I Hate, You Hate, We Hate Summer escrita por duda


Capítulo 4
I scream, You scream, We scream.


Notas iniciais do capítulo

Sugar Cube: OOOOOIIIIIIII povo! Olha aqui o cap.! E ele tá grandãoo! kkkkkk'
Esse cap. foi feito, de novo, pelas duas autoras o/ só q eu escrevi mais dessa vez ~se acha
auhsauhsuahsua
A parte em iatalico é, digamos assim, o "flashback", ok??
Enjoy the cap.!



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Cato’s Summer

    Já tinha ouvido praticamente todas as músicas que tinha no meu ipod e, acredite se quiser, são quase duas mil músicas, e a gente ainda não tinha chegado na droga do “Acampamento Escoteiro”.  Passei meus olhos rapidamente pelo ônibus, a professora conversava animadamente com a motorista gordo e Clove, bem, acho que estava dormindo. Ela parecia tão quieta, inocente, legal... Se eu não conhecesse ela, tentaria fazer amizade, mas, como sei o quão idiota e ridícula ela pode ser, não aguento nem olhar para a cara dela. Lembro perfeita mente do dia em que conheci ela. Com certeza foi um dos piores dias da minha vida.

   Eram exatamente quatro horas da tarde e eu, como sempre, estava esperando meus pai no portão da escola.

- Ei, garoto.- Ouvi uma voz feminina, porém, não consegui ver a dona dessa voz. Pensei em sair correndo, afinal, tenho apenas quatorze anos, vai que ela é uma assassina ou algo do tipo.- Qual é seu nome?

- Cato.- Procurei pelos arredores e, encolhida embaixo de uma árvore próxima, uma garota morena e bonita para uma garota de, talvez, quatorze anos.- Quem é você?

- Cato...- Ela se levantou e andou até mim.- É um nome bem incomum, não?

- Quem é você?- Insisti.

- Clove.- Disse e sorriu.- O que ainda faz aqui na escola?

-E o meu nome é incomum, né?- Alfinetei-a.

- Você é insuportável, sabia disso?- Ela disse, começando a ficar um pouco vermelha.

- Então porque você começou a falar comigo?

- Achei que você pudesse ser legal, mas acho que estava errada.- Ela disse emburrada e voltou a sentar embaixo da árvore.- Eu te odeio.

- Eu também te odeio, esquisitinha.- Ela revirou os olhos e, quando virei a cabeça, me deparei com a cabeça de meu pai praticamente pra fora da janela do carro.

- A quanto tempo você tá aqui?- Perguntei entrando no carro.

- Tempo suficiente para ver que você gostou daquela garota.- Ele riu e começou a dirigir.

- Ah, e eu também gosto de pular de cima do Empire State e escalar a Torre Eiffel com o Homem-Aranha- ri.

- Negação é sempre a primeira fase.- Ele disse e voltou a atenção para a estrada.

- Primeira fase do quê?

- Primeira fase da paixão.- Ele disse sonhador.


   Por que eu me lembro perfeitamente desse dia? Porque, graças a ele, eu descobri uma coisa muito importante. Que meu pai é pirado e acha que um dia eu vou me apaixonar. Ou muito menos gostar da esquisitinha da Clove.

- Professora, quando a gente vai chegar nesse acampamento?- Perguntei, assustando a professora e fazendo o motorista se desconcentrar e quase bater o ônibus em uma árvore.

- Acho que já estamos chegando.- Ele virou para o motorista.- Falta muito para chegarmos?- Ele perguntou.

- Pelo que eu saiba, não vamos demorar muito.- O motorista gordo respondeu.- Umas duas horas, no mínimo.

- Duas horas?- Clove se manifestou.- Eu vou ter que ficar nesse ônibus por mais duas horas?

- Acalme-se Clove.- A professora disse, sorrindo. Argh, como ela consegue sorrir em uma situação dessas?- Porque você e Cato não conversam um pouco? Talvez se distrair encurte um pouco a viagem.

- É, esquisitinha, vamos conversar!- Disse com falso entusiasmo.

- Velho, Cato, por que você não pula da janela?- Ele perguntou revirando os olhos.

- Porque você não se joga também?- Retruquei.

- Se você se jogar primeiro, talvez eu me jogue.- Ela se levantou irritada.

- Se você se jogar primeiro, eu me jogo.- Me levantei também. Irritado? Concerteza.

- PORQUE VOCÊ NÃO SE JOGA LOGO PRA EU PODER TER PAZ?- Clove gritou.

- A ÚNICA PESSOA QUE DEVIA SE JOGAR AQUI É VOCÊ!- Gritei de volta.

- PAREM DE BRIGAR!- A professora gritou, transtornada. Nunca vi ela desse jeito. Ela sempre está sorrindo.

- Foi ele que começou!- Clove disse e sentou de novo no banco.

- Eu?- Perguntei indgnado.- Só tentei conversar com você, foi você que me mandou pular da janela!

- Devia ter se jogado mesmo.- Ela resmungou e fechou os olhos, provavelmente com aquela mania que ela tem de achar que fechar os olhos vai levar ela de volta para a casa dela. Ridícula mania, se me permitem dizer.

- Como eu disse antes, a única pessoa aqui que devia se jogar da janela é você.- Disse e coloquei os fones de ouvido.

   Aquela seria um longa viagem.

Clove’s Summer

- Como eu disse antes, a única pessoa aqui que devia se jogar da janela é você.- Ouvi Cato dizer, mas, como estava com os olhos fechados, não sei o que ele fez depois disso.

- Depois que você se jogar eu me jogo.- Sussurrei e, estranhamente, lembrei do dia em que conheci ele.

   Meus pais, mais uma vez, tinham se atrasado para me buscar. Eram quatro horas e eu estava no meu local de costume. Encolhida embaixo de uma das árvores perto do portão da escola. Um garoto estava parado no portão e, o estranho era que eu sempre via ele lá, esperando pelo pai. Já tinha visto ele na sala, parece o insuportável do garoto popularzinho. Ridículo. Mas, talvez, ele não seja tão ruim assim.

- Ei, garoto!- Chamei, ele pareceu, por um breve momento, assustado. Será que estava pensando que eu era uma assassina?- Qual é o seu nome?- Arrisquei.

- Cato.- Ele virou o rosto. Provavelmente procurando por quem estava falando com ele.- Quem é você?- Perguntou assim que me viu.

- Cato...- Levantei e andei até ele.- Um nome bem incomum, não?

- Quem é você?- Ele insistiu.

- Clove.- Sorri. Ele não aprecia ser tão ruim assim.- O que ainda faz aqui na escola?

- E o meu nome é incomum, né?- É, ele é insuportável.

- Você é insuportável, sabia disso?- Disse e senti que estava ficando um pouco vermelha.

- Então porque você começou a falar comigo?- Ele perguntou.

- Achei que você pudesse ser legal, mas acho que estava errada.- Eu disse emburrada e voltei a sentar embaixo da árvore.- Eu te odeio.

- Eu também te odeio, esquisitinha.- Ele virou a cabeça e viu o carro que estava na frente do portão. Disse alguma coisa que não prestei atenção e entrou no carro que, provavelmente, era de seu pai.

   Meus pais não demoraram para chegar e, quando chegaram, começaram a pedir desculpas pelo atraso e, como sempre, prometendo nunca mais se atrasarem. Adoraria que eles cumprissem essa promessa.


   Mais duas horas nesse ônibus.

   Esse viagem vai ser longa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? (: