Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 79
79. INVERSÃO DE PAPÉIS.


Notas iniciais do capítulo

Opa opa opa...

Capitulo necessário, cheio de tensão... Leiam as notas ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236157/chapter/79

Eles jantaram sem trocar uma só palavra, desde que Lucius a tinha auxiliado com Draco e claro, Narcisa estava mais tranquila.

Também, Draco mesmo estava melhor.

Sem choro excessivo, sem dor. Era um bebe curioso e sorridente.

Os dois se encaravam no jantar.

Lucius demorava com a taça de vinho nos lábios e mesmo quando solvia, seus olhos estavam nela.

Narcisa sentia o calor de onde estava.

Era sempre assim.

Os dois não precisavam de manual.

Narcisa ouvia historias de mulheres casadas, casadas com colegas de Lucius, ou as que estudaram com ela.

Mulheres que os maridos só as procuravam uma vez por semana. E algumas ate mantinham quartos separados. Outras detestavam sexo.

Narcisa não podia deixar de pensar que tipo de homens, esses eram.

Se as submetiam a comportamentos vergonhosos entre quatro paredes. Ou se as machucavam.

Mas ela só tinha experiência boa. Merlin, ela sequer conseguia resistir quando ele se aproximava para fazer... Aquilo. Todas às vezes e olha que não eram poucas.

Lucius era obsceno e não se importava com palavras diretas.

Mas com ela, fazendo amor, ele era malicioso e carinhoso. E ate mesmo sua obscenidade era excitante.

Fazia coisas com a mão e a boca, coisas que Narcisa aprendeu e as repetia nele.

Mostrava posições e maneiras. Sempre lhe deu prazer.

Talvez seu casamento fugisse a regra. Ou talvez ela fugisse a regra.

Era uma safada e gostava de tudo aquilo.

Narcisa respirou fundo com a lembrança dos dois emaranhados nos lençóis. Olhou para frente, Lucius ainda a encarava, agora com um misto de humor.

— Esta tudo bem esposa?

— Sim. — ela sussurrou.

— Esta parecendo meio vermelha e acalorada.

— Talvez acalorada... — Narcisa murmurou.

Lucius deu um sorriso torto. E ficou de pé.

— Chega desse joguinho.

— Aonde vai? — perguntou, tomando de uma vez só o resto do vinho.

— Para o quarto e você — ele apontou para ela. — vem comigo.

Ate mesmo subir as escadas era um tormento. E quando fechou a porta, Lucius já tinha suas mãos no corpo da esposa.

— Tem noção de quantos mil pensamentos perversos dominavam minha mente durante o jantar?

— Acho que sim, uns quinhentos também dominavam a minha. — ela murmurou, gemendo em seguida.

Lucius tinha, com toda rapidez, escorregado seu vestido que agora estava no chão.

— Que tal colocarmos os pensamentos em ações? — ele disse, tirando sua camisa e a encarando de cima a baixo.

Narcisa estava mais gostosa. Pronto.

Tinha tido Draco, o quadril, ou os seios maiores. Foda-se, ela estava e isso que importava, gostosa.

Narcisa se aproximou sem delicadeza nenhuma, as mãos tirando sua calça com rapidez.

— Acho uma ótima ideia, Malfoy. — ela disse abaixando a calça dele.

E fazendo questão de toca-lo com toda precisão enquanto fazia isso.

Quando o casal finalmente chegou ate a cama, já não vestiam nada e as respirações estavam agitadas, como muitas outras coisas.

Lucius tocou o joelho dela, e as pernas automaticamente se afastaram.

Ele beijou seus lábios e mordeu seu queixo.

— É tão linda, e sabe o que eu adoro? — ele perguntou.

Encostando maliciosamente seu quadril no dela.

E quando ia penetrá-la, Narcisa o afastou.

No mesmo instante Lucius se retraiu. Se ela não quisesse, mesmo estando a centímetros de distancia, ele pararia.

Nunca em toda sua vida, precisou ou obteve sexo a força, e menos ainda com sua mulher.

Talvez já tenha insinuado ameaças do tipo, mas abominava esse tipo de atitude.

A obrigação das esposas era estarem disponíveis e receptivas. Mesmo quando não tivessem a mínima vontade.

Mas para ele não funcionava assim.

Ela tinha que querer, não queria sexo por obrigação e obediência. Queria ela arfando e gemendo, queria seu membro entrando sem dificuldade. Queria ela molhada e desejosa.

