Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 61
61. A RUA DA FIAÇÃO.


Notas iniciais do capítulo

Eba capitulo novo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236157/chapter/61

Andrômeda mesmo. Sua ex... Irmã.

Tinha uma bolsa do lado, usava um vestido longo e tinha o cabelo preso.

Em seu colo, tinha uma garotinha de aproximadamente cinco anos, ou quatro.

A menina tinha cabelos loiros reluzentes, mas cada vez que a vozinha aguda pedia algo, o cabelo mudava de cor.


Com relutância, Narcisa virou o rosto.



Não podia sentir. Não podia deixar esse sentimento fluir, ela sabia o que vinha: compaixão, moleza, fraqueza.



Permitiu-se olhar novamente. E sua irmã a olhou. Era como se o mundo parasse. Merlin... Narcisa estava tão sensível que se não fosse o mundo conspirando contra, já teria corrido e abraçado à mulher a sua frente.



Passou a lista de pedido ao dono da loja e fingiu olhar algumas coisas, era como se juntasse muitas coisas ruins e colocassem num único lugar.



Para completar, quando foi pagar, Andromeda estava ao seu lado.



— Mamãe, é só esse...


— Meu amor, hoje não.

— Nunca mais peço nada.

— Dora, não.

— Mas, mamãe...


Narcisa olhou de canto. A criança queria um brinquedo simples de montar com auxilio de mágica. E agora choramingava por não ter.



O dono do estabelecimento empurrou uma pequena nota na frente de Narcisa.


Sem esforço ela separou o ouro e passou para ele, puxando o brinquedo que estava a seu lado.

— Vou levar esse também, já acrescentei o valor. — ela disse.


E com uma rápida classe, segurou o embrulho e empurrou o brinquedo — agora quitado — para o lado de sua irmã.



Saiu da loja sem olhar para trás.


Tremia. Suas mãos, seu rosto, ia chorar.

Não podia esperar ate chegar a alguma rede de pó de flu, aparatou sem se preocupar em fazer algo insano.


Assim que sentiu os pés na mansão. Desabou em lagrimas.



Pegou o que sobrou de ouro e deixou sobre a mesa da biblioteca, eles podiam ser riquíssimos, mas Lucius era uma pessoa correta e certeira nas coisas, principalmente com relação a finanças.



Foi ao tocar o bolso do sobre tudo que vestia, que encontrou algo.



Ciça, sei que estou arriscando sua pele com esse bilhete, mas não podia deixar passar a oportunidade.


Sinto sua falta, acho que é uma das que mais sinto. Como estas? Talvez eu nunca obtenha a resposta. Mas percebo sua aura murcha, sei que algo ruim aconteceu.

Conte comigo, se ainda achar válido, desculpe a intromissão.

Sempre vou te amar... Andromeda Tonks”.


Andrômeda Tonks. Ela sabia seu lugar, e em nenhum momento deixou isso misturar. Ela tinha noção que não fazia mais parte da família Black.



Mas mesmo assim ela se arriscou.



Andromeda, realmente é uma intromissão sua me deixar esse bilhete.



Estou ótima, como deveria estar... Narcisa Black Malfoy”.



Pronto. Foi ate o corujal e mandou que enviasse. Era o certo a fazer, mas por algum motivo, Narcisa não conseguia se sentir bem com o que tinha feito.



Não estava bem. Nada nunca ficaria bem.


Naquela noite Lucius não saiu de casa. Era uma noite tempestuosa e fria.


Eles se quer tinham assunto para uma conversa. Mas quando foram se deitar, acabaram enrolados na cama como um casal deve fazer.



No outro dia Narcisa estava eufórica. Precisava de alguém. E sabia quem.


Depois de almoçar, aparatou num lugar que detestava, mas conhecia.


A Rua da Fiação era sempre do mesmo jeito. Severo vivia ali sempre. E o pior, vivia entre os trouxas. Isso nunca parecia incomodá-lo, e com certeza expelia visitas.



Com certeza ele nunca imaginou que Narcisa o procuraria ali, na verdade nunca imaginou que ela um dia o procurar-se. Sempre fora egocêntrica e esnobe.


Mas quando a campanhinha tocou e ele abriu a porta, foi como se sempre estivesse com ela.


