Refazendo O Passado. escrita por GRT, Juliana


Capítulo 7
Oriental idiota.


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE:
Gente, mil desculpas, vocês nem fazem ideia do quanto estou envergonhada, sei que deveria ter postado esse e muitos outros cap's a muito tempo a atrás, mas eu tenho uma explicação, no minimo, plausível:
estou sem net desde o dia em que postei o último cap, eu postei ele aí a net caiu e não entrou masi de jeito nenhum, daí a minha mãe ligou pra Tim e até eles dizerem que o modem não tinha conserto eu fiquei sem, aí ela ligou pra net via rádio, mas tinha que esperar eles virem instalar e a net fiquei sem, essa é a primeira vez que tô entrando desde sexta (acho que foi, mas como recompensa vou tentar postar todos os capítulos prontos,isso mesmo, se depender de mim hoje mesmo vocês já terão até o capitulo onze, ONZE!!



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*Lumus*


Após terem capturado e terminado com as duas primeiras horcruex, há três dias atrás. Harry, Rony, Hermione e Gina estavam sentindo como se tivessem tirado um grande peso de suas costas. Porém eles não podiam descansar ainda tinham três, mas, tirando esse pensamento da cabeça eles e o resto do pessoal estava na sala comunal da grifinória conversando:

– Quando será que vai ser o primeiro passeio a Hogsmead, hein? – Perguntou Sirius lançando um olhar significativo a Hermione.

– Não sei talvez no próximo fim de semana, para mim tanto faz mesmo. – Respondeu Remo desanimado que como estava no sétimo ano já havia cansado dos passeios à hogsmead.

– Se anima, Aluado. – Repreendeu Sirius. – Qual é o problema de ir a Hogsmead?

– Ah, sei lá, Almofadinhas, Quando vamos à Hogsmead sempre fazemos a mesma coisa, fora que esse ano é ano de N.I.E.M’s e eu preciso estudar. – Disse ele inutilmente sabendo que se tivesse passeio os amigos o convenceriam a ir.

– É exatamente por isso que existem os passeios ao povoado para aliviar essa tensão escolar. – Argumentou Tiago entrando na “briga”. Remo vendo que ia perder disse:

– Não importa, vamos tomar café.

Pedro que, infelizmente, por incrível que pareça estava junto ao grupo concordou rapidamente e começou a andar mais rápido tropeçou nos próprios pés e acabou caindo todos que ainda estavam no salão comunal caíram na gargalhada até mesmo seus amigos riram, um tempo depois Harry disse com a voz venenosa:

– Cuidado, Petigrew, assim, qualquer dia desses, você pode acabar se machucando. – Se alguém prestasse bastante atenção poderiam ter percebido a “pontada” de ironia na voz de Harry que acrescentou baixinho para que só Rony, Hermione e Gina ouvissem. – Mas, que foi bem feito, foi. – E dessa vez não foi só Remo quem ouviu Sirius também, o último ouviu e ignorou, já o primeiro ficou bem atento, pois em sua opinião aquele grupo era bastante estranho, mas enquanto ele não tivesse certeza da idéia que se formava na sua cabeça ele não falaria nem perguntaria nada para eles.

– Vamos, então? – Perguntou Rabicho, com as bochechas vermelhas de vergonha, após ter-se levantado.

– Vamos. – Responderam os outros em uníssono.

Chegaram ao salão e sentaram-se. Ficaram em silêncio até que Sirius resolveu quebra-lo perguntando:

– Qual é a primeira aula do dia?

– DCAT. – Disse Remo consultando o horário.

– Hum, minha preferida. – Respondeu Sirius enquanto uma garota da Lufa-Lufa se aproximava do grupo, ela parecia ter em média uns 16 anos tinha cabelo castanho-claro ondulado que iam até um pouco depois do ombro olhos da mesma cor do cabelo era alta e tinha um corpo bem bonito. Chegou e deu bom dia a todos se virou para Sirius, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ele interrompeu-a:

– Olá, Mel, tem planos para hoje à noite? – Ele disse numa voz sedutora. O garoto havia se virado totalmente no banco e agora passava uma das mãos pela cintura da Lufa-Lufa puxando-a para mais perto, a garota não pareceu fazer objeção alguma pelo contrário pareceu ter gostado bastante.

– Na verdade, Six, não tenho nenhum, por quê? Alguma idéia? – A garota deu um sorriso tão sexy quanto a sua voz. Sirius retribuiu levantou-se até ficar na altura da garota e sussurrou-lhe no ouvido:

– Talvez, eu possa passar pelo sétimo andar às 23:00 hoje à noite, que tal? – A garota soltou-se do abraço, piscou um dos olhos, fez um maneio afirmativo de cabeça e rumou para a saída do salão enquanto Sirius virava-se para os amigos, sorrindo, e dizia: - Eu adoro essa garota.

– Diga-me, Six. – Começou Hermione fazendo uma vozinha esganiçada no “Six”, mas, mesmo assim sem deixar o ar risonho e o sorriso maroto sair de sua face. – Qual garota você não adora? – Perguntou ainda sorrindo enquanto os amigos começavam a abafar risinhos.

– Mionezita, querida do coração desse humilde maroto: nenhuma. Eu adoro todas elas. – Respondeu enquanto enchia a bochecha esquerda da morena de beijos. Tiago assustou-se não eram esses os “modos de conquista” do amigo. Primeiro: Ele não dava em cima de outra garota na frente de sua próxima “conquista”. Segundo: Ele era galante, direto e sedutor não saia por aí distribuindo beijos como se fossem amigos de longa data. Quando Parou de beijar-lhe a face de Hermione, Sirius continuou. – Eu vou indo eu tenho... Que cuidar de uns assuntos. – Sorrindo maroto.

– Cuidar de uns assuntos ou correr atrás de um... Rabo de saia.

– Ai, Mione assim você me ofende. – Disse dramático enquanto colocava uma mão no peito. E completava, - Encontro vocês na sala.

Depois que Sirius saiu e que Hermione parou de balançar a cabeça negativamente, Rony sem se aguentar mais pergunta:

– Mione... Você... Você gosta de-l-le? – Todos os amigos levantaram a cabeça para ouvir a resposta da morena.

– De quem? Do Sirius? – Perguntou ela, ainda em tom risonho, e ao receber um aceno afirmativo de cabeça, tentou segurar, mas não conseguiu começou a rir, tentou abafar botando a mão na boca, mas não conseguiu depois de um tempo estava rindo escandalosamente com a mão sobre a barriga e os amigos a olhavam atordoados. Depois de ter recuperado ela disse. – Ai, Ai, Rony, às vezes você tem cada idéia.

– Ué, mas você não gosta?

– Não, claro que não. Quer dizer eu e o Sirius ficamos bem amigos, sabe. Às vezes ele me fazia companhia na biblioteca e bom ele andou me contando umas coisas. – Nesse momento ela lançou um olhar de esguelha à Maria no que todos perceberam. – E bem como eu já disse acabamos ficando amigos e só isso. – Hermione olhou para o relógio e deu um pulo do banco. – Nossa, já tá na hora da aula, vamos?

– Aonde? – Perguntou Rony que não cabia em si de felicidade.

– Ver com quem o Sirius está se agarrando. – Disse revirando os olhos. – Pra aula, né Rony? Bom, não importa eu to indo. – E dizendo isso ela virou a costa e foi em direção à primeira aula do dia.

Quando Chegaram à sala de defesa encontraram Sirius e Hermione dividindo uma carteira pareciam estar tendo uma conversa séria isso assustou os marotos, Sirius Black sério foram se aproximando por que, afinal de contas, quem sentava com Sirius era Tiago. Em quanto se aproximavam conseguiram ouvir:

– Eu já disse Hermione, não deu certo da primeira vez não vai dar certo agora.

