Dias depois da morte de Saaya, Tadase cumpria com sua promessa e não falava de maneira alguma com Nadeshiko, a ignorando totalmente. Mesmo no Royal Garden, onde precisavam se comunicar, falava com a Rainha só o necessário e era sempre o primeiro a ir embora. Amu e os demais Guardiões aconselhavam ao Rei aceitar as desculpas de Nadeshiko, mas o garoto parecia irredutível.

Felizmente Nadeshiko não desistiu de Tadase, apesar do gelo que o amigo lhe dava. Para sua sorte Amu, Nagihiko e Yaya saíram primeiro, deixando ela e Tadase a sós. Enquanto Tadase terminava de carimbar os últimos papéis de uma pilha, o garoto bufava de irritação por estar com Nadeshiko. Assim que terminou seus afazeres, ele pega sua mochila e seguia em direção a saída do Royal Garden quando Nadeshiko ainda sentada desde o começo da reunião, falou com Tadase, sem o encarar.

— Não vai ler a carta que ela lhe escreveu, Hotori-kun?

— Do que está falando, Fujisaki-san? — perguntava o Rei com curiosidade ao olhar para a garota que segurava uma folha. Tadase foi até Nadeshiko, pegou a folha e começou a lê-la.

“Querido Tadase-sama, se você estiver lendo essa carta, provavelmente não estarei mais ao seu lado. Se lembra de quando eu havia ido ao toalete quando fomos alanchonete? Bem, eu estou doente. Minha cabeça estava com uma dor insuportável. Não quis demonstrar dor em sua frente nem contar nada da doença para não lhe preocupar, me desculpe. Além do mais esse mês que ficamos juntos foi inesquecível. Só de termos ficados juntos foi a melhor coisa que eu poderia ter ganhado.Continue seguindo sua vida em frente. Mesmo sem mim você será muito feliz com outra garota.”

PS: Outra coisa que me deixou feliz foi você ter me escolhido como sua namorada ao invés da baranga e encalhada da Fujisaki Nadeshiko-san. Hohohoho!

Beijos; com amor;

Yamabuki Saaya

Tadase não tinha dúvidas aquela era mesmo a letra de Saaya. Ao levantar a cabeça, ele olhava para Nadeshiko.

— Onde você achou isso?

— Caiu da bolsa dela quando ela foi atropelada, Hotori-kun. Com exceção das ofensas que ela me fez, foi uma bonita carta. — a rainha se levantava e pegava sua mochila — Hotori-kun... Por favor... Me desculpe. Está sendo muito deprimente você me ignorar desse jeito. E-eu... Eu te amo.

— N-Nadeshiko-san... — Tadase estava paralisado.

— Eu... Já vou indo...

Os meses foram passando, e com o passar do tempo Tadase e Nadeshiko foram fazendo as pazes e aos poucos ficando mais íntimos. Mas só mesmo no Natal que o Rei e a Rainha iriam ficar juntos. Chegada essa data, Tadase foi até a casa da família Fujisaki. E antes que ele pudesse tocar a campainha, sua amiga Nadeshiko que acaba abrindo a porta.

— O-olá, Hotori-kun. O que faz aqui? — perguntava um pouco corada.

— O-olá, Fujisaki-san. Fujisaki-kun está? — perguntava o rei

— Não, ele está na casa da Amu-chan. Mas entre. Logo logo ele deve chegar.

Assim que ele entrou, Nadeshiko e Tadase foram até a sala de estar, e cada um sentou em um sofá. E assim a garota voltava ao tricô que estava fazendo. Passado alguns minutos com os dois em silêncio, Tadase falou:

— Desculpe Fujisaki-san. Na verdade eu vim aqui para ver você. F-feliz Natal — falava corado ao entregar um embrulho dourado a garota. — Ele é simples... Mas espero que goste.

— Hotori-kun... Não precisava. — falava a rainha corando ao receber o presente. Ao abrir, ela vê que é um álbum, que na capa está escrito “Tadase e Nadeshiko” E nele continham fotos de quando os dos se conheciam até hoje. — Que presente lindo. Obrigada, Hotori-kun. Guardarei ele pra sempre.

— E-eu já vou indo. — Tadase de tanto corado que estava, havia se levantado e anddo em direção à saída, mas quando havia aberto a porta, Nadeshiko segurou seu braço.

— Hotori-kun, espere. Também tenho um presente para você. — A garota colocava ao redor do pescoço de Tadase um cachecol azul, que ela havia terminado de tricotar. Ao ver novamente o Rei tão próximo, Nadeshiko, abraçou seu pescoço, aproximou seu rosto ao dele e o beijou. Tampouco conseguindo resistir, Tadase abraça a cintura da garota e retribui o seu beijo.

Escondidos, Amu Yaya e Nagihiko observavam tudo.

 —Já era hora de eles ficarem juntos — falava o Valete

— Que cena linda... — dizia Amu admirada

— Tem razão Amu-chi — Concordava Yaya com a amiga.

Vinte anos se passaram, e nesse tempo, Tadase e Nadeshiko se casaram e tiveram uma filha. Tadase e Nadeshiko estavam esperando sua filha na porta de casa e pensavam como o tempo passou tão depressa. Quando ela sai, os três vão em direção da Casa de Kukai e Yaya (que haviam se casado também).

— Quero chegar logo para poder brincar com o Kukai Júnior. — Falava Saaya, que era parecida com Nadeshiko, mas tinha o sorriso e a fofura do pai.

— Filha, sabe que o filho de Souma odeia ser chamado assim. — Falava Nadeshiko.

— Eu sei disso. É que eu gosto mesmo de irritar ele — falava a garota alegremente.

— Até em irritar os outros ela parece com a Yamabuki Saaya. Não sei se isso é bom ou ruim... – pensava consigo mesma.

Fim.