Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 46
46. INFANTIL, INFANTILIDADE.


Notas iniciais do capítulo

AH voltei.
Bah serio?
YEP... bora ler?



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Narcisa não dormiu direito. Ela tinha problemas com isso, ficou atordoada, preocupada.

A imagem de Lucius a ameaçando invadia seu pensamento. E quando conseguia pegar no sono, sonhava com ele a expondo, a envergonhando, jogando o nome dos Black na lama.

Ouviu quando Bellatrix chegou a casa, eram horas de madrugada adentro. No outro dia estava acabada. Com olheiras, cansaço, preguiça e sentindo seu corpo horrível.

— Achei muito bom que finalmente você e Lucius se acertaram. Você fica muito chata quando esta com raiva e... Ah porque esta fazendo essa careta?

— Bela quem disse que eu e Lucius nos acertamos?

— Ele. Durante a festa do ministro ele me contou o motivo de sua chateação. E na reunião chegou todo alegrinho, depois nos avisou sobre passar o natal na mansão. Juntei as duas coisas. Afinal vocês se acertaram ou não?

Narcisa pensou em Bellatrix, sua irmã na qual podia tanto confiar. Mas lembrou das palavras de Lucius. Deu um sorriso enorme. E falso.

— Sim. Já estamos bem. — disse dando ombros.

— Pois é. Eu falei com Lucius que você logo entenderia. Servir ao lorde das trevas é o orgulho de qualquer pessoa. Minha irmã, é a melhor coisa nesse mundo, e Voldemort gosta de Lucius.

— É. — Narcisa concordou.

Em seu interior, discordava de tudo aquilo. Não aceitava. Não achava uma honra, não gostava de Voldemort e nem achava que ele poderia gostar de alguém de verdade.

Ele queria servos para agir por uma causa pessoal. Usando desculpa de limpar a comunidade bruxa dos mestiços e imundos.

Claro que Narcisa não aceitava mistura de raça.

Os sangues puros sempre seriam melhores em tudo. Mas ate mesmo isso tinha limites.

Seu humor era o pior durante o dia inteiro. E com a surpresa que Lucius era um comensal, a mudança em seu vestido de casamento. A festa do ministro e tudo mais, tinha se esquecido de comprar algo para Lucius.

Além de estar com o animo mais baixo que conseguia, teria de ir encontrar algo para ele.

Após o horário de almoço, Narcisa, com óculos totalmente escuros, foi ate o único local que poderia achar algo em cima da hora. O Beco Diagonal.

Nada por ali parecia ser útil, nada ali Lucius iria apreciar. Estava desistindo e ciente de mentir, avisando ao noivo que o presente fora encomendado e logo chegaria, pois dessa forma ganharia tempo.

Quando parou frente ao Olivaras.

A porta tilintou quando entrou, como há seis anos.

— Boa tarde... Senhorita Black? Sua presença é uma surpresa, esperava te vê-la apenas daqui a pelo menos doze anos. Com seu filho.

A loira sorriu.

— E me verá. Mas... Estava procurando algo e acabei frente sua loja, minha crença em presságios é muito grande. Talvez o senhor possa me ajudar.

— Não esta procurando uma varinha, suponho... É com o que trabalho, filha.

— É um presente e... Varinha? É isso! Tem algo para varinhas? Detalhes, decoração?

— Decoração de varinhas era muito usado alguns anos atrás têm países que continuam com o habito. Quando mais decorada, mais demonstrava posses e poder.

— É disso que preciso! O senhor faz?

— Não. Minha arte é fabricar varinhas, mas o Ruppert da loja de relicários ou a joalheria Wand’s fabricam.

— Senhor Olivaras muito obrigada, me ajudou mesmo.

Ela disse saindo dali.

O relicário do Ruppert era um local cheio de bugigangas para pobres, a joalheria era outro assunto. E foi para lá que Narcisa seguiu.

E para seu alivio, encontrou o que queria. Era impossível Lucius não gostar.

A adaptação de sua varinha era a cabeça de uma cobra, toda em ouro branco com olhos de esmeralda.

Ele poderia conectá-la facilmente numa bengala luxuosa.

