Assassins Creed: Legion escrita por Light Angel


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Heeey Assassinos! Mais um cap de presente e fresquinho para vocês! Espero que gostem, boa leitura!



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Bianca ainda estava em choque com as revelações que surgiram. Não conseguia suportar mais nenhuma surpresa. Seu sangue? Isto foi simplesmente a gota d’água.

Tremendo, ela não percebera que Jason a abraçava. Mas seus braços estavam rígidos em torno do corpo da menina. Olhando fixamente para Ezio e Desmond, ele falou sombriamente:

- Só por cima de meu cadáver.

Ezio e Desmond se entreolharam.

- Claro, Jason – Desmond disse rapidamente – Ninguém aqui precisa morrer. Está tudo sob controle.

Mas seu tom de voz assegurava que não era nada parecido do que ele afirmava.

Ezio decidiu romper o silêncio.

- Bianca, eu sei que você possui seu orgulho. Mas você precisa entender. Você não possui o treinamento adequado para esse tipo de batalha. Eu sei que você foi treinada durante a vida toda, parcialmente, e ocorreram aqueles dois meses de treinamento. Mas, querida, eu tive anos de treinamento. E ainda estou aprendendo.

- Quando você lutou contra aqueles guardas, eles não eram iguais aos que vamos enfrentar agora. Não é que você não seja boa, mas naquele dia, você teve uma ajuda extra de Minerva. Assim como eu, assim como todos.

- Mas agora, querida, os Templários sabem sobre Legião e não vão pegar leve com ninguém. Principalmente com você e com Jason, que estão começando a caminhada agora.

Bianca refletiu sobre aquela informação. Ela mesma no fundo sabia que não ajudaria em nada morrendo nas mãos dos Templários. Pior, ajudaria sim. Eles.

Ela assentiu. Finalmente, teria que se render.

- Muito bem. – Desmond suspirou. – A partir de agora, estamos em alerta. Os Templários estão invadindo e isto é inevitável. Mas o que eles realmente querem não estará mais aqui.

- Mas e a Maçã, Dez? – Bianca indagou. – Eles provavelmente irão saber se nos movermos e para onde formos.

- Isso se eles souberem, Bia. Se eles souberem utilizá-la. Mas isso é um às que não posso arriscar.

Bianca compreendeu. Agora, ela sabia que a sua vida iria guinar mais uma vez.

- Muito bem, pessoal – Ezio sorriu para eles. – Não posso fazer muito mais por vocês. A única coisa que posso desejar-lhes é sorte.

          - O que? – Bianca pulou. – Não vai conosco? Ezio, mas você também faz parte do Círculo...

- Querida, eu sei. – Ele apertou a sua mão. – Mas eu também sou o Líder da Ordem. Eu preciso ficar e ajudar nessa guerra.

- Mas, Ezio... – Ela se desesperou.

- Tudo ficará bem, minha querida. Acredita em mim? Ainda vamos voltar a nos ver.

Bianca assentiu com lágrimas nos olhos. Já perdera sua mãe. Kayla. Kevin. E agora não podia imaginar perder Ezio também. Ele era mais do que um descendente para ela. Mas, foi pensando nisso, que ela teve outro sobressalto.

- Ezio, antes de ir, eu queria lhe fazer uma última pergunta.

- Diga, Bia. – Ele ergueu as sombrancelhas, especulando.

- Meu pai. – Não parecia uma pergunta, mas ela não se importou. As palavras estavam carregadas de emoção e ela não poderia suportar mais nada.

- Seu pai passou no teste da Ordem, querida. – Ezio disse sem rodeios. – Mas logo que chegou, ele precisou ir. Está aonde vocês irão neste momento. Em Black Hills. Esperando por vocês. Não posso dizer mais nada agora, pessoal. – Ele olhou para todos. – A invasão está começando. Preciso ir.

E, como se estivesse se despedindo de um encontro casual, Ezio abriu as portas e partiu tranquilamente.

                                                           ***

O barulho da invasão podia ser ouvido ao longe, mas Bianca, Desmond e Jason já estavam bem fora de alcance. Eles corriam pelos corredores por onde ela havia passado quando chegara, mas dessa vez estavam fazendo a trajetória da saída.

Encontraram Patrick, o piloto, esperando por eles na saída da porta. Quando entraram na Base Intermediária, Bianca começou a sentir uma sensação de perda. Ela tinha a intuição de nunca mais (ou pelo menos, bastante tempo) de voltar aquele lugar.

Ignorando esse pensamento, eles seguiram para a Base Inicial, aonde fizeram novas leituras a laser em seus olhos. Permitindo a passagem, eles correram até o helicóptero, já ligado esperando por eles.

Não fizeram cerimônias, mas Bianca estava tremendo. Parecia que se haviam passado anos, e não dias, que ela estava na Ordem. Tudo aquilo era muito confuso.

O helicóptero decolou e ela pode ver as lindas imagens de Las Vegas adiante. Seus olhos lacrimejaram, a sua cidade sendo deixada.

