Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 78
78. RECÉM-NASCIDO.


Notas iniciais do capítulo

É isso gente, a nossa doninha nasceu, todos morrem de amor agora, é uma ordem!

LEIAM AS NOTAS FINAIS, TEM RECADINHO!



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Muita coisa tinha recém-nascido em poucas horas.

Algo que a família Malfoy desconhecia, mas estava ali.

Não apenas um bebe, ate porque isso era obvio. Mas tinha algo invisível existindo.

Assim que Lucius entrou no quarto, Narcisa estava recebendo o filho nos braços.

Quando Poli os deixou a sós, sua esposa trabalhou para amamentar Draco.

Era bonito de se ver, o jeito que o rosto de Narcisa se moldava e sorria.

Sempre murmurando coisas — provavelmente fofas — para o bebe chorão.

— Ei. — ela disse, levemente sem graça.

Assim que percebeu Lucius no quarto. Se apressou a cobrir o seio que alimentava o bebe.

— Posso dormir aqui? — ele perguntou.

Narcisa sorriu com doçura.

— Essa cama é de casal, mas bem menor que a nossa. Se não se importar, é muito bem vindo meu marido.

— Não precisa se cobrir, esta fazendo o que deve fazer. Isso não é um crime.

Ele disse, terminando de beber algo, Narcisa apostava mil galeões se não fosse uísque. E então, deitando ao lado dela na cama.

Passaram longos minutos ate que Draco terminasse.

Então, o choro voltou a tomar o ambiente.

— Ele é forte. — ela disse com orgulho. Batendo com todo carinho nas costas do bebe.

— É obvio que é, é um Malfoy. — Lucius disse ouvindo os berros do menino.

— Quer pegá-lo? — ela perguntou.

— Não. Não mesmo.

Sua negativa foi com toda veemência, só restou Narcisa tentar acalmar seu filho, quando terminou, Poli estava ao seu lado.

Pronta para colocar o bebe no berço ao lado, cuidando para que sua senhora não precisasse fazer esforços.

— Estarei do lado de fora senhora Ciça, se ele chorar, não se preocupa que venho olhar.

— Eu posso olhar Poli.

— Seria melhor que não se esforçasse levantando varias vezes durante a noite.

— Ciça deixe Poli ajudar. Se Draco chorar, você pode entrar. — ele disse para governanta.

Quando a mulher saiu do quarto, Lucius suspirou. Ele e Narcisa deitaram bem próximos. E juntaram seus cansaços e exaustões.

... ... ... ... ...

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, dez, quinze, vinte, trinta...

Trinta dias sem dormir direito. TRINTA MALDITOS DIAS!

Lucius sentia cansaço, olhos pesados, olheiras! Pela primeira vez na vida estava com olheiras!

Aquela criatura, na qual ele chamava docemente de filho, era uma caixa ambulante de barulho.

Ele chorava, dolorosamente o dia inteiro. E de noite era ainda pior.

Claro que Narcisa pediu que ele fosse para o quarto dos dois, dessa forma ele descansaria os ouvidos e dormiria.

Mas cada vez que deitava na sua cama sem Narcisa ele... ERA IMPOSSIVEL DORMIR!

Então voltava para o quarto do andar de baixo.

O quarto dos gritos.

Pelo menos quando seu filho não estava aos berros, ele dormia. Então Lucius aproveitava para cochilar.

— Vamos subir. Hoje Draco dorme em seu quarto e eu volto para o nosso. — ela comunicou na hora do café.

— Graças a Merlin! Aquela cama é uma tristeza.

— Lucius...

— Ok. Não aguento mais Ciça, meus ouvidos e... Olhe? Ele esta chorando de novo!

Ele disse bufando, ela ficou de pé.

— Sente! Poli esta com ele e você vai tomar café comigo.

— Mas ele quer a mim.

— Ele só quer você! O tempo inteiro. Duvido que seja só fome. Ele não pode mamar a cada meia hora.

— É um bebe Lucius.

— Esta acostumando mal. Se tudo o que ele faz, você o pega.

— Se pelo menos você pegasse... Ele parece te reconhecer, ou sua voz.

— Não. Você sabe que não pego.

— Deveria pegar! — ela disse com raiva.

Então, num ato de total rebeldia. Ela saiu da mesa de café, jogando o guardanapo de qualquer maneira e indo acudir seu bebe que chorava.

Lucius sentiu uma raiva crescer.

Narcisa nunca, nunca tinha o destratado, ou melhor. Nunca não, mas eram raríssimas vezes que ela o fez.

Sempre soube qual era seu lugar. Então, batendo o pé, ele foi ate ela.

Estava murmurando uma canção para o bebe, que agora tinha ganhado uma chupeta verde escura. E parecia disposto a ficar quieto. Finalmente.

Lucius se aproximou.

Os olhos do seu filho eram grandes e da mesma cor dos dele. Cinzas.

Piscava algumas lagrimas, olhando entretido para sua mãe, provavelmente a achando linda.

Porque era isso que Lucius via nesse momento. Uma mulher linda, sorrindo para seu filho.

Ele percebeu que tinha se esquecido da sua irá.

Draco era um bebe. E necessitava de atenção.

— Deu certo? — ele perguntou, sobre a chupeta.

— Acho que sim. Ele parece que vai gostar.

— Ele esta olhando para mim.

— Claro que esta. Ele é guiado pela voz, já te conhece.

— Ei...

Lucius murmurou para o bebe. Que agora o olhava com mais atenção ainda.

— Quer pegar? Ele esta ficando mais durinho, esta seguro.

— Ciça eu... Não sei.

— Sei que consegue, ele quer você Lucius.

— Não. Não vou pegá-lo.

Ela abraçou mais forte o bebe, e beijou seu cabelinho.

Lucius a abraçou por trás.

— Não consigo segurar um bebe, é muito pequeno. Tem que entender. — ele disse beijando a cabecinha de Draco, e logo beijando o pescoço dela.

Teve o prazer de ver a pele dela se arrepiar.

Narcisa o olhou.

Então se beijaram.

Há quanto tempo não faziam isso? Um mês, mais?

Era horrível pensar que ficaram tanto tempo sem se beijarem.

Mas era bom matar a saudade depois disso.

Quando se afastou, Lucius estava nervoso de uma forma diferente. Estava excitado.

Há quanto tempo não ficavam juntos?

Dois meses? Três? Narcisa estava grávida na ultima vez e nos últimos meses de gestação ele a evitava com medo de que algo acontecesse com o bebe.

E agora, pelo visto, mal teriam tempo.

Draco era um bebe, precisando de tudo. Fora que tinha passado apenas um mês. Devia ser cedo para alguma relação.

O jeito seria dispersar seus pensamentos profanos.

Voltar a dormir no quarto foi bom. Tirando o fato que Narcisa levantava da cama pelo menos três vezes, mas ele dormia.

Sua cama era espaçosa, macia, da sua forma.

E de quebra ainda se surpreendia em acordar, às vezes, com seu filho entre os dois.

Nos primeiros dias, Narcisa disse que acabou dormindo enquanto o acalmava na cama. Então ele ficou ali.

Mas isso se repetia volta e meia.

E Lucius tinha que admitir, não era ruim.

Draco tinha um cheirinho de bebe. Era macio como um bebe, e os dedinhos dele apertavam, como bebes faziam.

E ainda era tão novo...

Ao que parecia, a chupeta tinha sido bem vinda. Mas ele ainda era um pequeno esfomeado. Parecia que toda hora, absolutamente toda hora, era hora de se alimentar.

Naquele dia ele saiu cedo para o ministério. E pouco antes do almoço, Narcisa recebia uma visita esperada.

— Demorou. — ela murmurou.

— Não brinca, estava esperando você se adaptar a nova vida.

— Sei. Fiquei sabendo da gravidez da sua... Hm colega.

— Eu realmente não quero falar nisso.

— Imaginei que não. Afinal, os problemas eu falo falo e você se fecha, como sempre!

Ela disse com frieza.

— Hey, o que houve com você?

— Nada. Talvez a maternidade esteja me aflorando.

— Ela vai ter bebe esse mês. Agora, amanha. Não sei. Só sei que esta na hora.

— Que aquela sangue-ruim se ferre!

— Não a chame assim.

Narcisa deu ombros. Não ia perder tempo com a ralé.

— E Draco? — ele perguntou, um pouco mais empolgado.

— Poli já vai trazê-lo. Estava tomando banho.

— E ele esta mais calmo? Lucius me disse que ele é adepto ao choro.

— Lucius fala demais! Mas dessa vez é verdade. Ele chora tanto, sempre, nunca sei o que fazer. Sinto-me inútil.

— É seu primeiro filho. Isso completamente normal.

— Meu único filho. — ela o corrigiu.