Presente perfeito.

Estava escurecendo quando Narcisa retornava para sua casa.

Foi se arrumar e quase engasgou quando viu que já eram 20h15min. Lucius nunca se atrasava, para nada.

Bela e Rodolfo iriam da casa deles para a mansão de Lucius.

Narcisa deixou quieto, afinal seu noivo ia te buscar. Mas ele não estava aqui.

Foi para sala e aguardou.

20h30min. 20h45min. 21h00min.

Ela ia se trocar. Lucius não ia mais. Por algum motivo, talvez ainda estivesse chateado, ele não iria.

Narcisa pensou que não precisava de ninguém para aparatar. Estava vestindo algo fácil, apenas as costas estavam de fora, mas aguentaria. Foi prendendo a respiração que ela visualizou a mansão que logo seria sua e foi.

Os portões enormes se abriram no mesmo instante que seus pés tocaram o chão.

O trajeto ate a entrada foi rápido, já que o frio a deixava desesperada.

Olhava para o lado e o vazio do pátio da mansão a intimidava, odiava essa parte da sua futura casa.

Quando passou pelas portas enormes, o calor do lado de dentro era aliviador.

— Ciça, demorou. — Bela veio te abraçar.

— Tive um contratempo. — respondeu abraçando sua irmã. — E Lucius?

— Não sei, acho que esta na biblioteca.

Narcisa olhou em volta, preferiu ter ficado em casa. Tinha tanta gente que ela não conhecia, comensais, esses ela via de longe. Homens com sotaques diferente sentiu-se perdida.

Foi ate a biblioteca, ia dar o presente de Lucius, inventar uma dor qualquer e ir embora. Queria sua mãe, isso mesmo. Druella era tudo que Narcisa queria nesse momento.

Quando abriu a porta da biblioteca, a voz de Lucius chegou seca a seus ouvidos.

— Quem ousa entrar sem bater e... — sua frase ficou perdida ao vê-la.

Narcisa engoliu seco e ficou envergonhada. Ao mesmo tempo em que uma raiva começava a ferver por dentro ao ver que Lucius estava sentado e uma mulher estava sentada em cima da mesa a sua frente.

A mulher ficou de pé. Era quase dois palmos mais alta que ela. Encorpada e morena. O oposto do que Narcisa apresentava ser. Isso a deixou ainda mais sem jeito.

— Selena essa é Narcisa, minha noiva. — Lucius disse, sem preocupação alguma.

A tal Selena estendeu a mão para Narcisa. A loira deu um passo atrás. Como se a mão a sua frente estivesse contaminada.

— Arisca sua noiva, Malfoy.

— Desse jeito.

— Será que você poderia nos dar licença? — Narcisa pediu, exagerando na moleza ao falar.

Deixando a doçura falsa exalar de suas palavras.

A mulher nem hesitou para sair dali. Lucius nem tinha se dado ao trabalho de levantar da cadeira que estava sentado.

— São mais de nove da noite, disse que me buscaria ás oito.

— Ah... Esqueci.

Narcisa sentia vontade de chorar, mas nunca faria.

— Pode agir como quiser Lucius, mas não tente mentir para mim. De qualquer forma já estou de saída.

— Saída?

— Exato. Você não se esqueceu de me buscar, não quis ir. Se não me quer aqui, estou deixando seu presente e simplesmente indo embora.

Ela colocou a caixa na mesa.

E virou-se para sair.

— Você não vai virar e sair assim.

— O que quer hein Lucius? — ela perguntou com raiva.

— Tem visitas na mansão, meus convidados, você tem que estar do meu lado.

— Não vou desfilar com você por ai, não sou um acessório. Se olhar bem, a Selena pode cumprir esse papel.

Ele sorriu satisfeito.

— Agora explicou tudo, esta com ciúmes.

Narcisa já tinha entendido há muito tempo. Era astuta, não tanto quanto Lucius, mas era.

Ele tinha feito tudo de proposito. Não busca-la, estar sozinho com outra mulher, a indiferença, forçando ciúmes, tudo.

