Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 32
32. EXIGÊNCIAS.




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Ele deu um sorriso de verdade, enquanto negava com a cabeça.

— Você é mesmo muito inteligente senhorita Black.

Ele disse tirando a aliança da caixinha, dentro dela tinha uma outra aliança idêntica e menor. Ele segurou sua mão direita e deslizou o aro frio e pesado. Pousando na mão dela a maior. Incitando a repetir o movimento.

Narcisa sentia seus dedos tremerem ao segurar a aliança e colocar na mão dele.

— Os Malfoy tem costumes, como esse. Nós dois usamos aliança e outros um pouco mais chatos, que você saberá depois.

— É só isso? — ela perguntou erguendo a mão.

— Só? Estamos noivos Narcisa. Você me diz só? — ele perguntou azedo.

— Não. Não quis dizer isso. Os Black também tem costumes, como por exemplo, comemorar um noivado.

Lucius pareceu pensar no assunto. Enquanto a encarava.

— Ótimo. Vamos marcar para o próximo sábado. Na casa da sua família um jantar para íntimos. Isso vai deixar a população curiosa sobre como será o casamento. E com certeza será uma ótima razão para tentar limpar o nome da sua família.

Narcisa sentiu a alegria dominar seu corpo. Seu pai ficaria radiante. Esperava que a moça perdesse qualquer resto de relacionamento com Lucius. E, no entanto, no próximo fim de semana, iam ficar oficialmente noivos.

— Obrigada. — ela disse.

— Não sei se deveria me agradecer ou sair chorando... Acho que você não imagina o que lhe aguarda. — ele disse com frieza.

Ela ia retrucar, mas se perdeu encarando a aliança no dedo. Era grossa, pesada, uma serpente circulava o aro e ao retirar, viu que tinha algo escrito.

"Sanctimonia Vincet Semper".


Sentia-se cada vez mais dentro daquela família. E mesmo sabendo que era da própria da vida que abriria mão, não parecia ser algo de fato tão ruim.

— Não vou sair chorando. Acho muito... Digno nós dois juntos.

— Digno. Uma palavra de boa colocação.

— Quero um filho. — ela disse sem rodeios.

Lucius a encarou.

Um filho era a única coisa pela qual Narcisa não abririam mão, nem se Lucius exigisse. Ela teria, era o desejo que ocupava todo seu ser.

— Por que esta me falando isso?

— Abro mão de tudo, afinal esse é nosso trato para que o casamento ocorra. Mas não abro mão de ter um filho. Eu preciso Lucius, você não pode ser tão mal assim.

— Quero ter um filho. — ele respondeu.

Ela soltou o ar com calma, percebendo que estava prendendo a respiração, enquanto esperava a resposta dele.

Lucius segurou sua mão e a puxou, ate que ficasse em seu colo. Bom, já tinham resolvido tudo, agora poderia aproveitar.

O braço dele passou em suas costas, Narcisa não o bloqueou.

— Esta magra demais, é serio. — ele advertiu.

Narcisa era magra, e tinha atributos que chamavam atenção, por exemplo, um pequeno volume da bunda ou os seios um pouco maiores. Esse ultimo, modificado por feitiço. Mas como tinha emagrecido muito, tudo pareceu sumir.

— Eu sei, não conseguia comer direito. Esses dias têm sido difíceis pra mim.

— Então acho bom se alimentar direito. Gosto de você magra, como é. Mas agora é estranho, não quero ter a impressão de estar abraçando uma caveira.

Ele disse sorrindo. Ela riu em resposta.

Suspirou quando ele beijou seu rosto e então o pescoço. Merlin! Estava tão contente que teria Lucius, afinal, a vida não era tão injusta assim.

E então parou de pensar coerentemente, quando os lábios dele pressionaram os seus.

Na hora do jantar Narcisa ficou constrangida com a presença de Abraxas na mesa. Eles não conversavam, apenas comiam. Mas foi na hora da sobremesa que ele puxou assunto.

— Então senhorita Black, como estão às coisas na sua casa?

— Hm, estão... Indo.

— Deve ser muito ruim aguentar tanta vergonha. — Abraxas disse, como se sondasse a moça.

O fato de ela estar jantando em sua casa, significava que Lucius tinha se decidido por dar continuidade ao relacionamento, então, nada melhor que um simples teste para ver quem será sua futura nora.

— A pior parte é perder um membro da família. Nada consegue substituir a dor, nem mesmo a vergonha.

Ela disse sem se preocupar em estar sendo impertinente. Estava cansada de todos crucificarem apenas pelo nome. Será que ninguém entendia como é viver a vida inteira com uma pessoa, e depois ter que fingir que ela nunca existiu?

Amava Andromeda e nunca mais a teria.

O resto do momento da sobremesa seguiu sem conversas. Assim que terminou, Abraxas se despediu, avisando que sairia para jogar.

Lucius tinha planos para ele Narcisa, planos quentes.

— Podíamos andar e conhecer o resto da mansão. — ele disse.

— Acho que já conheço basicamente toda sua casa Lucius.

— Acho que não conhece o meu quarto. — ele disse a encarando.

Narcisa ficou vermelha e desviou o olhar.

— Acho que não.

— É bom conhecer todos os cômodos, você vai ter que se preocupar com a redecoração da mansão inteira, é bom conhecer tudo.

— Acha mesmo que temos de mudar tudo? — ela perguntou curiosa.

— Vamos mudar o que você quiser mudar Ciça, vou deixar você decidir. Vai viver o resto da sua vida nessa mansão. Acho que posso abrir mão e deixar que você se divirta.

Ela deu um sorrisinho malicioso.

— Então estou liberada para tudo? Posso pintar as paredes de pedra de rosa choque então? — Lucius deu um sorriso.

— Sei que você não gosta de rosa choque e sei que não vai pintar as paredes de pedra. Confio no seu bom gosto. Venha.

Ele disse sem rodeios, segurando sua mão e levando ate a enorme escada central.

Subiram sem falar, e conforme passavam pelas portas, Lucius explicava o que significava cada cômodo.

As paredes tinham quadros de homens loiros e suas esposas. O ultimo quadro tinha Lucius, sozinho.

— Você entra ai. Quando nos casarmos. — ele apontou.

— Legal...

— Meu pai vai morar na nossa outra casa, no centro de Londres.

— Ele não precisa sair da mansão quando nos casarmos. E de qualquer forma, ainda falta muito.

— Dois anos Narcisa. Formo-me nesse ano e você ano que vem. Então vamos casar.

Ele disse parando frente a uma enorme porta. Então a abriu.

— Esse é o meu quarto, mas não precisa fazer essa cara. Sei que gosta de coisas grandiosas, vamos ficar no quarto central quando nos casarmos.

— Seu quarto é lindo.

E era mesmo.

As paredes eram de pedras lisas, escuras e brilhosas. Tinha uma cortina vinho escuro atrás do dossel da cama. Que também era enorme. Tinha um sofá, uma mesa num canto, duas portas, que a loira imaginou serem banheiro e closet.

A decoração era como todo resto da mansão. E era onipotente como a mesma.

— Sabe... Acho que podíamos aproveitar que estamos a sós e ainda é cedo. — ele disse puxando a mão dela e a sentando na cama.

Narcisa respirou fundo.

—Lucius não acho que...

— Shiii.

Ele curvou-se para ela e a beijou.

Quando se beijavam, Narcisa não entendia... Simplesmente parecia estar em outro mundo. Talvez pelo tipo de beijo que Lucius dava, ou pela forma que a língua dele passava na dela, deslizando, molhada... Ela sentia espasmos na sua barriga. Era maravilhoso.

Quando abriu os olhos, viu que estava deitada.

— Ei... — ela murmurou tentando sentar. Estava pressionada no colchão pelo peso do corpo dele.

— Não tente, vamos apenas ficar aqui.

Ele disse beijando o pescoço dela. Ela sentia a respiração dele queimar o local. E a língua passando sem pudor, quando Lucius mordeu o local, Narcisa soltou um gemido.

A mão dele estava no quadril dela e desceu ate a coxa, antes de subir novamente.

Dessa vez não pausou no quadril, subiu mais, ate tocar-lhe os seios.

— Lucius, por favor...

— O que você quer?

Ele murmurou descendo beijos pelo colo dela, e beijando seus seios por cima do vestido.

O que ela queria? Nem ela sabia o que queria. Não mais.

— Merlin, você é tão cheirosa... Queria te cheira por inteira, vou te beijar Ciça, em todos os lugares do corpo e você vai deixar. E vai gostar.

A frase era carregada de promessa e o tom de sua voz totalmente erótico. Narcisa sentiu formigar. Então ele debruçou sobre ela, afastando cada perna, deixando o vestido ainda mais justo, e se encaixando entre suas pernas.

— Lucius... — ela suspirou.

— Lucius, por favor... Não.

Era como falar com uma estatua inanimada. A diferença é que ele se movia com destreza.

— Lucius Malfoy, NÃO! — ela disse erguendo o rosto dele.


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Notas finais do capítulo

Comentemmm.



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