POV MI

Mesmo Harry estando longe há apenas uma semana era incrível a saudade que sentia dele, e acordar e ter seus olhos me cuidando, seus braços me protegendo, e ele todo ao meu lado era extremamente inexplicável.   Ele estava me olhando e sua mão ainda acariciava a minha, o sorriso se estendeu a me ver acordada e seus lábios logo tocaram os meus com delicadeza.

- bom dia minha princesa. – com ele ao meu lado toda a dor ia embora e a única vontade que eu tinha era de ficar com ele apenas ele.

- bom dia amor. – eu precisava fazer minha higiene, mas como, com uma perna recém operada? – Hazza, como vou fazer minha higiene? – pedi um pouco tímida fazendo com que ele risse.

- eu vou chamar uma enfermeira. Já venho, fica bem meu anjo. – virei o rosto assim que ele tentou me dar um novo beijo.

- só depois. – ele conhecia minhas esquisitices. Apenas me deu um beijo na mão e saiu. Logo ele voltou com uma enfermeira e o medico, a moça e Harry me levaram até o banheiro me ajudaram com o que eu precisava e depois me levaram para o quarto novamente. O medico estava esperando para conversarmos sobre os cuidados etc. – quando eu posso ir embora? – obviamente é a primeira pergunta que fazem a um medico.

- terá que passar pelo menos o final de semana aqui.

- O FINAL DE SEMANA INTEIRO?  Hoje ainda é sexta. – que ótimo, um final de semana inteiro em um hospital, com meu namorado perdendo shows e compromissos.

- são só mais dois dias. – impressionante como que pra eles o tempo passa rápido, claro quanto mais tempo eu fico mais ele ganha dinheiro, e pra mim o tempo parecia parar a cada segundo.

- pra vocês é SÓ mais dois dias, pra mim é uma eternidade ficar aqui. – dei ênfase ao só pra que ele quem sabe antecipasse minha saída. Harry ria da situação. E antes que o doutor pudesse falar algo se manifestou.

- ela pode viajar doutor? – mas o que ele tá fazendo?

- viajar? Ela acabou de ser operada. – ele pareceu espantado com a pergunta, com razão, se Harry estava programando uma viajem pra agora acho que eu estaria meio que impossibilitada pra isso.

- é, se for preciso eu posso fretar um helicóptero, ou algo do tipo pra ela ir confortável. Eu só quero ficar com ela, e com a agenda da banda não vou poder. – ele realmente queria que eu fosse para os Estados Unidos com ele? – eu cuidarei bem dela doutor, eu prometo. – não consegui fazer nada a não ser rir da situação.

- acho que isso não seria muito bom pra ela. Ela perdeu muito sangue na cirurgia, vocês deviam esperar mais ou menos duas a três semanas pra ir. – depois, apenas analisou minha perna e saiu do quarto.

Eu e Harry conversamos sobre a turnê até meus pais e Anne chegarem, contei sobre a ideia genial de Harry e todos desaprovaram e ele ainda levou uma bronca de Anne. Tentamos convencê-lo de ir para casa descansar, tentativa invalida o lugar mais longe que ele saiu foi o refeitório do hospital para tomar café. Dani, Els e Gemma vieram ao hospital e trouxeram flores, chocolate e Els o mais importante, meu notebook. Isso ajudaria a livrar o tédio.

A tarde foi um saco, mas pelo menos conversei um monte com meus pais, Harry conheceu-os e Isa passou por lá. Na internet quase todas as noticias em sites de fofoca era o por que Harry teria faltado os shows, ele ainda não tinha postado nota alguma, o que fez a imprensa cair em cima dele. E logo depois o hospital ser invadido por fotógrafos loucos por noticias quentes. Finalmente mais um final de tarde naquele saco de hospital, Jaque passou algumas com nós. Harry mais uma vez dormiu no hospital comigo. Essa noite foi horrível, minha perna doeu um monte e o remédio quase não cessava a dor. Finalmente a hora do remédio novamente tinha chegado e talvez fizesse que a dor passasse, não acordei Harry, ao contrario fiquei zelando por seu sono durante a noite, na poltrona ao meu lado, segurando minha mão.

Sábado. Agora já podia dizer que mais um dia e estaria livre do hospital, ou melhor, fora do hospital. Por que livre digamos que só depois de sair da cadeira de rodas e começar as fisioterapias, o que seria um imenso problema, não pela cadeira ou o prédio, mas sim o meu apartamento, como eu subiria as escadas? O dia não precisa nem comentar a chatice, as visitas foram às mesmas, com exceção de Olly que veio pela primeira vez e prometeu me ajudar em casa. era horrível ter que tomar banho sentada e a vontade de dobrar a perna era irresistível. Talvez para passar a ansiedade e a dor tomei um remédio e dormi por um bom tempo, acordava por pouco tempo, mas logo dormia novamente, e apenas no domingo a tarde consegui acordar totalmente, era horrível, mas ajudava a passar o tempo. Harry, Jaque, Isa, Eleanor, Dani e eu estávamos cantando e rindo, quando o medico entrou no quarto.

- vim lhe dar algumas noticias, mas pelo o que eu vejo estão se divertindo?! – sínico? Imagina.

- pode falar, podemos nos divertir fora daqui, será até melhor, não aguento mais essas agulhas.

- ok, Michele, está liberada, assinei sua alta, mas lembre-se nada de viajem. – dessa vez ele olhou para Harry certificando-se de que ele não continuaria com a loucura de me levar junto para a turnê.

As meninas me ajudaram a trocar de roupa, dar um jeito no meu cabelo e como sempre, uma levíssima maquiagem para tirar a cara de doente. Tentamos sair pelos fundos, onde ficava a garagem de médicos, mas mesmo assim tinham alguns fotógrafos no portão. Estávamos apenas eu e Harry no carro, e ao sairmos do hospital ele pegou um caminho diferente, e não o das nossas casas. Ligou o radio onde estava o cd da banda, a musica: More Than This. Sorri automaticamente e mesmo sem me ver ele também sorriu. Enfim chegamos onde ele queria me levar, o centro de tudo, a nossa historia, o nosso lugar. O parque.