Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 13
Cap13 Trocas de papéis


Notas iniciais do capítulo

Eu gosto bastante deste capítulo! ! ! /o/
Peço desculpa, caso demorei, pois só tive tempo de postar agora. . .
Bem, espero que gostem!
~le spoilerzando~
Quem shippa Danry (o que eu inventei para Dan X Mary)vai amar este capítulo!



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Dan~

Corria atrás da Mary. Ela era rápida e não se cansava nunca. Já havíamos saído do condomínio e estávamos em algum canto de Brasília. Já devíamos estar correndo a uma hora. Eu ofegava e senti uma pontada dolorosa na minha barriga. Câimbra. Mas mesmo assim não parei de correr. Já estávamos em uma parte, talvez uma praça, abandonado de Brasília. Com apenas grama seca mal cortada e em volta um asfalto esburacado que há tempos não passavam carros ali. Ela era muito rápida, quando cheguei lá ela já estava sentada no chão, provavelmente há uns 10 minutos antes, se bobear, até mais.

Caminhei bastante devagar pelo cansaço. Cheguei um pouco mais perto e pude vê-la direito. Ela parecia não estar ali sentada. Estava de olhos fechados e com uma cara angustiada e distante, como se não estivesse gostando do que via, seja lá o que fosse.

Coloquei minha mão sobre seu ombro. Completamente gelado. Parecia que a sua alma não estava mais ali. Assustado, tentei acorda-la. Em vão. Sentei no seu lado de pernas cruzadas, apoiei sua cabeça no meu colo e seu rosto pareceu um pouco mais calmo, mas ainda angustiado. Bati levemente na bochecha da Mary. Ainda nada. Bati mais forte. Não acordou.

Desesperado, uma lagrima solitária descendo pelo meu rosto, pressionei minha bochecha na dela e sussurrei ao vento:

- Minha anja, minha borboleta... Volta.

Senti ela se mexer com dificuldade, ainda de olhos fechados. Dessa vez sussurrei em seu ouvido.

- Minha anja, minha borboleta... Por favor, volte para mim!

Afastei meu rosto do dela, observando-a. Ela piscou e abriu os olhos. Estavam vermelhos e mais tristes que o comum e de algum modo, estava com o triplo de ódio de sempre – algo que pensei que seria impossível.

Mary se levantou, meio grogue, e me olhou de cima a baixo com certa duvida e medo, então fez algo que nunca imaginei vir dela – se jogou em mim com lagrimas, que antes segurara, entre meu pescoço e tronco, afundando-se na dobra.

Fiquei afagando seu cabelo e, entre beijos na testa, disse:

- Calma, está tudo bem agora... Vou deixar nada acontecer com você... Quer, por acaso, me contar algo? Desabafar?

Ela não tirou seu rosto do lugar e me apertou ainda mais forte em seu abraço. Ficamos naquela posição por uns 10 minutos e então ela afroxou o abraço e se afastou. Minha vontade era de puxa-la para mim novamente, mas me contive.

- Er... Me desculpa - Mary disse olhando para minha camisa manchada de choro, ainda soluçando e de voz apagada.

- Tudo bem. Tem certeza que não quer me contar nada?

Ela me observou com duvida e depois se decidiu de algo e se deitou ali mesmo com a cabeça apoiada no meu colo, me surpreendendo. Ela olhava para frente e se aconchegava no meu colo.

Minha mão involuntariamente começou a ir na direção do rosto da Mary. Me contive com receio. Ouvi ela suspirar satisfeita. Se ela teve a iniciativa de deitar-se ali – no meu colo! - , eu poderia acaricia-la, não é? Passei a parte de trás da minha mão em sua bochecha. O simples toque me fez sentir um choque atravessar pela minha mão por todo o meu corpo e logo em seguida veio um alivio. Como se o meu corpo necessitasse daquele toque, ansiava desde sempre toca-la... Fiquei acariciando seu macio rosto por um tempo, então Mary cortou o silêncio:

- São blecautes.

- O Que? – perguntei olhando pro seu lindo rosto que no momento olhava diretamente para mim.

- Isso que aconteceu comigo. As vezes lembro do passado e me perco nas minhas memorias. É tão realista que parece que volto no tempo. É... Horrível! – eu assenti – Quando eu estava – Mary fez uma careta – Bem, lá, ouvi sua voz me chamando e senti um imã me puxar para o presente. Geralmente, demora horas para eu sair do transe, mas parecia que meu corpo esperava você me chamar desde sempre.

Eu ia perguntar onde era “lá”, mas, ao ouvir a ultima frase, sorri e disse:

- Se quiser, sempre vou te chamar de volta. Você não gosta desses blecautes, não é? – ela concordou e eu continuei: - E eu gosto de ter você para mim... – disse a abraçando.

Ela voltou a posição antiga e eu fiquei acariciando seu rosto e passando meus dedos pelos seus cabelos, assim pude ver seu rosto melhor. A franja escondia umas poucas espinhas, mas seu rosto era lindo. Muito bonito.

Ela começou a se encolher de frio. Olhei para o céu. Escurecera e nem tinha percebido. Me levantei e ofereci minha mão a Mary. Ajudei-a a se levantar e perguntei:

- Vamos para casa? – ela assentiu se abraçando pelo frio.

A puxei para mais perto e a abraçou pela cintura. Ela pendurou seus braços no meu pescoço e apoiou sua cabeça no meu ombro. Andamos nessa posição até o condomínio, sem pressa alguma. Sentia uma sensação maravilhosa.

Naquele dia houve uma troca de papéis. Eu fui um anjo para Mary a salvando de seus blecautes e dar apoio. E ela que e despertou, mostrou um lado meu que eu não conhecia.

Preocupação, cuidado... Amor verdadeiro.

Não diversão, como as minhas antigas namoradas. Com Mary, tudo era diferente. Ela tinha algo a mais (além dos olhos tristes e pidões de cachorrinhos que me davam vontade de cuidar e abraça-la).

Amor verdadeiro.


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Notas finais do capítulo

~le chorando aqui~ Quem gostou desse final? *-*
Próximo capítulo será o mesmo acontecimento na visão da Mary, ok?
Beijos e bons reviews! u_u