Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 12
12. TED TONKS.




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Dois dias depois Narcisa foi com Andromeda ao Beco Diagonal fazer um vestido para usar na festa do ministério, a loira gastou tempo escolhendo tecido e modelo. Enquanto a mais velha saiu para ver outra coisa.

Assim que saiu do atelier, a caçula foi andar pelas lojas ate que encontrasse sua irmã.


— Ei Helena, tudo bem? — perguntou a monitora da Corvinal. Ela era prima ou algo assim, de Tom.

— Oi Narcisa, estou ótima e você?

— Bem também. Viu Andromeda por ai?

— Ela passou agorinha por mim, estava com aquele menino doidinho da Grifinoria, o Ted.

— Ah, ok.


A loira saiu dali com a cabeça fervilhando. Ted Tonks, o sangue ruim que tinha mandado uma carta para sua irmã. Agora ela ainda “passeava” pelo Beco Diagonal ao lado de alguém baixo como ele.

Era muito para cabeça da mais jovem.


Andou em disparada para o caminho que Helena tinha falado, não cumprimentava ninguém, não olhava para os lados. Estava com o rosto vermelho de raiva e com vontade de chorar.

Andromeda a tinha deixado comprar seu vestido sozinha, para fazer sabe-se lá o que com um imundo.

Isso não ficaria assim.


— Ei vai com calma. — alguém disse, segurando seu braço.

— Me solte... Lucius? — ela se aprumou ao perceber quem era.

— O que houve com você?

— Tenho que achar Andromeda. — disse virando-se.

— Calma Narcisa, esta com medo de ficar perdida?

— Mas é obvio que não!


— Então...

— Só preciso achar Anhdromeda, tchau.

Disse saindo de perto dele e seus amigos.

— Assim que tem que ser tratado pela namorada Lucius? — Macnair perguntou.

— Vai te catar! — o loiro disse, já maquinando a conversa que teria com Narcisa.

Ela podia estar com pressa, mas tinha passado por ele e seus amigos, devia trata-lo bem, acima de tudo.


— ANDROMEDA!


A morena deu um salto ao ouvir a voz da irmã.


Andromeda tinha recebido uma carta de Ted Tonks.

Ele era chato e sempre a provocava na escola, isso era irritante, ate que passou a ser engraçado. E agora trocavam cartas.


No meio do ano que se passou, decidiram por isso. A ideia veio da Black, e o rapaz mesmo a contra gosto aceitou...


— Theo, acho melhor ninguém ficar sabendo.

— Sim e não. Adoro quando me chama de Theo, todos só dizem Ted ou Tonks, você faz diferente. E não, não vejo por que esconder isso.

— Acho Theo chique. E em hipótese nenhuma podemos ser vistos conversando!


O menino fez uma careta que a menina julgou ser linda.

— Como faremos?

— Cartas.

— Estudamos na mesma escola, no mesmo ano e vamos conversar por cartas?

— Sei que a ideia é fantástica.


Ele suspirou.

— Ok.

E para recompensar a aceitação dele, deu um abraço.

Era para ter ficado assim, mas os dois trocaram um olhar, cheio de palavras silenciosas que nunca seriam ditas. E então, Ted a beijou.


Andromeda foi consumida por um dos melhores sentimentos.

As provocações por anos dele só serviram para comprovar que camuflados estavam os reais sentimentos.


A irmã do meio de Bellatrix e Narcisa, uma Black, estava apaixonada por um sangue-ruim imundo.

Tudo era diferente.

O beijo foi como se tudo estivesse mudado de cor, como se o preto ou branco que vivia, se quebrasse em azul, vermelho, verde.

A menina percebeu que julgou mal.


Que um sangue não era tão importante.

Que o amor cobre todo o mal e injustiça.


Ted era pobre e nascido trouxa, e mesmo assim era tão capaz como tantos outros bruxos, e foi o único com poder de mexer com ela.

Era um sentimento tão grande, tão doce que fazia contraste ate com sua família.


Essa troca de carta, interesse e beijos fora frequentes. E quando sua irmã lhe entregou uma carta foi difícil arrumar qualquer desculpa.

A carta dizia que o rapaz a encontraria no Beco Diagonal.


Ela apenas aproveitou que Ciça teria de fazer um novo vestido para vê-lo.

E agora, a irmã estava a sua frente, com o semblante fechado e visivelmente irritada.


Andromeda, assim como Bellatrix, conheciam bem Narcisa.

A caçula sempre fora acostumada a ter tudo, as três foram, mas a mais nova dificilmente era contrariada.

E ninguém em sã consciência ficaria na mesma reta de sua irá. Ela conseguia fazer um cubo de gelo pegar fogo, se fosse sua vontade.


— Ciça.

— O que tem na sua cabeça para estar acompanhada desse... Desse... Desse sangue ruim?