— Não se anime, não tem nada a ver com ciúmes, tem a ver com falta de respeito, coisa que nunca fiz com você. Lucius, você adora comandar, nosso relacionamento sempre foi assim. Pedi-te uma coisa e não pode fazer por mim. Eu deveria ter pelo menos o direito de ficar com raiva e decepcionada. Ate isso você me tirou.

Ela não parou de falar, em momento algum.

— Agora faz questão de me amedrontar, além de fingir que não se importa comigo. Por que esse bloqueio? Gostar de alguém, se importar, não é sinal de fraqueza. É sinal de que você é humano. Antes de ser bruxo, ates de ser rico ou poderoso.

Ela respirou fundo.

— Não me force ficar nessa festa contra minha vontade. Não me ameace por isso, por favor. Só quero passar esse dia tão importante bem, mesmo que isso signifique estar sozinha em minha casa. Espero que você encontre o que procura. Mas quero ir embora. Ainda não somos casados, não me obrigue a ficar aqui nem mais um minuto.

Ela disse saindo dali.

Lucius sabia que ela ia embora. Ele estava tão paralisado que nem tentou segui-la. E nem se estivesse normal, a seguiria.

Ela tinha o direito de estar sozinha, tinha o direito de tudo aquilo.

Cada palavra dela foi dita com tanta dor e alivio que ele mal acreditava.

Deixou seus amigos mais confiáveis tomando conta da festa e foi para onde já deveria ter ido.

Narcisa tremia quando chegou a casa, poucos minutos depois um serviçal veio ate a sala onde ela estava.

Narcisa tinha tirado o sapato alto e sentado frente à lareira. Pediu algo para comer e foi prontamente atendida, recebendo também um vinho.

— Não deveria estar aqui, tia Walburga vai te bater. — ela disse para o elfo.

— Monstro não é desobediente, monstro se preocupa com a jovem Black.

— Eu sei Monstro, mas titia vai dar falta de você. Estou bem.

— Monstro gosta de servir aos Black, todos eles, o senhor Malfoy esta do lado de fora. — ele avisou.

Narcisa suspirou.

— Pode deixar o senhor Malfoy entrar e volte para casa da tia Walburga.

O elfo fez uma enorme reverencia.

— Monstro vive para servir aos Black.

O balde de vinho estava sobre o tapete enorme frente à lareira, junto a uma mesinha com petiscos, Narcisa estava de pé para pegar outra taça, quando Lucius entrou.

— Não te agradeci pelo presente, já estou usando. E adorei. — ele disse.

— Que bom.

— Trouxe o seu, e a coincidência é tremenda. — ele lhe entregou uma caixa menor.

Narcisa serviu as duas taças de vinho e abriu seu presente. Era um adorno para varinha, menos extravagante que o que ela deu para ele. Lindo, ate o estilo combinava com a cor de sua varinha.

— Obrigada Lucius.

Ele ajoelhou ao lado dela no chão. Parecia uma garotinha sentada no tapete com as pernas cruzadas.

— Ciça não quero que passemos o natal assim.

— Não vou voltar para a festa na mansão, se é isso que você quer.

— Não. Não vim te pedir isso. Mas aceito ficar aqui ate a meia noite, isso é se você deixar.

— Pode ficar.

Ele ficou.

Os dois comeram, tomaram vinho. Quando passou da meia noite Lucius anunciou que ia embora. Ela concordou com um aceno, mas não trocaram palavra nenhuma.

Dias depois Narcisa retornava para completar seus últimos meses em Hogwarts. Não viu mais seu noivo. Ele nem ao menos a acompanhou ate o expresso.

Os meses ali foram angustiantes. Ela simplesmente não sabia o que esperar da nova fase que ganharia assim que se cassasse.

Tinha tanta coisa para fazer antes de dizer “sim” para Lucius.

Foram os meses mais longos que já viveu em Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Ah galere o casamento esta chegando, todos estão convidados.
MENTIRA.
Somente quem tem sangue puro.
Proximo capitulo tem festa de casamento, comidas, magica, briga... Aguardem e comentem!!!
***PS: Podem deixar uma recomendação, eu deixo. Não bato nem brigo nem nada... =X



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