Assassins Creed: Legion escrita por Light Angel


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo. Antes que vocês queiram me lançar suas Hidden Blades, eu tenho algo a dizer. Minha vida ta mais conturbada que vida de Assassino em missão e olha que estou sendo o mais modesta possível. KKKKKK, me desculpem, Assassinos, realmente estive muito, mais muito ocupada, e não tive tempo nem pra mim. Quanto mais escrever. KKK
Enfim, quero que vocês aproveitem e por favor, não me matem. Senão a fic acaba né? (cala a porra dessa boca Angel e lança logo esse cap)
Ok! Lá vou eu! hehe. Boa leitura.



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Desmond estava de mau humor.

Primeiro porque encontrara o insuportável de seu irmão, Damon. Meio irmão, na verdade. Sua mãe não tinha culpa de ter gerado esse troço em outro casamento.

Segundo porque odiava aquela cidade e aquele local. Nunca gostou de ter sido criado em Black Hills, em uma fazendinha de quinta longe da civilização. Um belo disfarce para esconder uma fortaleza da Ordem, mas ainda assim, ele odiava tudo aquilo. Nunca gostara de ser treinado enquanto outras crianças brincavam, de estudar italiano (francamente, tudo que ele achava legal da Itália era pizza. E olhe lá), de aprender matérias que nem mesmo estavam credenciadas em um usuário escolar (além de aprender as escolares também).

E terceiro porque aquela comida de avião estava pior que chulé no pé de um Templário. Eca.

Damon continuava observando os recém-chegados com aquele olhar de tapado que ele possuía. Idiota. Nem descendente de Assassino ele era, o que tinha que estar fazendo lá? Porque não ia para um lugar com a cara dele, tipo... O Inferno? Era uma ideia.

Ele começou a rondar a sala com um andar elegante, e observar Bianca e Jason com mais atenção. Por fim, ele disse:

- Ok, então. Já entendi tudo. Bem, seja bem vindo de volta, maninho. E, por favor, sintam-se em casa, Bianca Auditore e Jason Hank. São Assassinos?

- Sim e não – Respondeu Desmond seco. – Estão em treinamento ainda, mas Bianca já realizou uma missão. É meio caminho andado.

- Jura, querida? – Damon sorriu para ela. – E que missão tão incrível foi essa para uma bela jovem como você realizar?

Desmond revirou os olhos, mas percebeu que Jason estava trincando os dentes. Aparentemente, ele não gostava de um atrevido ficar dando em cima de sua namorada. Desmond entendia perfeitamente.

Bianca olhou para Desmond. Este assentiu, indicando que a menina poderia responder.

- Assassinar Henrique de’Pazzi. – Respondeu ela simplesmente.

Damon ergueu as sobrancelhas, mas não pareceu surpreso. Desmond percebeu que ele estava olhando com interesse para a menina.

- Além de linda, é violenta? Duas qualidades que eu valorizaria muito em uma mulher.

Jason abriu a boca (e não seria para elogiar a jaqueta de Damon), mas respirou fundo. Em vez disso, ele sorriu para Damon com ironia.

- Então somos dois, cara. Devo ter muita sorte por minha namorada possuir essas qualidades, não é mesmo?

Desmond segurou o riso. Adorou ver essa cena, mas conhecia o temperamento de Jason. Ele sabia se controlar, mas quando explodia era difícil segurar ele também. E claro que Damon sabia que Bianca era namorada de Jason, afinal eles estavam de mãos dadas. Mas ele gostava de provocar.

Ele decidiu impor na situação. Gostaria de ver Damon levar uma surra, mas ainda assim, não seria adequado, afinal Damon também fora treinado. Já Jason... Ele nunca vira o cara lutar, mas ele era importante. E Damon gostava de brincar com coisas importantes.

- Bem, pessoal, acho que vocês estão cansados da viagem, não é mesmo? – Ele interviu. – Venham, vou leva-los a seus quartos. Podem ir subindo na frente, estarei logo atrás.

Os dois assentiram. Jason segurou a mão de Bia (com um pouco mais de força, talvez) e subiram as escadas. Quando ia segui-los, Desmond segurou Damon pelo braço e sussurrou:

- Fique longe deles, está bem? Se você fizer alguma coisa para prejudica-los, eu irei pessoalmente quebrar essa coisa que você chama de cara.

Damon sorriu friamente, e soltando-se do aperto de Desmond, ele simplesmente disse:

- Um jogador gosta de jogar, não é mesmo Dez?

