Bella Problema X Edward Solução escrita por Lunah


Capítulo 9
Capítulo 8 - Pronto para Guerra




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Capítulo 8 - Pronto para Guerra

Bella’s POV

Houveram risinhos, mas ninguém se acusou. Depois dizem que eu é que sou infantil.

– MUUUUAHAHAHAHAHA – Riu Emmett como se fosse um monstro (o que ele realmente era para mim).

– Não faz isso! Eu tenho medo de escuro. – Reclamou Alice com a voz trêmula.

– MUUUUUAHAHAHAHAHAHAHAHAHA – A gargalhada patética e tenebrosa agora veio de Edward. Quanta imbecilidade.

Bem, eu não ia ficar parada ali a noite inteira. Dei alguns passos lentamente para frente sem enxergar nada, tentando apalpar alguma coisa.

Edward’s POV

Eu ainda continha a risada por ter passado a mão na bunda de Rosalie. Lógico que eu não ia perder aquela oportunidade, além disso, foi muito engraçado vê-la gritar.

Mas eu não estava satisfeito. Eu queria beijá-la e, aquele momento seria perfeito para isso. No escuro, eu a agarrarei com força, ela não irá resistir, e ninguém ficará sabendo. Me aproximei de onde ela estava a poucos segundos atrás, quando lhe toquei a bunda.

Emmett’s POV

Eu tinha certeza que o viadão do Edward tinha passado a mão na bunda de Rosalie, só podia ser ele, pois eu nem me mexi e Jasper jamais faria isso.

Ah caraca, ele pode se divertir e eu não? Eu quero dar uma dedada em alguém, e minha vítima vai ser a Rosalie, ela é mesmo gostosa.

Quero dar dedada, quero dar dedada!

Rosalie’s POV

Temi que a mão que passaram na minha bunda, a poucos segundos atrás, fosse a de Emmett, porque eu desejava com todas as forças que ela fosse do gostosão do Edward. Eu estou no maior atraso e ver ele todos os dias tem me deixado louca. Eu o queria para mim, mas as coisas entre nós estavam indo muito devagar. Tudo bem que ele seria meu futuro irmão, mas eu estou realmente caidinha por ele.

A palavra ”namorar” não faz parte do meu dicionário, mas se ela viesse da boca de Edward seria perfeito. Já que ele não havia tomado a iniciativa de me beijar desde o episódio no Pazzo Club, eu iria. Eu vou beijá-lo agora, enquanto todos estão distraídos, e ele não resistirá.

Então me aproximei do local onde ele estava antes do apagão.

Alice’s POV

Ai, como eu odeio escuro! É tão estranho, eu tenho certeza que tem um fantasma aqui. Se eu ver um vulto branco, vou enfartar e ninguém vai perceber nessa escuridão. Mas, e se eu abraçasse Jasper? Será que ele me abraçaria de volta? Será que ele me protegeria?

Só vou saber tentando, afinal está escuro, ele não poderá ver minha cara ruborizada.

Caminhei, trêmula, em direção ao local onde Jasper estava antes da luz sumir.

Jarper’s POV

Estou com pena da Alice, ela realmente parecia assustada com as gargalhadas dos meus irmãos. Por que eles são tão idiotas?

Quando eles vão crescer?

Ainda estou com o copo de cerveja que Edward me pediu para segurar antes de ele começar a imitar Bella. Estou morrendo de sede, mas não vou beber no mesmo copo que ele. Sabe quantas bactérias tem aqui, se proliferando tão perto das minhas mãos?

Nojo!

Foco, Jasper, foco! Eu preciso me aproximar de Alice e lhe dizer para não temer, que logo a luz retornará.

Dei um passo para frente, tentando achá-la.

Carlisle’s POV

Esme e eu já estávamos voltando para a sala. Encontrei apenas uma lanterna, mas ela estava falhando, talvez bateria fraca, não sei. Quando chegamos na sala, ela apagou novamente. Tinha sido a quarta vez que ela apagava desde que a encontrei. Ouvi risos e gemidos na sala. Logo me apressei, chacoalhando a lanterna pra ela voltar a funcionar. Queria poder ver o motivo da barulheira.

A lanterna finalmente acendeu, e apontei para o meio da sala.

– Oh meu Deus! – Gritou Esme ao meu lado.

Meus olhos quase saltaram para fora ao ver Emmett dando uma dedada no traseiro de Alice, que gritou assustada e lhe deu um tapa. Jasper parecia horrorizado, enquanto Rosalie prendia as mãos dele contra seus seios lhe tentando beijar, e, para completar,

Edward estava... estava... beijando Bella?

A luz voltou de repente,e tudo ficou mais claro.

Bella’s POV

Tudo agora ficou claro. Só aí eu vi que o tarado que me segurava, quase quebrando meus ossos, era Edward Babacão Cullen, que ainda mantinha os olhos fechados.

AI, MEU DEUS, EU QUERO MORRER!

Ele tentava invadir a minha boca com aquela língua nojenta, e eu não permiti, cerrando os lábios fortemente. Eu queria gritar, mas só saía um gemido abafado, já que minha boca estava tapada com os lábios imundos dele, com tanta força, que chegava a doer.

As risadas altas à nossa volta fizeram o tarado do Cullen abrir os olhos e, ao me ver, pulou para trás com o rosto pálido, como se tivesse visto um fantasma.

Edward’s POV

Eu ia ter um AVC a qualquer momento, ainda não podia acreditar no que os meus olhos viam. Eu estava beijando a pirralha da Bella?

Pulei para trás, ofegando e querendo que o chão se abrisse embaixo de mim.

– AAAAAAAAAAHHHH A MINHA BOCA! ECA, ECA, ECAAAAAAAA! – Ela gritou furiosa, correndo para a cozinha.

Todos a seguiram, ainda rindo de sua reação. Eu não fiquei para trás. Me arrastei, acompanhado-os. Estava imensamente constrangido e não sabia como iria explicar aquele beijo. Se é que se pode chamar assim, pois nem mesmo consegui colocar a língua dentro da boca dela.

Ufa, graças ao bom Deus!

Quando cheguei na cozinha, ela já lavava a boca na pia com muita água e detergente de louça. Que exagerada! Certo que eu também não havia gostado de beijar a pirralha, mas também não era motivo para tanto escândalo. Me senti um pouco ofendido, não entendi aquilo. Afinal eu não tinha nenhuma doença.

Bella virou-se para nós com a camisa molhada, e seu rosto estava mais vermelho do que de costume. Só aí percebi que não era raiva, e sim, vergonha.

Nos encaramos por um segundo, então ela começou...

– Carlisle, bate nele! Ele me agarrou a força! – Esbravejou Swan apontando para mim.

– Foi um acidente e tecnicamente, foi você quem me agarrou, pois ainda sou você, lembra? – Me defendi zombando.

– Ele tem um pouco de razão. – Respondeu Carlisle segurando o riso.

Bella bufou inconformada com a resposta de seu pai. Sinceramente, fiquei confuso quando a vi enchendo um copo com água da torneira, mas me mantive apenas observando.

– Já que é assim, nunca mais faça aquilo, Bella! – Falou ela, jogando a água na minha cara.

PERFEITO.

Agora eu também estava encharcado e pronto para outra discussão, quando Carlisle interrompeu, com a pergunta mais constrangedora da noite.

– O que foi aquilo que todos vocês estavam fazendo na sala?  

Eu, meus irmãos e as garotas Swan começamos a berrar, todos ao mesmo tempo, nem mesmo eu conseguia me ouvir, quem dirá Carlisle, que ficou impaciente.

– Parem!

Todos se calaram, mas a última frase ecoou no ar:

– ...porque eu só queria dar uma dedada! – Aquilo só poderia ter saído da boca de Emmett.

– Meu filho, que coisa feia de se dizer na frente das meninas! Eu não lhe eduquei assim!

– Disse nossa mãe séria.

– Desculpe! – Falou Emmett em um fio de voz, tirando seu fiel boné branco da cabeça e colocando-o no rosto.

Jasper e eu rimos.

– Sinceramente, se as explicações vão ser desse tipo, eu prefiro nem ouvir, ou não vou conseguir dormir. Só, por favor, não aprontem mais. – Pediu Carlisle, com uma mão na testa. Coitado, acho que ele estava pensando que havíamos iniciado uma suruba no escuro.

(...)

No dia seguinte me sentia ótimo, não precisava ser mais Bella Swan e já podia vestir minhas próprias roupas. A idéia de terapia da minha mãe foi um verdadeiro fiasco, provavelmente não haveria nada no mundo que fizesse eu e Bella convivermos juntos, sem brigas e catástrofes. Mesmo Esme, tendo que admitir que seu plano foi uma má idéia, estava animadíssima. Ela passou a manhã inteira na cozinha, preparando um almoço especial para Carlisle, mas não só um almoço, seria seu primeiro almoço. Ela me falou que prepararia uma macarronada. Uma receita antiga que aprendeu com sua mãe, ela sempre fazia para nós, mas Carlisle nunca havia provado. Era bom ver Esme tão feliz.

Quase todos nós já estávamos à mesa esperando o almoço ser servido, o sorriso estampado no rosto de Carlisle era de pura paixão. Ao poucos, eu estava percebendo o quanto aquele casal se amava. Minha mãe ainda se arrumava em seu quarto. Ela deveria estar muito nervosa, pois nunca demorou tanto para se produzir.

Uma coisa me incomodava, mas eu não queria deixar transparecer: a ausência de Bella. Não que eu me importasse com a pirralha, mas temia que ela estivesse aprontando alguma por aí.

Para o meu alívio, Bella chegou correndo na sala de jantar, sentou-se ofegante na mesa e não me encarou.

– Muito bem, quem está com fome? – Perguntou Esme adentrando o cômodo contente.

– Eu! – Gritaram Emmett e Bella ao mesmo tempo. Hum, que estranho.

Esme fitou Bella com um enorme sorriso. Quase gritei: “mãe, não se iluda”, porém me mantive apenas analisando.

Minha mãe adotiva logo voltou da cozinha com uma enorme travessa de macarronada. O sorriso de orelha a orelha iluminou a sala de jantar. Ela fez questão de servir cada um de nós. Emmett praticamente salivava em frente ao prato.

– Não comam ainda. Deixem Carlisle provar primeiro. – Pediu ela.

Consentimos, vendo Carlisle pegar o garfo e enrolar o espaguete.

Bella me pareceu apreensiva demais, fitando seu pai. Ela nem mesmo piscou os olhos.

Carlisle colocou o espaguete na boca, sorriu e começou a degustar. Por um segundo, ele parou de mastigar e colocou um guardanapo na frente da boca. Podia jurar que seus olhos começavam a lacrimejar.

– Hum, delicioso.

– Comam. – Incentivou minha mãe.

Assim como os outros, logo coloquei um garfo cheio na boca. A sensação foi horrível! Todos nós praticamente cuspimos a comida ao mesmo tempo. Não dava para engolir, o molho do espaguete tinha gosto de esgoto. Mesmo bebendo muita água, o gosto terrível não saía da boca. Podia jurar que ali havia boldo, leite estragado, pimenta e creme dental. Como consegui sentir? Não sei, apenas senti e fiquei enjoado.

– O que foi? Não gostaram? – Perguntou Esme assustada.

– Espera! Deixa eu provar! – Falou Bella risonha. Ela colocou uma quantidade minúscula na boca e logo depois também cuspiu o espaguete, dizendo: – MEU DEUS, NÃO ACREDITO QUE ME DEIXOU COLOCAR ISSO NA BOCA! A MORTE DEVE TER ESSE GOSTO. QUER ENVENENAR MEU PAI, SUA PIRADA?

– Bella, não fale assim com Esme! – Respondeu Carlisle alterando-se.

Esme nos olhou já com lágrimas nos olhos, saiu correndo e Carlisle a seguiu.

A maldita Bella sorriu satisfeita para mim. Eu nunca bati em uma mulher, mas realmente tive vontade de socar Isabella. Era claro como o dia que Bella havia estragado o almoço de minha mãe, pois Esme nunca errou ao fazer aquela receita.

Alice e Jasper olhavam para a garota chocados. Rosalie, indiferente, saiu da sala de jantar e Emmett... continuou comendo. Não sei como.

Lancei para a filha do capeta meu olhar mais raivoso, a ponto do meu olho esquerdo tremer. Ela ignorou e saiu saltitando para fora da sala de jantar.

– Fica frio Edward, não vale a pena se estressar. – Interviu Jasper, colocando uma mão no meu ombro na tentativa de me acalmar. Mas não ia adiantar; a garota Swan havia passado dos limites.

Uma coisa era aprontar comigo e meus irmãos, outra era fazer Esme chorar.

Levantei-me, quase virando a mesa, e subi para o meu quarto. Bati a porta com força e soquei uma parede.

Eu já sabia o que fazer, sabia que não ia ter como fugir. Eu iria ser tão insensível e estúpido quanto Bella. Se ela queria alguém para confrontar, esse alguém seria eu e não Esme.

Desci as escadas em uma velocidade que não sabia ser possível, fui até um dos armários de limpeza, peguei um balde e fui para o jardim. Enchi o balde com água da piscina e marchei em direção à varanda onde Bella estava sentada, de costas para mim, com sua estúpida guitarra. Provavelmente saboreando seu recente feito.

(N/A: ESSE FOI O MOMENTO EM QUE BELLA INICIOU A NARRAÇÃO DE NOSSA FANFIC.)

Bella virou-se para me encarar confusa. Não podia esperar nem mais um segundo, eu tinha que por a raiva que eu sentia,para fora.

– Bella Swan, sua pirralha mimada! Você não sabe com quem se meteu. Só porque você é filha do Carlisle, eu não vou permitir que você apronte por aí com todo mundo, se é guerra que você quer, é guerra que você vai ter! – Minha voz saiu grave e em um tom de fúria que eu raramente usava.

– Ha, ha, ha! Que foi, Edzinhu? Tá com raivinha, é? Você é grande, mas não é dois, eu encaro!

– Encara isso! – Falei jogando toda a água na pirralha dos infernos. Ela ficou chocada e engasgando, enquanto eu me afastava.

Aquilo havia sido apenas um aviso de que eu estava PRONTO PARA A GUERRA. Isabella Swan havia comprado uma briga que nunca iria vencer.

Só depois que soube que minha mãe estava melhor, eu finalmente me acalmei. Minha explosão havia passado e eu estava pronto para começar a colocar os planos, que demorei duas horas bolando, em prática.

(...)

Emmett e eu carregávamos pelo jardim escuro uma escada. Nosso objetivo? Invadir o quarto de Bella e seqüestrar sua estúpida guitarra Fender. Eu já tinha bons planos para ela.

– Edward, tem certeza que ela não está ai? – Perguntou Emmett, segurando a escada enquanto eu subia alguns degraus.

– Sim, ela está implicando com Alice na cozinha. Não se preocupe, vai dar certo. – Afirmei sorrindo.

Adentrei o quarto pela janela que estava aberta. Quando coloquei os pés no cômodo, me perguntei se havia entrado no quarto certo. O quarto de Swan mais parecia o quarto de um garoto rebelde. Pôsteres de bandas de rock na parede, revistas de motociclismo espalhadas pelo chão e uma cama bagunçada. Me surpreendi por não ver nenhum revista de mulher pelada, afinal, a garota tinha tudo para ser lésbica.

Logo avistei a guitarra da minha inimiga, encostada em um canto de parede. Estava prestes a me mover para pegá-la, quando ouvi um barulho atrás de mim. Virei-me só para constatar que era Emmett entrando pela janela. Revirei os olhos.

– Não era para você ficar vigiando lá embaixo? – Perguntei, já bufando.

– Era? Você não falou nada! – Falou ele com cara de paspalhão.

– Não precisava, estava implícito!

– Ei, ei... tive uma idéia, vamos roubar todas as calcinhas dela! – Disse o animado Emmett, sentindo-se inteligente enquanto sorria.

– Aquela coisa provavelmente usa cueca. Vamos pegar logo a guitarra e dar o fora daqui. – Caminhei em direção ao instrumento. Peguei a Fender pronto para sair dali rapidinho. – Anda Emmett, vamos sair daqui!

– Então pula você primeiro!

– Pular? Desce pela escada, cara! – Indiquei a janela.

–Que escada?

– Droga Emmett, a escada que você estava segurando!

– Ah, essa escada? Eu empurrei ela com o pé quando subi na janela. Você sabe, para não deixar rastro. – Ele piscou sorridente.

– VOCÊ... O QUE?

(Continua...)



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Notas finais do capítulo

OPA!Gente,fiquei tão feliz com tantos comentários(e sinceramente nem esperava),que logo sentei no meu PC e só saí quando tinha um capítulo prontinho.Garanto,a força de vocês é a melhor inspiração.

Beijão para todos que deixaram sua marquinha aqui,continuem acompanhando a fic por favor.