Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 12
Cap 12 Almoço com problemas


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, os piores titulos (tipo o que está aí em cima) indica que a Amy irá narrar. . .
Vocês devem está pensando: What the Duat? Não era para você postar o novo capítulo daqui a um mês? ? ?
Bem, esse era o que eu devia fazer, mas. . . Certa leitora (que começa com Bruna e termina com Andrade) pediu (ou exigiu, sei lá) o post desse capítulo. E também, levei duas ameaças de morte ( Maria Thereza e brunaduarte) o que me fez repensar nas coisas. . . [A cena da Bruna Duarte tentando arrumar spoilers - logo eu que vivo spoilerzando - na escola também teve certa ajuda em me levar a postar o capítulo. . . Rsrs #não tem preço]
Ao capítulo!



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Amy~

No almoço, todos ficaram calados. Não emitiam um som sequer Até Dan perguntar aos sussurros para mim:

- O almoço é sempre constrangedor assim?

Fiz que não com a cabeça. Dan entendeu. Era por que Carlos estava lá.

Não que ele fosse má pessoa. Ele parecia ser bem legal e fora simpático em seu escritório com a gente, mas Lucas tinha medo de fazer algo que não seu tio não gostasse. Ele sempre queria conquistar o orgulho do tio. Até o Carlos comentar:

- Cadê a Mary? Sem ela aqui, fica tão sem graça. – Dan levantou a cabeça olhando para todos os cantos da cozinha. Desde o inicio do almoço, ele esperava pela chagada de Mary. O olhar de Lucas escureceu. Nunca vira o Lucas, sempre sorridente, assim antes. – Lucas, por falar na Mary. Já pediu á ela ajuda com os seus estudos?

- Não, tio Carlos... – respondeu Lucas entre dentes, os mesmos rangendo.

Carlos se virou para mim e Dan, do outro lado da mesa e disse com um sorriso orgulhoso nos olhos:

- Eu encontrei a Mary quando ela tinha oito anos de idade. O Lucas deve lembrar. Chegou toda machucada coitada. Desde pequena foi uma pessoa difícil. Queria ficar com ninguém, se a tocasse, ela mordia sua mão. Mas, mesmo assim, foi uma sorte dos Madrigais nós termos a achado.

- Muita sorte, tio. – comentou Lucas, ainda com um olhar mortífero na comida e rangendo os dentes.

Peraí. Achar a Mary? Quando eu ia repetir a pergunta m voz alta ao Carlos, ele continuou:

- Lucas, ela teve a melhor media do plano de nivelamento nos últimos 4 anos. Você sabe que é importante ela te dar umas aulinhas, já você precisa e...

Um baque atrapalhou a fala do Carlos. Lucas estava em pé com os punhos na mesa, onde ele bateu com toda a força. Ele levantou o rosto com raiva e gritou para o tio, em sua frente:

- Sim, eu sei! Eu sei que tenho 17 anos e ainda não passei dessa droga de nivelamento! Sei que aos 9 anos de idade, a Mary passou com um 10,0! Eu sei que tenho Déficit de Atenção e dislexia, e que eu tenho que ter cuidado com os estudos em dobro em comparação aos outros, EU SEI! – Lucas estava vermelho. Gritava com muita raiva. Vi algo brilhar em sua bochecha direita. Uma lagrima caíra. – Eu não tenho culpa de não ser perfeito. Eu não tenho culpa de ser a pessoa superdotada que nem a Mary. EU sou seu sobrinho. EU que mereço seu olhar de orgulho. Não a orfãzinha da Mary. – olhei pro Dan. Ele pensava o mesmo que eu: orfãzinha? – Se pudesse eu seria aquela maldita pessoa chata e sem coração, porém com superinteligência só pra te agradar. Mas nada que eu faço você se da por satisfeito. Só o que a mutante sem sentimentos da Mary faz! Só porque ela é uma pessoa especial, uma maldita superdotada!

- Você acha que eu queria ser assim? Não acredito Lucas. Você guarda todo esse rancor de mim por algo que nem queria ser? E tudo aquilo de que você me entendia e de sermos irmãos? – Mary havia chegado uns minutos atrás, com um rosto de quem acaba de acordar de um pesadelo – Você sabe mais do que ninguém, que se eu pudesse escolher, seria uma pessoa normal, não essa... Essa... ABERRAÇÃO! – Ela falava tudo calmamente, mas com a voz tremendo do choro que ela segurava. A última palavra ela gritou sem medo de chorar. As muitas lagrimas já rolavam pelo seu rosto. Ela saiu correndo.

Lucas sentou atordoado e apoiou as mãos no rosto arrependido de ter feito aquilo. Carlos olhava para Lucas com afeto, compreensão... E orgulho. Eu estava meio perdida no meio daquilo tudo... A Mary tirou 10,0 aos 9 anos de idade enquanto eu, aos meus 17, tirei 9,5? Lucas nunca havia passado no teste de nivelamento por ter déficit de atenção e dislexia? A Mary foi encontrada? Era órfã? Era
superdotada? Minha mente estava cheia de perguntas não respondidas. Dan observava a Mary sair correndo da cozinha. Se levantou, olhou para Lucas e disse:

- Pelo jeito a “sua irmã de consideração” tem sentimentos... – disse ele com deboche e depois saiu correndo atrás de Mary.

- Eu... Eu. – Lucas parecia perdido no que acabara de acontecer – Eu não queria falar isso dela. Eu... sinto muito. – ele estava afundado em suas próprias mãos visivelmente arrependido, mas Dan não o perdoaria. Não tão cedo. Vi em seus olhos determinados indo atrás da Mary. – Eu a chamei mesmo de orfãzinha? – ele parecia estar se amaldiçoando mentalmente – Chamei a Mary de maldita pessoa chata e sem coração? – nessa pergunta ele olhou para mim.

Assenti com a cabeça e ele se afundou em seus braços claramente arrependido novamente. Cheguei mais perto dele e o abracei. Nesses momentos não há mais nada que fazer. Lucas começou a chorar afundando o rosto no meu pescoço e em meus cabelos. Eu afagava sua cabeça tentando o acalmar. Carlos parecia desconfortável sem saber o que fazer. Homens sempre sérios e focados no trabalho são difíceis de lidar com sentimentos. Ele se aproximou da gente e disse:

- Lucas, me desculpe. Não sabia que você se sentia assim. Eu...

- Tio. Não precisa pedir desculpas. Eu que peço. Agora por favor, sai daqui.  Ele respondeu com a cabeça ainda enfiada nos meus cabelos.

Carlos assentiu e foi até a porta da cozinha. Antes de ir embora se virou e disse:

- Eu sinto orgulho de você, meu sobrinho.

Eu e Lucas ficamos naquela posição por mais ou menos 5 minutos, então Lucas levantou seu rosto e me olhou com um sorriso fraco no rosto.

- Obrigada, Amy. Você é uma ótima amiga. Sou muito grato mesmo.

- Que isso, Lucas... – o abracei novamente, meu queixo apoiado sobre a cabeça. – Você sabe que pode contar comigo.

- Não, é serio. Obrigado mesmo. – ele disse quando o soltei de meu abraço – Acho que seu irmão não vai me perdoar tão cedo, né?

- É, acho que não. Nunca vi ele se importar tanto com uma pessoa como a Mary. Nem com as antigas namoradas dele.

A gente caminha pela base até a sala de observação, onde é o posto de Lucas.

- Também achei a Mary diferente quando ela o conheceu. Nunca a vi tão preocupada como na enfermaria.

- Tem tudo pra rolar mais que uma amizade? - perguntei esperançosa.

- Sei não. A Mary pode ter essa maturidade toda, mas ainda tem 13 anos. Nunca antes gostou de ninguém. E ela é meio difícil de coseguir só a amizade.

- E o Dan também não se importa muito com isso. Só namora por diversão, nunca gostou de ninguém de verdade. – suspirei. – Pena. Eles ficariam tão fofinho juntos...

- Por falar em namoro, e você? Tem namorado?

- Não. – falei triste pensando no Ian e que demoramos mais de dois anos para se declarar por telefone, ele em Londres e eu no Brasil.

- Pena. Com certeza você tem um pretendente em mente. Ele vai ser muito sortudo se namorar com você.

Parei e olhei para o rosto de Lucas. Ele falava com sinceridade e sem segundas intenções. Ele queria ser apenas meu amigo mesmo (para a minha sorte e a do Ian) e achava mesmo que quem namorasse comigo. Sorri e disse:

- Eu que tenho a sorte de ter você como amigo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? ? ?
Espero que sim, apesar do titulo podre, o capítulo teve certo conteudo bem importante e até respondeu uma pergunta do começo da fic: Qual o motivo do Lucas não cuidar dos Cahill, visto que ele é mais velho que a Mary? E também deu certas dicas sobre a misteriosa vida de Mary. . .
Digam-me suas opiniões! ! ! /o/