Assassins Creed: Legion escrita por Light Angel


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Heeey Assassinos! Tudo bem? Então, como ainda estou com as mini férias (estão acabando, socorro), eu não prometi que não ia lançar o capítulo hoje? Pois é, ele está aqui. Eu não vou ficar enrolando vocês hoje, mas tem aviso lá no final. Por isso, boa leitura para a fic e depois a gente se vê lá nos avisos finais (:



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O tempo de voo de Moscou para São Petersburgo é de aproximadamente quarenta e oito minutos.

O voo em si foi tranquilo, sem nenhuma interrupção. Mas Jason estava começando a ficar apavorado quando estavam em pleno ar, pois tinha medo de que o avião caísse novamente.

Ele não sossegou um minuto até que o avião pousasse em segurança, mas nem isso diminuiu o seu nervosismo.

Eles estavam entrando em Solo Templário, e por mais que isso fosse um motivo de ódio, ainda assim era assustador.

Quando pousaram em segurança, no Aeroporto Internacional de Pulkovo, ele começou a se distrair com o tamanho do aeroporto em si.

Nico havia contado que o aeroporto era dividido em duas gigantes divisões, sendo que para ir de um terminal ao outro, era preciso utilizar um ônibus e o tempo de viagem era de aproximadamente quinze minutos.

A primeira divisão, que foi onde pousaram, abrigava voos domésticos e para os países da antiga União Soviética. Já a segunda, que era bem distante mais ainda assim no mesmo local abrigava os voos internacionais.

Ele viu o grande terminal aonde pousaram com um nó no estômago.  A primeira divisão (ou Pulkovo 1) era composta por imensos terminais, cada um dividindo uma categoria.

Quando eles desceram as escadas rolantes para ir para o térreo, a fim de sair logo dali, ele não pode deixar de imaginar o que aconteceria se um ataque fosse formado dentro desse aeroporto gigantesco.

Ele era grande e largo, mas para sair dali sem que fossem pegos, seria difícil. Ele não duvidava de que os Templários possam ter recebido algum tipo de aviso desde seu pouso, por isso teriam que ficar bem atentos.

Quando passaram pelo check-out, que Nico fez questão de fazer, alistaram os passaportes recém adquiridos na embaixada americana e foram até a porta de saída.

Quando finalmente pisaram em solo russo novamente, Jason quase perdeu o fôlego. Ele mal teve tempo de apreciar Moscou, uma das mais belas cidades do mundo, mas quando São Petersburgo pairou na sua frente, ele agradeceu por conhecer a cidade por último.

Mesmo que estivesse em missão e totalmente desolado, ele ainda ficou feliz de ter feito essa viagem. Nunca em sua vida ele se imaginava na Rússia ou conhecendo qualquer uma de suas cidades.

Mas agora que estava ali, ele não imaginava a possiblidade de não voltar outra vez. Só que dessa vez seria apenas para apreciar e passear pela capital das catedrais, não para lutar por sua vida e pela vida do mundo todo.

Quem sabe um dia, Ele pensou desanimado. E depois de um momento de reflexão, acrescentou: Quer dizer, se eu sobreviver.

Eles começaram a pensar no que iam fazer, e como fariam para chegar até a Fortaleza 29. Enquanto imaginavam uma possiblidade, ele observou a vista ao seu redor.

Ao longe, via-se o rio Neva, onde São Petersburgo foi construída. As margens deste maravilhoso e imenso rio da Rússia.

E sobre ele, ele via a ponte Anichkov, (ele ficou sabendo por Nico) onde esta imensa ponte ligava quatro pontos especiais da cidade, como quatro estátuas. É conhecida por Ponte dos Cavalos, por causa de suas estátuas em representações de cavalos em posições diferentes.

Ele ficou imaginando o porquê disso tudo, e estava cogitando a possibilidade da Fortaleza 29 não estar sintonizada com aquela ponte. Ele desejou imensamente que não, pois estragaria uma coisa tão bela com o nome dos Templários Imundos envolvido.

As catedrais da cidade tiravam o fôlego de qualquer pessoa que passasse por elas. Ele lembrou-se de ter visto em algumas fotos, mas ver pessoalmente toda aquela arquitetura era estonteante e de tirar o fôlego.

