Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 64
64. BLACK EM EXTINÇÃO.


Notas iniciais do capítulo

Estou tentando postar capítulos maiooooores.
Espero que gostem e não deixe de comentar!



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Assim que chegaram a casa, Narcisa fez um chá com leite, sabia que Lucius bebia todas as noites, mas queria algo que não o apagasse, como o álcool faz, queria algo que o acalmasse.

Assim que entrou na biblioteca, deu de cara com o marido “trabalhando”.


Com a mão direita ele escrevia com precisão usando uma pena luxuosa. Na mão esquerda estava um cachimbo acesso, onde volta e meia ele tragava.

— Estou pensando, você me enrolou Ciça, podia ter ido ao Beco Diagonal sozinha.

— Mas queria ir com meu maridinho.

— Me fez sair de casa, esperar enfadonhamente e ainda gastar bons galeões, isso tudo em menos de três horas!

— Ah Lucius...

— Isso me faz pensar, o que ganho com isso esposa?


Ela deu um sorriso enquanto depositava a xícara de chá frente a ele e tocava seu ombro.

Subiu a mão ate seu pescoço e puxou a presilha de prata que segurava o cabelo de seu marido. Os fios loiros espalhavam, brilhosos e lisos. Capazes de deixar muitas mulheres morrendo de inveja.


Ela passou a mexer em seus cabelos. Estava grande demais, e Lucius pareceu não se importar. Mas quando ele empurrou a pena e o papel a sua frente, ela parou.

— Estou te incomodando?

— Não, continue.


Ele disse fechando os olhos, sua preocupação era em terminar de fumar e tomar esse chá. E agora — sentir as mãos delicadas de sua esposa, tocarem seus cabelos.


— Lembro quando você tinha cabelos aqui. — ela disse tocando sua orelha.


A mão delicada desceu um pouco mais.

— Quando começamos a namorar, eles mediam aqui. — ela tocou-lhe o queixo.


As mãos de Narcisa continuavam a de movimentar.

— No dia do nosso casamento eles alcançavam seu pescoço. Lembro-me de quando te vi, assim que todos foram embora, você tinha tomado banho e eles estavam soltos e sem gel, mesmo preocupada com nossa primeira noite juntos, eu te achei magnífico. E ainda agora, depois de tantos centímetros a mais, você continua assim. Surpreendente para mim.


Lucius apertou as mãos dela antes de puxá-la para seu colo.

— Você é fantástica Ciça.

— Acho que meus pais estão doentes. — ela disse com tristeza.

— Por que esta dizendo isso?

— Ouvi uma conversinha do tipo... — mentiu.

— Mas se eles estivessem doentes, falariam com você.

— Não. Da mesma forma que seu pai nunca comentou conosco sua doença.

— Errado. Meu pai falou comigo sobre sua doença, eu sou seu filho.

— Preciso ir vê-los.

— Acha que pode aguardar ate amanha cedo? Agora eles provavelmente estão dormindo.

— Claro que posso esperar.


Sabe quando as coisas estão péssimas, no fundo do poço. Você acha que não pode piorar, então piora?

Foi exatamente o que aconteceu quando Narcisa chegou com Lucius à casa de seus pais.

Cygnus e Druella não só estavam doentes, como estavam MUITO doentes.


— Mãe...

— Minha bonequinha, não queríamos que nos visse assim.

— Mas mãe, pai. Como podem ter escondido?

— Não é bem assim. Ficamos sabendo da gravidade há pouco tempo.

— E o que é que vocês têm?

— Pneumonia do litoral, estão analisando alguma cura, mas as vezes sinto. Receio que não vamos ficar muito tempo nesse mundo.

— E por isso resolveram se esconder?


Druella olhou com aflição para Cygnus. Lucius estava sentado com as pernas cruzadas e aguardando. Não se intromedia muito nesse lance com a família de sua esposa.

Os Black tinham seus próprios demônios particulares, singularidades que se mantinham por seculos de gerações.

E não seria ele a intervir.


— Narcisa, queríamos te poupar o desgosto.

— Então esperavam me presentear com a morte de vocês? Sem que eu soubesse que estavam doentes?

— Não se exalte assim para seu pai! Pode estar casada, mas ainda é nossa filha.

— Mas mamãe...

— Cygnus, pode conversar com Lucius, tenho que mostrar algo para Ciça.


Druella disse com toda classe, enquanto seguia com a filha para os quartos superiores.

Ciça parou frente ao que foi por anos seu quarto.

— Aqui não filha, Regulo esta ficando aqui em casa, ele escolheu seu quarto.

— Reg esta aqui?

— Ao que parece às coisas com sua tia Walburga e Regulo não andam bem. Desde que Sirius se foi.

— Isso já faz tanto tempo! E as coisas com tia Walburga e qualquer pessoa nunca vai bem. Ela é uma chatice!


Druella deu uma gargalhada. Narcisa a acompanhou. Sua tia era mesmo uma gralha insuportável.

— Pobre Reg, tomara que esteja se dando bem aqui.

— Ele é um ótimo rapaz.

