Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 18
Cap 18 Sete meses depois...


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!!!!!! Eu não morri!
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236507/chapter/18

~Mary

Sentia meus cabelos se esvoassarem ante mim, fazendo ondas em meus ombros. Estavam o dobro do tamanho antigo e a franja que antes sempre caia em meus olhos estava se enrroscando em meu pescoço. Minha pele, antes parda, estava pálida. Estava mergulhada em um líquido verde claro, um tanto transparente. Provavelmente era ele que fazia todo aquele movimento em meu cabelo. Ele parecia ter vida própria. E eu posso afirmar que naquele momento eu não me sentia nada viva.

Havia se passado 7 messes. Já estava com meus 14 anos. Por sorte eu não morri nessa época. Talvez nem tanta sorte. Já havia pensado diversas vezes que talvez fosse melhor morrer do que ser cobaia da minha própria família.

De repente sinto a minha estranha flutuação naquele tanque sumir. Alguém abriu aquele tanque. Os testes iam começar novamente.

- Certo, vamos começar com a cicratização e limite de força aguentada no projeto. - ouvi Cyrus falar em seu péssimo português para alguém que ainda não sabia quem seria. Sempre fechava meus olhos quando saia do tanque para não sofrer mais ainda. O que os olhos não vêem o coração não sente?

Senti uma mão quente e pançuda pegar em minha cintura nua. Cyrus era um britânico surpreendemente obesso que viera ao Brasil especialmente pelo o famoso projeto que poderia mudar o futuro dos Verpers. Eu não me sentia elogiada.

Ele me pos de pé e senti meu cabelo escorrer atrás de mim. Já estavam acima do quadril. Abri meus olhos. Em minha frente estava Cyrus com suas gordas mãos limpando o liquido verde que ainda escorria em meu copo nu. Senti o pesso do meu cabelo diminuir. Meredith estava escorendo o líquido até hoje não especificado e logo depois o prendeu em um coque em minha cabeça. Tirando meu longo cabelo, meus espeços cílios e sombranselhas grossas, todo o resto de meu corpo não tinha pelo algum. Eles queriam que nada ajudasse em minha defesa. Só o tal soro que eles recolocaram em mim.

- Vamos lá. - Meredith disse. Os dois sairam da sala blindada que era o único lugar que vira em 7 meses.

Me possicionei no circulo no centro como tinha que fazer a cada duas semanas. Ouvi um apito tocar. E então começou.

Teste 1 - Limite de força recebida

Vejo uma bola de metal vir em minha direção. Penso em desviar, mas isso estava fora de cogitação. Eles queriam ver o máximo que eu aguentava. Então eles veriam. Fiquei em exata possição da mira da bola.

A bola acerta minha barriga e cai pesadamente no chão. Sentira dor alguma. Nem percebi o toque da bola. Olhei para a minha barriga. Sem marcas. Acho que nem se mecheu ou afundou. Solto um minusculo sorrisso de um segundo no canto da boca. Talvez os Vespers não fossem tão idiotas assim.

Sinto algo bater fortemente em minha bunda empinada, já que estava com o rosto para a barriga ainda. Dessa vez senti o bloco de ouro. Deviam ter quadriplicado a força. Passo a mão na região atingida. Ainda não tinha feito tanta diferença.

Uma bigorna cai em cima de mim. Bem, quase. Eu desviei, mas acertou minha perna direita que ficou presa. Dou um empurrãozinho na bigorna e depois chuto a mesma com pouca força para que ela não voe. Minha perna palida estava umpouco mais aroxeada e com dois pequenos cortes.

Olho para a cabine fora da sala pela janela de vidro. Lá estava Cyrus mechendo na mesa cheia de botãos que controla todos os efeitos feito dentro da sala e Meredith anotando algo em um caderno. Leio os seus labios e vejo ela dizer que conseguira a força máxima 13 e que no teste anterior, minha máxima era 8.

Ouvi um apito tocar de novo.

Teste 2 - Cicatrização

Varias flechas de varios tamanhos vem em mim de todas as direções e de variáveis tamanhos de força, acompanhadas de pequenas pulgas metais. Em dois minutos, tudo parou de se atirar contra mim, porém estava com milhares de feridas e aberturas em meu corpo, em todo lugar possível.

Apenas fiquei parada sentindo os olhares atentos de Cyrus e Meredith sobre mim.

