E Se Não Tivéssemos Ido Para Os Jogos? escrita por Bia Vieira


Capítulo 20
Final - Totalmente recuperada?


Notas iniciais do capítulo

Mereço as palavras finais... eu estou muito orgulhosa dessa fanfic, eu me odeio por ter colocado a Clove um pouco fraca mas isso vai mudar na continuação... vão ser só 10 capítulos, eu espero.
Agradeço a você que leu, agradeço mais ainda aos que comentaram e aos que recomendaram e favoritaram, o importante foi que conhecemos um lado Clato um pouco mais romântico, louco e engraçado. Amo vocês só por lerem e bem... é o fim dessa fanfic partindo pra outra que só estreia em outubro.
Aproveitem o último capítulo e deixem reviews de coração do que acharam da fanfic inteira.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236959/chapter/20

Narração

- Será que deu certo? - um médico pergunta.

- Não sei, não estava na cirurgia... só sei que houve uma briga e a mãe dela foi sentenciada a morte por tentativa de homicídio. Não achei muito justo, ela estava louca.

- É mas tentou matar a filha.

- Pois é. Fale com o dr. Persk, ele estava durante a cirurgia. A única coisa que eu sei é que tem algo errado.

Tudo irá mudar na vida de Clove Fuhrman.

Clove

Abro os olhos e vejo Leance gritando desesperado e feliz.

- CATO! CATO! ELA ACORDOU! - ele berrava praticamente.

- O que? - alguém gritou lá fora.

- Ela acordou! - ele gritava e sorria.

- Oque...o que? - perguntei.

- Fique quieta, espera que tenho uma surpresa. - Leance disse com um sorriso.

Ao entrar pela porta do quarto hospitalar, Phoebe, Cato e uma pessoa eu reconheço... Annanda, a vencedora da Septuagésima Edição, nossa a quanto tempo eu não a vejo? A conheci antes de beijar o Cato então... faz acho que 1 mês. Há também meus amigos que não vejo a muito tempo, Edgar, Rachel, Trix, Kenny... nossa eles sumiram! Sabia que eles tinham ido descobrir os outros distrito mas foi há tanto tempo.

- Sumidos! - digo zonza e meio grogue.

- Pois é, viemos te ver, Pequena. Trouxemos até um presente depois que soubemos sobre a sua mãe. - disse a garota com olhos azuis e cabelos negros... Trix.

- Ah... não fale nisso. - digo grogue.

- Tudo bem, mas estamos felizes de te ver bem.

- Principalmente eu. - reconheço a voz de Phoebe, e reconheço ela quando sinto um abraço confortador.

- Phoebe...

- É, sou eu, sua drogada! Te injetaram muita anestesia? 

- Talvez.

- Nós ficamos com saudade também, merecemos um abraço. - Kenny é um garoto ruivo e baixinho, tem 13 anos e mentalidade de 7, quando o conheci achei que tivesse 7 anos... mas me enganei e quase o matei por ser tão irritante. Com o tempo, ele virou um amigo... idiota, mas é amigo.

- Preciso dizer algo? - a voz grossa de Edgar... essa voz é horripilante, é engraçado e foi isso que me aproximou dele. Ele e Rachel são gêmeos idênticos, ambos com cabelos castanhos cacheados e sardas. Os dois me abraçam.

Nunca havia abraçado esse povo mais de 2 vezes, mas eu precisava nesse momento.

- O que vai fazer quando sair daqui? - pergunta Trix.

- Vou pro centro de treinamento.

- Não pode, você foi operada. - diz Cato.

- E?

- E que vai romper os pontos.

- Ah que bobeira, não rompe nada! - rebato.

- Rompe sim! Não vai ser legal te ver sangrando do nada. - Cato aumenta a voz.

- Te faço sangrar do nada agora mesmo!

- Então faça!

Todos olham pra nós... Cato sorri irônico e diz:

- É bom te ver arrogante e com um tom superior, de novo.

- É, é bom estar bem.

- Vocês são retardados. - diz Leance.

- Loucos. - completa Phoebe. - Melhor deixarmos a Clove um pouco sozinha.

- É... só quero falar com Cato.

Trix me olha maliciosa.

- Ah por favor!

- Tudo bem, tudo bem...

Todos saem e Cato se senta numa  cadeira de frente pra mim e me observa, sério.

- Porque você tenta me matar? - ele pergunta.

