Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 3
Cap. 3 No mesmo dia, um pouco antes, no Brasil...


Notas iniciais do capítulo

E chegou o capitulo 3!!!! (Avá, não me diga!)
Esse capitulo acontece um pouco antes do capitulo 1, ao mesmo tempo do capitulo 2 e depois continua com a linha de tempo...
Me gusta embaralhar linha do tempo! Mas dei uma dica pelo titulo do capitulo, então no problems com a linha do tempo embaralhada, não é?
Espero que gostem desde capítulo...
E agradeço a todos os reviews que me deixam SO HAPPY (sim, isso também serve pra você Bruna! - seus reviews são maravilhosos).
Bem, ao capitulo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236507/chapter/3

Mary ~

Estava deitada no colo de Lucas. Estávamos vendo a tela que eu era obrigada a olhar por anos. Tínhamos que acompanhar a viagem de Dan e Amy. Na verdade, acompanhava a vida inteira deles praticamente nos últimos três anos.

Estávamos rindo dos chutes que Dan dava no momento tentando descobrir para onde eles iriam. Desde quando Republica Theca fazia parte da América Latina? Ou a Prússia? Ele não tinha aula de Geografia? Ou História?

A noite estava fria. Tinha um cobertor nos cobrindo. Peguei-o quando soube que ficaríamos a noite inteira até a tarde seguinte olhando os dois viajando. Parei de rir quando Dan lamenta:

– Logo o Brasil?

Definitivamente não gostei desse garoto. Algum problema com o Brasil? Levantei-me indignada.

Lucas percebeu a minha mudança de humor e tentou me alegrar.

Ele era sobrinho de Carlos. Aos seis anos, perderam os pais pelas buscas das 39 pistas, as mesmas que Amy e Dan já obtinham. Sua mãe, era uma Madrigal.

Gideon não morreu no incêndio como todos pensavam. Ele fugiu. Ele veio pro Brasil. Claro que na época ele encontrou apenas índios aqui, mas ele conquistou a confiança de alguns e considerou alguns como sua família. Após de Gideon morrer, Madeleine descobriu tarde de mais a verdade sobre paradeiro de seu pai.

Ela veio até o Brasil onde conheceu os índios que tiveram afeição por seu pai e conseguiu torna-los verdadeiros Madrigais. Mas ela contou essa parte da história para poucos antes de morrer misteriosamente. Com o passar dos séculos,os poucos madrigais que sabiam sobre o lugar onde os Madrigais reinariam em segurança, começaram a vir para o Brasil mesmo antes das colônias. Claro que após as colônias, vieram outros clãs – são bons exemplos: Pelé como um Thomas e Santos Dumont como um Ekaterina -, mas o Brasil sempre foi predominante Madrigal.

Mas, claro, só os Madrigais brasileiros sabem a verdadeira historia.

Lucas foi morar com seu tio Carlos na base secreta Madrigal e conhecer mais sobre a essa história. Quando cheguei ao meu novo lar com oito anos, um nariz sangrando e queimaduras nos pés, ele, aos seus 12 anos, me recebera como uma irmã. E ele foi a primeira pessoa que consegui gostar e tratar bem. Gostava de ficar sozinha, mas ele conquistou a minha confiança. No primeiro dia que pisei naquela base secreta, o considerei como um irmão.

Fiquei perdida em meu passado por um tempo, até o Lucas me acordar:

– Entendeu, Mary?

Pelo jeito eu iria buscar eles. Carlos tinha falado para mim que seria eu a “protetora” deles. Mesmo sendo mais nova que eles, ele queria que eu fizesse isso. Ele tinha minha confiança. Lucas tinha 17 anos, a mesma idade que a da Amy, por que ele não podia cuidar deles?

Tá legal, eu sei por que ele não pode cuidar. Mas é melhor não comentar...

Ouvi a risada de Amy e a mesma explicando para o Dan que não há macacos na Argentina. Que garoto burro! O tempo que ele ficarem aqui vai ser longo...

– Viu? O Dan agora gosta do Brasil! – disse Lucas, me lembrando de que ele lamentara por vir aqui pro Brasil. Mas isso só fez com que eu gostasse menos dele.

Ele acha que o Brasil é um bando de índio seminu sambando pelas ruas com uma lata de cerveja na mão com macacos e onças andando por ai? Já não bastava quando eu ia para outros estados e o povo acha que vivo esbarrando na Dilma por aí, só por que moro em Brasília?

No aeroporto foi pior.

Eles chegaram perto de mim e eu tentei parecer amigável. Mas é muito difícil ser amigável quando e olham de cima a baixo e questiona a sua idade. E foi isso que a Amy fez.

– Você é a tal Maria Luiza que vai cuidar a gente? – ela perguntou em forma de deboche.

– Sim, e daí? – retruquei indiferente.

– Tem quantos anos? – pelo seu rosto, ela já sabia a resposta.

Com raiva respondi:

– Treze. Algum problema?

Dan pareceu perceber a briga de olhares que lançávamos uma pra outra. Ele falou tentando ser amigável:

– Nenhum. Legal uma garota tão nova... er... cuidar da gente.

Eu pude o ouvir cochichar no ouvido da Amy: “O tio Friske falou para termos cuidado com ela. Lembra? Gene forte...” Que legal. Minha má fama já chegara até os Estados Unidos.

– Tão nova? Sou só um ano mais nova que você! – respondi puxando conversa, odeio quando deixam a conversa sem fim... Eu que escolho quando se deve deixa-la sem fim!

– Por isto mesmo. – Amy aproveitou a oportunidade – Nellie já cuidava da gente. Por que uma menina mais nova que até meu irmão deve nos proteger?

Minha vontade era de dizer: “Não, não vou proteger vocês! Vocês vão apenas brincar de carnaval seminu com bebedeira no meio de animais neste meio tempo, enquanto o mundo estará sendo destruído!” Mas, em vez disso, virei de costas aproveitando a deixa para eu deixar a conversa sem fim e comecei andar até a limusine. Quando reparei que eles não vieram atrás de mim, me virei e perguntei, como quem não quer nada:

– Vocês não vão vir?

Eles apressaram o passo e me acompanharam até a limusine. Sou uma pessoa sem meios termos. Gosto ou não gosto pronto, acabou. E eles não buscaram a minha confiança... Ótimo, já estavam avisados do meu “gene forte”. Já que eu ia ficar com eles pelos próximos meses, vão ter que se contentar com a companheira. E é difícil conquistar minha confiança. Não sou uma pessoa de voltar atrás.

Se Amy me queria como uma inimiga, vou me dedicar a este papel.

Deixei aparecer um sorriso malicioso aparecer na minha boca. Adoro quando me tornam uma inimiga. No final, sempre se arrependem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OI DE NOVO! XD
Gostaram da recepção da Mary com os Cahill?
Capítulo que vem, narração de Dan Cahill...
Digam sinceramente (olha a hipocrisia): estão gostando da fic? Melhor; estão gostando da Mary? ~me gusta Mary dando medo no final~