Eu vou voltar, Ela pensou com firmeza. Não vai ser para sempre. Eu vou voltar.

Segurando a mão de Jason, ela só podia pensar em uma coisa. Para onde estavam indo agora? E que tipo de encrenca eles iriam se meter dessa vez?

Tudo estava mais claro, agora que toda a verdade fora revelada. Mas ainda assim, Bianca pressentia muito mais mistérios do que ela podia imaginar.

Alguns até mesmo além de seus conhecimentos.

Enquanto ela pensava sobre isso, o helicóptero seguia para o McCarran International Airport, onde eles pegariam um jato particular para Sioux Falls, pousando no Joe Foss Field.

Bianca estava animada com a viagem, porque nunca viajara para a Dakota do Sul.

Sempre sonhara em tirar uma foto no Monte Rushmore (que por ventura ficava em Black Hills), junto com os quatro rostos dos presidentes americanos. Mas tinha certeza de que, neste momento, não seria possível. Por um bom tempo.

Chegando ao aeroporto, Bianca e Jason esperavam no terminal, enquanto Desmond ia autorizar a saída do jato.

Minutos depois, eles estavam na pista, embarcando no Gulfstream branco reluzente da Ordem, indo em direção ao próximo destino: Black Hills.

Quando estavam dentro do jato, ela começou a sentir seus olhos pesarem. Esticando-se na poltrona confortável, ela pensava que umas horinhas de sono não iriam lhe fazer mal algum.

E foi com esse pensamento que ela adormeceu, seus olhos pesando como uma pedra.

Mas os pesadelos não deixavam a sua mente, e uma hora depois, Bianca acordou sobressaltada, depois de um pesadelo terrível com Kevin.

Desmond indicou que ela comesse, mas tudo o que ela menos queria neste momento era comida de avião.

Ela olhou por entre as paisagens e percebendo que o clima ficava mais denso, observou as Montanhas Rochosas que surgiam ao longe.

Dakota do Sul. Um estado maravilhoso, abençoado e cheio de beleza e energia.

               Sob Deus o Povo Reina. Era esse o lema do Estado, combinando muito bem com o astral e a beleza dele próprio.

               O avião voava gentilmente sobre as montanhas verdes e exuberantes, e ela podia ver Black Hills ao longe. Mas alguns minutos e estariam a caminho. A excitação crescia por todo o seu corpo, e quando o piloto deu a ordem de os cintos serem colocados, ela não poderia estar mais feliz.

               Eles começaram a descer, e ela pulava freneticamente no assento, como se estivesse com formigas dentro das calças.

               Jason a olhou de esguelha e reprimiu um riso. Desmond estava tenso, sentado. Parece que a última coisa que ele queria era voltar a este lugar. Ela não entendia, era um lugar maravilhoso. Mas os motivos de Dez deixavam claros que ele preferia estar em qualquer lugar, menos ali.

Finalmente o avião pousou em Sioux Falls, mostrando a beleza e a cumplicidade da cidade. Eles desceram do avião um lado do outro, como se ensaiassem os passos.

Bianca quase riu da cena, mas depois ela se concentrou. Fizeram novamente um contato para retirar o helicóptero que esperava por eles.

Embarcando no aparelho, ela olhou de relance para a cidade. Poderia estar só de passagem, mas ainda voltaria para conhecer a maior cidade do estado.

O helicóptero levantou vôo e foram informados que, dentro de vinte minutos, estariam em Black Hills.

Bianca olhou para Desmond que ainda estava ficando cada vez mais tenso. Black Hills, definitivamente, não era o lugar que ele pretendia visitar. Mesmo sendo um ponto turístico famosíssimo de todo o mundo.

Finalmente, ela decidiu quebrar o silêncio. Estavam muito perto da cidade e ela não sabia se poderia conversar com ele novamente.

- Hm, Desmond... – Ela começou. – Algum problema?

Ele conseguiu forçar um sorriso para ela. Mas ela viu que a expressão não chegava a seus olhos.

- Está muito na cara, não é? Parece que o que eu tenho de palhaço, eu não tenho de misterioso.

Os três riram. Mas Desmond recuperou a expressão novamente. Olhando para as montanhas ao longe, com seus picos rochosos e cobertos de neve, ele pareceu devanear dele mesmo.

- Este lugar é mágico, não? – Ele refletiu. – Mas nem sempre a magia é bem vista.

Jason e Bianca permaneceram em silêncio. Haviam chegado a conclusão de que era melhor deixar Desmond desabafar.

- Eu nasci e cresci em Black Hills, - Ele comentou. – Mas nem sempre isso quer dizer que eu amo este lugar. Cresci afastado da cidade, em um lugar chamado de A Fazenda. Naquele local, ninguém ouve falar, porque permanece escondido de vários olhos.

- Vivemos uma vida simples e discreta, onde ninguém imaginaria que é a uma fortaleza dos Assassinos. Muitas vezes, eu cheguei a imaginar a viver naquele local novamente, mas por mais que imaginasse eu não conseguia.

