Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 8
8. JINGLE BELS.




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Na casa da família Black tudo estava normal.

Andromeda andava meio sonhadora ultimamente, mas foi Narcissa começar a reclamar de dores de cabeça. Que Druella pensou ser um vírus.

Narcisa tinha recebido naquele dia uma carta de Severo Snape com um livro, seu presente de natal.

Será possível que ele não faz nada além de estudar? Era o pensamento da loira.
Tinha lhe dado um mini Xadrez Bruxo de mármore do Alaska. E ganhado um bendito livro.

Ciça, leia com atenção e cautela. Tudo que vem, vai. Tudo que entra sai. Cale sua mente e viva”.
Feliz natal, de seu já amigo, Severo Snape.


Ela achou confusa a carta, mas tudo nele era confuso. Abriu o livro “Contos, continhos e contões”.

Deu um gritinho de pavor.
Mas percebeu que a capa de Contos, continhos e contões estava soltando. E sem pensar na consequência, saiu rasgando a capa infantil.

Um bilhete caiu em seu colo.

Muito esperta, minha amiga”.
E na capa dura, escrita com letras douradas brilhava o titulo original do livro: — OCLUMÊNCIA.

E ela tinha certeza que o conteúdo era importante. Recolou a capa de Contos, continhos e contões. Disfarçando novamente seu presente. E passou a lê-lo durante os últimos dias de férias de natal.

Faltando dois dias para voltar às aulas, a dor de cabeça constante de Narcisa não passava.

Chegou um dia dormir a tarde inteira, sabia que sua mãe iria prepara uma poção, então ao acordar, viu um frasco negro e borbulhando.

O cheiro era diferente, ate a temperatura era mais quente.
Antes de colocar na boca, ouviu um grito.

— NÃO, SUA BURRA NÃÃÃÃÃO!

E Bellatrix entrou correndo, tirando o frasco da sua mão.

— Ciça, meu Merlin, o quanto você tomou? Ai... Você não.
— O que foi Bela? Não cheguei a beber!
—Merlin, ainda bem.
— O que tinha nesse frasco?
— Isso é coisa minha e não sua. O seu era o frasco vermelho, não o preto.

 A loira a olhou nervosa.
— O que tem ai Bela?
— Um poção para não ter filhos. Nunca.
— Por que você fez uma poção dessas?
— Não quero, não posso e nunca terei filhos. Por isso.
— Rodolfo sabe?
— Ele me apoiou.

Narcisa estava estupefata.

— Como alguém pode não querer filhos?
— Simples. Não querendo.

Lucius Malfoy tinha ido a uma reunião do lorde das trevas e seus servos. Os intitulados: Comensais.

Tinha gostado bastante. Levou Walden com ele, o amigo ficou igualmente empolgado com essa missão de eliminar sangue-ruim.
Já de volta a Hogwarts, Lucius estava ficando com uma menina, Glenda Chittock. Ela era da turma do sexto ano, uma menina bem liberal. Então essa pegação deles estava durando.

Nos corredores frios, já passava da hora de estar na cama e Andromeda andava depressa.
— Ei apressado come cru! — um garoto disse quando ela esbarrou nele.
— Mas pelo menos come, idiota!
— Estressadinha.
— Você sabe com quem esta falando? Sempre tão idiota!

Ela disse virando-se para ele.
— Com uma garota metida?

Ele sabia quem ela era, todos sabiam.
— Já conseguiu seus minutinhos de fama.
— Ah Black. Tão prepotente...
— E você tão irritante.

Ele deu um sorriso malicioso.
— Sou irritante, mas sou gostoso.
— Pobre coitado, mente para si mesmo.
— Detesto meninas como você. Acha-se melhor que todos.
— Eu SOU melhor que os outros, Tonks, e detesto caras como você!

Disse virando e saindo dali.
Mas Ted não ficou com raiva pelo comentário improprio. Ela disse seu nome. Ela o conhecia. Sabia seu nome. E isso fez com que o rapaz dormisse melhor à noite.