– Não deu certo por que você não quis Sirius.

– Hermione...

– Me escuta, ela gosta de você, você gosta dela, qual é o problema?

– O problema, Hermione, é: Ela N-Ã-O gosta mais de mim, ela me odeia e... – Mas, antes que Sirius pudesse terminar Tiago pigarreou, por que se tinha uma coisa que ele detestava era ouvir a conversa dos amigos.

– Ah... Vocês estão aí. – Disse Hermione olhando por cima do ombro de Sirius. – Viu? Se tivessem vindo comigo não teriam chegado atrasados.

– Mas, o professor ainda nem chegou! – Exclamou Rony exasperado e, no mesmo momento o professor entrou pela porta sorrindo.

– Acabou de chegar. – Sorriu Hermione vitoriosa

Depois que cada aluno estava em seu devido lugar o professor começou a falar:

–Bom dia turma, hoje terá uma aula prática, mas, antes disso eu vou começar com uma “introdução”: Algum de vocês sabe me dizer o que é o feitiço do patrono? – No momento em que o professor disse isso as mãos de todos os viajantes foram vistas em “pé” o que foi uma surpresa para todos já que até agora o único foi visto levantando a mão para falar na aula de DCAT fora Harry. – Ah... Bem, Sr. Potter.

– O feitiço do patrono é o único que tem a capacidade de afastar um dementador, para conjurá-lo é preciso uma lembrança realmente feliz, por que, é isso que enfraquece o dementador, a alegria. E só um bruxo extremamente poderoso é capaz de fazê-lo. – Terminou Harry enquanto o professor o olhava surpreso.

– Parabéns Sr. Potter nem eu mesmo, poderia ter dado uma descrição melhor, 10 pontos para a Grifinória. O senhor saberia conjura-lo? – Perguntou o professor duvidoso.

– Sim senhor, professor. – Respondeu o moreno prontamente no que a expressão do professor mudou de surpresa para desdenho assim como sua voz.

– Corpóreo?

– Sim, senhor.

– Então, se o senhor é tão bom assim não se importaria de demonstrar, importaria? – Perguntou o professor.

– Claro que não. – Respondeu Harry, levantando da carteira, arrogante e impaciente pelo tom desafiador na voz do professor. – Eu só preciso de um pouco de espaço.

– Oh, sim claro pode ficar aqui na frente. – O respondeu enquanto que, com um floreio da varinha, afastava sua mesa.

Harry fechou os olhos tentando lembrar-se de uma lembrança feliz por fim escolheu o dia em que reencontrou os pais, sua primeira noite, nesse tempo, em Hogwarts, “Naquele dia estavam todas as pessoas que eu amo: Meus pais, Sirius, Remo, Ron, Mione e... Gina.”. E, naquele momento todos puderam ver o, discreto, sorriso que se abria no rosto do menino Potter enquanto ele bradava:

– EXPECTRO PATRONUM.

Quando o cervo prateado irrompeu da varinha do garoto e começou a rodar por toda a sala o queixo dos marotos, simplesmente, caiu. Um cervo pensava Sirius e Tiago, outra coincidência. Só isso. Tentavam convencer a si mesmos. Remo, porém, estava prestes a explodir. São coincidências demais, pensava, já chega, eu vou esclarecer isso. O resto da turma, no entanto, batia palmas fervorosamente quando perceberam isso eles a acompanharam.

– Muito bem, muito bem. – Disse o professor fazendo gestos com a mão para que os alunos parassem. – 50 pontos para a Grifinória pelo patrono perfeito. Pode se sentar Sr.Potter. Agora eu quero que vocês tentem. – E com um novo floreio de varinha todas as mesas sumiram. – De pé, por favor. – E as cadeiras também. – Agora repitam comigo: Expectro...

– Expectro.

– Patronum...

– Patronum

– De novo.

– Expectro patronum.

