Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 42
42. AO LORDE.


Notas iniciais do capítulo

Uffa gente, que demora para postar... Mas tenho meus motivos:
- Foi meu aniversario essa semana (eeeeeeeeeee -nnn).
- Meu tricolor foi campeão (e atrapalhou meu post que era pra ter sido ontem).
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AGORA VAMOS AO QUE INTERESSA???



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Narcisa estava acompanhada de Druella e Bellatrix quando chegou a estação 9 ¾. A essa altura, seu vestido de noiva estava desenhado e os tecidos caríssimos sendo encomendados.

Como era costume, cada noiva escolhia o vestido e a cor que mais combinava com se marido. Com a jovem Black não ia ser diferente.

Cada pedra preciosa, cada renda, cada tonalidade foi escolhida pensando em Lucius. Desde que quando começou a namorar, esse foi o período de férias que menos se viram.

Lucius estava tentando ganhar seu espaço no Ministério da Magia. Isso não era difícil, com seu nome, status e ouro, era algo garantido.

Mas Lucius gostava de manipular, prova disso era já estar tão intimo ao ponto de almoçar na casa do Ministro, a pedido do próprio.

Com isso, não pode se quer levar Narcisa ate a estação.

Com certeza a loira o esperaria, e com certeza ficaria irada.

E ficou.

Quando deram onze horas da manha, estava dentro do trem, não ficou nem para acenar a sua mãe. Estava com raiva.

Mal tinha ficado com Lucius durante suas férias, e agora, além de estudar sem a presença constante do noivo, ele nem tinha se dado o trabalho de despedir-se.

Passou a maior parte da viajem ate Hogwarts ouvindo Eloá contar detalhes de sua lua de mel.

Bom, não foi tanta novidade para ela, já que a mulher e Thor faziam tudo que um casal deveria fazer.

No segundo dia de aula, quando Narcisa terminava uma carta direta e cheia de ódio para Lucius, a dele chegou antes.

Para a noiva mais linda que alguém poderia ter.

Ciça eu imagino o quando você deve estar chateada, sei que esta. E tem toda razão com isso. Acontece que o ministro da magia, sim, o ministro em pessoa me convidou para um almoço.

Não pude negar, ele ainda será uma presença ilustre no nosso casamento, imagino que um sorriso esteja começando a surgir em seus lábios.

Lábios esses que sinto falta de beijar...

Espero que esteja se comportando e que se comporte cada dia mais, estou vigiando. Não vejo a hora de te encontrar no natal, à mansão estará quase pronta.

Sinto sua falta minha princesa — quase — rainha.

Beijos do seu noivo (ansioso pela lua de mel), Lucius Malfoy.

Narcisa sentiu vontade de gritar.

Lucius agia da pior maneira e era muito golpe baixo lhe enviar uma carta assim.

Narcisa sentia sei peito formigar de amor por esse cara tão canalha.

Nunca conseguiria ficar com raiva dele... Ou era isso que pensava.

--//--

Nem mesmo as noites eram tranquilas para Lucius. Pelo intermédio de seus amigos, o rapaz passou a frequentar as reuniões dos comensais.

Sentava-se ao lado do lorde das trevas, sentia o olhar de inveja de Augustus e outros membros. Dane-se. Era ali que podia ser quem realmente era.

A reunião tinha acabado, e todos ficaram para um “social”, se é que podia ser chamado assim.

— Então é você quem vai cassarr logo logo. Estaarr sendo muito comentado. — disse um rapaz alto e musculoso.

— Vou sim.

— É um prrazerr finalmente conhecerr você Lucius. Sou Antonio Dolohov.

— Prazer Antonio Dolohov. Veio de Durmstrang?

— Sim, me formei ano passado. O professor Karkaroff me apresentou ao lorde das trevas, logo me tornei um comensal.

— Isso é bom. — Lucius disse sem perceber a ironia da frase.

— Alguns carras parrecem não gostarr muito de você. Hei, cadê sua marrca?

— Não tenho. — Lucius respondeu, dando ombros.

— Então não é um comensal.

— Sei lá.

Os dois continuaram a conversa. Lucius conheceu pessoalmente Igor Karkaroff, professor de defesa contra as artes das trevas em Durmstrang.

Sabia muito bem que o tal Dolohov tinha se afeiçoado por ele. Thor também ganhou pelo carisma o homem estrangeiro.

--//--

O sétimo ano era de extrema importância. Narcisa tinha que se desdobrar em varias para conseguir estudar, se dedicar, fazer os trabalhos e ainda arrumar — por carta — detalhes mínimos do casamento.

Para completar, Severo passou a procura-la com mais frequência.

— Sabe que você não precisa ficar assim. Tudo vai dar certo.

— O pior é que tenho certeza que tudo vai dar certo, mas não me acalmo.

— Se acalme Ciça, sabia que estresse da ruga?

— Merlin, vira essa boca pra lá!

— Sabe que vejo como Tiago e Sirius agem com você, Sev, não pode aceitar isso.

— É complicado.

—Eu sei que você pode com eles. Se revidasse colocaria aquele Potter no chinelo. Eu detesto aquele rapaz!

— Mas ele vai estar no seu casamento.

— Não vai.

— Todas as famílias de sangue puro vão estar.