E para seu desespero se calou. Tinha que desabafar, mas era nítido que Narcisa estava numa situação bem pior.



— Entre Ciça.



O apelido saído dos lábios dele não passou despercebido a ela. Ate serviu para deixá-la mais calma.



Seguiram ate o que era uma biblioteca. A casa era simples, limpa e silenciosa.



— Eles se casaram. — Severo disse tentando parecer que não se importava.



Enquanto servia um vinho razoável.



Ela nada disse. E tomou rapidamente a bebida. É, algo realmente andava mal.



— E você? A ultima vez que nos vimos acabou muito alterada...


— Não esta nada bem Sev, nada legal.

— É Lucius? Não me olhe assim, sempre é ele.

— Não é ele. Sou eu.


Mas ela não continuou.



Duas lagrimas desciam silenciosa quando ela respondeu a primeira frase, mas agora, ela chorava feito alguém com uma dor terrível. Que poção nenhuma parecia resolver.


Sem se importar com maquiagem, com a classe dos Malfoy, sem se importar em estar numa casa simples em um bairro trouxa.


Severo ficou momentaneamente alerta. E mal.



Que Merlin fosse testemunha, mas ele já estava sofrendo demais e agora vendo Narcisa desmoronar em sua sala fazia seus olhos encherem de lagrimas e...



— Ciça chega! Respira. E vamos conversar.




Ela levou alguns minutos respirando fundo e usou um lenço para enxugar o rosto.




— Agora acha que podemos falar? Pensei que você me xingaria e ficaria anos sem olhar em minha cara.


— Estou sozinha Snape. Perdida.

— Não quero tocar na ferida, da ultima vez você disse que o Malfoy a tinha traído, tem a ver com isso? Disse que não me importo em tentar azarar seu marido.

— Você estava certo. O tempo todo. Tentou me alertar, discutimos, mas estava certo.


Então a menina voltou a chorar, mais alto e forte.



Não precisava de mais detalhes. Oh pobre Narcisa... Seu maior sonho... Severo Snape sabia o que sua amiga tinha descoberto. E como isso a estava matando.



— Você já... — ele pigarreou. — Tem certeza?



— Fiz todas as poções de teste. E as para acelerar, Lucius esta em plena saúde, pode ter mil filhos, estávamos nos dando tão bem... Ah Severo...


— Nem tudo pode estar perdido. Acabou de me dizer que estavam se dando bem.

— Ate isso tem um limite. Lucius precisa. Ele PRECISA de um herdeiro e EU-NÃO-POSSO-DAR.


Severo a abraçou. Ela retribuiu com tanta força ate que ele mesmo percebesse o quanto precisava desse abraço.



O quanto alguém o consolando fazia falta, alguém se preocupando com ele.



— Sinto muito por sua perda... — ela disse entre soluços.



Soava sincero.


— A vida é injusta, não temos o que queremos, Ciça.

— Nunca vou saber o que fiz para merecer tamanha desgraça.

— Eu também. Você é a menina mais doce do mundo, doce na medida certa. Não merecia.


Ela respirou fundo e tomou outra taça.



— Na minha lua de mel, uma cigana segurou meu braço. Disse que eu não teria o que mais desejava na vida. Acho que Lucius a matou... Pensei que ela era louca, sabe como trouxas são falhos. Cheguei a dizer para ela que meu maior desejo era me casar, e aquela era a lua de mel.



Narcisa olhava algo a sua frente. Um nada particular.



— Ela estava certa o tempo todo. Casar-me com Lucius nunca foi o meu maior desejo. Era um grande desejo, mas não o maior. Esse... Esse eu nunca vou poder realizar.



Ela ficou quase duas horas ali. Severo nunca pensou que seria paciente com uma mulher aos prantos.



Mas ali era sua amiga, passando por um inferno, um inferno que nunca acabaria, como o dele próprio.


Agora tinham mais em comum do que nunca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ei o numero de comentários SUBIU! Yeeeeep, mas sei que pode ficar melhor.
Não deixem de comentar e quem quiser pode dar ideias.

Preciso saber se estão gostando.

—*-*-*-*-*-*-*-*

Severo perfeito, sem mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pavões Albinos - Malfoy Family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.