— Ao contrario do irmão.

— Exato Ciça, ao contrario de Sirius.


Assim que as duas entraram no quarto do casal, Narcisa sentiu-se um pouco enfadada. Raramente em toda sua vida, entrou naquele local.

Se a noite era tempestuosa e ficava cheia de pesadelos, corria sempre para o quarto da direita ou da esquerda. O que a fazia lembrar...


— Andromeda sabe. Mamãe, ela quem me disse sobre vocês estarem doentes.

A mulher franziu o cenho.

— Como sabe que Andromeda sabe?


Narcisa tapou a boca com rapidez. Que tipo de merda tinha acabado de fazer.

— Ciça, minha filha... Não seja tola em fazer as coisas escondido. Não coloque seu casamento a perder.

— A gente não anda se encontrando mãe, eu juro. Foi apenas uma vez. Só uma.

— Sei que deve ser difícil para você. Ah minha filhinha pode apostar que é tão duro assim para mim também, ate mais. Era minha filha, nasceu de dentro de mim. E não posso trocar uma palavra com ela. Isso dói.

— Mãe, a vida é tão injusta.


Druella abraçou sua filha.

— Você é o maior orgulho que eu e seu pai tivemos.

— Pensei que fosse Bela.

— Bela... Não mesmo. Bela esta trilhando um caminho sem volta. E me empertigo a dizer que não é nada bom. Você não foi planejada, estava cansada de tentar ter um filho e virem duas meninas.


A loira se sentou.

— Quando engravidei pela terceira vez, pensei que o mundo finalmente tinha conspirado a meu favor. Então o medibruxo disse que era uma menina. Fiquei tão chocada, me sentia um lixo. Seu pai sempre atencioso, e começou ali mesmo, do meu lado, a se culpar, dizendo que afinal de contas era o homem que definia o sexo do bebe.


Druella não para de falar, e assim como Narcisa, não quebrava o contato visual.

— E isso tudo foi antes de olhar seu rosto. Seus olhos... Ficamos apaixonados no mesmo instante. É a mais doce, a mais promissora. Dói-me ver uma filha fora do circulo família. Dói-me ver a outra se perdendo na maldade. Mas você não. É firme e inteligente. Eu e seu pai vamos partir. Logo, eu sei que sim. Mas quero que se lembre sempre dessa nossa conversa. E se um dia encontrar “por acaso” com Andromeda, diga a ela que sempre foi e será minha filha. Apesar de tudo.


Ela uma despedida. Narcisa sabia.

Oh Merlin. Ela não seria capaz de deixar essa casa nunca, não seria capaz de ir embora sabendo que os pais estavam doentes. Sabendo que iam morrer, e logo.

Foi preciso Druella mandar Lucius tirar Narcisa do quarto, então levá-la embora.

Ela nada disse o dia inteiro.


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A noite chegou e seu vestido já estava pronto. Ela vestia apenas lingerie quando Lucius entrou no quarto.

— Ei gata ainda esta assim? Desse jeito vamos nos atrasar. Principalmente se ficar desfilando pelo quarto vestindo quase nada.

— Eles se vão Lucius.

— Eu sei. Mas estamos juntos, ouviu? Faz parte da vida. — ele explicou da forma mais direta.


Não tinha porque rodear o assunto.

— Esta certo. Temos uma festa para ir.


Ela disse erguendo os ombros. Não adiantaria parar sua vida.

O vestido era azul e brilhante. Muito brilhante.

Tudo que Narcisa vestia lhe caia bem, mas esse era da cor de seus olhos. Foi à visão mais pura e limpa que Lucius teve durante todo o dia.


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— Merlin, será possível que algum dia você vai conseguir vestir algo que te deixe feia? — Bellatrix perguntou, assim que o casal chegou à festa.

— Provavelmente não. Olá... — disse Rabastan.

— Ei Reg, mamãe me disse que esta ficando lá em casa. — Narcisa disse, assim que o primo a abraçou.

— Pois é, seu quarto é bem acolhedor. — ele respondeu sorrindo.


Regulo era lindo. Cabelo escuro, olhos expressivos e grandes, como um Black deve ser. Mas tinha um estilo excêntrico e algo escondido.

Regulo foi negligenciado por sua mãe fuxiqueira.

Pagava por erros que nunca cometeu. Tentava ser notado e era sempre colocado para baixo.


Mas Narcisa o adorava. Gostava de Regulo com a mesma intensidade que odiava Sirius e sua afeição pela escoria.


— Me surpreende que aquela porca ruiva não tenha entalado na porta de entrada! — Bellatrix disse.

Desviando a atenção do grupo para as pessoas que entravam.


— Parece que depois que ela teve os gêmeos piorou, esta quase uma bola. — Narcisa disse com maldade.

Lucius reprimiu um sorriso.

Mulheres sendo mulheres.

E as mulheres da família Black eram puro veneno.


— O que me faz pensar... Essa família não vai mais parar de procriar? São tipo coelhos. — Rabastan disse.

