Quando retornou para mansão, Lucius estava a aguardando.

— Quem é Ninfadora Black?

Narcisa congelou dos pés a cabeça. Nunca conheceu uma Ninfadora Black. Mas conhecia uma Ninfadora. Somente uma. E essa era capaz de destruir seu casamento.

— Não me recordo direito...

— Deve ser alguma parenta distante, enviou uma coruja hoje. A carta esta na mesa, eu não li.

— Ah... — ela deixou o ar sair.

Com certeza tinha sido alguma ideia de Andromeda para que ninguém suspeitasse, era ate inteligente. Mas Lucius não era idiota, quando fizesse a soma de 1+1, Narcisa estaria perdida.

— Com certeza é alguma parenta distante, talvez para me felicitar pelo casamento... Depois de quase quatro anos. — ela disse com ironia.

Tentando colocar um sorriso no rosto.

— Acho que seu casamento deve estar precisando mesmo receber felicitações. — ele disse a encarando.

Narcisa torcia sua varinha varias vezes na mão.

— Não é isso.

— Não temos que agir como se não nos suportássemos. Estávamos em sintonia antes de descobrirmos... Mas não precisamos mal olhar na cara um do outro.

— Você mal esta olhando para mim. Ignora-me, finge que nem estou no mesmo ambiente.

Ele suspirou.

— Eu sei, me desculpe. Sei que isso esta sendo péssimo pra você, se estou fodido, imagina pra você.

— Mas eu meio que te entendo.

— Não. Eu devia estar do seu lado e não a ignorando.

— Mas não vamos ficar mil maravilhas para sempre, haverá um momento que você precisará de um herdeiro.

— Então resolveremos isso. Mas não precisamos nos cruciar ate lá.

— Eu te amo. Sabe disso né?

Ele a abraçou.

— Senti falta de escutar isso. Muito...

Então se beijaram.

Ah sim, isso sim era bom. Estavam tão eufóricos que chegaram a cortar levemente os lábios com a intensidade.

— Sendo atrevido, mas posso saber onde estava?

— Fui visitar Snape. Ele se formou e bom... Estávamos meio brigados.

— E você foi retratar a amizade? — Lucius perguntou com ironia.

— Na verdade eu quem fiquei com raiva dele, por nada.

— E ele esta bem?

— Sobrevivendo.

Assim que Lucius foi tomar banho, Narcisa correu para abrir a carta. Como esperava, era de sua irmã.

“Ciça... mentir nunca foi seu forte.

Ou melhor, não para alguém que a conhece. Mas não vou insistir.

Queria ver você. Uma ultima vez. Conversar... Vamos nos encontrar, por favor. Juro que não tento mais contado algum. Aguardo.

A.T”.

Narcisa respondeu. O que era um risco mortal, principalmente agora que as coisas com seu marido parecia que iam melhorar.

A resposta era curta e simples.

“Casinha de pedras, praça do Dragão. Amanha ás 15h30min

N.M”.

Ela foi rapidamente ate a sala da mansão, deixando uma empregada responsável por ir ate o corujal responder a carta.

Quando voltou para o quarto Lucius a aguardava.

— Fugindo?

— Fui tomar uma água.

— Tem água no quarto.

— Lucius! Quantas perguntas.

Ela desviou a atenção.

— Sabe que você fica linda quando esta sorrindo? É assustador. Talvez pelo fato de estar sempre com cenho franzido, provavelmente é um habito. Mas quando você sorri... É lindo.

— Obrigada. — ela respondeu. Enquanto tirava o roupão bordado e mostrava uma camisola longa perfeita.

Lucius percebeu que quase nunca a elogiava. Era estranho, deveria mudar esse habito, Narcisa era a mulher mais bonita que ele conhecia e, no entanto mal falava sobre isso.

— Sabe estou pensando em cortar o cabelo, mudar um pouco.

— Não mesmo Ciça.

— Lucius eu não posso ficar o tempo inteiro da mesma forma. Talvez aumentar um pouco mais... Aqui?

Ela tocou os próprios seios.

Lucius engoliu seco.

Ah então era um joguinho...

— Acho que estou satisfeito com o tamanho.

— Mas eram menores.

— Eu lembro muito bem de quando eram menores.

— Aumentei e ninguém reclamou.

— Você não era casada na época, agora é.

— Só um pouco.

— Não. Se quiser uma mudança, porque não começa tirando essa camisola e ficando nua?

Ela deu um sorriso malicioso. E tirou a peça, revelando que não usava nada por baixo.

— Merlin, o que eu fiz com você?

— Por que meu marido? — ela disse andando ate a cama.

— Esta toda sedutora.

— Sempre fui assim. — falou assim que chegou à cama.

Ele a puxou deitando, e ficando sobre ela.

— É verdade. E só pra mim.

— Só para você.

Foi Narcisa que o beijou, mesmo ele estando por cima, ela o encontrou.

As mãos finas e delicadas dela tocavam suas costas, volta e meia arranhando, ate chegar a sua bunda.

Estava se mostrando provocante, abusada. Do jeito que ele gostava.

Antes de Narcisa, Lucius estava acostumado com movimento, sexo sacana, e bagunça.

Era inimaginável Narcisa fazendo aquelas coisas. Mas cada dia, aos poucos ele mostrava uma coisa nova. E agora, anos juntos “praticando”, ela deixava claro ser uma grande aluna.

Quando ele a virou de bruços, Narcisa ficou relutante. Mas então sentia as mãos em seus seios, sentia os beijos de Lucius nos seus ombros e costas.

Quando a penetrou, ela já estava muito excitada para se preocupar com indelicadezas. Fosse como fosse.

E amou, como acontecia em cada nova posição.

No outro dia, ela pensava se não estaria se arriscando muito ao ir de encontro a Andromeda.

Se alguém visse as duas juntas, ela estaria perdida.

Se Lucius descobrisse então... Ainda mais que o casamento deles estava na corda bamba.

Seria melhor não ir.

Não teria crime se ficasse em casa.

Mas a curiosidade era mais forte. Então se viu aparatando no lugar combinado.

A casinha da praça foi escolha sua, já que tinha vários caminhos, e apenas um trilhado pelos Black. Ambas o conhecia.