Flashback ONN

(coloque o vídeo para carregar http://www.youtube.com/watch?v=SeIJmciN8mo)

"Assim encera mais um ciclo, mais uma etapa da vida de cada um. Assim torno-os formados!"- o diretor terminou o discurso com uma chuva de papel picado e ao som (de play).

 A primeira pessoa que eu queria abraçar era ela, mas ninguém deixava, após abraçar todos nossos amigos nos encontramos, ótimo essa trouxa me fez chorar só de pensa que vou deixar ela por um ano e meio.

Nos abraçamos fortemente, ela era a minha melhor amiga, de sempre à 8 anos, a melhor em tudo, a melhor de todas. Juntas passamos por muitas coisas. E ela sempre gostou de me viciar em tudo, a primeira coisa foi as minhas “droguinhas” Harry, Liam, Zayn, Niall e Louis, desde que me apresentou a banda simplesmente amei,depois foram seguidas coisas que ela me fez amar. Hoje tudo mudaria, estávamos formadas! Ela iria pra faculdade, eu iria para Londres, fazer intercambio, ficaria um ano e meio, trabalhando durante o dia e fazendo um curso  a noite, se eu conseguisse boas notas entraria na faculdade. Sempre falamos em irmos juntas, conhecer Londres e os meninos. Mas o destino não é como nós planejamos.

Ficamos abraçadas apenas chorando.

-Nega. –Jaque finalmente disse quebrando o constrangedor silencio- Promete que não vai esquecer de mim. Eu sei que parece criança, mas você sabe...

- Você é meu ponto seguro, a melhor das melhores. Nunca, nunca mesmo vou esquecer de você!

- Tá já chega de melação – Leo disse nos abraçando – eu sei que vocês vão sentir minha falta!

- A nós também te amamos Leo. – Jaque disse nos fazendo rir.

Ficamos a noite toda dançando, bebendo e andando abraçadas pra cá e pra lá, até meu pai voltar nos buscar, ela dormir lá em casa já que eu ficaria só mais uma semana no Brasil. O final de semana passou rápido, eu embarcaria na sexta-feira.

Flashback off

O final de semana passou rápido, eu embarcaria na sexta-feira. Na quinta-feira Leo e Jaque organizaram uma festinha de despedida, nem preciso falar que chorei oceanos né. Eles não poderiam ir até a rodoviária onde eu pegaria o ônibus até Curitiba. Quando meu pai chegou na casa de Jaque foi como se estivessem tirando um pedaço de mim. Nos havíamos prometido uma pra outra que nunca nos separaríamos e eu tava deixando ela pra trás, indo em busca do meu sonho mas sem ela. Fui o caminho inteiro chorando e olhando as diversas fotos de nós duas juntas, nossas brincadeiras, apelidos, tudo. Eu vou sentir muita falta dela.

Meu pai me respeitou ficando em total silencio até chegarmos em casa. Fui direto para meu quarto terminando de arrumar uma mala apenas de lembranças de cada um de meus amigos e familiares, fotos e alguns acessórios para decorar minha nova casa. Meu diário estava dentro dela abri pra lê-lo e ri do quão besta eu era a três anos atrás. (primeira folha)

“Hiiii dear!

Bom, meu nome é Michele Duarte, tenho 14 anos, sou estudante.

Complicada, teimosa, mandona e as vezes meio louca.

Amiga: sempre!”

Olhei mais umas folhas e viajei em todos os detalhes e historias que continham nele. Nem percebi a hora passar já era quase uma hora da manha e meu ônibus saia as seis horas, ou seja tinha que acordar cedo.

Mal tinha fechado meus olhos e o som de Drive By – Train, isso não era um bom sinal. Já estava na hora de levantar. Tomei meu ultimo banho na casa dos meus pais, me vesti (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=51532042&.locale=pt-br) e fui até a cozinha onde minha mãe estava sentada, com os olhos vermelhos.

- Mãe. –disse indo em sua direção para abraça-la.

- Mi, você é meu bebe, e esta indo morar do outro lado do oceano longe de mim longe dos meus braços, dos meus cuidados.

- Eu vou sentir tanto sua falta, seus conselhos, puxões de orelha, tudo mãe. Eu te Amo.

Ficamos um tempo conversando e já estava quase na hora de ir a rodoviária. Passei por todos os cantos da casa me despedindo de tudo, meu quarto, minhas coisas, minha vida no Brasil. Prestei atenção em tudo no caminho, no meu antigo colégio, nas casas, prédios, ruas, eu ia sentir falta da minha vida aqui, a cidade não era muito grande, era calma, eu gostava daqui.

Chegamos na rodoviária e já havia outros intercambistas, e meus avos e alguns tios estavam me esperando. Depois de um tempo me despedi, e fui em direção ao ônibus deixando as lagrimas descerem sobre minha face livremente, pensando em minha mãe, meu pai, na Jaque, no Leo, em todos. Até que meu celular vibra,  desvencilhando meus pensamentos. A mensagem era curta e o numero desconhecido, dizia apenas.

“Olhe para traz!”