– Perfeito, Eu não espero que vocês consigam nessa aula muito menos de primeira, então, não se decepcionem. Agora Todos devem lembrar: vocês precisaram de uma lembrança alegre bem forte. Eu vou passar pela sala ajudando aqueles que tiverem dificuldade, Ah... Mais alguém, além do Sr.Potter, sabe conjurar um patrono? – Ao ver a mão de Rony, Gina e Hermione levantadas o professor soltou uma sonora exclamação de surpresa. – Oh, vejo que o ensino no tempo de vocês é bem rigoroso e avançado, não é mesmo?

– Com certeza, senhor. – Mentiu Rony.

– Pois bem, se vocês não se importarem, para não ficarem sem fazer nada, poderiam ajudar seus amigos, sim? – Mas sem esperar resposta ele continuou. – Podem começar. – E saiu a dar voltas pela sala enquanto os alunos fechavam os olhos tentando ter uma lembrança feliz. O primeiro sonserino a tentar demorou tanto tempo que dois grifinórios já tinham conseguido uma nuvem prateada que duraram 20 segundos, mas, de qualquer jeito o sonserino não conseguiu. (N/A: Gente, eu não tenho nada contra sonserinos, mas li em algum lugar que o único comensal que conseguiu produzir um patrono foi o Snape, pois, era o único que tinha uma lembrança feliz e como a maioria desse tempo se tornou um acredito que nenhum conseguiu fazer o feitiço.) Enquanto isso:

– Quem quer tentar primeiro?

– Eu! – Disse Lily a Harry.

– Vamos fazer o seguinte então: Eu vou ajudar e explicar a Lily e bom vendo a explicação que darei a ela vocês conseguiram fazer, OK?

– OK. – Responderam todos.

– Então ‘tá. Vamos lá Lily feche os olhos, – a ruiva obedeceu. – Pense em uma lembrança feliz, - “espere” pediu ela enquanto pensava lembrou-se então de quando ela e sua irmã ainda brincavam e eram amigas lembrou de como era feliz nesta época e disse ainda de olhos fechados, “estou pronta”. – Agora diga o feitiço. – Ordenou. E ela disse e, infelizmente, não deu certo, mas, ela tentou de novo, e de novo, e de novo... Assim como os amigos, até que:

– Hey, Lily, você já tentou o dia que descobriu que era bruxa?

– Não, por quê? – Perguntou a garota e, logo entendeu, aquela lembrança era uma das mais felizes que tinha, pois, era um misto de sentimentos realmente bons daqueles que sempre dão um friozinho na barriga.

– Bom esse é a lembrança que eu uso meu patrono não é muito bom, mas eu acho que é pelo fato de eu não me concentrar direito. – Respondeu Hermione.

– Certo. – Lílian concentrou-se no dia em que recebeu a carta de Hogwarts e, sentindo os olhares dos amigos, murmurou o feitiço e, de repente, uma corça saiu da ponta de sua varinha e no momento seguinte Tiago sorriu maravilhado e Lily disse: - Oh, uma corça eu as adoro, são tão lindas, sei também algumas coisas sobre elas do tipo: A corça é o menor cervídeo europeu, variando de 95 a 135 cm de altura e pesando entre 18 e 29 kg. A pelagem varia de cor e comprimento, sendo curta e avermelhada no Verão, longa e marrom-acinzentada no Inverno. A média de vida de uma corça selvagem é de 8 anos, podendo chegar aos 14. Ah... E como eu ia me esquecer, uma das coisas mais importantes, a corça é claro é a fêmea do cervo. – A completou depois de a corça ter-se extinguido, mas, ainda sim num tom muitíssimo contente. Depois, fazendo graça disse teatralmente, colocando mão no peito. – Ô, Harry, eu sempre soube que fomos feitos para ficarmos juntos. Até mesmo nossos patronos combinam.