A paixão de Jason por arquitetura foi novamente despertada quando ele viu aqueles monumentos e artefatos, e então ele pensou se um dia, não poderia fazer esses mesmos feitos.

Quando ele percebeu o que estava pensando, riu baixinho. Agora ele estava entendendo o seu papel no Círculo. Para construir tudo isso, era preciso senso. Senso de construção, de espírito e praticidade.

E, por mais que ele relutasse, ele reconheceu que era uma de suas maiores habilidades.

Agarrando-se a esse pensamento, ele desejou salvar os Novos Códex mais do que ninguém. Ele queria descobrir o que tinha dentro daqueles artefatos, mas não por ambição.

Para encontrar uma forma de conseguir melhorar o que estava perdido. E reconstruir o que estava destruído.

Foi por isso que ele também foi destinado.

- Isso é frustrante! – Desmond exclamou, chutando uma pedra de seu caminho. – Estamos em estaca zero, completamente sem noção alguma do que fazer.

- Dez – Nico interviu. – Sua paciência é contagiante, meu querido, mas a menos que pensemos em alguma coisa em vez de reclamar, acho que algum resultado sairia, não é mesmo?

Desmond bufou, mas nada disse. Jason entendeu o lado do amigo. Estava desesperado por ter alguma coisa em mente e ir em frente com a missão, tanto quanto ele.

- Olhem – Jason começou. – Sei que é tudo muito difícil, mas se fosse tudo fácil, o que estaríamos fazendo aqui? Lembro-me de quando você me contou a história de Altaïr, Desmond. De quando você me falou que seu mestre, Al Mualim, havia decretado que apenas Mestres Assassinos tinham todas as informações para ajuda-los. E não Assassinos qualificados e muito menos aprendizes, como eu.

- É verdade – Desmond suspirou. – Mas ainda assim, eu fico frustrado. Perdemos tanto por... Isso. Ficar perdidos em mais uma cidade russa sem saber o que fazer.

Jason empertigou-se, desconfortável, quando ele mencionou tal fato. É claro que ele sabia que Desmond falava de tudo em geral, mas ele não deixou de pensar em Bianca. Mas seu coração se negava a acreditar que ela estaria perdida.

Ele encontraria uma forma. Nem que ele tivesse que ir até o fim do mundo, ele a resgataria.

Eles estavam desanimados e prontos para começar a andar em busca de alguma pista, quando Jason parou. Aquela imagem que ele havia visto uma vez. Se repetia novamente em outro ângulo.

Ao longe, voando bem discretamente distante, ele reconheceu o Helicóptero Apache dos Templários. O helicóptero de guerra.

- Dez! – Ele gritou, sem fôlego. – Nico! Olhem!

Os dois olharam na direção que Jason estava apontando e ao mesmo tempo deram uma risada sinistra.

- Bem – Desmond riu, totalmente em expectativa. – Hora de fazer mais um sanduíche de Apache. O que acham?

Jason riu, excitado com a ideia. Eles sequestrariam o helicóptero templário, e assim poderiam entrar na Fortaleza. E era melhor ainda que fosse o helicóptero de guerra mais cobiçado do mundo.

Totalmente blindado, com uma força descomunal, eles poderiam entrar sem problemas. Depois que saíssem, bem... Ah, isso eles resolveriam na hora.

Primeiro eles teriam que se apegar a essa chance.

Desmond fez um sinal para Jason e Nico e juntos eles correram como loucos. Claro que eles não podiam competir com o Grandão, mas ainda assim, teriam uma vantagem quanto ao local dos Templários.

A adrenalina percorria o corpo de Jason e ele estava novamente em expectativa. Poderiam ter novamente a chance de que precisavam para se vingar desses vagabundos e conseguir os Novos Códex.

O helicóptero estava a uma distância não muito longe, e ele se perguntou como a população não se assustava. Provavelmente, com os Templários comandando, deveria ser comum verem helicópteros monstruosos de guerra sobrevoando para um passeio aéreo seguido de um piquenique.

Desmond corria como louco e Jason e Nico tiveram dificuldades para acompanhar a criatura.

- Prestem atenção! – Desmond gritava enquanto virava uma curva, ainda perseguindo o helicóptero com os olhos. – Precisamos de algo para nos locomover, então seria uma boa hora para colocar o bom senso de lado, ok? Façam exatamente o que eu disser se quiserem alcançar aquela máquina.

Jason assentiu e observou Nico assentir também. Ele não imaginava o que Desmond estava planejando, mas agora que ele mencionou, Jason não queria saber.

Era melhor correr e deixar o lado criativo para o rei das burlações.

Desmond virou outra esquina, atropelando pedestres russos, deixando-os bastante zangados. Jason quase riu quando eles começaram a xingar, imaginando que deveriam estar falando que a mãe de Desmond era uma senhora de muito respeito a sociedade.

Ele corria enquanto observava o dono de uma Lamborghini preta estacionar e estava saindo do carro, quando percebeu o que Dez iria fazer. Ele nem parou para pensar no erro que cometeriam, mas só de imaginar, já estava começando a se sentir com náuseas.

Mal o dono saiu do carro, Desmond o jogou no chão, pedindo desculpas e prometendo que devolveria o carro. Como um raio, Nico e Jason entraram no carro, um cima do outro enquanto que Desmond já dava a partida em alta velocidade.

O Lamborghini rugiu e começou a percorrer as ruas de São Petersburgo como um relâmpago enquanto deixava os gritos de seu dono para trás.

Desmond virava e contornava carros, invadindo calçadas e deixando pedestres bastante apavorados.

Jason se agarrou ao banco quando ele deu uma guinada em centro e oitenta graus, porque o helicóptero estava começando a mudar o curso.

Ele percebeu que seria difícil perseguir o aparelho, já que ele estava mudando o curso e para persegui-lo por asfalto, seria extremamente complicado, já que eles teriam que dar a volta e perderiam o helicóptero de vista.

- Ah, seja o que os deuses quiserem! – Desmond exclamou, virando o carro com tudo e invadindo uma calçada e logo depois, Jason entendeu o que ele ia fazer.

- VOCÊ É LOOOOOOOOUCO? – Ele berrou quando Desmond engatou a quinta e mirou na direção do helicóptero, atravessando de fora para dentro uma loja feminina.

Eles passaram por dentro, atropelando tudo o que viam pelo caminho, e ouvindo gritos de terror serem deixados para trás. Quando arrombaram a parede sul da loja, entraram em outra avenida, perseguindo novamente o Apache.

Jason já estava rezando todas as orações que sabia, porque se fosse para morrer, que não fosse dentro de uma panqueca de Lamborghini.

Ele ouviu ruídos de sirenes ao longe e imaginou que estavam encrencados. Não podiam ser pegos ou a situação ficaria bem feia. Dito e feito. Logo mais ao norte de onde estavam, seis carros da polícia russa estavam em perseguição e agora eles não sabiam se perseguiam o helicóptero ou fugiam da polícia.

Desmond praguejou, enquanto manobrava o carro e continuava o curso, a 135 Km/h. A essa altura, o helicóptero percebeu a perseguição e começava a se retirar para a área a sudoeste da cidade, onde poderiam mirar no Lamborghini sem ferir ninguém.

- Isso! – Desmond riu, completamente alucinado. – Já sei o que temos que fazer! Vamos ultrapassar o Apache.

- VOCÊ ENDOIDOU OU O QUE? – Jason berrou. – OLHA A PORRA DA SITUAÇÃO EM QUE A GENTE SE METEU!

- Ah, vá se ferrar, Jason – Desmond devolveu no mesmo tom. – Ou é isso, ou perdíamos toda a chance. Qual é? O que é um pouco de adrenalina na veia para não deixar um homem alegre?

- Você vai ver aonde eu vou te enfiar essa adrenalina, seu... CUIDADO! – Ele berrou, quando Desmond desviou de um poste. A polícia perseguia a todo vapor atrás e estavam preparando as armas.

- Tomara que essa belezinha seja blindada – Desmond rezou.

- Desmond, por favor, ponha um fim nisso! – Nico gritou. – Isso é doidera!

- AH MULEEEQUE! – Desmond berrou. – O papai aqui gosta de uma adrenalina.

Jason e Nico começaram a aprender a xingar em russo quando o Apache ia na direção do rio.

- Já sei o que temos que fazer, pessoal! – Desmond gritou. – Estão vendo este gancho no meu sinto? Quando formos para a ponte, eu vou abrir a capota e lançar uma corda de aço potente até o helicóptero. Jason, você sobe comigo, vou precisar de ajuda. Nico, você assume o volante e tenta despistar os policiais. Se tudo correr bem lá em cima, seguimos você para podermos te pegar.

Eles assentiram, concordando. Jason estava mais nervoso do que antes, mas seria bom um pouco de combate.

Desmond preparou o cinto e Jason se posicionou. Ele estava desarmado, a não ser pela lâmina oculta de Desmond. Ele já estava imaginando o que poderia fazer. Apoderar-se-ia de uma das armas de algum caído (isto é, se ele não morresse primeiro) e depois ajudaria Desmond no combate.

Estavam quase na ponte e o helicóptero estava bem perto deles. Desmond olhou para Nico e Jason e disse:

- Ao meu sinal!

Os dois se prepararam, Jason se empertigando no banco para saltar e Nico se preparando para assumir o volante.

Quando Desmond entrou na ponte, ele apertou o botão que faria a capota subir e lançou a corda de aço silício. No momento em que ele foi puxado, Jason agarrou-se a sua perna e eles foram içados juntos.

Nico assumiu o controle do Lamborghini e rapidamente fechou a capota. O carro seguia em alta velocidade pelo norte da ponte e os policiais foram logo atrás.

Até aí, tudo correu conforme o plano. Mas o que Jason e Desmond não esperavam era que fosse tão difícil subir com o helicóptero em movimento, principalmente quando o aparelho estava fazendo movimentos bruscos para derruba-los no ar.

- Segure firme, Jason – Ele gritava. – Vai ser uma longa e árdua subida. Prepare-se.

Jason assentiu, segurando mais firme na perna de Desmond enquanto este tentava subir. No momento em que Dez se mecheu, Jason perdeu o equilíbrio e suas mãos se soltaram da perna de Desmond.

Rapidamente, ele se agarrou a ponta do tênis do garoto, mas o peso extra não iria conseguir faze-los subir. Os Guardas Templários já estavam se preparando para atirar.

- Desmond! – Jason gritou. – Isso aqui não está dando certo. Você não vai conseguir subir com o meu peso.

- Nem pense nisso, cara – Desmond devolveu no mesmo tom. – Você não vai fazer ficar menos pesado. E além do mais, você é meu amigo, eu não vou abandonar você. Fora que se você se for, a missão já era!

- Mas Dez – Ele interviu. – Eu posso te explicar como é a missão, eu sei que você será capaz. Mas se ficarmos aqui, não vamos conseguir subir e vamos morrer!

- Cale a boca, Hank! – Desmond gritou. – Ou eu te meto o pé na cara. Agora, segure firme! Vamos fazer uma decolagem um tanto... Perigosa!

Desmond usou todas as suas forças e guinou para cima. Jason se agarrou a pé dele, mas sentiu que o tênis direito de Desmond estava escorregando. Ele não conseguiria.

- Segure meu tornozelo! – Ele berrava. – Prepare-se, nós vamos subir!

Com a maior força que pode, Jason segurou o pé de Desmond e este, com um grito, se lançou para cima.

Em meio a tudo isso, Jason se perguntou como é que andava a cena lá embaixo. Dois adolescentes retardados pulando de uma Lamborghini em movimento, se agarrando a um helicóptero de guerra, sendo que um deles estava sendo segurando por um pé de tênis quase saindo deveria ser uma cena linda de se apreciar.

Tão linda quanto um macaco coçando a bunda.

Com a força de seus braços, Desmond empinou-se para cima e a um sinal de Jason, ele apertou o botão de içar do cinto. Se eles fossem rápidos, teriam uma chance. Caso errassem... Bem, o chão seria a sua nova moradia agora.

- Segure-se – Desmond berrou, içando o cinto. Os dois foram lançados no ar e Jason flexionou as pernas no exato momento em que eles começaram a atirar.

Por um milagre, sabe-se lá vindo de onde, os dois conseguiram parar na beira do Apache.

Os soldados urraram em resposta e começaram a atirar, mas os rapazes estavam preparados. Lançaram-se um de cada lado, e Desmond cortou a garganta do Guarda de Elite que veio para cima dele.

A metralhadora do tirano, uma Makarov maior que seu braço, parou perto de seus pés e ele rapidamente a agarrou.