E, com isso, saiu elegantemente porta afora, com a tempestade ainda emanando em seus olhos.

Respirando fundo, Desmond subiu as escadas lentamente. Não gostava do tom de Damon e sua mente doía quando olhava para ele, como se estivesse tentando lembrar de algo.

Engraçado, Ele pensou, Nunca senti isso em relação a ele desde que saí daqui.

Desde que ele saiu. Dois anos. Muito tempo havia se passado, mas ainda não entendia essa estranha relação a Damon.

Bianca e Jason encontravam-se no topo da escada. Eles o olhavam, apreensivos.

- Está tudo bem? – Ela perguntou.

- Sim, está tudo bem. – Ele respirou fundo. – Só estou cansado, não durmo nada desde que cheguei na Ordem. Só preciso descansar um pouco.

Jason não disse nada, mas encarava Desmond com um olhar preocupado. Por fim, Desmond disse:

- Bia, Jason, venham até aqui. Estes quartos são os quartos de hóspedes. Por favor, fiquem a vontade. – Ele disse, sem rodeios. Bianca ficou com o quarto da esquerda e Jason pegou o do seu lado.

Ele a beijou rapidamente nos lábios e depois foi para seu quarto. Parecia bem conturbado.

- O que ele tem? – Ela disse apreensiva.

- Provavelmente, deve estar cansado da viagem. – Desmond disse, mas sabia que não era isso. Jason tinha um humor bem afetado. Ele reparara nisso quando vira Kevin insultando Bianca. O cara estava louco, havia acabado de perder a irmã, mas Jason naquela hora não pensou nisso. Tudo o que queria era quebrar a cara de Kevin por magoar e ofender sua namorada.

Os Sforza eram assim. Eram inteligentes, amáveis, ardilosos e facilmente explosivos. Basta insultá-los ou insultar alguém que amam, que eles perdem o controle facilmente. Desmond ficara surpreso quando Jason se controlou com Damon. Ele havia visto uma pessoa apenas dos Sforza realizar isso perfeitamente, como ele. Caterina Sforza.

- Bianca, vá descansar também. Sei que está cansada. Nos vemos mais tarde, ok?

Ela assentiu. Rapidamente, entrou em seu quarto, mas quando ia fechar a porta, ele lembrou-se de algo.

- Bianca, tranque a porta, ok? Não queremos que mais nada aconteça, certo?

Ela ergueu as sobrancelhas, mas assentiu. Entrando em seu quarto, ela fechou a porta. Ele ouviu um som de um trinco.

Ele sabia que Damon iria aprontar. E não era só por estar dando em cima da menina. Damon era perigoso, Desmond sabia. Ele sentiu que ela corria um grande risco ao seu lado, e queria tirar Bia daquele lugar o mais rápido possível.

O sono começou a tomar conta de seu corpo, e ele começava a se render. Não queria deixar Bianca e Jason sozinhos, mas estava começando a pregar os olhos. Se ao menos seu pai estivesse ali... Ele era o único que conseguia controlar Damon.

Mas Bill havia viajado em missão. Não havia ninguém em casa, exceto Damon. Desmond estava preocupado, mas nunca havia ficado assim. Ele nunca o havia intimidado. Agora, na presença dele, ele ficava tenso, apreensivo. Como se ele pudesse fazer algo de mal a Bia ou Jason.

Decidiu confiar na própria sorte, então foi até seu antigo quarto. Entrou dentro e sorriu ao vê-lo. Seus pôsteres de Naruto, Bleach e Dragon Ball-Z estavam pregados na parede, além do grande pôster que cobria a parte de trás da sua cama: Os grandes Cavaleiros do Zodíaco.

Na estante da direita, estava repleta de suas coleções de mangás e DVD’s de animes que ele gostava. Um Pikachu gigante de pelúcia estava em cima de sua cama.

Deitou em sua cama, depois de tanto tempo. Sentiu-se ridículo, mas ainda assim abraçou o Pikachu. Lembrava-se de sua infância, mesmo que ele não tenha se divertido bastante.

E, com isso, ele acabou dormindo profundamente.

                                                                           ***

Quando Desmond acordou, raios solares invadiam seu quarto. Mas não eram do mesmo dia. Ele olhou o relógio. Eram oito horas da manhã.

- Meu Deus! – Exclamou. – Eu dormi o dia todo e a noite toda!

Levantou-se rapidamente, e correu para fora do quarto. As portas dos quartos de Bianca e Jason estavam abertas. Parece que levantaram cedo também.

Desceu as escadas correndo e encontrou eles na cozinha, tomando café da manhã.