— É. A poção não tem efeito longo, na verdade foi como eu disse, as horas e só.

— Não quero ter outro filho. Não me imagino dividindo atenção que disponho a Draco. Tudo é para ele.

Ela disse com convicção.

Na mesma hora, Poli aparecia com o bebe que estava acordado e com os cabelos penteados.

— Mas é muito lindo esse bebe da mamãe, vem ver o seu padrinho.

— O... O que? — ele perguntou, com toda incerteza.

— Ah não faça essa cara de surpresa, sabe muito bem que isso seria obvio.

Ela disse, virando o bebê para ele.

— Não Ciça, eu não esperava. Mesmo.

— Bom. E é obvio que não aceito um não como resposta...

— Você “nunca” aceita um não.

Ela parou de sorrir.

— O assunto não sou eu simplesmente não ouvir um “não”. Draco é o que tenho de mais importante, é tudo pra mim. Ele existe porque você ajudou. Se negar ser seu padrinho, é como se tivesse afirmando que isso não é importante. Não é apenas a negativação.

— Eu nunca negaria isso. E Lucius?

— Ele aprovou minha escolha, é obvio.

— Acho que ganhei um afilhado, posso pegá-lo?

Ela colocou o bebe no colo dele.

Severo ate sabia o que fazia, era meio desajeitado, mas pelo menos tentava, coisa que Lucius nunca fez.

Snape almoçou lá, e já era de tardinha quando resolveu partir.

Draco chorava com todas as forças e ninguém, por mais que gostasse, aguentaria isso.

Foi quando a noite caiu que Lucius chegou, com seu pai, Bellatrix e Rodolfo ao seu lado.

— Eu sabia que eles citariam você. — Rodolfo murmurou.

— Quatro vezes, quatro vezes. — Abraxas acrescentou, com orgulho.

— Acho que já esperava isso, não Malfoy? — Bela disse.

— Na verdade sim. — Lucius disse.

— Sobre o que vocês estão falando? — Narcisa perguntou, indo para sala.

Bellatrix ficou a sua frente e tentou chamar atenção do bebê, que deu um berro e começou a chorar copiosamente.

— Ai ele tinha parado... — Narcisa resmungou chorosa.

Agitando novamente o garotinho.

— Não acredito Bela, assustou seu sobrinho. — Rodolfo disse, dando um sorriso.

— Não o assustei!

— Assustou sim Bela, agora levarei horas para acalmá-lo! — Ciça disse.

— É tão ruim assim fazer uma coisa tão pequena calar a boca?

— Não é uma simples coisa pequena, não é como se tivéssemos falando de uma criatura qualquer. É um bebe. — Lucius respondeu.

— Deixa o vovô tentar. — Abraxas disse, pegando o bebe.

— Olha, parece que ele esta parando. — Bela disse, quando Abraxas o fazia fechar os olhos.

— Sobre o assunto anterior, estávamos falando sobre os títulos. Lucius foi citado quatro vezes. — Rodolfo disse.

— Já esta na época de entregar os títulos? — Narcisa perguntou, meio alheia as datas.

— Esta sim. Na verdade Lucius pode levar os cinco títulos se Tiago Potter não aparecer. Quem é aquele traidorzinho perto de você?

— Talvez Lucius leve os cinco títulos mesmo, Sev me disse que a sangue ruim do Tiago vai ter um filho, ele não deve aparecer. — Narcisa disse.

Lucius ergueu a taça que bebia e sorriu.

— Estou contando que aquela imunda tenha o filho logo. Mas de qualquer forma, os quatro outros títulos já estão garantidos.

Os títulos consistiam numa cerimônia antiga e famosa.

Era clássica e luxuosa.

Cada serie de ano varias pessoas que se destacavam no ministério, fosse por auxilio ou bens a comunidade, recebiam títulos.

Títulos traziam certas regalias.

A família Malfoy era famosa por sempre recebê-los. Eram influentes e volta e meia faziam doações grandiosas. Isso era fundamental para continuidade de serviços.

Esse ano, Lucius tinha sido citado para quatro dos cinco títulos. E estava sendo visado para o quinto e ultimo titulo, esse, disputado com Tiago Potter.

— E isso tudo sem usar magia... — Rodolfo brincou.

— Pois é.

— Duvido que não aconteceu nada, Imperius? — Bela perguntou, também rindo.

— Nada. Juro.