E para sua sorte, Narcisa sempre estava assim.

Mas se estava o empurrando, mesmo com todo desejo explicito, algo estava acontecendo.

— O que foi Narcisa?

Ela tocou sem ombro e o guiou ate que estivesse deitado de costas. Lucius sorriu.

— Ok, já entendi. — ele murmurou, gemendo em seguida.

Já que a mão dela desceu pelo sei peito ate sem membro. Logo passando uma perna de cada lado, e sem fazer hora como ele fazia, permitiu que a preenchesse. Ela não falava às posições que queria, simplesmente era envergonhada demais para tanto. Então dava suas dicas.

Lucius sabia que nunca teria uma visão mais excitante que essa. Mas isso mudava cada vez que estavam juntos.

Mas essa era um dos tops em cena “perfeita”.

Narcisa montada nele, os cabelos loiros soltos pelas suas costas e seios. E quando ela se curvava para beijar sua boca ou tocar com a língua seu pescoço, o cabelo caia para frente fazendo cocegas no seu rosto.

— Você é maravilhosa, mas acho que a gente pode acelerar mais, tipo assim...

Ele segurou o quadril dela, e se movimentou.

Bom. Narcisa ia gostando, e esquecia-se de outros pontos. Pontos que homens não esquecem, como por exemplo, o movimento frenético.

Sem dificuldade nenhuma ele virou, ficando sobre ela novamente.

A partir dali, não tinha como prolongar mais o que seria inevitável. As mãos dela puxaram seus cabelos quando chegou ao orgasmo. E dor foi à única coisa que Lucius não sentiu.

Quando deitou ao seu lado, a puxou ate que estivesse novamente sobre ele.

Dessa vez deitada, a bochecha encostada em seu peito, e ouvindo o coração dele bater a mil por hora.

— Você é... Não vou elogiar seu desempenho, já é metido demais sem eu fazer isso.

Ela disse, dando um sorriso.

— Ah pare com isso. Estava doido para escutar o quando te dei prazer, e você pedia mais, gritou. Não me belisque Ciça! Ai.

— Não gritei!

— Você não percebe, gritou, puxou meu cabelo.

— Não puxei nada. Esta mentindo.

— Não estou. Você fica bem fora de si quando estamos fazendo amor. Eu já te disse isso.

— Não fico Lucius. Isso é uma calunia.

Ele deu uma risadinha.

— Tudo bem então. Não vou discutir sobre isso, ate porque gosto de como responde a mim.

— Você que geme o tempo todo. Meu nome. E as partes do meu corpo. Às vezes usa palavras safadas.

— Não vou negar.

— Eu gosto sabe. E você me morde e pede mais.

— Mordo porque é gostosa e sempre quero mais. Agora mesmo, se a gente continuar esse assunto...

Ela o beliscou novamente, ainda rindo.

Então sentou a sua frente, puxando o lençol para se cobrir, mesmo sentada.

— Não precisa ficar se escondendo.

— Não tenho vergonha, é que... É estranho ficar toda exposta, nunca andei assim.

— Que bom né.

Ela riu novamente, ele a acompanhou. Logo estavam os dois rindo juntos.

Como se fosse capaz ela desfilar por ai com os seios de fora, ou nua.

— Lembra quando eu fui ter Draco?

Lucius fez uma cara de surpresa com a mudança de assunto repentino.

— É claro que lembro.

— Na ultima vez que você entrou no quarto para me visitar, disse algo...

Lucius se sentou e puxou uma coberta.

Agora ele mesmo se sentia estranho com o rumo que a conversa estava levando. Deitado e pelado piorava a situação.

— Eu disse muitas coisas.

— Eu sei, é claro que disse. Mas falou uma em especial.

— Aonde você quer chegar Narcisa?

Ela se ajoelhou na cama, ainda segurando o lençol que cobria os seios.

— Eu estava com medo de morrer, fiz me prometer que cuidaria de Draco.

— E se não me engano, prometi que cuidaria. Trazer esse assunto à tona é irrelevante. Você esta aqui.

Lucius se sentia sem jeito. Talvez ele quisesse fumar. Era isso, precisava fumar.

Ou não.

Na verdade ele sabia onde ela queria chegar, sabia desde o momento que ela mudou de assunto.

E isso foi o bastante para Lucius se apavorar.

— Eu sei. Sei que nada aconteceu, estou aqui. Mas é que... Você me disse algo naquele momento. Foi algo especial.

— Repito, eu te disse muitas coisas naquele dia.

— Você disse que me amava. Você disse “eu amo você”, desse jeito. Você disse.

Ela respondeu num sussurro, erguendo os olhos para ele. Lucius queria olhar para a porta, para a janela ou para qualquer lugar.

Mas não conseguia desviar os olhos.

— Não vai falar nada? — perguntou.

— O que necessariamente você quer que eu fale? — ele disse.

— Lucius você disse que me amava e nunca mais disse, e nunca falou sobre isso.

— Não.

— Por que não? Somos casados, temos liberdade um com o outro. Todo dia deixo claro que amo você. E nem mesmo isso serve para... Você me ama de verdade ou disse aquilo para... ? — a cabeça dela dava voltas.

— O que você acha? — ele perguntou meio gaguejando.

— No dia eu acreditei. Mas como eu disse, você nunca mais disse nada...

Que Merlin o ajudasse, mas ele sentia como se estivesse de noite na beira de um penhasco, e de frente para varias espadas.

Ou ele debruçava para a o lado das espadas e aguentasse as laminas perfurando sua pele.

Ou ele se jogava do penhasco e aguentasse o desconhecido.

Sentia-se exposto, apavorado.

— Você estava desesperada, ia ter nosso filho, eu tinha que falar... — ele não continuou.

O brilho que antes estava nos olhos dela, tinha de apagado no instante que ele abriu a boca.

— Você tinha que falar o que eu queria ouvir. — ela completou.

Ate mesmo o tom da voz dela era estranho.

Ele tinha escolhido as espadas. E não teria volta.

No instante que começou a falar, se arrependeu.

Seria uma historia promissora e mentirosa.

Talvez se tivesse escolhido saltar o penhasco, teria encontrado um mar ou algo seguro lá em baixo.

Talvez tivesse encontrado qualquer coisa, ele nunca saberia.

Talvez o penhasco tivesse um metro, ele se jogaria, cairia e ralaria o joelho. Uma vergonha, mas pelo menos sobreviveria.

Trazendo ao assunto, ele apenas se sentiria envergonhado por ter admitido seu sentimento.

E o que era uma vergonha no ego masculino, comparado com espadas afiadas entrando na sua pele?

Narcisa tinha o rosto paralisado de choque e decepção. Ficou de pé com uma calma surpreendente, então vestiu o roupão.

— Ciça olhe...

— Não. Não quero ouvir.

— Não é isso que pareceu ser, não é bem assim.

— EU DISSE QUE NÃO QUERIA OUVIR!

Ela gritou para ele.

Lucius já estava ficando de pé. E vestindo a calça que há pouco tempo atrás ela mesma tinha tirado dele.

— Olhe eu... Ciça não grite.

— Eu só quero que cale a boca.

— O que? — ele perguntou ultrajado.

— Sua voz esta me irritando e sei que qualquer coisa que sair da sua boca vai piorar a situação. Você me deixa doente Lucius. Doente.

Ele não conseguia falar nada. Não conseguia sequer se mover.

Sabia que dessa vez as coisas tinham chegado há um pouco além da chateação, tinham chegado num caminho sem volta.

— Você se acha autossuficiente e poderoso. Acha que as pessoas não tem importância alguma para você. A vida não é assim. A vida real não funciona do seu jeito. Não é um deus.

— Nunca disse que era.

— Rico, bonito, ambicioso. Esta sempre do lado vencedor. Lucius, se você morrer nada disso vai importar, se morrer não poderá levar nada. Acha-se intocável e duro. Desconta nos outros seu rancor de adolescente que nunca vai amadurecer.

— Como pode dizer algo assim? De todas as pessoas que conheço, você é a que mais trato bem. Faço tudo, te dou tudo. Tudo Narcisa!

— NÃO ME DA O QUE MAIS QUERO. É você quem eu quero.

— Não sou de outra pessoa, sabe disso. — ele viu que ela chorava, mas o tom era de tanto rancor que parecia nem se importar.

— Quero você sem restrição. Sem limite, por completo. De corpo e coração. Sentimentos Lucius, você não é uma estatua, não pode ser imune a eles.

— Nunca. Eu nunca prometi amor a você. Nunca. Esta fazendo uma tempestade num copo de agua. Sequer casamos por amor.

Ela apontou para o próprio coração.