- Bom dia, dorminhoco! – Bianca sorriu. – Dormiu bem?

- Bem... É, dormi. – Ele olhou em volta. – Hum, que cheiro gostoso! Quem fez o café?

- Sua mãe. – Respondeu Jason, engolindo um pedaço de panqueca. – Ela é bem simpática, por falar nisso.

- Mamãe? – Mas afinal, o que ela estava fazendo em casa? Desmond pensava que ela havia ido com seu pai.

- Eu mesma, Sr. Miles. – Sua mãe respondeu atrás dele. Desmond tomou um susto. Depois, não conseguiu resistir à tentação. Mesmo que tenha fugido de casa, ele sentia muita falta de sua mãe. Era a pessoa por quem daria a vida sem hesitar. Seus olhos encheram-se de lágrimas e ele se jogou nos braços da mãe.

India o abraçou imediatamente. Juntos, mãe e filho compartilhavam um reencontro maravilhoso. Bianca e Jason sorriam diante da cena, e tentavam o mínimo possível não interromper.

- Mãe! – Ele exclamou, enxugando uma lágrima. – Mas afinal, o que está fazendo aqui? Eu pensei que estivesse viajando com papai.

- Estava, querido. – Ela sorriu. – Mas Ezio me ligou, dizendo que você estava retornando a Black Hills e eu corri para cá, a fim de te receber. Seu pai, quando puder, virá.

Desmond assentiu. Depois olhou para Bianca e Jason.

- Creio que você conheceu meus amigos...

- Claro! – Ela sorriu contente! – Bianca Auditore e Jason Hank. Pessoas maravilhosas, aliás.

- Muito obrigada por nos receber, Sra. Miles. – Disse Bianca sorrindo. – A senhora é muito gentil.

- Ah, querida, não agradeça. Um membro da Ordem é como se fosse meu filho. Comeram bem?

- Ah, sim! – Jason respondeu sorrindo. – A comida estava maravilhosa, Sra. Miles.

- Que bom que gostou, querido. – Ela sorriu. – Falando em comida, acho que alguém aqui precisa comer também, hã? – Ela olhou para Desmond erguendo as sobrancelhas.

- Sim senhora! – Ele riu. – Agora mesmo.

Depois do maravilhoso café da manhã, Desmond parecia imensamente feliz. Pela primeira vez, desde que viera de Las Vegas, estava apreciando a sensação de estar em casa.

Por mais que não gostasse de Black Hills e isso lhe trouxesse algumas lembranças ruins, Desmond sabia que por mais que viajasse, esse seria sempre o seu lugar.

Ele olhou para a sua mãe e todos os seus ressentimentos desapareceram. India Miles era a mulher de sua vida, mesmo que tenha gerado um ser que não precisava ter nascido, ou, Damon Ciprianni.

Ela parecia um pouco com o filho mais velho, com os olhos cinza-escuros, mas seus cabelos eram como os de Desmond, pretos e lustrosos. Possuía uma pele com um maravilhoso bronzeado e estava por conta de seus quarenta e dois anos, mas muito bem conservada.

Mas ainda assim, uma preocupação estava em seu coração: Damon andava muito estranho ultimamente, como se mudasse de personalidade.

Ele sempre fora agressivo, sedutor e sarcástico, mas agora estava com um novo traço que estava preocupando Desmond verdadeiramente. Um traço de... Dúvida.

Toda vez que Desmond olhava para Damon, sentia como se a sua cabeça fosse explodir. Como se alguma coisa fosse ocultada de sua memória, mas ele não sabia o que.

Decidiu esquecer isso.  Provavelmente, Desmond estaria passando por mais um de seus blecautes estranhos, no qual Damon poderia ter sido o protagonista de algum deles.

O problema é que Desmond nunca se esquecera de seus blecautes. Nem mesmo uma vez só. Os sonhos com o Círculo Legião de Minerva, as aparições sobre a última escolhida do Círculo e muitos outros.

Mas sobre Damon ele também havia sonhado. Mas, por algum motivo, ele esqueceu.

Ele decidiu esquecer sobre isso. Provavelmente, era algo que não fosse importante. Agora, neste momento, havia mais uma coisa a fazer.

- Mãe – Desmond começou. – Aconteceu uma coisa.

- Eu sei, querido. – India disse olhando o horizonte. – Minutos antes de entrar em batalha, Ezio me ligou contando tudo. Vocês estão seguros aqui, mas não por muito tempo. Quando terminarem lá, irão vir atrás de vocês.

