Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 31
31. NOVA ERA.


Notas iniciais do capítulo

Opa primeiro capitulo da segunda temporada, espero que gostem.



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Narcisa saiu da sala assim que sua mãe segurou seu braço. Bellatrix e Rodolfo saíram com Lucius.

Ele nem se deu ao trabalho de olhar para a loira, nem se despedir.


Narcisa sentiu uma aflição enorme... Lucius estava estranho e com raiva dela desde o ocorrido. E agora com tanta vergonha, era bem possível que o pior acontecesse: O relacionamento deles terminasse.


Afinal, provavelmente no outro dia todos estariam cientes da desgraça que se abateu na família Black.

Narcisa sentiu um formigamento ao imaginar todos a encarando quando voltasse para Hogwarts.

Tentou pensar se teria o direito de frequentar o mesmo grupo, ou se seria excluída.


Tentou imaginar se sua beleza teria diminuído, ou se talvez Tom Scamander aceitasse se casar com ela quando os dois se formassem.


Eram do mesmo ano, e ela sabia que Tom não tinha tanta restrição com os trouxas. Talvez ele nem se importasse com a vergonha de sua família.

Mas ela queria Lucius... Agora ela o queria com toda sua força e simplesmente era em vão.


Ao contrario dos Scamander, os Malfoy prezavam tudo que era puro e perfeito. Não podia ter falhas, não podia ter uma linha fora... E agora a família Black estava mergulhada na lama.

Narcisa tinha certeza, tinha perdido um casamento perfeito. E o homem que amava.


Por causa da miserável e inconsequente que era sua ex-irmã.


A loira foi dormir com medo, pavor.

Pensou em sua mãe sendo apontada na rua cada vez que fosse fazer compras. Bellatrix sendo esculachada em seu grupo. Seu pai desmerecido frente a todos os grandes do Ministério, porque simplesmente sua família ruiu.


E pensou na pior de todos. Ela queria com todas as forças que Andromeda sofresse. E nunca se esquecesse desse momento.

Sua irmã agora era pobre, estava gravida e o pior, o pai era um sangue-ruim. Narcisa sentiu o calor consumir seu peito, tinha acabado de perder um membro de sua família, estava verdadeiramente de luto.


Bellatrix sabia o que aconteceria. Se antes ralou para ganhar a confiança de tanto poder, agora teria de começar do zero, de abaixo de zero. Estava na fossa, e tudo culpa da vagabunda de sua irmã.

Mas Andromeda pagaria caro, muito caro por esse momento, nem que fosse a ultima coisa que Bellatrix fizesse antes de morrer, mas sua irmã, essa abominação que ela insiste em chamar de filho e Ted Tonks, iria pagar.


Lucius não dormiu aquela noite.

Lembrava-se da cena, lembrava de ter sentido vergonha alheia pela situação.

Os Black tinha ordem e decência, honravam o nome e o sangue que tinham e foi com toda determinação que Cygnus agiu como deveria agir.


Andromeda surpreendeu a todos, inclusive a Lucius.

Ele sentia pavor em já ter conversado com ela um dia em sua vida. Não queria ligação com gente assim.

No outro dia, a noticia estava nos jornais, na segunda pagina, deixando claro a quase “falência” da mui nobre família Black.


— Lucius... ? — Abraxas puxou assunto, quando foram jantar no outro dia.

— Eu sei pai.

— É terrível.

— Eu estava lá pai, assisti. Tenho que admitir que Cygnus da medo quando esta nervoso.


Abraxas sorriu em concordância.

— Cygnus é um exemplo de homem. Pena que agora perdeu as rédeas, não esta em suas mãos. E o declive da família é inevitável.


Lucius concordou e apertou a mão nos olhos, como se uma leve dor de cabeça estivesse surgindo.

— Narcisa. — ele disse, sabendo que seu pai entenderia o que ele queria dizer.

— Ah meu filho. Isso é com você. Em outras circunstancias, eu seria o primeiro a comemorar qualquer avanço com Narcisa Black. Mas uma desgraça ocorreu, isso muda tudo.


O rapaz ficou calado, ouvindo a sabedoria que emanava do pai.

— Tem que entender que isso vai refletir em você. Sempre vai te perseguir, caso escolha continuar com ela. A pergunta é: você esta disposto a aguentar isso? Não tem obrigação nenhuma, agora menos ainda.

— Eu sei.


O assunto morreu.

Três semanas depois do ocorrido, Narcisa mal comia, esta pele e osso e o alimento parecia descer rasgando em sua garganta. Estava triste, sem sua irmã, sem seu namorado... E foi justamente esse segundo, que lhe enviou uma coruja naquela manha.


“Narcisa Black, você deve saber que temos assuntos pendentes. Espero que possa comparecer ao jantar que farei amanha em minha mansão”.

L. Malfoy.


Narcisa respirou fundo, contendo a ansiedade, e o medo. Então respondeu:


Lucius Malfoy, estarei presente”.

Com amor, N. Black.


Narcisa avisou ao pai, sabendo que o mesmo autorizaria, já que temia o que viria.

A união tão favorável de Narcisa com Lucius estava prestes a desmoronar, os últimos pilares que erguiam sua família, estavam bambos.


No outro dia, Narcisa levou duas horas para decidir a roupa que usaria, optou por um vestido curto e justo. Com apenas uma manga e na cor vinho. Colocou uma sandália alta e preta. E fez questão de usar o bracelete que ganhou no natal de Lucius.

Seria dispensada com honra.


Foi Rabastan Lestrange que aparatou com a moça frente ao portão da mansão. O rapaz sumiu em seguida. Enquanto no mesmo instante, os portões rangiam ao abrirem.


— Seja bem vinda senhorita Black, fique a vontade. O senhor Malfoy já virá ao seu encontro. — Poli disse, levando a moça ate a biblioteca.


Narcisa não queria sentar, estava nervosa, inquieta. Tinha serias preocupações se no momento que Lucius a dispensasse, ela conseguiria se manter firme e não se humilhar por uma segunda chance.

Black não se humilhava, nunca.


Ela pensou agitando a cabeça para dispersar essa ideia. Ao ouvir um barulho vindo da porta, ela alisou o vestido e aguardou.

— Narcisa... Merlin, você esta magra feito uma vara! — ele disse, a olhando de cima a baixo.

— Bom te ver também Malfoy.

— Desculpe, só me pegou de surpresa. Não pensava que estava com tanta vergonha que preferiu sumir. Literalmente.


A piada não tinha surtido efeito algum. Ela mantinha o olhar aguçado e serio. Os olhos azuis estavam carregados de maquiagem e o fitavam com cautela.

— Sente-se, vamos conversar. — Lucius disse sem rodeios.


Ele apontou para o grande sofá. Ela contragosto obedeceu. E remexeu no assento.

— Nem imagino como deve estar sendo difícil ser um Black por esses dias.

— A mídia não nos deixa esquecer.

— Exato Narcisa. A mídia, a ocasião. Tudo mudou, você sabe.


A loira concordou, sem coragem para o encarar.

— Nós dois mudamos, sim? Antes éramos um casal promissor, agora sua família esta no fundo do poço. E ainda não me esqueci da peça de teatro que você protagonizou no ultimo dia de aula.


Narcisa nada disse. Sabia que teria de engolir um pouco seu orgulho. Ela pegou com delicadeza o bracelete, o abriu e entregou para Lucius.

— Não precisa esculachar minha família. Já é muito difícil sem você falar nada.


Ele apertou o bracelete nos dedos, tentando entender a forma defensiva que ela agia.

— Por que esta me dando isso? — ele ergueu a peça de ouro.

— Não é obvio? Lucius, você sabe muito bem que não sou burra.


Ele puxou sem delicadeza alguma o braço dela e colocou o bracelete novamente.

— Claro que não. Por isso... Tenho uma proposta.


Ela piscou e o encarou. Cenho franzido, tentando entender aonde Lucius queria chegar.

— Ficaria feliz em escutar sua proposta. — respondeu.

— Sabe que devido aos ocorridos, não tenho obrigação nenhuma em manter nosso compromisso... — ela concordou.


Ele continuou.

— Sei que qualquer envolvimento com você, eu receberia bombardeio. Acabaria pagando por algo que não tem nada a ver comigo.

— Sim. — ela disse, com voz entrecortada.

— Mas... Estou disposto a reformular um acordo, acho que no final, todos saem ganhando.

— Estou muito curiosa, senhor Malfoy. — ela disse olhando os livros organizados na biblioteca.


Sua voz era fria e não emitia curiosidade nenhuma. Lucius sabia que por ela, estaria soltando o verbo agora.


— Ao contrario do que muitos pensam, sou um homem bom. Pensei que podemos nos casar... — Narcisa virou-se para ele na mesma hora.


Olhos arregalados de surpresa e ate mesmo alegria.

— Calma, calma, calma, ainda não terminei de falar. Podemos nos casar. Sabe que isso praticamente salvará o nome da sua família. O casamento pode ser grande e majestoso, e a única noticia dos Black que circulará, é de como você estava feliz com essa união.


Ela não respondeu, Lucius não era conhecido por ser alguém “bom”. Não mesmo.

— Mas, quero você do meu lado Narcisa. O tempo inteiro, quando eu quiser. Você vai fazer o que eu mandar. Vai me obedecer sem reclamar. Vai andar com quem eu quiser, vai vestir o que eu permitir, vai falar quando eu achar que deve e o que eu quiser que fale. Será a esposa que eu quiser que seja.


Ela arfou. E se afastou ligeiramente. Ele se aproximou e ergueu o rosto dela.

— Entendeu? Vai fazer tudo que eu quiser, e isso inclui entre quatro paredes, sim? Acha que pode viver com isso?

— Por que esta fazendo isso? Sabe que se cassássemos eu seria uma esposa obediente. — ela disse, sentindo a mão dele segurar seu queixo, forçando o contato visual.


Lucius deu um sorriso malicioso.

— Ate sua obediência tem limites. E é exatamente o que estou mostrando, essa obediência não terá o limite, será ate onde eu quiser que seja.

— Por quê? — ela insistiu.

— O que tenho a ganhar com nossa união? Ouro a mais? Uma mulher bonita? Consigo isso com varias mulheres. Mas já estamos praticando com nosso “namoro”, acho você legal. Seu pai é amigo do meu e sua família esta precisando de ajuda.


Narcisa respirou fundo.

— Eu posso oferecer a ajuda que sua família precisa Narcisa. Você só tem que abrir mão de algumas coisinhas.

— Só tenho que abrir mão de viver por mim e passar a viver só a sua sombra?

— Exatamente. Viu como entende rápido?


Ele soltou o rosto dela e passou a mão no bolso, erguendo uma caixinha e abrindo.

— A escolha é sua, quer se casar comigo?


A escolha era dela. Amava Lucius com todas as forças, mas teria de abrir mão de viver a própria vida, para viver por ele.

Ele salvaria o nome de sua família. Mas ela não teria amizades, não compraria nada, não teria voz ativa. Nunca. Se ele não permitisse.

Era muita coisa em jogo.


— Eu aceito.



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Notas finais do capítulo

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