— Eu te amava! Amava-te e sonhava que um dia conseguiria alguma reação humana de você.

— Acabamos de fazer amor, isso é humano. Pelo menos nunca vi mortos fazerem.

— Nós trepamos feito dois safados! Isso não é fazer amor! Você nunca quis amor, teme o amor, repudia. Não podemos fazer amor, se um dos lados não esta disposto a amar.

— Isso é completamente ridículo. É ridículo também você falar como uma vagabunda.

— Talvez eu seja, não? Afinal que utilidade eu tenho se você sequer é capaz de sentir algo? Só devo servir para um alivio sexual.

— Esta exagerando, agindo feito uma louca!

— São quase sete anos. Mais três da escola. Dez anos, Lucius não estou agindo feito uma louca por querer algo a mais de você. Sinto-me inútil, uma paria que não teve capacidade de fazer o próprio esposo ter alguma reação no relacionamento.

— Por que esta obcecada por esse assunto?

— Dez anos não são dez dias. Dividimos a mesma cama há sete anos, acordamos e dormimos juntos, literalmente juntos. Passamos um inferno, tivemos nosso filho. Não acho que seja obcecada por querer algo simples.

— Para mim não é simples. Eu não sou esse tipo de homem. Nunca te enganei.

— Acho que eu me enganei então. Iludi-me achando que você podia vir a me amar um dia.

Ele tentou ir ate ela, Narcisa deu pelo menos três passos para longe dele.

— Não toque em mim!

— Esta se desesperando atoa, acabei de tocar em você. Em vários locais e nem se importou. Estávamos bem ate pouco tempo atrás.

— Para você sexo é a única coisa que importa.

— Não. Não mesmo. Mas estou tentando te dizer que nos demos bem por sete anos e não estou falando somente na cama. Nos demos bem sem amor. Somos promissores.

Ela deu uma risada sarcástica.

— Sem amor? Acabei de te falar que te amava quando nos casamos, te amo a sete anos, a mais do que isso, digo sempre. É por isso que somos tão “promissores”.

— E eu gosto de...

— NÃO OUSE DIZER QUE GOSTA DE SABER QUE EU TE AMO!

Ele se calou. Era justamente o que falaria.

— Sabe, talvez agora a gente deixe de ser um casal tão próspero.

— O QUE? — ele perguntou, beirando ao desespero.

Narcisa andou calmamente pelo quarto.

— Depois que um corpo comporta outro corpo. Nenhum coração suporta o pouco. — ela murmurou o encarando.

Lucius sentia-se desvendado, talvez fosse o momento para ele tentar, talvez fosse sua ultima chance. Mas o que saiu da sua boca não era o que tinha de falar.

— O que quer dizer?

Ela sorriu.

— Quer dizer que não vou aceitar pouco, nem a metade. É tudo ou nada. Ou você muda os princípios estipulado por ti mesmo, ou nada feito. Não aceito migalha e minoria. Não aceito carinhos, vestidos, joias e sorrisos para compensar algo. Não vou dar valor a você.

— Esta querendo o impossível.

— Estão vou me limitar a dar amor para quem merece. Draco.

Ela respondeu, já que viu os olhos dele se irarem com a simples menção de outra pessoa na jogada.

— Draco é seu filho, não seu marido.

— Draco me ama. Ele tem quatro meses e basta me olhar, para eu ter convicção que ele me ama. É somente para ele que vou funcionar. Entende?

— Sua ameaça não tem fundamento, vai deixar de ser minha esposa?

— Não seja infantil. Sabe que isso é praticamente impossível. Mas, as coisas vão mudar. Talvez para você nada faça diferença. Mas para mim fará. E se eu tiver sorte, consigo eliminar qualquer sentimento que tenho por você.

Ela disse encerrando o assunto de uma vez por todas e indo ate o quarto ao lado, de Draco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AI PELO AMOR DE MERLIN, POR QUE? POR QUE O MUNDO É ASSIM? POR QUE DEUS? POR QUE LUCIUS? POR QUEEEEEEEEE?

—---------------------

É isso gentes, o periodo fofo acabou, chega de ladainha, ta na hora de falar de algo mais importante, ta na hora de falar da nova Tekpix a filmadora mais vendida do Beco Diagonal -qqq

—--------------------

Mas gente... e agora?
Pobre Ciça, pobre Draco, Lucius seu... dlç!

Não deixe de COMENTAR E RECOMENDAR!