- A vida que eu pedi não era essa, e por mais que eu presumisse tudo isso, não conseguia aceitar tudo aquilo. Então, dois anos atrás, eu fugi. Fugi para bem longe de lá, e nunca mais quis voltar.

- Mas fui seqüestrado pelos Templários, e sendo assim, obrigado a conviver com as normas. Virei uma cobaia, se quiser chamar assim. Cobaia 17. Fizeram experiências e fórmulas e fui obrigado a reviver a cada fase de meus ancestrais. Um deles, vocês conhecem.

Bianca e Jason assentiram. E, ela fez um sinal para que Desmond continuasse.

- Bem, - Ele continuou olhando ao longe – Meus pais me treinavam desde criança, e quando eu tinha quinze anos, meu pai foi eleito o grão-mestre da Ordem. Sabem o que é isso? Antes de Ezio retornar, meu pai era o Líder. Agora, depois que fomos invadidos pelos Templários e a Maçã fora roubada, nunca mais eu vi meu pai. Eu suspeito de que ele esteja morto, mas meus instintos dizem o contrário.

Bianca sabia como ele se sentia. Não ter notícias da família, se sentir rejeitado, querer fugir de onde veio. Mas quando ela saíra de Vegas, descobriu o quanto amava a sua cidade. Não trocaria a Cidade das Luzes por nada nesse mundo. Nem por Black Hills.

Desmond não disse mais nada, e ela percebeu que ele não queria entrar em detalhes. Era um cara fechado, e por mais incrível que pareça, infeliz. Compartilhar informações não era muito a praia de Desmond. Então, Bianca decidiu respeitar.

O helicóptero começou a sobrevoar Black Hills, e seguindo para o interior das montanhas, alguns minutos depois ela pode ter a vista do Monte Rushmore. Abraham Lincoln, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e George Washington olhavam para ela com especulações divertidas.

Retirando o celular do bolso, ela bateu uma foto. Um dia, ela iria tirar mais. Mas por enquanto, Black Hills estava fora de que questão para ser visitada.

Adentrando mais e mais dentro das montanhas, ela percebeu que não podia mais ter vista da cidade. E, como se entrassem em uma Névoa, tudo começou a ficar confuso. Mas então, ao longe, ela viu uma fazenda grande que especulava ser mais uma fazenda agrária, se não fosse uma das fortalezas mais poderosas do país.

A uns cem metros do local, o Bell 412 começou a pousar e Bianca, Jason e Desmond se prepararam para descer. Quando o aparelho pousou, eles correram contra o vento e foram em direção a fazenda, fazendo com que seus cabelos ficassem todos no rosto (pelo menos o de Bianca) e suas roupas coladas contra o corpo.

Correndo como loucos, ela teve apenas a percepção do local. Grandes florestas e bosques circundavam o local, assim como planícies também.

A fazenda ficava no centro dessa paisagem, com sua aparência rústica de um casarão antigo italiano e sua ascendência sombria e pálida.

Entrando na grande casa, eles percebem que a decoração é bastante antiga e rústica. Porém, discreta. Mas que os recepcionava no local, não parecia nada discreto. E tampouco, rústico.

Desmond fez uma careta ao vê-lo, e ele apenas sorriu para os visitantes com um sorriso sensual e sarcástico.

O rapaz parecia ter uns vinte e um anos, e era mais ou menos do tamanho de Desmond, só que um pouco mais alto. Cabelos louro-prateados caiam sobre seu rosto em partes regulares, mas ainda assim revelando olhos cinza-escuros e uma pele bronzeada e altamente musculosa.

Ele vestia apenas uma jaqueta de couro, fechada até a base de seu tórax, marcando um peitoral musculoso e músculos definidos. Sua calça larga preta combinava bem com a jaqueta e os coturnos e um anel de prata em forma de caveira resplandecia em seu dedo médio.

Sua boca estava marcada por um sorriso com escárnio e sensualidade.

- Hm, então esses são seus novos amigos, Desmond? – Ele olha para Bianca e Jason com um ar sarcástico. Depois, lançou um olhar sensual a Bianca. Jason imediatamente ficou tenso.

- Hm.. – Ele especulou vendo a cena. – Uma novidade é você aparecer, Miles. A outra é você aparecer com amigos. Mas, obrigado por me cumprimentar, irmãozinho. Senti sua falta, aliás. – Seu tom era de puro sarcasmo, e havia um tom de rebeldia na voa grave e retumbada que ele proporcionava.

Desmond fez mais uma careta e depois virando-se para Bianca e Jason com amargura, apresenta se rodeios:

- Estes são meus amigos vindos direto da Ordem, Bianca Auditore e Jason Hank. Bia, Jason, este é meu meio irmão, Damon Ciprianni.

Este sorriu ao ouvir o som de seu nome e seus olhos indicavam que, se importunassem-no ou não seguissem seus jogos, ainda ouviriam falar muito dele. 


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Deixem reviews para uma Assassina abandonada (haha) e até a próxima! Obrigada por lerem e eu fico cada mais feliz de continuar com a fic! Espero que vocês sintam o mesmo. Até maaais LOL



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