Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 22
22. ROMANCE.


Notas iniciais do capítulo

Comentemmm.



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Ele nunca quis que ela fizesse nada disso, sua intenção era ancorar perto da praia e fazerem as refeições em terra. Seriam apenas dois dias... Mas ela estava ali. Linda e cozinhando.

― Lucius? Eu... Oi. ― ela virou o rosto vermelho.

― Dormiu bem? Esta cozinhando?

― Uhum... ― ela disse colocando os ovos na mesa.

Não olhava para ele, ele sentia que ela estava nervosa e envergonhada. Lembrou-se da noite de ontem e imaginou ser esse o motivo.

― Lucius... Sobre ontem... ― ela passou a dizer, enquanto colocava suco.

Ele encheu uma xicara de café e a interrompeu.

― Você apagou.

― Acho que bebi além da conta.

― É, acho que aquele vinho não assentou...

― Não me lembro de tudo, mas sei que minha atitude...

Então ele percebeu como ela estava nervosa e mal com a situação. Se não se lembrava de tudo, então não tinha crime.

― Você apenas pediu para que eu te mostrasse o quarto, deitou e dormiu.

― Não, mas, eu pensei... Foi isso que aconteceu? ― ela perguntou piscando algumas vezes.

― Foi. Por quê? Pensou que tinha acontecido algo mais? Deve ter sonhado, vinhos pesados nos fazem duvidar do que é real e não.

― É. Devo ter sonhado e foi bem real.

Ele decidiu que a boa ação do dia tinha terminado. Tirou o peso da consciência dela, mas por que não aproveitar a situação?

― E sobre o que é esse sonho tão preocupante? Nos dois?

Ela ficou bastante vermelha.

― Foi. Mas nem insista que não vou contar, como disse, não lembro tudo.

Ele deu um sorriso malicioso. Ela podia não querer contar o “sonho”, mas ele lembrava detalhes de tudo que aconteceu naquele quarto. Solveu um gole do café e quase o cuspiu na mesa.

― Merlin! Isso esta horrível! ― disse.

Mas se arrependeu do comentário ao ver o semblante dela.

― Ah caramba, Ciça desculpe... Mas o café esta péssimo. ― ela acenou e abaixou a cabeça.

Ele soltou um palavrão. Não queria deixa-la magoada por um café. Mas esse estava muito ruim. Percebeu que ela tomava suco e provavelmente não tinha noção do quão péssimo estava à outra bebida.

― Pode me servir um pouco de suco? ― perguntou tentando puxar assunto. Pois ela mantinha o semblante serio.

― Não acho que vá gostar. ― disse com frieza.

― Me sirva. ― mandou.

Ela encheu um copo e o entregou. Estava chateada com a critica tão impactante dele sobre o café. Claro que ela não tinha experimentado, mas isso não justifica. Ela nem gostava de café. Mas sabia que o suco estava bom.

Na verdade estava bom a seu gosto. Tudo na vontade de Lucius, era novidade para ela.

Ele comeu e bebeu. Ela fez o mesmo.

Sem trocarem palavras, sem se olhar. Narcisa estava cada vez mais aliviada por todas suas memorias serem um sonho. Foi como se tivesse tirado um peso de suas costas.

― Narcisa, tudo estava muito gostoso. Com exceção do café, mas o suco estava ótimo. ― ele disse.

Ela deu um sorriso falso e começou a tirar a mesa.

Ele não gostou dela ter ficado chateada, tentou amenizar. Mas Narcisa ainda era uma incógnita para ele.

Bom, sua parte tinha feito.

 ― Acho que vou tomar um sol. ― ela disse saindo de perto dele.

Ele foi para seu quarto com intenção de se trocar e acompanha-la. Eles estavam viajando juntos no iate, amanha iriam embora e queria aproveitar com ela.

Após colocar uma roupa própria, certificou que a piscina tivesse numa temperatura quente e foi ate onde ela estava.

Tinha aberto o vestido de banho e Lucius via parte de sua roupa.

Isso era muito. Muito mais do que a maioria das pessoas viriam dela em toda sua vida. Ele sabia que existiam biquínis e peças mais provocantes, mas Narcisa não precisava dessas peças para chamar atenção.

O maiô de banho era comportado, mas nela ficava exageradamente sexy.

Lucius se lembrou da noite anterior, quando covardemente saiu do quarto. E perdeu a oportunidade de ver esse corpo esbelto por completo.

Assim que o rapaz se aproximou, ela se cobriu um pouco.

― Quer entrar na piscina? ― perguntou.

― Não sei, acho que tenho vergonha.

― Vergonha de que? Só tem nos dois aqui.

― Vergonha de você Malfoy!

― Sabe que para mim não será uma surpresa tão grande te ver com roupa de banho.

― Não sei...

― E quando casarmos, vou te ver sem nada. Então vergonha é desnecessário.

Ela ficou ainda mais sem graça.

― Entra primeiro. ― disse.

Ele concordou e seguiu para piscina que tinha agua morna, dando contraste com a temperatura ambiente.

Ela mais do que depressa, tirou o vestido que cobria o maiô e entrou atrás dele, mergulhando em seguida.

Lucius também tinha mergulhado e assim que ela ergueu o resto, ele estava a sua frente.

Aproximou-se enquanto Narcisa dava passos para trás. Ate que não tinha para onde correr, ao sentir a parede em suas costas.

Ele passou a mão na cintura dela, erguendo-a do chão. Ate que os lábios se encostassem.

Uma das coisas que Lucius mais gostava em Narcisa, era o fato de ela ser tão receptiva. Correspondia o beijo sem pressão. E era tão doce que ele começava a se sentir em terra estranha.

Claro que começava a se sentir quente.

Tinha transado com Berenice um dia antes de vir para casa no natal.

E, no entanto era como se tivesse há séculos sem sexo.

Parou de beijar Narcisa e ela suspirou ainda abraçada com ele. A agua estava quentinha, e a menina não sentiu medo quando seguiram para a parte funda da piscina.

Logico que não sentia o chão sob os pés.

Mas Lucius a abraçou por trás, evitando que afundasse. Ela confiava que ele iria segurar ― ele o fez.

E o rapaz não se preocupou se ela sentiria sua excitação, cada vez que a bunda de Narcisa passava por seu quadril. Era isso, ou deixar que ela se virasse sozinha.

E ele sabia. Sentia, que ela queria ficar grudada. Estava gostando tão quanto ele.

E por mais que negasse, Lucius sabia que o fato de se sentir tão “bem” com Narcisa não era porque iriam se casar e tinham de acostumar um com o outro.

Era mais.

E o rapaz tinha medo do que poderia ser esse sentimento.


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