O ano letivo estava chegando ao fim. E em seu decorrer, Narcisa foi ficando de mau humor. Ficava á vezes com Tom, mas o menino não parecia querer compromisso sério mais.
Não que a loira quisesse. Mas ela não era do tipo que ficava com qualquer sem compromisso.

Faltava dois dias para o fim das aulas quando esbarrou com Lucius e Glenda no corredor.
— É isso mesmo monitor! — murmurou com secura, tentando fazer uma piadinha infame.
— Que inveja hein. — Glenda disse abraçando Lucius.

Narcisa fez questão de encará-la de cima a baixo. E então deu uma gargalhada.
— Nem se o inferno virasse gelo, eu conseguiria ter inveja de um vestido ultrapassado, cabelo ensebado, boca enorme e um rosto espinhento. Se enxerga ridícula!
— Acha mesmo que acredito em suas palavras? Isso para mim é recalque.
— Que pena de você. Não tem nada que eu queira, ou nada que eu não possa ter.
— Tenho Lucius. — a morena disse abraçando novamente o loiro.

Narcisa deu um sorrisinho.
— Você tem é uma fama duvidosa. E se quer saber... Tenho certeza que ate seu precioso Lucius prefere a mim! — a loira disse.
— E então Lucius, qual das duas você prefere?

Só então que Lucius foi prestar atenção mesmo na conversa das duas.
Ele teria que escolher uma? Para que?

Estava ficando com Glenda, e agora ela propunha dele decidir que preferia. Estava ferrado.
Glenda era gostosa, e não tinha problemas em acatar seus desejos sexuais mais intensos e diversificados. Ela era alta, morena, seios grandes. Tudo grande.
Narcisa era basicamente o oposto.
Loira, baixinha, magrela. Seios pequenos, um quadril levemente curvado. E para espanto dos homens, diferente do corpo da maioria, possuía uma bunda arrebitada, o que destacava muito em seu corpo magro.

— Eu não vou escolher nada. Não vou ganhar nada com isso.
— Ela cismou que você a prefere Lucius. Diga qual acha melhor, qual a mais bonita.

Ele respirou fundo. Se dissesse que era Narcisa, seu lance com Glenda terminaria. Se dissesse que era Gleda, estaria mentindo friamente. E era engraçado a forma que Narcisa provocava as pessoas que ficavam em seu caminho.
Glenda podia ser fácil e tudo mais.
Mas Narcisa era linda! E no estilo de menina que Lucius gostava, mais doce e feminina.

— A mais bonita é a Narcisa. Pronto, falei.
— O QUE?
— É a verdade querida, viva com ela. — a loira disse sorrindo.
— Como ousa Lucius? Que idiota!

A morena disse saindo com raiva dali. Narcisa criou coragem para olhar para Lucius.
— Me desculpe, não queria atrapalhar seu encontro.
— Sem problema, eu já estava enjoando dela mesmo.
— Não muda hein Lucius...
— Nunca.

E cada um seguiu seu caminho.
No ultimo dia de aula todos estavam no expresso, fazendo planos para as férias, prometendo cartas e encontros.

Lucius sabia que não teria para onde correr. Ate mesmo o olhar de seu pai era intimador.
Daqui a dois meses estaria cursando o sexto ano, então essas férias seriam definitivas.
Avisou seu pai que sairia e não tinha hora para voltar.

De noite ao chegar, foi ate a biblioteca onde Abraxas lia jornais e trabalhava.

Tinha maquinado todo o plano para o próximo dia, então não poderia esperar.

— Pai.
— Tudo bem Lucius? Chegou tarde.
— Fui fazer umas compras. — o jovem Malfoy disse jogando uma caixinha na mesa, frente a seu pai.
— Imagino que isso não seja para mim. — Abraxas disse sorrindo.
— Não mesmo. O senhor venceu, amanha peço a mão de Narcisa Black.

O rapaz disse pegando a caixa de volta e saindo da biblioteca, batendo porta.

Abraxas sorriu ainda mais, um dia o filho entenderia como os pais agem, e como tem a visão de um futuro bom e prospero.


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Notas finais do capítulo

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