Annie e Finnick - Do Começo Ao Fim escrita por siren chanelle


Capítulo 5
Preciso de você




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Parecia que a entrevista havia durado uma eternidade. Meu coração dava um salto toda vez que alguém entrava ou saia do palco. As palavras de Caesar... Finnick... Parecia que eles tinham combinado.
Não! O que eu estava pensando? Finnick era muito próximo da Capital, mas não a esse ponto. Não ao ponto de pintar sua pele de verde, ou fazer tatuagens, usar maquiagem com cores que brilham no escuro, pedir um favor sem noção a Caesar, por exemplo. Finnick era apenas um acessório bonitinho para Capital.
A entrevista acabou e todos fomos para os nossos respectivos andares. Todos, sem excessão, estavam quietos demais. Tão quietos que, se uma agulha caísse, faria um barulho equivalente ao de uma explosão numa guerra. As pessoas mal respiravam e esse silêncio permaneceu assim durante toda a noite. Decidi me arrumar para dormir. Tomei um demorado banho, tentando esfriar a minha cabeça. O chuveiro nem parecia mais tão legal quanto antes. Nada parecia mais como antes. Deixei, pela primeira vez, algumas lágrimas cairem. Os jogos eram no dia seguinte. Quanto tempo eu duraria na Arena? Dois dias? Três, no máximo? Do que eu morreria? De fome ou com a perda de sangue? Aqueles pensamentos me consumiam, e eu alternava essa aflição com o fato de nunca mais ver Finnick. Saí do banho, coloquei meu pijama azul e me deitei.
Fiquei na cama por umas duas horas. Rolei de um lado para o outro, baguncei a cama e meu cabelo, até que finalmente decidi sair dali e ir para o lugar que mais me trazia calma: a sala de lazer. Sentei-me ao lado da piscina, mas olhei para a sanguinária Capital, em vez de olhar para os peixinhos.
- Também não consegue dormir?
A princípio, pensei que fosse Domun. Talvez estivesse tão ansioso quanto eu. Mas o homem se sentou ao meu lado e meu coração começou a bater mais forte e rápido.
- Não - Respondi para Finnick.
Ele olhou para a vista, com um olhar cansativo e , inconscientemente, meus olhos foram parar nele. Ele era tão bonito. Não apenas sexy, como diziam as pessoas, mas ele era muito bonito. Me fazia querer ficar em seus braços o tempo todo só para sentir seu coração bater e sentir seu calor.
Afastei aqueles pensamentos, afinal, ele não era alguém que eu podia ter aquele tipo de pensamentos. Ele era o famoso Finnick Odair, o vencedor do Distrito 4, o cara mais velho, o meu mentor.
- Eu também não conseguia dormir no dia antes dos jogos - Disse ele - Eu ficava imaginando como poderia sair vivo. Ficava fazendo planos para a minha vitória - Ele olhou para mim, e eu percebi que havia preocupação em seus olhos - É por isso que você está acordada, não é?
- Não - murmurei -Na verdade, eu pensava em...
Não consegui terminar a minha frase. Não tinha forçar para terminá-la. Não queria chorar na frente de Finnick. Não queria mostrar que eu tinha medo. Mas ele percebeu.
- Ah, o cara misterioso - Ele sorriu - Sabe, Annie, para mim você pode contar.
Minha expressão foi de espanto. Finnick era a última pessoa para qual eu contaria.
- Ah, não, Annie - Meu coração bateu rápido. Rápido demais. Ele sabia. Ele sabia! ELE SABIA!! - O cara é o Domun?
Ele não sabia?????
- Não - finalmente dei um sorriso, aliviada - Não! Claro que não!
- Que susto que você me deu - Ele deu uma risada e se aproximou de mim - Mas ainda há alguem.
Ele ajeitou uma mecha do meu cabelo, colocando-a atrás da minha orelha. Eu corei, só para variar, e ele sorriu. Um sorriso de satisfação.
- Finnick, eu ... - Não consigo dizer que é você! É VOCÊ!
Ele leu meu rosto, pois colocou sua mão em minha nuca, e se aproximou até que nossos lábios se tocassem. Eu retribui o beijo.
- É você - Disse no instante em que nossos labios se separaram.
- Eu sei - Ele disse.
É, ele sabia.
Abri meus olhos e recebi um choque de realidade. O que eu havia feito? Por que eu havia feito aquilo? Me levantei e comecei a andar sem olhar para trás. Não podia fazer isso comigo. Não podia fazer isso com ele. Simplesmente não podia fazer isso.
- Você vai embora? - Ele se levantou em foi atrás de mim, até que me alcançou rapidamente e me puxou pelo braço.
- Eu não quero - Fui sincera e dessa vez não pude controlar as lágrimas - Eu quero ficar com você, Finnick. Eu estou com medo.
- Eu sei - Ele se aproximou de novo, nossos lábios estavam a milímetros de distância - Eu também estou com medo.
- Está? - Uma lágrima caiu de um dos meus olhos, mas Finnick a limpou com o dedo polegar, depois segurou meu pescoço com essa mão - Por que?
- Por que? - Perguntou ele. Estar tão perto dele era torturante. Eu queria que ele me tocasse. Queria tanto que mal podia lidar com aquela sensação - Porque você é diferente, você tem um sorriso diferente, um olhar diferente, uma fala diferente. Você não quer me seduzir, você só me quer por perto. Você olha para mim de um jeito que ninguém nunca olhou.
- Isso é porque eu amo você, Finn - Finalmente disse o que estava engasgado há dias.
Ele me beijou de novo. Foi suave, mas a intensidade foi aumentando mais e mais. Ele me segurava pela cintura, me apertando contra sí. Fomos andando enquanto nos beijávamos até eu bater as costas contra a parede. Finnick me levantou e eu prendi minhas pernas em sua cintura. Seus lábios moviam da minha boca para o meu pescoço. Quando dei por mim, já estava deitada na cama do quarto do meu mentor, e ele estava em cima de mim. Os dedos do homem percorriam minhas costas, levantando a minha blusa do pijama. Eu a tirei e fizemos o mesmo com o resto de nossas roupas.
- Eu te amo, Annie - Ele sussurrou, enquanto me apertava contra sí.
A princípio, senti medo do que estávamos prestes a fazer, mas o medo foi embora. Finnick percebeu a minha decisão e senti quando seu membro se encaixou dentro de mim. Eu confiava naquele homem. E agora eu tinha um motivo forte o suficiente para decidir viver, e o nome desse motivo era Finnick Odair.


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