- É divertido. - ironizo.

- Muito engraçada. Não faça isso de novo, Clove, não sabe como é difícil suportar uma coisa dessas.

- Não prometo nada. E quem foi forte fui eu e não você... como sempre.

- Eu fui mais forte porque eu sou. - ele não estava brincando.

- Acredite no que quiser. Apenas me diga o que aconteceu desde que eu... você sabe...

- Sua mãe foi internada em um manicômio e ela provavelmente vai morrer.

- Porque?

- Porque no distrito 2, tentativa de homicídio é crime. Por isso não te mato.

- Entendi... eu quero vê-la.

Cato me olha com raiva e surpresa.

- O QUE?!

- Ela é minha mãe...

- E tentou te matar duas vezes. Qual é o seu problema?

- Além de você, minha filantropia.

Cato cai na gargalhada.

- Você? Ah ta bom.

- Tá vou parar com as brincadeiras, odeio essa gente. Mas sério... o que nós dois faremos agora?

- Seguiremos nossas vidas.

- Só isso? Esqueceu que só tem quinze anos e que vai ficar órfã?

Clove, a órfã... posso jurar que já vi algo parecido com isso.

- Desculpe. - ele diz.

- Tudo bem, eu não ligo muito. Tenho que prestar atenção em mim.

- Isso. Seja egoísta. - ele me incentiva.

- Mas e você?

- Bem... minha mãe me expulsou de casa e meu pai tá num processo de divórcio, nós somos agora a fofoca do distrito... bem nem tanto porque agora os Jogos estão acabando.

OS JOGOS! JACK! Tem ele, como me esqueci!?

- E Jack, como ele está?

- Quem?

- O garoto que representa o distrito 2 nos Jogos.

- Ah ele tá indo bem, ficou meio revoltado desde que sua irmã...

- Eufemismo, por favor.

- O que?

- Seja delicado em relação a Bianca.

Ele suspira e tenta buscas as melhores palavras.

- Desde que ela se foi, ele tem ficado com um ódio maior, ele deve estar na final de 3 com certeza.

- Não vou ver esses Jogos nunca mais.

- Ok. Mas e aí, e nós?

- Bem eu vou continuar morando na minha casa.

- E eu vou morar com meu pai... muito legal isso.

- Mora comigo.

- Somos menores.

- Nã, não, você tem 18.

- Ainda tenho dezessete.

Lembro de nós dois correndo quando grito:

"–Me deixa, isso é pedofilia!
            –Não, não é, eu ainda tenho dezessete."

Sinto falta desses dias.

- Nós dois morando juntos? Não daria certo...

- Eu sei que não - digo. -, mas falta quanto pra você ter 18?

- Algumas semanas.

- Viu!

- Mas aí seria pedofilia.

Eu e ele rimos juntos relembrando de quando eu o acusei de pedofilia.

- Vou morar sozinha mesmo, ou peço pra Trix voltar a morar lá em casa.

Trix tem 23 anos, trabalha pra Capital e já morou na minha casa por um tempo até ter que viajar. Ela é como uma irmã, me faria bem.

- Bem isso você decide com ela e...

Um médico bate a porta e eu o deixo entrar.

- Cato, preciso falar com você. - o médico aparenta não trazer uma boa notícia.

Cato

Fui junto co o médico para o corredor. Ele não parecia trazer uma boa notícia.

- A srta. Fuhrman não está totalmente recuperada.

- Porque, o que houve?

- O exame de sangue dela aponta que o líquido que a mãe dela injetou nela não é algo que possa se misturar com o sangue, falando em suas palavras.

- Então...

- Ela tem 70% de chances de pegar um vírus e morrer.

Mais um choque? Pois é, parece que não tá fácil pra ninguém.

- E como pode impedir isso de acontecer?

- Bem com tratamentos avançados, mas não sei se isso eliminará com toda certeza o vírus do corpo, ele pode estar se espalhando.

Se ela morrer, não vai sobreviver nenhum Fuhrman pra contar a história. Pai, irmã, mãe e agora ela. Eu não consigo controlar minha raiva.

- Ué façam alguma coisa! - digo duramente, se eu gritar, ela vai perceber.

- Nós faremos, mas o problema é que ela está recém operada e se pegarmos pesado logo agora, causará danos a ela.

- Depois te quanto tempo poderá começar o tratamento?

- Poderia começar hoje, mas há um prazo mínimo de duas semanas pra ela se recuperar fisicamente e psicologicamente.

- Ah isso é verdade... 

- O vírus não irá se espalhar com facilidade, e nós conseguiremos tirar ele de lá. Vocês dois vão conseguir

O médico me dá tapinhas no ombro, quando ia dar o terceiro eu o fuzilei com o olhar e ele parou.

- Bem, não conte isso pra ela agora, é muita coisa pra ela engolir... conte daqui a uns dias. 

- Dias?

- Conte amanhã então. Ela pode não suportar.

- Ela vai suportar, ela é a Clove, ela é forte.

Clove

Logo depois que eu fui liberada do hospital, segui minha rotina e consegui fazer Trix morar comigo, ela aceitou de bom grado e sempre me ajuda na recuperação da cirurgia. Foi tudo muito bem mas eu não podia me esforçar muito. 

Cato todo dia, depois da escola, ficava comigo e me animava um pouco, se não era ele, era o Leance... Cato não gostava muito de quando eu ficava perto de Leance mas ele suportava. 

Phoebe, Kenny, Edgar e Rachel me visitavam também, todos me ajudavam e me davam uma força pra continuar mesmo que eu não precisasse. Eu estava bem, só que eles são frescos e idiotas demais pra perceberem.

Cato entrou na minha casa e sentou ao meu lado, começou a reclamar de tudo e me contou quando bateu na cara de um garoto que zombou de nós dois.

- Fez certo.

- Claro que fiz.

- Mas... Cato... você liga para o que falam de nós?

- Bem é meio estranho eu estar namorando você. É tão fria, arrogante, orgulhosa, se acha superior, mandona, briguenta...

- Chega.

- Enfim, é meio estranho mas eu realmente gosto de você. Não quero ser meloso mas eu... eu te...

- Hum?

- Eu te...

- O que foi?

- Eu te...

- É tão difícil assim?! Porque se for, tá eu me rendo pela primeira vez e digo que te amo.

Ele sorri vitorioso e diz:

- A recíproca é verdadeira.

Sorrio pra ele e por fim ele me beija, e eu estou feliz. Perdi meus pais, minha irmã e muitas coisas... mas se algo sai da sua vida de uma forma dolorosa, você vai ter algo bom lá na frente. E eu acredito isso, e eu acredito que Cato me ama e isso basta pra mim. Eu sinto que ele realmente sente algo por mim.

- Clove, tenho que te contar uma coisa. - ele diz se afastando. Seus olhos estão sem o brilho que tem diariamente.

- O que?

Não é algo bom, tenho certeza.

- Eu ia te contar antes mas... o médico exigiu que fosse depois de uns dias. Eu tô junto com você, juro, mas olhe... você está com um vírus, algo do tipo, em seu sangue e se não tratar você morre.

- Tá brincando né?

- Não, eu juro. Eu não sei como dar más notícias assim.

- Então eu tenho um vírus dentro de mim?

- No seu sangue. Ele não vai te destruir, eu prometo, você vai fazer tratamentos e e vai ficar bem.

- Não... não! Eu não preciso de tratamentos! - me afasto. - Eu vou acabar com isso sozinha.

- Não vai, é só uns remédios diários e umas idas ao médico, nada demais. Você vai conseguir.

- Óbvio que vou... - hesito e faço a pergunta que não quer calar - mas eu posso morrer com isso?

Cato abaixa a cabeça e fica frio.

- Sim... pode... mas não vai.

Ele me abraça devagar e eu retribuo. 

Que venha o vírus, que venha qualquer coisa, eu vou conseguir... eu nunca perco.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não preciso dizer nada né? Tomaram 1 hora da minha vida por esse capítulo XD
GOSTEM E DEIXEM REVIEWS! é o último :( me despedindo... ou não. Vai ter a continuação e vai estrear dia 5 de outubro com o mínimo de 10 capítulos. Ainda não sei o nome mas vocês saberão quando eu postar, é a única fanfic nova que vai ter até dia 5.
Muito chocolate na vida de vocês e se quiserem falem comigo pelo meu tumblr: potterthinks. Uma leitora falou comigo e eu achei muito fofa :3 muito obrigada por acompanhar essa fanfic e VAMO QUE VAMO PRA CONTINUAÇÃO!
Deixem um review honesto e digam o que acharam da fanfic do início ao fim :') amo vocês