Ted fez um som estranho. Por mais que soubesse como era visto por muitos, uma ofensa assim era difícil ser aguentada.

— NARCISA!

— Olha aqui menina prepotente, tenho nome, e é Theodore Tonks.

— Ted, não.


Andromeda se sentia no meio do fogo cruzado. A mais nova Black deu uma gargalhada, fazendo-a parecer bastante sua irmã mais velha, Bellatrix.

— Tenho nojo e vergonha de apenas olhar na sua cara...

— Narcisa, por favor, não.

— Serio? Pois também não faço essa questão. Uma loira baixinha, metida e nervosinha, já pensou em...

— TED CHEGA.


— Esta tentando me insultar criatura? Sério? — a loira perguntou, fingindo estar em choque.

O menino não respondeu, estava olhando a figura que se fazia atrás da loira.


— Pois fique sabendo que você é o próprio insulto ao mundo bruxo em forme de gente.

— Andromeda? — Ted disse, pois sempre fora simpático, mas não aguentaria tantos disparates.

— Que palhaçada é essa? — uma voz disse atrás deles.

— Você não tem nada com isso. — Ted respondeu.


— E você tem?

— Não. — respondeu Andromeda, se Ted respondesse seria pior. — Isso é briga de irmãs.

— Isso é verdade Narcisa? — Lucius virou-se para loira.


A menina podia responder que não, e sua irmã estaria muito ferrada com os pais esta noite. Mas preferiu dar uma chance para que sua irmã a explicasse tudo.

— É sim, algo entre Andy e eu.

— Então, definitivamente você esta fora de lugar. — Lucius respondeu a Ted, a contra gosto.


— Ciça...

— O que esta fazendo atrás de mim Lucius? — ele fez uma careta.

— Não estou atrás de você, só vim saber por que passou tão depressa.

— Tenho minhas razões.

— Ok... Dane-se. — disse saindo de perto dela.


— Vamos para casa agora! — a loira disse para Andromeda.


As duas rapidamente chegaram a casa sem trocarem uma só palavra, mas depois do jantar, Andromeda sabia que seria impossível fugir da irmã.

E ao ver a loira entrar em seu quarto sem bater, definitivamente, estava com péssimo humor.


— Pode ir falando.

— Não tenho nada para falar Ciça.

— Esta querendo mesmo fazer hora com minha cara?


Andromeda estremeceu e abaixou a cabeça.

— Ted é meu colega. — Narcisa fez som de nojo, já tinha percebido isso.

— E o que mais?

— Como o que mais? É isso.

— Acha mesmo que eu não percebi? O modo como vocês de olham, me da ânsia de vomito. Por você se afeiçoar a alguém como ele.


— Ele é diferente.

— Não, não é. Lembra quando éramos crianças e íamos com papai para o centro de Londres, ou para o litoral? Xingavamos e chamávamos de nojentos os moradores e transeuntes por serem trouxas, lembra Andy?

— Claro que lembro.


— Pois o Tonks não é diferente das pessoas que provocávamos, ele é igual.

— Ted é um bruxo!

— Não. Pelo menos era para não ter nascido com magica. Ele, a família dele, todos são a escoria da sociedade.

— Narcisa...


Andromeda olhou a irmã. Ela sabia de tudo aquilo, por mais que pudesse negar, ela sabia que Ted era tudo aquilo.

— Eu não consigo... Eu não consigo. Ele me deixa diferente, ele me faz bem, me faz feliz.

— Por Merlin não continue dizendo isso.

— Eu o amo. Amo. — admitiu chorando.


Narcisa deu um gritinho de pavor.

Ela que tinha pensado ser apenas um lance passageiro não esperava ouvir isso.

Era pior que imaginava.


Correu tapando a boca da irmã.

— Nunca mais repita isso! Nunca!


Andromeda tirou a mão da irmã de sua boca.

— Acha que escolhi? Ciça, não sei o que me deu.

— Fogo. O nome disso é fogo. Andy, é sue ultimo ano que vai começar, depois disso você irá se casar e nunca mais vai ver Ted ou qualquer outro desse povinho. Termine essa coisa nojenta que vocês têm, e se foque em se formar e se casar.

— Ok. — a morena disse sentando direito. Narcisa estava certa.

— Eu vou te ajudar Andy, vai dar certo.


Andromeda concordou.

Sua irmã tinha toda razão, Narcisa sempre foi inteligente e cada dia mostrava mais isso.

A morena puxou um pergaminho e passou a escrever uma carta, resolveria isso de uma vez por todas.


Dias depois, enquanto seus pais, sua irmã com o namorado, e Bellatrix e o marido iam para a festa no ministério.

Andromeda que forjara uma dormida na casa da amiga, se encontrava com Ted, no que ela julgava que seria a ultima vez.



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Notas finais do capítulo

É isso, comentem lindezas! s2