correu para ela. Começou ouvir passos das próximas portas e sabia que estavam correndo até ela. 

Ela desceu uns 3 níveis quando começou a ouvir passos na direção de onde estava descendo.

Ah, meu Deus, estou encurralada.

Ela abriu a porta do nível mais próximo - 16 - e se infiltrou em um laboratório altamente equipado. 

A Nasa teria inveja dessa tecnologia toda.

Os cientistas Templários que estavam trabalhando no nível, gritaram ao ver Bianca e imediatamente os guardas do local começaram a atirar na menina.

Ela, por incrível que pareça começou a desviar, como fora treinada. Mas, estava apavorada demais.

- Calma, Bianca - Alec ressoava em seus ouvidos. - Estamos monitorando tudo, a rouba é blindada, mas ainda assim tome cuidado.

Ela se preparou e começou a correr na direção dos homens.

A Assassina tomou conta de seu corpo e ela abriu as mãos e as metralhadoras surgiram. Não pensou duas vezes, e largou o gatilho e riu ao ver o sangue espirrar para todos os lados.

As armas eram muito potentes e valiam mais do que todas aquelas Glocks que os Templários estavam usando.

Até os tiros de raspão matavam, pois as balas continham veneno, como a lâmina retrátil de Ezio na Renascença, mas essas eram muito mais potentes.

Bianca se cansou das metralhadoras e recarregou as belezinhas com facas envenenadas.

Ela atirou com a mesma potência e as lâminas cortavam os corpos com tanta precisão e nitidez que ela soltou uma gargalhada de entusiasmo. Ela não sabia, mas sua alma já era de uma completa Assassina.

As lâminas rasgavam os corpos dos guardas e dos cientistas, lançando todos os tipos de órgãos no chão que se podia imaginar. Uma delas, atravessou o coração de um, e literalmente arrancou o coração do cara junto com a faca e prendeu na parede, uma poça de sangue se formando e o orgão pulsando, tentando reviver.

Outra atravessou os olhos de um guarda, fazendo as iris rolarem pelo chão e sangue jorrar dos buracos ocos. 

Mas antes que ele pudesse gritar, uma lâmina enterrou em sua garganta lançando para fora as cordas vocais e dando fim a sua vida.

Ela voltou as metralhadoras e terminou o serviço, deixando o local um completo circo de condimentos quimicos quebrados e corpos e órgãos espalhados por todo o local. 

- Caramba! - Alec gritou entusiasmando! - Nem Ezio fazia bagunça desse jeito. Isso é melhor que Jogos Mortais.

- Gostou, é? - Ela riu. - Nunca pensei que fosse tão divertido assim, embora eu não devesse exagerar tanto.

- Esqueça o exagero! Você me diverte demais!

Ela riu e seguiu para a porta. Agora, ela poderia dar conta.

- Muito bem, Bianca, você despistou os guardas, eles desceram direto. Mas os Templários viram o que aconteceu e vão informá-los. Portanto, corra e se puder, esconda novamente. E me entetenha, garota. Adoro ver você matando. É sensual demais.

Ela corou, mas abriu a porta e desceu como um raio.

Encontrou dois guardas de sentinela, mas metralhou suas cabeças (agora as metralhadoras minúsculas estavam silenciadas) e limpou o sangue que espirrara em seu rosto.

Ela quase escorregou quando pisou em pedaços do cérebro do guarda da direita.

ARGH! QUE NOJO!

Ela continuou descendo, e estava no nível 22, quando ouviu passos. Os guardas estavam subindo.

Ela abriu a porta do 22, e, felizmente aquela sala estava vazia.

Opa. Isso não era felicidade. Ela preparou as armas e ficou de sentinela.

Quando ouviu os passos dos guardas subindo acima, ela abriu a porta e desceu o mais rápido que podia.

Finalmente, chegou a porta do nível 27. 

- Bianca - A voz de Alec ressoava. - Tem feito um excelente trabalho. Se prepare. Muitos guardas estão atrás dessa porta e os que você despistou estão descendo novamente. Tome cuidado, e não mate o seu pai. As metralhadoras são rápidas, mas são voláteis também. Ele está preso atrás de uma porta, mas as balas atravessam as paredes. Faça o que fizer, não atire na parede sul. Boa sorte.

Ela abriu a porta e se deparou com o caos. 

Uma cela imensa feita de proporções metálicas se deparava a sua frente. Um corredor de aço seguia para uma única porta, aonde estava o nível de seu pai.

Ela nem precisou correr, guardas vieram a sua direção.

Armou as metralhadoras e sangue jorrava pra todos os lados. Os guardas nem tinham chance. 

Como duas coisinhas tão pequenas podem fazer tanto estrago?

Com um rugido ela pulou pra cima deles e virou no ar. Ao virar, ela atirava, atirava e atirava. O capuz baixou de e olhos azuis demoníacos surgiram no rosto da adolescente.

Com um rugido e um mortal pra cima, Bianca se contorceu inteira e imitando uma pirueta que fazia a ginástica, ela atirou perdidamente no futuro.

Ela começou a dançar um balé violento, e a medida que ela girava, corpos caiam sem vida e orgãos flutuavam no ar.

Assim que ela pousou no chão, os olhos maléficos da Assassina brilhavam no ar. Uma mensagem para os templários. Ela não seria vencida. 

Meses de rancor e ódio pela morte de sua mãe flutuaram em volta do coração da menina e agora que ela podia extravasar, era invencível. 

Ela chutou com violência um corpo na sua frente e abriu a porta. 

Mais guardas a esperavam. Mais sangue fora derramado minutos depois.

- Bianca Auditore - Alec assobiou. - Você é mesmo uma máquina de matar.

- Obrigada. - Ela limpou seus ferimentos, afinal também não tinha saído ilesa.

- Aquela é a porta de seu pai. Mas vá rápido. Eles estão vindo.

Ela correu até a porta e metralhou a fechadura. Encontrou o pai encolhido no canto, esperando pela morte.

- Pai! - Ela gritou e correu em seus braços.

- Bianca? - Ele gritou surpreso. E depois pegou a filha em seus braços. - Meu amor, por que veio? Eles vão te matar! Não posso perder você também, filhinha.

- Ah, papai. - Ela chorava. Agora tinha percebido o que tinha feito. Não era do feitio dela matar pessoas, e estava apavorada consigo mesma. - Temos que sair daqui, depressa. 

- Eu sei o que você é agora, filha. - Ele passou a mão no rosto de Bianca - Eu sei. Eu sempre soube. Eu tenho muito orgulho de você agora, Bianca Auditore. Você é a minha filhinha, mas sei que o seu dever é esse.

- Papai. - Ela murmurou. Ela queria que tudo isso acabasse, que voltasse a ser a mesma Bianca de antes, mas sabia que não podia.

Tinha um dever com a Ordem e era a escolhida. Não podia recusar.

- Vamos sair daqui. - Ela segurou sua mão e os dois correram.

Nico e Bianca eram muito parecidos, tanto na aparência quanto na personalidade. Ele era muito doce com ela e com a mãe, mas sempre fora agressivo, afinal era da linhagem Auditore.

Ele aprendeu tudo em segredo e um dia, esperava passar tudo isso a filha. Mas Ezio fez isso por ele. 

- Uau. - Ele murmurou ao ver a bagunça. - Você fez isso tudo?

- Treinamento - Ela explicou enquanto corria. 

- Ah, sim. Era isso que estava fazendo enquanto estive fora?

- Era. Embora de alguma forma, você e mamãe já tivessem me preparado. 

Nico riu. 

- É claro, princesa. Mas não queria que fosse tão cedo. - Ele suspirou.

- Nem eu. - Ela disse.

A voz de Alec voltou a aparecer.

- Cuidado agora, Bianca. Mais guardas estão a caminho e estes são os de elite dos Templários. 

- Ok. - Ela murmurou.

- O que? - Nico disse.

- Nada. Corre. Estamos sendo perseguidos.

A subida era mais cansativa, mas Nico e Bianca corriam para salvar suas vidas. 

Assim que chegaram ao Nível 12, os guardas apareceram. Bianca armou-se, mas esses eram mais difíceis. Pareciam conhecer o truque dela e atiravam nela sem piedade.

A sorte dela era que sua roupa era blindada, ao contrário, estaria em tiras agora. Mas eles também eram, e por isso ela mirava nos rostos dos Guardas de Elite.

Eles também miravam em seu rosto, mas o capuz desviava todas as balas. Ela girava em torno, e mais guardas apareciam. Nico estava escondido, e ela tentava ao máximo não deixar que nada atingisse seu pai.

Na hora em que muitos guardas caíram, ela avistou a porta.

Se aproximou dela e discretamente fez um sinal para Nico se aproximar. Ele, as escondidas, se aproximava. Quando ele estava perto, o bastante, Bianca o agarrou e os dois adentraram a porta, deixando os Guardas sem saber para onde foram.

- O... Que... Foi... Aquilo? - Nico gaguejou.

- Treinamento - Bianca respondeu novamente.

- Isso não é um simples treinamento, querida. - Ele sorriu para ela. - Você nasceu para ser uma Assassina. E, hoje eu vi, que eu e sua mãe nunca deveríamos tentar te privar disso. Você é incrível.

- Pai. - Ela caiu em seus braços. - Ainda sou a sua garotinha, ok? Vocês só tentaram me proteger. E, eu sou grata por isso. 

- Você tem os dons que os Auditore te proporcionaram. Eu até ajudaria você, mas estou meio enferrujado. - Ele riu.

- Como assim? - Ela disse. - Você é...?

Ele riu.

- Sim, minha filha. Eu também já fui um Assassino, só que eu era uns dois anos mais velho que você. Quando você nasceu, eu desisti de vez. Por isso, tanta preocupação com você.

- Mas Ezio...?

- Ele não podia te contar toda a verdade, não é permitido revelar a identidade de um Assassino alheio. 

- Bianca - Alec ressonou. - Tem um helicóptero acima dessa entrada, pronto para levar seu pai. Você pode vir nele se você quiser. Ou... fazer a sua escolha. E matar Henrique.

- Meu dever com a Ordem ainda não terminou. 

- Filha...

- Pai, você tem que ir. Agora, a parte mais difícil da minha missão chegou.

Nico olhou duro para Bianca, mas ele entendeu. Bianca tinha deveres. Assim como ele teve um dia.

- Eu queria poder te ajudar, filha. Mas essa luta é sua. - Ele a beijou na testa. -Buona Fortuna,meu anjinho.

E, sendo assim, Nico caminhou até a parte onde Bianca caiu. E cordas o pegaram e o içaram para cima.

- Até logo, papai. - Ela respondeu chorando.

E, sendo assim, ela se virou e encarou a dura porta de ferro. 

Agora, a parte mais difícil de sua missão começara.

Iria assassinar Henrique de'Pazzi.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoas esse foi o cap 6. Desculpe se ele ficou um pouco grande, mas é que eu resolvi soltar a criatividade dessa vez. Então, espero que vocês tenham gostado e ainda hoje coloco o 7 e se possível o 8 também. Até a próxima, Assassinos!



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