— É obvio que Lucius conseguiu por mérito próprio. Vocês são mente fechada se acham que tudo se resolve com magia. Magia negra! — ela disse.

Abraxas ficou de pé e caminhou ate ela com o bebe adormecido.

— Magia negra, não. Magia necessária. Mas... Tenho certeza de que meu filho não precisou disso.

E o assunto se deu por encerrado.

Lucius começou a pesquisar, com ajuda de Snape, motivos para um bebe chorar tanto. Não podia ser normal.

Descobriram que bebes tinham cólicas, fome, ou dores.

Para tirar qualquer duvida, Lucius chamou um curandeiro especializado em bebe.

O homem foi enfático em parabenizar o casal, pois muitos bruxos esqueciam-se dos cuidados médicos em crianças. E avisou que o bebe nada tinha.

Estava forte e no tamanho correto para sua idade.

Então sua meta seria descobrir outra razão.

Ele analisava os passos de Narcisa e Draco. Brincava com seu filho que agora parecia ter descoberto como sorrir.

Severo ficou um tempo sem visitá-los. O que trouxe um pouco de abatimento sobre Narcisa.

Já que Bellatrix estava infiltrada nos serviços do lorde e de qualquer forma, ela assustava Draco.

Narcisa se sentia sozinha.

— Esta mais depressivo que o normal. — Lucius disse.

— Não estou com bom humor, Malfoy.

— Você pode se martirizar por aquela sangue-ruim e a cria que ela acabou de ter, mas não pode parar de viver. É insano.

— Não acredito que esteja me dando conselhos. Isso sim é insano.

— Existem mil mulheres melhores que aquela escrota.

 — Não vou falar disso com você. — Severo disse, saindo de perto de Lucius.

— Ela sente sua falta. E pelo visto é egoísta demais para ver isso. — Snape sabia que "ela" era Narcisa.

Foi Lucius quem se afastou primeiro.

E Snape se sentiu mal.

Lilian tinha tido um filho e vivia sua vida medíocre ao lado de Tiago.

Mas Ciça era sua amiga e nada tinha a ver com seus problemas.

E naquele dia mesmo ele comprou um presente e foi visitar Narcisa e seu filho. Ela pareceu surpresa e animada com a visita.

— Me afastei esses meses sabe... — ele começou o discurso de desculpas.

Então engataram numa conversa animada, que quase sempre vinha à tona com os dois.

... ... ... ... ...

Uma semana depois, durante uma serie noturna de choro e berros, Lucius se apegou a ultima alternativa, mandar Poli preparar uma mamadeira.

E sob o olhar acusador de Narcisa. Segurou pela primeira vez Draco, que gritava e esperneava. Só parando ao sentir o bico da mamadeira em sua boca.

Tomando tudo, e dormindo em seguida.

Então tinha descoberto o motivo de tanto choro.

— Era fome. — disse sem delongas.

— Me sinto uma criminosa. — Narcisa disse virando o rosto para esconder as lagrimas.

— Não é menos mãe por não ter leite o suficiente, Draco é um menino que esta crescendo muito rápido.

— Ele estava passando fome!

— Não precisa ser extremista.

Então o pequeno não só dormiu aquela noite inteira, como todas as outras, um verdadeiro anjo. E não quis saber de ser amamentado mais, sua paixão era agora a mamadeira.


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Notas finais do capítulo

Draquinho ooooonnnnnnn...
Sim sim, ta tudo muito lindo, tudo muito fofo.

Só que... Sabem que as coisas não ficam assim para sempre, certo? .-.

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Para quem estava perguntando sobre REDE DE SEDUÇÃO, não tenho dia certo para postar, mas falta apenas 2 capítulos para o FINAL. Pois é...

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Quem queria saber sobre 'ATE ONDE' Pavões vai, se chegará ao nascimento de Scorpius e tal. Provavelmente NÃO CHEGUE a tanto. E não venham falar sobre Scorpius e Rose (odeio esse shipper), AMEM.
Só que se tiverem interesse, tenho intenção de no final de PA, começar uma sobre Scorpius... E LILY.
1bj

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Aproveitando a respostar acima, a fanfic NÃO CHEGA ate Scorpius, mas chega e passa sobre Draco em Hogwarts, certinho?
Sempre dando enfase maior a Lucissa.

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E por ultimo:::::: COMENTEMMM E RECOMENDEMMM.

Postei uma songfic pequena sobre Draco, quem tiver interesse::: http://fanfiction.com.br/historia/382547/Anywhere/