Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 15
Cap 15 Segredos começam a ser revelados


Notas iniciais do capítulo

AHHHH Tenho 10 leitores e 4 recomendações. Valeu povo lindo!
Peço desculpa pela minha demora (mas vocês nem repararam, não é?) e aí está o capítulo. Aproveitem, pois a fanfic já está em reta final.



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Cap. 15 Segredos começam a ser revelados

~ Amy

- IAN?!!! - ouço a voz de um Dan indignado atrapalhar-me.

- Que foi, Dan?

- O que o Ian tá fazendo aqui? – Dan pergunta pegando Mary pela cintura. Olhei a cena indignada. Ele pode amar e eu não?

- E o que é isso? Você e a Mary, hein? – perguntei cruzando os braços e olhando os dois se abraçando. Deixei Dan sem palavras e Mary ruborizada.

- Ããããnhh, vamos entrar pro meu quarto e esclarecemos tudo? – Mary perguntou olhando para os xingamentos, que pelo olhar, eu e Dan mandávamos um pro outro, assim como o Ian.

Segurei o Ian pela mão e ele me abraçou pela cintura e seguimos até a base. Lá, seguimos até o quarto de Mary que tinha tanto cadeados e correntes como tinham em seu antigo alojamento. O porquê de toda essa proteção? Eu também não sabia até aquele dia... Pra falar a verdade, não sabia de muita coisa até aquele dia.

Sentamos-nos, eu e Ian em sua cama (devo mencionar que o colchão tinha manchas de sangue?) e Dan e Mary no chão.

Ficamos em silencio por alguns minutos então Mary cortou o silêncio:

- Querem começar?

- O que? – Dan, Ian e eu perguntamos com uma duvida estampada no rosto.

Mary suspirou duvidosa, mas decidida. Acha isso impossível? Também achava até aquele momento. Parecia que ela não sabia se o que ela estava fazendo era o certo, mas mesmo assim, ela estava decidida a fazer.

- Vamos esclarecer tudo. Olha, a minha lista é grande então sugiro o Ian começar... - Mary disse. Dan encarou o Ian dizendo com o olhar: “Isso, esclareça tudo!”. Ela sabia que eu era a irmã mais velha, não sabia?

- Como você chegou aqui e por que... – Mary começou, mas Dan a atrapalhou:

- Fica se pegando com a minha irmã?

Mary reprovou o Dan com um olhar e pediu para Ian começar.

Ele não tinha muito o que falar. Ele sentira a minha falta e resolveu vir pro Brasil me visitar, ponto.

- Bem, já que todos – Mary encarou o Dan – já sabemos o por que de Ian esta aqui, temo que tenho que dizer... Certas coisas.

- Certas coisas? – eu perguntei preocupada com o tom de voz que Mary usara.

- Bem, existem coisas sobre mim que sempre escondi e estou determinada a compartilhar com vocês... – ela olhou para o chão e murmurou para si mesma, mas alto suficiente para todos ali ouvirem: - Não sei se é o certo, mas vou fazer.

Dan olhou para ela com carinho e disse:

- Pode dizer, nós somos seus amigos, pode confiar na gente.

Mary levantou o rosto e olhou para Ian.

- É, eu sei... – Ian percebeu que ela olhava para ele e disse:

- Bem, te conheci agora, mas pode contar comigo. Sou de confiança.

- Um Lucian de confiança? E ainda por cima filho de Isabel? – Mary sorriu pelo canto da boca.

Olhávamos todos para ela surpresos. Isabel estava presa a mais ou menos a três anos e Ian quase nem se denominava Lucian, apenas Madrigal. Mary não conhecia ele, como saberia seu verdadeiro Clã? E de quem ele é filho? Ela é vidente?, pensei.

- Falei que existem coisas sobre mim que sempre escondi. Escondi por um motivo. E, não Amy, não sou vidente.

- Como você sabe que pensei nisso? – perguntei com olhos esbugalhados. Depois diz que não é vidente..., pensei novamente; Ela lê pensamentos? Melhor parar de pensar nisso.

- Vocês vão descobrir. – ela se levanta preocupada – Mas depois!

Mary vai correndo até a porta, abre-a e começa a correr pelo corredor até a sala de observação.

- Mary, o que aconteceu? – Dan perguntou correndo atrás dela, comigo e Ian logo atrás.

Ela ainda estava no meio do caminho quando gritou:

- O Lucas! Ele... – um grito atrapalhou sua fala. Um grito aterrorizante. Ouvimos algo de vidro se quebrar. Ao longe ouvimos choros abafados vindo da sala de observação.

- Não, - Mary murmurou – Não. Isso não pode estar acontecendo! Nem fez um mês com os Cahill aqui!

Corremos todos preocupados até a sala de observação. Um pensamento me veio a mente: Como ela soube que isso ia acontecer, antes mesmo de ouvimos os gritos? Mas ele se foi embora tão rapidamente como veio quando Mary abriu a sala e encontramos Carlos chorando em cima de um Lucas sangrento caído no chão.