- Como assim quando terminar? – Bianca exclamou. – A situação com a Ordem é assim tão feia?

Desmond e India ficaram quietos. Ele sabia que os Assassinos não esperavam aquele ataque espontâneo, e talvez a Ordem saísse perdendo. Os Templários sabiam como enfrentar um segundo tempo.

- Deveríamos ter ficado lá e ajudado! – Ela gritou.

Desmond suspirou exasperado. Bianca era uma garota ótima, mas seu temperamento explosivo as vezes o irritava muito.

- Bianca. – Ele disse entredentes. – Quantas vezes vou ter que explicar para você?  Nós não podemos ser pegos! Eles estão lá por nossa causa e sairemos perdendo se fizéssemos isso. Temos que seguir com o plano e lutar por fora. É isso o que Ezio quer.

Bianca não disse mais nada. Estava com as emoções a flor da pele e Desmond percebia que ela não suportaria perder mais ninguém. Agora Jason estava envolvido neste jogo obsceno e ela quase perdeu seu pai também.

E ela não queria perder Ezio.

Ele era parte de sua família agora e ela temia que ele perdesse na luta contra os Templários.

Por uma vez, ele sentiu pena de Bianca. Ele havia perdido tudo. Sua vida em Las Vegas, sua família e seus amigos. Desmond poderia ter fugido, rejeitado os Assassinos no princípio.  Mas ele ainda tinha uma mãe que fazia panquecas para ele, seu velho quarto, um meio-irmão esquisito e um pai que viajava para missões, mas sempre voltava para casa.

A sua vida permaneceria intacta em Black Hills. Sempre que quisesse, mesmo com todos os riscos que correria, poderia voltara para a Fazenda. Mas ela não poderia reaver nada do que havia perdido.

Sua amiga Kayla estava morta. Seu amigo Kevin queria a sua cabeça. Sua mãe estava morta e seu pai poderia ter ido pelo mesmo caminho.

Ela não poderia voltar a Las Vegas, já que corria risco de vida contra os Templários.

Agora, tudo o que viveria era uma fuga descontrolada e uma chance de se agarrar a vida.

Como se tivesse lido seus pensamentos, Bianca levantou-se da mesa e com um agoniado Com Licença se dirigiu a porta dos fundos, onde saiu para respirar um pouco.

Jason fez menção de segui-la, mas pensou melhor. Quando Bianca ficava estressada desse jeito, tentar aclamá-la poderia fazer tudo ficar pior.

Desmond também pensou assim. Mas quando viu o sorriso da mãe, ele se perguntou o que ela estava tramando.

- Fiquem tranquilos, queridos. – Ela sorriu para Desmond e Jason. – Bianca estará em boa companhia lá nos fundos.

- Como assim? – Eles entoaram juntos.

- Simples. O pai de Bianca voltou ontem mesmo. E, agora, ele está nos fundos observando a vista.

- Ah é! – Desmond exclamou sorrindo. – Ezio disse que o pai dela estaria aqui. Que bom! Pelo menos, Bia tem algum motivo para se distrair e ficar melhor.

Jason sorriu, concordando. Mas Desmond viu que o sorriso não chegava a seus olhos. Aparentemente, ele detestava ver a namorada sofrer.

Olhando para o seu prato, Desmond começou a pensar melhor. Eles estavam a salvo, mas não por muito tempo. Os Templários sabiam desse esconderijo, foi assim que pegaram a Maçã.

Agora ele queria descobrir como foi que eles conseguiram descobrir sobre a localização da Fazenda. Mas isso nunca ficaria provado, já que pelo visto, os Templários mesmo sem a Maçã, de alguma forma sabiam de tudo.

Respirando fundo, começou a pensar. Não poderiam mais ficarem ali. Precisavam resgatar os Novos Códex e a Maçã, antes que fosse tarde demais. Os Templários precisavam de uma última coisa agora: Bianca.

O sangue da menina era prometido e junto com esses artefatos ele poderia mudar tudo. Para pior, com certeza.

Olhando para Jason, ele viu que o garoto estava pensativo. Provavelmente, ele estaria pensando o mesmo que Desmond. Afinal, a responsabilidade dos Novos Códex cabia a ele.

- Desmond. – Ele murmurou depois de um tempo. – Sabe o que eu estou pensando, certo?

- Se o que você estiver pensando for o que eu estou pensando, então sim. Eu apostaria que estamos pensando em nosso futuro.

Jason assentiu.

- Precisamos viajar até a Rússia e resgatar os Novos Códex. Mas e depois? Eu estou preocupado em deixar Bianca ir. Se ela cair nas mãos dos Templários...

- Eu sei, eu sei. – Desmond colocou a mão no ombro de Jason. – Mas é um tiro no escuro, Jason. Bianca é uma Auditore e ela nunca aceitaria ser deixada para trás. Arrumaria um jeito de nos seguir, entende?

- Não se eu convencê-la. – Ele cerrou os dentes.

Desmond riu.

- Nem o pai dela consegue segurar a menina direito, você acha que pode colocar as rédeas em Bianca?

- Sim, Desmond – Jason olhou para ele seriamente. – Mas terá uma hora que Bianca não poderá ser imprudente desta forma. Então, é melhor que ela comece desde cedo.

- Eu te entendo, Jason. Mas ela terá que ir conosco até a Rússia. Faz parte de Legião e não podemos mais nos separar. Já é muito ruim que Ezio esteja em batalha. E também que os outros membros estejam desaparecidos.

Desmond sabia que isso era verdade. Mas por um momento, ao pensar nos membros, a cabeça dele começou a explodir. Como o efeito colateral do Animus, quando ele fora obrigado a usar.

Ele sabia quem eram os três membros. Mas de alguma forma, sua mente não queria liberar essa informação. Decidiu pensar nesse fato mais tarde. Agora, havia outra coisa para se pensar.

- Jason, uma viagem dessas não se pode fazer assim do nada. Temos que planejar.

- Entendo, Dez. E como faremos isso?

- Bem, primeiro precisamos pensar aonde vamos ficar. A Fortaleza 29, fica em São Petersburgo, localizada na Rússia. É claro que, como os Templários possuem Fortalezas no mundo todo, nós também possuímos. Mas a Unidade dos Assassinos é diferente. Não fica em São Petersburgo e sim em Moscou.

- Espera... – Jason levantou as mãos. – Quer dizer que os Assassinos também possuem unidades no mundo todo? Eu achava que eram somente na Itália e nos Estados Unidos.

Desmond riu. Novatos, ele pensou. Mas não decidiu expor isso em voz alta, porque cá entre nós, Jason era um novato, mas era um novato briguento.

- Jason, somos basicamente como os Templários. Se eles possuem Fortalezas, nós possuímos Unidades. A Unidade dos Assassinos aqui nos Estados Unidos fica em Las Vegas. Já a do Canadá fica em Quebec. Na França, em Cannes. Um lindo lugar, aliás. Na Itália, já ficou em Monteriggioni e agora fica em Roma. Ezio Auditore resolveu trazê-la para lá. No Japão, ela fica em Osaka, que, aliás, é uma grande cidade. A segunda mais importante do Japão depois de Tóquio sabia? Enfim, no mundo todo temos Unidades. Essa guerra travada contra os Templários é universal. E única.

Jason assentiu com a cabeça, impressionado. Mas ele não perguntou mais. Ele deveria estar pensando o mesmo que Desmond. Precisavam planejar e não enrolar.

- Então precisaremos ir até Moscou? – Ele começou.

- Sim. – Desmond respondeu. – Claro que não será uma missão totalmente 100% segura, sendo que os Templários nos rastrearão. Mas, em Moscou, estaremos seguros. De lá, com ajuda dos Assassinos russos planejamos a invasão na Fortaleza 29.

Jason assentiu. Então estava combinado. Os Novos Códex seriam recuperados e era missão dele decifrar. Desmond achou isso uma grande honra, e sabia que Jason seria capaz de honrá-la.

A missão soava confiante, mas Desmond ainda possuía um sentimento de dúvida. Estava muito perfeito e sincronizado para o gosto dele. E Dez realmente odiava coisas perfeitas.

Porque, como ele bem sabia, a vida de ninguém é perfeita.

- Bem – Ele disse levantando da mesa. – Hora de virarmos picolé!

Jason riu.

- Você estaria melhor para um pinguim.

- Cale a boca, Hank. Agora vamos então buscar a nossa garotinha e partir pra a capital do Socialismo europeu-asiático.

- Não é mais Socialista, Miles.

- Eu sei. Mais vai acabar virando quando chegarmos lá, acredite.

Jason gargalhou.

- Vamos então, antes que o nosso humor esfrie tanto quando Moscou.


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Notas finais do capítulo

Entãããão, gostaram? Reviews seria muito bom, e até o proximo que eu vou tentar lançar o mais rápido possível. Me desculpem mais uma vez, meus Assassinos queridos! Até maaais! Beeeeeeeijos! *-*