- Desmond – Ele gritou, enquanto mirava. – Cuide das gargantas das princesas enquanto eu metralho os miolos delas.

Desmond soltou uma risada e juntos, eles começaram.

Jason liberou o gatilho e balas começaram a voar por todos os cantos. Os Guardas estavam blindados e muito bem treinados, mas ele também estava. Estava treinado por sua vingança, pelo ódio em seu coração.

Ele não ia deixar esses vagabundos vencerem. De forma alguma.

Gritando como um louco e possuído por uma força que ele não sabia que tinha, Jason se lançou no ar e começou a metralhar os oponentes. A maioria das balas ricocheteavam, por estarem batendo em um colete a prova de balas, mas ele não desistia.

Assim que encontrava uma brecha, ele mirava o punho na cabeça de um e arrancava seu capacete, metralhando seu rosto em seguida.

O nariz de um Templário espatifou-se de tal maneira que todas as suas cavidades nasais ficaram expostas, antes de Jason metralhar a cabeça do oponente, fazendo com que algumas de suas partes do sistema nervoso vazassem pelos ouvidos ou pelo nariz devastado do homem.

Desmond também estava obtendo sucesso. A sua lâmina rasgava a garganta do oponente, fazendo com que uma torrente enorme de sangue jorrasse e o grito do Templário ficasse perdido para sempre. Ele se concentrava principalmente nas gargantas, mas também ele podia cortar abaixo da barriga, fazendo com que as tripas do oponente vazassem e ele cortasse a sua cabeça com o Templário maldito implorando por sua vida.

Enquanto isso, Jason ainda estava louco por sangue. Ele arranjou mais um fuzil, um M16 e junto com a Makarov, os estragos eram frios e permanentes.

Parece impossível acreditar que dois garotos tenham vencido um grupo de vinte Templários fortemente armados, mas a questão é que: não são simples garotos.

São Assassinos. Assassinos com sede de vingança e justiça, sempre lembrando-se de seu dever, mas ainda assim, extravasando a sua raiva guardada.

Porque agora eles estavam tendo a chance de vingar o que aqueles miseráveis fizeram com Bianca. Com a Ordem. E estavam prestes a fazer com o mundo.

Por isso, eles conseguiam lutar com bravura. Com dignidade. Com autonomia e respeito, controle e paciência. Os Templários nada disso possuíam, só foram treinados para atacar, porque quase nunca precisavam de defesa.

Quem diria que dois jovens Assassinos conseguiriam dominar esses Guardas de Elite só com duas armas e uma lâmina mortal.

Jason continuava metralhando os oponentes, mas então a sorte começou a mudar de lado.

Preocupado em fuzilar um Templário caído, ele não viu outro que chegou por seu flanco. Com um empurrão, o homem jogou o menino na porta do aparelho, que por sinal ainda estava aberta.

Ele gritou de susto e quase caiu do helicóptero, se ele não tivesse agarrado na borda. Mas, com o gesto, ele perdeu as metralhadoras.

- Aguente firme, cara! – Desmond gritou. – Não se renda.

Jason lutava ao máximo para não se render, mas o Templário estava esmagando seus dedos com seus pés pesados.

Ele berrou de dor e derrota, sentindo que o ar gelado em breve o puxaria para baixo e ele perderia a vida.

Mas ele não desistiu. Ele continuou se segurando até que o homem a sua frente tombou com uma torrente de sangue se esvaindo por seu tórax, gritando por misericórdia.

Desmond simplesmente chutou o traseiro do homem e agarrou a manga do casaco de Jason. Com uma força que Jason nunca imaginou que o amigo teria, ele içou-o para cima.

Agora só sobravam dois. Um Templário ferido e o piloto. Eles assentiram um para o outro, com um olhar de cumplicidade. Depois, juntos, eles atacaram.

Jason ficou com o Templário e Desmond com o piloto. Juntos, o combate foi feito corpo a corpo.

Vendo a raiva imensa nos olhos do menino, o homem recuou um passo, mas não antes de Jason dar um chute em suas genitais fazendo-o berrar de dor e soca-lo no nariz, onde ele acabou quebrando o membro.

Quando o homem estava dividido entre a dor nas genitais ou no nariz, Jason aproveitou a chance.