— Ele não.

Narcisa olhou para o lado. Estava tentando evitar esse assunto, mas era difícil. Ainda mais quando as fofocas corriam tão rápido em Hogwarts.

— Eu fiquei sabendo que ele esta saindo com a Lilian. Aquele menina nunca te mereceu Severo, acho que os dois devem se explodir para lá.

— Não quero falar da Lilian.

— Mas deveria. Eu sei que ela era sua vizinha, coitadinha, não sabe de nada, bla bla bla. Nunca gostei dela.

— Narcisa não quero falar dela.

— Você devia esquecê-la. Agora mais do que nunca, ela se aliou ao seu “inimigo”.

— Eu a magoei.

— Uma ova.

E a conversa que não daria em nada, foi terminada.

Se continuassem, provavelmente acabariam brigando. E Severo sabia que se Lilian fosse motivo para brigar com Narcisa, a loira nunca o perdoaria. Então ele ficaria literalmente só.

--//--

— Que visita prazerosa. — Abraxas Malfoy disse.

Pai e filho estavam morando numa casa luxuosa no centro de Londres. A mansão estava em reforma, e apensar dos Malfoy terem uma casa num povoado bruxo, além de uma ilha, Abraxas estava doente.

Isso era um segredo. Apenas o curandeiro, Lucius e Poli, que trabalhou toda sua vida com essa família, sabia disso.

Era uma doença sem cura. Algo que daria o fim na vida do aristocrata, mais cedo ou mais tarde.

Só que Abraxas não se preocupava.

Era poderoso, rico e velho. Dentro de alguns meses seu único filho teria um casamento promissor.

E isso seria o bastante para perpetuar o nome de sua família.

— Peço desculpas por vir sem avisar, preciso falar com Lucius.

— Claro Tom, pode seguir ate a biblioteca que já mando chama-lo.

Lucius sentiu a surpresa quando ficou sabendo que o lorde das trevas tinha ido o visitar. Era tarde, e com certeza ele precisava de algo serio.

— Senhor.

— Ah Lucius, imagino que estão bem morando no centro de Londres, apensar de terem trouxas por todos os lados.

— Isso é irrelevante. O ambiente faz bem para meu pai. De qualquer forma eu prefiro a mansão. — Lucius respondeu, servindo dois copos com uísque de fogo importado.

— E o casamento?

— Depois do ano letivo. Um brinde a... ? — ele disse, entregando a taça ao lorde das trevas.

— Um brinde a sua decisão de ingressar ao grupo dos comensais?

Lucius ergueu a taça e sorriu.

— Não é muito simples...

— Sempre toco nesse assunto contigo Lucius, e você sempre muda o rumo da historia. Ate mesmo sua cunhada insiste com isso. Tem algo que o impede?

— Na verdade não.

O lorde tomou mais um gole da bebida e sentou-se no sofá.

— Já te mostrei como o poder é grandioso, você já sabe disso. É um dos mais eficientes quando o assunto é encobrir as coisas ou no uso da maldição Imperius. Não entendo.

Lucius decidiu que a sinceridade seria melhor nesse caso.

— Foi um pedido de Narcisa. Ela quer um marido protegido em casa. Coisa de mulher... Mas pediu. E eu prometi a ela. É algo bobo, viu.

O lorde das trevas analisou a situação. Então tudo seria mais fácil do que ele imaginava...

— Então você é do tipo que faz tudo que a noiva pede?

— Se estiver ao meu alcance.

— Então é um pau mandado...

— Não. Nem mesmo meu pai manda em mim a pelo menos alguns anos. Fazer algo que uma pessoa pede não quer dizer que você esta sendo mandado.

— Sei que você quer se tornar um comensal Lucius, e vai negar isso a você mesmo por causa de Narcisa? Ela tem que acatar suas vontades, não o contrario.

— Eu sei.

— Então basta você se tornar um, nem precisa ficar se explicando.

Lucius entendia o que o lorde das trevas dizia. Mas lembrava de quando prometeu a Narcisa que não se tornaria um comensal. As razões dela eram relevantes.

— Não queria tocar num assunto delicado desses com você... Sabe muito bem que tem comensal que sonha em casar com sua futura esposa. Isso não é novidade. Você deve saber que todos os comensais defende uns aos outros.

Lucius deu um passo atrás, assustado com o rumo da conversa.

— Bellatrix nunca permitiria que Augustus se aproximasse de Narcisa.

— Bellatrix seria a única, pensa o grupo inteiro a favor dele?

— Bela não seria a única, Rodolfo e Rabastan, Thor, Walden...

— E você Lucius. Augustus é um comensal. Mas se você também fosse, seria infalível. Seria o mais respeitado, vê como eles abaixam a cabeça quando Bellatrix passa. Serão da mesma família daqui uns meses.

E foram os motivos que bastaram.

Naquela mesma noite Lucius sentia uma das dores mais fortes que já passou na vida. O braço queimava sob a presença da marca negra.

E algo doía em outro lugar.

O peito.

Seu peito estava dolorido em imaginar que por mais que estivesse feito o que queria. Ia decepcionar totalmente Narcisa.


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Notas finais do capítulo

OPA.
E agora?
=S
COMENTEMMMMM!