— E o pior que são pobres. Mal devem ter o que comer, mas cuspir traidorezinhos do sangue eles sabem.

— Lá vem eles. — resmungou Rodolfo.


— Boa noite senhores. — Arthur murmurou.

— Boa noite. — eles responderam.

— Boa noite, a decoração esta incrível. Senti sua falta no aniversario passado de Fred e George, Narcisa.


Narcisa deu um sorriso. Primeiro, porque foi provavelmente a senhora Prewett que obrigou a filha enviar os convites de aniversario da sua prole todos esses anos.

Afinal as duas se alfinetavam em Hogwarts e não tinham intimidade alguma.

— Pois é, mais um ano que não pude comparecer, uma pena. — a loira respondeu, mas seu tom de voz deixava claro que não era pena nenhuma.

— Quem sabe na próxima. Estou pensando em ter outro. Tentar uma menina.


Narcisa forçou um sorriso.

— Tomara que tenha sorte. — disse, a língua parecendo inchar na sua boca.


O mundo era mesmo injusto. Uns com tantos outros com tão pouco. E ela sem nenhum.

A porca pobre podia ter mil filhos se quisesse. E ela queria apenas poder ter um.

Lucius pareceu ler completamente o pensamento da esposa.


— Querida, aqui não. — sussurrou em seu ouvido, disfarçando com um abraço.

— Não fiz nada.

— Não precisa. Seu olhar entrega, não consigo imaginar a ideia de você sentindo inveja de alguém como essa escoria. — o tom dele era frio.

— Nunca Lucius! Mas se você não reparou, ela tem CINCO filhos e vai tentar uma menina.

— Ela terá sorte se eles conseguirem pelo menos comer. Não quero você falando com ela ou sobre ela. O assunto acaba aqui.


Ele se afastou.

Ao que parecia, Narcisa o tinha irritado. Talvez o assunto de não poder ter filhos mexia muito mais com ele do que aparentava.


A festa era aquela chatice de sempre, na verdade não de sempre, porque ate existiam vezes que as pessoas acertavam na festa. A verdade era que ela tinha bebido vinho demais. Seu rosto estava afoguentado e a língua meio enrolada.

E por falar em festa...


— Lucius? — ela sussurrou o abraçando por trás.

Ele estava numa conversa animada com Rodolfo, Rabastan e Bartô.

— Ei. — ele virou para atendê-la.

— Nossa Malfoy, não sabia que com você as coisas eram assim. A mulher chamou, e você obedientemente atende.

— Ah da um tempo Crouch!

— Mas é serio, não é rapazes? — mas nenhum dos dois Lestrange concordou.

— Eu apenas sei analisar o que é mais importante, e Ciça é sem duvida muito mais que você.


Lucius respondeu saindo de perto. Narcisa deu um sorriso.

— E o que você quer esposa? Esta bêbada?

— Essa festa I.N.S.U.P.O.R.T.Á.V.E.L me faz lembrar festas boas, o que me faz lembrar que nosso aniversario de casamento esta chegando.


Ele fingiu um cara de que não se importava. Queria mesmo era rir. Narcisa estava apoiando-se nele. E meio dopada.

— E...?

— Ah Malfoy, pare de fazer pouco caso. — ela deu um belisquinho nele.

— Pode fazer sua festa a vontade, mas quero a lista de convidados antes.

— Já disse que te amo hoje? — ela perguntou o abraçando.

— Hm, provavelmente.


Ela gargalhou.

— Que melação, eca. — Bela disse se aproximando.

Lucius abraçou sua mulher.

— Vamos embora, essa festa não deu o que tinha que dar e tenho coisas sérias para fazer. — Lucius disse.

— Mas já vão? Que tipo de coisa séria? — Rabastan perguntou.

— Do tipo que se faz entre quatro paredes. — Lucius respondeu, gargalhando.


Fazendo todos rirem e Narcisa praticamente morrer de vergonha.


O casal aparatou direto no quarto.

— Você me mata de vergonha!

— E você me mata de tesão.


Ele disse a puxando para um beijo quente.

Narcisa sentia seus lábios dormentes, assim como algumas outras partes do corpo. Tudo estava quente.

— Você esta toda vermelha! — ele disse quando ela tirou o vestido.

— Estou pegando fogooooo!


Ele sorriu, ficando completamente nu.

Segurou a esposa com carinho e a pressionou contra parede.

— Esta pegando fogo é? Aqui? — tocou-lhe os seios.

— Uhum...

— Ah, mas eu acho que é aqui. — ele apertou a bunda dela, ao mesmo tempo em que se envolvia.


Narcisa gemeu.

— Mas juro por essa mansão que o fogo maior é aqui... — ele murmurou.

Tocando entre suas pernas. Antes de ajoelhar-se a sua frente e beijar o local.


— Lucius... — ela murmurou.

— Eu sei.


Mas não sabia de nada. Ele nem sabia o que ela murmurava e nem queria saber. Queria era estar dentro dela e pronto.


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Notas finais do capítulo

Oi... Tchau!

*vergonha*

///casalzinho saliente esse.



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