- Vocês vão pagar pelo que fizeram a minha namorada, seu rato imundo de merda! – Ele gritou, quebrando o pescoço do homem indefeso e jogando-o do helicóptero.

Quando o homem caiu, Jason se permitiu um riso de triunfo. Mas a risada ficou tão exagerada, devido a adrenalina, que ele acabou por ser tomado como louco.

Desmond estava com a lâmina no pescoço do piloto, mas este não apertava o mecanismo para solta-la e acabar de uma vez por todas com o homem.

Jason levantou as sobrancelhas, mas Desmond levantou a mão pedido silêncio. Com a mão livre, ele colocou o helicóptero em piloto automático, e depois agarrando o homem, jogou-o no chão com um pé entre seus países baixos e a mão em sua garganta.

- Então, seu imundo – Desmond cuspiu as palavras em sua cara, para dar ênfase ao xingamento. – Você não tem mais chance alguma de sobreviver. É melhor que as suas últimas palavras seja como chegar a Fortaleza 29.

O piloto riu com escárnio e cuspiu no rosto de Desmond.

- Ah, seu moleque imprestável. Nem que você me mata na terceira vida, eu nunca direi a localização a vocês.

Desmond enterrou a lâmina dentro do pescoço do homem, fazendo com ela atravessasse seu rosto e se alojasse em seu crânio.

- Que se foda, então – Ele deu de ombros. – Nós iremos descobrir, princesinha.

Dizendo isso, ele retirou a lâmina do queixo do homem, fazendo com um vazamento generoso viesse em seu lugar.

Depois, com um desprezo enorme, ele chutou os restos mortais do piloto e dos Templários mortos.

Com um olhar para Jason, ele sorriu.

- Conseguimos, cara!

Jason gritou de triunfo e sentou-se ao lado de Desmond, que assumia o comando da máquina.

- Vamos encontrar Nico e partir logo daqui. Pelo menos com um monstro desses, a polícia vai se manter um pouco afastada.

Os dois riram e começaram a procurar por Nico nos arredores da cidade.

Depois de quinze minutos, eles encontraram uma Lamborghini correndo em alta velocidade, em uma direção segura. A polícia não estava a vista.

- Ótimo – Desmond aprovou. – Ouça, vou deixar em piloto automático, mas qualquer coisa, você assume.

Jason esperou que ele não estivesse falando sério, pois ele não sabia pilotar helicópteros. Muito menos helicópteros Apache, um monstro guerreiro.

Desmond, porém, abandonou os controles, passando para o automático.

E virou-se até a borda, prendendo o gancho e descendo para buscar Nico. Dois minutos depois, eles estavam de volta, e a porta fechou-se firmemente a suas costas.

Eles se posicionaram nos assentos, enquanto Desmond comandava o helicóptero. Por algum motivo, os imbecis não acionaram alarme, pensando que dariam conta de dois adolescentes.

Por isso, eles estavam incógnitos. Mas precisavam descobrir como chegar a Fortaleza 29.

Eles viram um supercomputador de bordo a postos e imaginaram que fossem o GPS. Desesperançados, eles digitaram Fortaleza 29.

Só que...

Aquele era um GPS Templário. É claro que ele saberia o caminho de casa, fora programado para isso.

O computador indicou o caminho e eles gritaram de triunfo.

 Estavam a caminho.


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Notas finais do capítulo

IEEEEEEY! E então? Gostaram? Eu pretendia fazer toda a aventura neste capítulo, mas como ele ia ficar gigantesco e cansativo de ler, eu vou lançar ela no próximo capítulo que sai ainda hoje. Agora os avisos:
Então, vocês devem estar se perguntando: Mas, Angel, por que está lançando tudo agora? Tão rápido?
É que eu queria informar, meus amigos, que a fic está pronta e finalizada. E a sua continuação, que eu vou divulgar o nome da fic no último capítulo (que será mais pra frente) está em andamento.
Eu já terminei a história e estou lançando mais rápido por causa disso. Mas na minha cabeça, ela já terminou. Tem muita coisa pra mostrar ainda, mais caps pela frente, mas algumas coisas terão que ficar para a fic que vem, e para a última. É isso mesmo. Vão ser 3 fics que eu pretendo terminar ainda este ano. Então é isso. Até mais tarde com o cap 36! E muito obrigada por todos que estão me acompanhando. Deixem reviews e até a próxima (: