Harry estava tão aflito e nervoso que quando chegou pela rede de pó de flu na casa dos Weasleys, caiu de cara no chão. Fred e Jorge o ajudaram a se levantar.

– Meu querido, como você está? Machucou-se? – perguntou a Sra. Weasley vindo ao encontro de Harry o abraçando bem forte.

Harry apenas sorriu, e ela entendeu.

– O que está acontecendo? Alguém pode me explicar? – perguntou Harry, ao perceber que milhares de pessoas estava o olhando.

Tinha membros da Ordem da Fênix, do Ministério da Magia e até de Hogwarts.

– Harry, ainda não sabemos o que está acontecendo – disse Lupin se aproximando. – Não sabemos se é alguma arma de Voldemort para nos destruir ou sei lá o que.

– E o Ministério, está interferindo nos ataques? – disse Harry mirando alguns trabalhadores do Ministério.

O Sr. Weasley saiu do meio da multidão e começou a sussurrar:

– Sabemos que magia não serve com esses monstros, nem mesmo as magias imperdoáveis, nada pode ferir essas coisas a não ser decapitação.

Harry sentiu enjoo, mas queria saber mais, queria fazer parte do assunto, ajudar a quem precisar.

– Rony e a Hermione estam aqui?

– Oi Harry – disse Hermione saindo no meio da multidão e dando um grande abraço em Harry, lágrimas saíram do olho dela. – Vamos lá fora?

Acenei com a cabeça.

Lá fora não estava diferente, mais pessoas. Essas pessoas estavam jogando feitiços nos mortos-vivos atravez das cercas e nada acontecia, usavam “Avada Kedavra” e o feitiço os atingia, mas era como não se tivesse feito.

– Eles não podem morrer, pois já estão mortos. – disse Hermione, observando as tentativas em vão.

– Como... Como assim? – perguntou Harry.

– São simples, essas coisas te mata para se alimentar, dado minutos você ressuscita e fica com fome e você se alimenta de alguém, essa é a nova cadeia alimentar. – vociferou Hermione.

Chegamos perto da grade ao lado esquerdo para ver que Gina estava lutando com um zumbi do outro lado e estava dando certo, ou parecia estar.

– Estupefaça! – disse Gina.

O zumbi era jogado e cambaleava para traz e ele levantava sossegado e voltava novamente.

– Estou tentando arrumar um jeito de mata-los sem usar as mãos, mas está difícil – disse Gina.

– Quer ajuda? – perguntou Harry.

Gina assentiu com a cabeça.

– Incêndio! – disse Harry.

O zumbi pegou fogo mais isso não impediu dele continuar andando, agora ele estava mais perigoso.

– Ótimo Harry – disse Rony, atrás de nós. – Ou morremos comido ou queimados. Obrigado Harry!

Todos riram, Harry há muito tempo não ria assim.

– Agora é minha vez! – disse Rony se aproximando da grade.

– Episkey! – disse Rony mirando no pé do zumbi, o quebrando.

Com um movimento rápido o monstro caiu e começou a se arrastar até perto de nos, nada parava ele.

– Meu Deus – todos resmungaram.

– Já chega! – vociferou Hermione. - Eu odeio eles.

O zumbi continuou na grade, com os braços esticados para nos pegar.

– Ah! Desisto. – disse Gina indo para dentro da casa.

Agora sobrou Harry, Hermione, Rony e os zumbis que se aproximavam das grades.

– Meus pais acham que Hogwarts está mais segura do que aqui, acho que vai haver uma reunião de por bruxos lá... – disse Rony.

– Não tem outro jeito – disse Hermione decepcionada.

– O que foi Hermione, está chatiada? – perguntou Harry, e atrás dela Rony fazia sinal para Harry não completar a frase.

– Harry, meus pais morreram! Não me resta nada!

Por um momento eu me arrependi de ter perguntado, é obvio que algo aconteceu por ela estar tão solitária e triste.

– Meninos, vão se arrumar, logo partiremos! – disse a Sra. Weasley, me salvando daquela conversa incomoda.

Como Harry não tinha nada além de suas vestes em seu corpo, ele já estava pronto para partir. Então ele saiu para o quintal novamente e ficou por lá.

Algo chamou a atenção de Harry foi que Gui Weasley com Fleur Dellacour estavam de mãos dadas. Coisa que Harry não sabia, era que eles estavam namorando. Os dois saíram da casa escondidos e correram para o portão apinhado de zumbis.

– Gui... Fleur! – gritou a Sra. Weasley, quando quase todo mundo saiu da casa para ver quem estava abrindo o portão.

– Estamos indo embora, queremos enfrentar isso sozinho, te amamos mamãe!

Os dois sairam entre os zumbis e a Sra. Weasley gritou com pavor. Agora não dava mais tempo de voltar, pois os zumbis estavam começando a entrar pelo portão. Com apavoro e correria todos foram para dentro por causa da aproximação dos zumbis.

Harry ficou olhando pela janela enquanto os zumbis se aproximavam, e com um susto. Harry viu Duda, sentado embaixo da árvore com a cabeça em seus joelhos, chorando.

– Duda! Duda corre! – gritou Harry apavorado.

Todos ficaram em pânico ao perceber que Duda nem ligava para o que estava acontecendo ao seu redor, estava em um momento depressivo. Depois de ouvir os gemidos dos mortos, Duda se deu conta que estava cercado. Era tarde demais.

Harry correu para a porta da A Toca e foi impedido por Olho Tonto-Moddy que não deixou abrí-la.

– Harry, não dá mais tempo! – disse Olho Tonto-Moddy.

– Me solta! Eu tenho que salvar Duda... – gritou Harry entre soluços. – Por fa... Por fa...

Por meio das janelas, Harry viu Duda lutando para sair da roda de zumbis, ele conseguiu passar por baixo da perna de um, clamava por socorro com seu pescoço sangrando por faltar uma parte. Estava não só com essa mordida, estava com muitas outras entre seu corpo.

– Soco... Socorro!

Cambaleando entre os zumbis que o puxava e o mordida, conseguiu chegar na janela em que Harry olhava, pôs sua mão na janela e fez uma marca com sangue. Estava cercado pelos zumbis que se aproximaram para finalizá-lo. Um morto-vivo se aproximo da outra parte do pescoço de Duda cravando seus dentes. Duda pousou a cabeça com um baque no vidro e caiu com um último grito.

– Temos que sair daqui, vamos logo! - disse a Sra. Weasley perplexa.

Todos se agruparam, aqueles que não podiam aparatar, assim como Harry, Rony, Hermione e Gina, tiveram alguém para ajudar.

Logo todos se foram, sobrando ninguém na A Toca.

Com giros claustrofóbicos e cambalhotas misturadas com tontura, Harry conseguiu aparatar bem. Mas algo estremeceu quando ele percebera onde estava.

– Porque estamos na Estação King Cross?