Multilado, talvez seja a palavra melhor. Nunca vi uma cena tão forte em toda a busca pelas pistas ou a briga com os Vespers que claramente vencemos com muito custo. Seu rosto fora intocado, mas estava pálido como se estivesse ali, perdendo sangue a mais de uma hora, não há apenas dois minutos.  Apesar do rosto pálido e sem nenhuma macula, seu pescoço demonstrava marcas de enforcamento, ou uma possível luta pelo seu próprio bem... Digo, própria vida. Havia cortes na mão e em seu pulso, com toda certeza, tentou se esquivar daquela faca que lhe tirara a vida. Tronco, novamente tenho que dizer, infelizmente, multilado. Uma serie de facadas rápidas e seguidas. Senti medo de mim mesma por identificar tudo isso. Talvez seja por que vejo muito CSI, mas no momento apenas me veio este pensamento que fugiu de mim quando observei Mary cair no chão, em prantos.

- Não! – Mary disse e caiu sobre o Lucas ao lado de Carlos, se derramando em lagrimas.

Lucas, aquele que foi meu amigo nesse pouco tempo que estive lá junto com ele, me - tratou tão bem... Ele, simplesmente... Se foi! E nos deixou por aqui. Senti uma lagrima descer pelo meu rosto e abracei Ian, chorando em sua camisa visivelmente cara.

Olhei para o seu rosto, o de Ian. Sem nenhuma expressão. Não poderia dizer se estava chocado ou indiferente. Quem sabe os dois. Mas só poderia pensar no agir de Ian, tão normalmente, depois. Acostumado com a mãe eu diria, mas na hora vi que não era isso.

Mary levantou-se. Sua camisa preta e folgadamente masculina manchada de sangue. Ela, mesmo com a mão cheia de sangue alheio, fez um coque mal feito em seu cabelo que soltara quando ela caiu em prantos. Olhou em volta, com seu cabelo um pouco duro e tingido de sangue seco, e disse sem olhar para ninguém em especifico:

- Eles chegaram mais cedo. Eu... - ela bate em sua própria coxa com raiva – Eu devia ter previsto isso! Como fui acreditar em...

- Mary? - Dan perguntou olhando para a mesma, preocupado.

- Era isso que eu ia contar pra vocês hoje. - disse ela, logo depois de ter levantado o rosto para Dan, completamente sombria. - Mas foi tarde de mais. Pensei que e-eu teria mais tempo.

- Tempo? - Foi minha vez de perguntar – Tempo para que?

Ela não respondeu. Em vez disso me ignorou e andou até a janela de vidro temperado, o vidro que acabara de ser quebrado pelo assassino que fugira.

Ian balançou o rosto como que acordando de um choque.

- Deveríamos ligar pra policia e...

- NÃO! - Ian e Mary gritaram em uma só voz atrapalhando a fala de Dan. Dan e eu olhamos estupefatos para os dois.

- Tá, né... - falou Dan coçando o queixo, já pegando o sotaque Brasileiro de Lucas e seu famoso “né”... O que me vez ficar com mais raiva do cretino que tirara a vida de Lucas.

Olhei para Carlos. Não largava o Lucas. Já não chorava mais, mas seu rosto tinha uma mistura perigosa: raiva e tristeza. Resultado: ódio. Seus olhos transpareciam o mesmo ódio que sempre transparecia em Mary. Me perguntei se ela teria “aumentado” o ódio em si. E o mais importante: Eu estaria naquele momento com olhos típicos de Mary?

Carlos se levantou, olhou para Mary e disse:

- Agora consigo te entender. Por mais que eu ainda não saiba o que verdadeiramente aconteceu.

Mary apenas assentiu. Carlos continuou:

- Deveríamos contar tudo para eles logo. Esperamos tempo demais.

- Sabe que eu já sei de tudo?

- Você é a Maria Luiza, não é? - as vezes me esquecia seu verdadeiro nome. - Enfim, conte tudo para eles. Temo que tenho que reunir todos os madrigais na base de Boston.

Ei! Essa não era a minha base?

- Já estava indo contar. - Mary andou até a porta levando consigo um Dan confuso e logo atrás, eu e Ian igualmente confusos. Mas para minha surpresa o Ian não estava tão surpreso assim. Parecia que ele sabia de tudo isso e só fingia a inocência das coisas. Mary se virou e disse a Carlos: - Não esperamos tempo demais... Eles que não conseguem esperar. - E assim saímos da sala.

Mary com um rosto decidido. Dan com um rosto confuso. Ian com um rosto fingido. E eu com um rosto intrigado com o rosto de Ian. Ele estava escondendo algo. Eu sabia disso.

Mary se virou e olhou em meus olhos logo depois de ter olhado com desgosto para Ian. Ela também percebera isso.

Entramos no quarto da Mary e ela começou a falar. Depois daquele dia, mudei a forma de ver a Mary. De ver os Vespers. De ver o mundo.

Até aquele dia, eu não sabia de muita coisa. Pois apenas naquele dia, descobrira todos os segredos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Choraram como eu pelo coitado do Lucas?????
Beijos, prometo começar a responder o reviews. . .
Até =)