Em meio minuto os cortes menores e rasos sumiram, sem deixar marca alguma. Em um minuto mais outras sumiram. Em quatro minutos só tinha duas marcas, uma na coxa e outra em meu ombro.

Leio novamente os lábios de Meredith: a metade do tempo do ultimo teste feito.

O apito toca pela terceira vez.

Teste 3 - Limite de força realizada

Duas bigornas caiem em minha frente. Pego uma com as duas mãos e atiro, após um giro de 360 graus, em direção a uma placa que media a qunatidade de força recebida. A outra jogo com apenas uma mão. Pela cara da Meredith, foi melhor que a primeira bigora jogada.

Vejo os dois conversando seriamente. Cyrus sorri e aperta um botão.

Um carro cai em cima de mim, me obrigando a deitar no chão, abaixo do carro. O carro era novidade.

Depois de recuperada do susto, coloco as mãos no carro e as forço. Só a ponta do carro se levantou com a esticada de meus braços. Me ajoelho, ainda segurando o carro acima de minha cabeça, e forço o carro cair de forma que o meio dele parou em minhas mãos. Forcei um pouco mais os braços e consegui levantar completamente, com o carro acima de mim. Coloquei o carro no chão a minha frente.

Limpo a mão com graxa na barriga e observo as reações de Meredith e Cyrus. Eu tinha ido melhor que o esperado.

O apito tocou pela ultima vez.

Teste 4 - Inteligencia e Lógica

Um quadro enorme com um problema escrito desce do teto e pousa em minha frente. Não me recordo do problema, mas sei que o resolvi em 30 minutos. Não tinha só matemática envolvido, tinha português, ciências, historia, geografia e por fim teria que saber conectar tudo.

Cyrus entrou na sala novamente e disse:

- Parabéns. Foi tudo muito melhor que nossas espectativas.

Dou de ombros e percebo que a ferida do ombro sumira, assim como a da coxa.

Meredith aponta com a cabeça para o tanque deitado no canto mais escura da sala. Me dirijo até ele e coloco pé após pé dentro do tanque. Sento me nele e deito no tanque, soltando meus cabelos. Cyrus tranca o tanque e aperta algo em suas mãos. Comecei a flutuar estranhamente e novamente sentia meus cabelos se ondularem em meus ombros e se enrroscarem no meu pecoço. Com aquele carinho de meu proprio cabelo adomerci. E pela primeira vez em sete meses tive um sonho.

Dan estava de joelhos no nada e segurava seus cabelos preocupadamente e dizia coisas como "Cadê você, Mary?", "Sinto sua falta." ou "Porque não volta para mim? Para ser minha borboleta?". Caminho até ele e coloco a mão em seu ombro. Ele olhou para mim e perguntou quem eu era. Quando eu respondi que era a Mary ele começou a gritar comigo dizendo que era impossivel. A Mary não era branca, tinha cabelos escuros e uma franja nos olhos. E disse que eu nunca seria a verdadeira Mary.

Acordei gritando, mas apenas saia bolhas de minha boca. Com dessespero chuto o taque e o vidro se quebra. Sai do tanque e taquei uma bigorna na janela que leva para o controle principal. A janela se quebrou e um alarme começou a tocar por todo o prédio. Comecei a corre pelos corredores até achar uma saida de ar. Tiro a tampa e me enfio no duto. Começo a andar engatinhado pelo duto enquanto ouvia passos e gritarias pelo prédio. Já pressentiram minha falta.

Encontro outra saida e chuto a tampa. Saio do duto após de uma hora engatinhando e olhei em volta. Estava fora do prédio. Carros passavam pela estrada a frente. Um vento gelado bateu no meu corpo sem proteção. Ouvi aguém gritar pela sacada do prédio. Tinham me encontrado.

Comecei a procurar desesperadamente por algo que me ajudasse. Encontrei um outro grande prédio com apenas um porteiro dormindo na portaria com a porta aberta.

Corri até lá e me enviei na portaria. Deixei o porteiro incosciente antes mesmo de ter acordado e comecei a tirar sua camisa. Vesti a camisa que batia na metade da minha coxa e tranquei a portaria. Me agachei e comecei a esperar um momento para eu fugir dali.

Não sei porque nunca tinha pensado nisso antes...

Ok. Sei, sim. Em posição fetal adormeço sussurando:

- Dan...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews?