Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 66
66. NUNCA DESPERTE UM DRAGÃO ADORMECIDO.


Notas iniciais do capítulo

Vish, Lucius vacilou... e agora Bial?



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Lucius sabia que tinha de contar para Narcisa seu plano.

Mas tinha consciência que ela poderia se chatear. Era triste, já que estavam tão bem. Mas necessário. Na verdade, ele tinha esperança que ela aceitasse.

E pediu o jantar no quarto nessa noite.


Quando Narcisa saiu do banho, se surpreendeu com um pequeno jantar servido na mesa do quarto.

— Epa, o que significa isso? — ela disse, dando um sorriso.


Ele sorriu e ergueu a taça que bebia, estava sentando, já esperando por ela.

— A nós? — ele lhe entregou uma taça idêntica a sua.


Ela tocou a sua com a dele.

— A nós. Sempre.

— Acho que a cor do vinho, combina com um presente que comprei.


Ele murmurou entregando-lhe uma embalagem.

Ela sorriu, conhecendo o formato da caixa. Tinha ganhado tantos assim, de Lucius mesmo.

Mas ver um pesado anel de ouro, com uma pedra enorme e vermelha, fez seus olhos brilharem.


Ela tirou o outro anel do dedo, que agora parecia ter perdido a importância. E deslizou sua mais nova aquisição, esticando os dedos finos e longos.

A peça cabia perfeitamente. E ate suas unhas enormes que estavam pintadas num vermelho reluzente, pareciam combinar.


— Acho que estou apaixonada.

— E deveria. Isso não é rubi. É um diamante, existem pouquíssimos diamantes vermelhos no mundo. E você é dona de um dos maiores, se não for o maior.

— E adoro quando você explica o quão importante são os presentes que me dá.

— É apenas para você entender o quão importante é para mim.

— Eu amei Lucius, amo você.

— Precisamos conversar. Mas vamos jantar antes.


Ela sentiu um frio na espinha.

Então tinha um assunto.

Lucius era a pessoa mais astuta que conheceu em toda sua vida. Mais ate que qualquer um de sua família.

E nunca fazia uma jogada impensada.


Presentes, romance e jantar. Mas ainda tinha um assunto. E Narcisa suspeitava — pelo peso do diamante vermelho que carregava no dedo —, que não era agradável.


O jantar transcorreu tranquilamente. Os dois conversavam banalidades, e Narcisa deixava Lucius interado dos planos para a festa que daria.

Ela tinha carta branca, ele só interferiria na lista de convidados.

Já que precisava manter pessoas da alta em evidencia.


— Então você esta se divertindo?

— Você sabe que eu iria preferir uma festa menor, cansei de posar para esse povinho.

— Então por que não faz uma festa menor? Se esta enfadada dessas pessoas.

— Quero mostrar como se faz, desde nosso casamento não se vê uma festa bem feita.

— Você é venenosa esposa.

— Não. Você quem é. Agora me diz Malfoy, o que quer conversar?


Ela perguntou, parando de sorrir.

Ele encheu o copo.


— Acho que temos finalmente nossa válvula de escape.

— Não entendo. — ela cruzou os braços.

— Acho que encontrei a resolução de nosso maior problema, Ciça.

— Nosso maior problema esta em mim.

— Eu sei.

— Então vai me matar ou coisa do tipo?


Ele deu uma gargalhada.

Estava meio vermelho e com sorriso abobalhado. Estava ficando bêbado, Narcisa tinha certeza.


— Não seja louca, é claro que não.

— Então descobriu algum feitiço, algo que me ajude? — ela perguntou um pouco mais curiosa.

— Não. Na verdade é algo bem simples.


Narcisa remexeu no assento. Não tinha como resolver seu problema de uma forma simples.

Ate porque era impossível.


— Não sei se estou gostando do rumo da nossa conversa.

— Estava conversando com um amigo...

— AMIGO? AMIGO? LUCIUS COMBINAMOS EM MANTER ESSE ASSUNTO EM SIGILO!

— Você não falou com ninguém? Não falou com Snape?


Narcisa ficou calada.

— Eu sei que falou, não, ele não me disse que você falou. Mas sei por que conheço você.

— Que amigo você falou? Walden? Evan? Rodolfo? Ele vai contar a Bela e ela vai me encher por não ter lhe dito.

— Não é Rodolfo.

— Barto? Não confio nele.

— Não contei para Barto, se não contei para Walden porque contaria para o Barto? Ele nem é meu amigo mesmo.


Ela respirou fundo.

— Se não contou para Walden que ate onde sei, junto com os Lestrange e Snape, é o seu melhor amigo. Para quem foi?

— Para Voldemort.


Narcisa abriu a boca, e voltou a fechar.

— Ele não é seu amigo.

— Como pode dizer isso?

— Porque ele não é amigo de ninguém.

— Não fale o que não sabe.

— Ele não é seu amigo. Não é amigo de ninguém. Nem deve saber o significado dessa palavra.


Lucius negou com a cabeça. Narcisa tinha se transformado, sem tom de voz era duro.

— Não faça isso. Não se intromeda nesse assunto do lorde.

— Você esta abrindo nossa intimidade para os outros. Você!

— Não. Apenas conversei com ele, e para sua surpresa, ele me ajudou.


Narcisa resolveu se aquietar. O lorde era sinistro e conhecia poções e feitiços mais ocultos. Claro que seu marido também sabia de vários, mas nenhum que resolvesse seu problema.

Se o lorde soubesse, ela seria grata a ele para sempre.


— O que temos que fazer? — ela perguntou, mais animada.


Lucius sorriu.

— Você, por enquanto nada. Apenas eu.

— Como assim?

— Simples minha esposa. Vou engravidar outra mulher, você vai fingir estar grávida. Quando o bebe nascer, eu terei um filho e você um bebe para cuidar.


O choque foi tanto que Narcisa tombou para trás, derrubando a cadeira consigo.

Suas mãos tremiam tanto que ela pensou que nunca mais iriam parar.


— Você esta brincando, certo?

— Não Narcisa. — e estava claro que não. Já que ele não sorria mais.

— Então só pode ter ficado louco!


Ele ficou de pé, e aproveitou para encher mais uma vez sua taça. Era por isso que estava bebendo feito um camelo. Provavelmente estava nervoso.


— Lucius sabe quando vou aceitar algo do tipo? NUNCA!

— Em momento algum pedi sua opinião no assunto.

— Mas será que não vê? Isso nunca via dar certo.


Ele respirou fundo.

— Por que não daria?

— Você vai colocar nossa vida nas mãos de uma mulher. Vai se deitar com outra, engravidar outra. E se ela contar a todos? E se...

— Vou fazer um feitiço de silencio.

— Não. Não não.

— Seja relevante. Você não funciona para fazer um filho, eu preciso. E você ainda terá um para cuidar.


Ela grunhiu, de verdade. Seus olhos eram sangue puro.

— EU NUNCA CUIDARIA DO FILHO DE OUTRA MULHER!

— Mas será meu filho!

— Mas não será meu.

— Egoísta?

— Não vou cuidar dessa monstruosidade. Isso é insano.


— Insano é você chamar um bebe. Meu futuro filho de monstruosidade.

— Não sou abrigada a querer. Como você disse, será seu filho e não meu.

— Você fingirá que é seu. Entendeu? Não estou te dando opção de escolha.


Ela pegou a garrafa que ele ameaçou encher novamente sua taça, e tacou no chão.


— Não comece a agir feito uma louca, se não te tratarei como uma.

— Eu não vou aceitar isso. NUNCA LUCIUS. Nunca.


Ela disse com esperança de deixar o assunto encerrado. Prova disso era que tinha virado as costas para ir ao banheiro. Lucius segurou seu braço, apertando com certa força.


— Eu disse que não pedi sua opinião. É isso, ou vamos ter que terminar nosso casamento.

— O QUE? — ela perguntou chocada.

— Não se faça de surpresa, sabe muito bem que o fato de ser estéril é mais que motivo para uma separação.

— Esta falando serio? — ela disse. Ou tentou.


Seu rosto parecia ter congelado. Choque, arraso.

— Olhe Narcisa, eu realmente não queria chegar a esse ponto, estamos dando certo.

— Você acabaria com minha vida. Sabe né?

— Claro, é uma vergonha tão grande quanto a que Andromeda Tonks causou.


Narcisa engoliu, mas nada parecia passar em sua garganta.

— Eu não ia te desamparar, te daria ouro. Tudo que recebi com nosso casamento eu devolveria, não faz diferença alguma na minha fortuna. Mas não posso continuar com alguém que não pode dar continuidade a minha família.


Era terrível escutar isso.

Pior ainda era o tom que ele falava.

Não era de provocação, mas de desistência. Ele queria aquilo tanto quanto ela, mas não tinham opções.

Narcisa pegou a varinha e começou a limpar a garrafa que tinha derrubado.


Não tinha como conversar, não tinha voz.

E só foi deitar horas depois, Lucius remexia na cama.

E quando sentiu a mão dele em seu cabelo, ela se afastou.


— Não conseguimos dormir longe, você sabe. Pode estar com raiva, mas pelo menos na hora de dormir seja relevante. — ele disse com voz de sono.

— Tenho que acostumar a dormir longe de você novamente. — respondeu em rebeldia.


Mas a ultima coisa que lembra, é do abraço apertado dele na sua cintura e da respiração pesada em seu pescoço. Antes de finalmente pegar no sono.



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Notas finais do capítulo

Bom vamos lá...
QUE DÓ. QUE DÓ.
Com diz minha amiga Mrs Lovett: QUE PECADO.

Pois é, pois é, pois é...

Os próximos capítulos estão... tensos.
É...

Não deixe de COMENTAR.
E se ainda não recomendou a historia, gaste 1 minutinho e faça (TO MANDANDO, CRUCIO).
—n

É isso... :D



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