Harry, entrando na brincadeira, respondeu:

– Ô, bela donzela, perdoe-me, mas eu prefiro cavalos. – Gina, estranhamente, ficou da cor de seus cabelos e baixou a cabeça por não poder esconder o sorriso do rosto. (N/A: Para quem não se lembra no livro: Harry Potter e a Ordem da Fênix. É dito que o patrono da Gina é um cavalo.).

– Oh, eu tentarei superar. – Respondeu à ruiva limpando lágrimas imaginarias enquanto os amigos riam, porém antes que Lily perguntasse o porquê dele ter dito que gostava mais de cavalos, Harry a interrompeu.

– Sabe Lily, vai ver tem muitos mais “cervos” na sua vida do que você imagina. – Os marotos olharam alarmados para Harry que não demonstrou reação alguma. Quando Lílian ia perguntar o que ele queria dizer com isso, o professor chegou e disse que havia visto o patrono, perfeito, da garota e concedendo mais 20 pontos para Grifinória, fazendo com que aquela frase ficasse em uma parte menos importante do seu cérebro e Lily, mesmo assim, não a esqueceu.



*****

Após terminarem de jantar o grupo de nove, sem Pedro, dirigiam-se ao salão comunal. Foi quando ao longe vira uma garota: Vestes da Corvinal, cabelos escuros, longos e lisos, olhos puxados e negros, um corpo bonito, mas era baixa mais ou menos um 1metro e 55 cm era realmente uma oriental muito bonita. Ao vê-la, por um instante, por um instante, os viajantes acharam que fosse Cho Chang então se lembraram que era impossível a garota estar ali, Gina suspirou de alivio ao constatar isso. A oriental desconhecida, para alguns e muito conhecida de outros, apertou o passo e começou a rebolar mais ainda. Ao chegar perto do grupo a garota jogou-se nos braços de Tiago, que agora tinha um sorriso maroto na face. A garota disse animada e sedutora:

– Ah Ti... Eu senti tanto a falta dos seus be... – Todos perceberam que a menina mencionou aquilo de propósito, mas, como se estivesse... Arrependida ela concertou. – Da sua companhia.

– Claro, Yang, eu também senti falta da sua companhia. – A garota e ele agora sorriam sarcasticamente e trocavam olhares cheios de malicia, enquanto os amigos olhavam espantados o jeito que a garota os ignorara. Até que Tiago resolveu quebrar o silêncio. – Então, eu soube que você está namorando, verdade? Não que seja da minha conta. – Yang baixou a cabeça e forçou as lágrimas a aparecerem quando levantou a cabeça, estava lacrimejando.

– Hum... Eu e Yo Chang terminamos. – Respondeu rispidamente, com a voz embargada. – E eu não gosto de falar sobre isso. – Continuou limpando uma das lágrimas que escorria pelo seu, belo, rosto. Era sempre assim que ela os conquistava, chorando ou simplesmente fingindo que estava triste, sempre fingindo, e os pobres coitados sempre caíam, ela tinha plena certeza de que Tiago não era tão tonto quanto os outros, mas ele era nobre demais para ver uma garota chorar e não fazer nada, outro que ficou abalado era Harry, este não gostava de ver nenhuma garota chorando, mesmo não a conhecendo.

–Tem alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar? – Perguntou Tiago preocupado.

– Talvez, o que você acha de me acompanhar até o salão comunal da Corvinal? É que sabe como é né, Ti? Desde que terminamos tenho me sentido um pouco sozinha e você sabe que eu nunca tive muitas amigas... Eu tento ir levando... Mas ás vezes é tão difícil... – Agora as lágrimas, falsas, escorriam livremente pelo rosto da garota, Lily fez uma careta.

– Ah, sim, claro. Pessoal, eu vou acompanhar a Yang até o salão comunal, certo? – O sorriso de volta ao rosto.

– Vai lá, Pontas, a gente se encontra no salão da Grifinória.

Quando Tiago e Yang já estavam bem longe, conversando alegremente já que a tristeza repentina da garota havia passado, e o grupo, agora de oito, já tinha voltado a caminhar Lily murmurou um audível: “idiotas”.

– Como disse Lily?- Perguntou Gina

– Eu disse: idiotas.

– Quem, Lil’s?

– O, idiota, do Potter. – Agora todos os amigos prestavam atenção na conversa de Gina e Lílian. – E a oriental idiota.

– Por quê? – Perguntou Gina ela, porém, concordava com Lily, Potter com oriental resultava sempre em idiotices e... E... Beijos Argh, esse pensamento dava náuseas em ambas as ruivas.

– Por dois motivos. Motivo um: Eu me... Snif... Sinto... Snif... Tão sozinha... Snif... – Disse enquanto imitava Yang, chorando, e enumerava os números nas mãos. – Motivo dois: pelo amor de Merlin ele é um maroto, então conhece esse castelo como se fosse a própria casa, portanto sabe perfeitamente bem que o salão comunal da Corvinal não é para lá. – Disse apontando para onde Yang e Tiago havia sumido. – E sim para lá. – A continuou apontando para o lado completamente oposto. – Pelo menos diga a verdade, diga: “Irei ficar me amassando com essa oriental idiota em algum corredor escuro do castelo, não se preocupem”. – Lily fez um som com a boca indignado.

– Isso tudo é ciúmes, Ruiva?

– Ela não está com ciúmes, Sirius, só está sendo realista. – Lily ia dar uma resposta bem mal-criada para Sirius, Gina, porém foi mais rápida. – Até por que eu concordo com ela; orientais são sem-sal, inúteis, muito cho... – Gina fez essa pausa intencionalmente só para ter o gostinho de ver Harry baixar a cabeça, corado. E então completou a palavra. –... ronas. Ruivas são muito, muito, muito, mil vezes muito melhor.

– Com certeza. Ruivas são mais bonitas

– Ruivas são mais simpáticas.

– Ruivas não choram sem motivo aparente.

– Ruivas são mais inteligentes.

– Ruivas não ficam se atirando para cima de meninos.

– Ruivas não gostam de alguém só por que ele é o herói do momento.

– Ruivas não buscam consolo no ombro de outro garoto.

– Ruivas não choram durante e após o beijo de um menino que... Que... Que... Ah de um menino.- Harry a cada frase de Gina ficava mais vermelho.

Os amigos olhavam abismados, com as duas ruivas conversando e entrando no salão comunal da grifinória sem nem ao menos perceber esse fato. As ruivas sentaram-se em um sofá perto á lareira e continuaram a discussão sobre ruivas serem, sem comparação, melhores que orientais.


*****

Tiago e Yang andavam em direção ao sexto andar de Hogwarts, fazia mais ou menos dois minutos que não falavam nada, Tiago acabara de perceber que o salão comunal da Corvinal não era naquela direção. Porém quando abriu a boca para informar isso a Yang que, acreditava ele, estava meio perdida por estar tão sozinha e deslocada, Tiago sentiu Yang empurra-lo, de modo leve, em direção a uma porta de sala de aula, Yang abriu-a agilmente e, novamente, empurrou Tiago agora para dentro da sala fazendo com que o garoto se apoiasse na carteira do professor Tiago ia perguntar o porquê de a garota ter feito isso ela o interrompeu.

– Eu disse que senti falta da sua companhia. – Ela disse isso enquanto aproximava-se lentamente.

– Ah... – Respondeu ele entendendo.

Tiago piscou, um grande erro, quando abriu os olhos novamente esperava ver uma garota ruiva de altura mediana, mas não ali na sua frente estava uma garota de cabelos negros e baixinha. Quando as mãos de Yang pousaram em seu tórax esperava sentir mãos quentes e pequenas, mas não sentiu mãos frias e hábeis. Quando a garota riu esperava ouvir o som de um sino ressonante, mas não a risada era maliciosa e forte. O sorriso dela não era meigo e bondoso, era malicioso e amargo. Olhou nos seus olhos, a pior coisa que poderia ter feito, Olhos que esperava ser olhos verde-esmeralda, sinceros, doces e amorosos, mas não o que viu foram olhos negros como breus, arrogante, falsos, amargos e dotados de uma ironia sobrenatural. Quanto o nariz da oriental tocou o seu esperava um nariz arrebitado e delicado, mas não sentiu um nariz fino e áspero. Quando sua boca roçou a dela esperava lábios carnudos e doces, mas não eram finos e salgados, pelas lágrimas de alguns minutos atrás. E então antes que a garota o beijasse ele a puxou para longe e disse:

– Desculpe... Mas, eu... Eu... Não posso... Não posso fazer isso com você... Não posso fazer isso comigo. Desculpe. – Ele terminou saindo da sala e indo a direção ao salão comunal da Grifinória, lentamente.

Na sala de aula ele havia dito meia verdade a Yang, sim ele não poderia usá-la daquela forma, sim ele não poderia iludir-se daquela maneira, mas o principal motivo era que ele sentia-se culpado, sentia que, se tivesse beijado Yang, estaria traindo Lily estaria traindo a confiança da ruiva, a confiança que demorara tanto a conseguir e que agora, muito provavelmente, estaria destruída. E imerso em pensamentos mal percebeu que acabara de atravessar o quadro da mulher gorda.

*****

Enquanto isso no salão comunal a conversa se estendera. Lily não assumiria nem morta, mas estava remoendo-se de ciúmes de Tiago a garota só ainda não entendera o porquê disso. Gina, no entanto estava sentindo uma grande raiva de Tiago, sabia ela como Lílian estaria sentindo-se nesse exato momento e “resolveu” tomar as dores da amiga. Nesse exato momento o quadro abriu-se e, por ele, passou um Tiago cabisbaixo. Lílian levantou-se foi até o garoto com um andar decidido e disse-lhe.

– Semana que vem detenção, segunda e quarta. Motivo: perambular pelo castelo fora do horário permitido sem a companhia de um monitor ou monitora ou de um professor. – Virou-se para os amigos, sem esperar uma resposta do moreno, e disse formalmente. – Boa noite a todos. – E marchou em direção ao dormitório feminino sendo seguida pelas amigas.

Os marotos, sem Pedro, Rony e Harry olharam Para Tiago Que agora levantara a cabeça, porém apenas para dizer:

– Eu vou me deitar também, boa noite.

– Peraí, o que aconteceu, Pontas?

Tiago hesitou por um momento ponderando se contaria o que acontecera aos amigos por fim rendeu-se e se largou em uma poltrona.

– Nós, eu e Yang, quase nos beijamos.

– Como assim “quase”? Você é Tiago Potter e Tiago Potter assim como eu, Sirius Black, não fica no “quase”.

– O problema, Sirius Black, é que eu Tiago Potter simplesmente não consegui. – E vendo que Sirius iria interrompê-lo continuou. – É que... É difícil de explicar.

– Acho que somos inteligentes o suficiente. – Dessa vez quem falou foi Remo.

– É que bem eu esperava que fosse a Lily. – E vendo a expressão de desentendimento no rosto dos amigos disse. – Viu? Eu disse que vocês não entenderiam. Toda vez que eu a via eu esperava, imaginava que era a Lily então percebia que era Yang e a minha mente ficou completamente confusa e bom eu a empurrei para o mais longe possível de mim.

Depois de um momento de silencio Sirius disse.

– Lílian e a outra ruiva ficaram o tempo todo chamando Yang de oriental idiota, mas, por mais que eu goste dela por mais que Lily seja uma bruxa e uma garota maravilhosa, às vezes eu acho que a idiota de toda essa “novela” seja ela, idiota por não perceber o quanto você gosta dela, idiota por te fazer de otário e idiota por ficar, do nada, com ciúmesinho bobo.

–Na verdade, Sirius, eu acho que o idiota é eu. Idiota por ter acompanhado Yang, idiota por ter aceitado ser amigo de Lily, idiota por não ter fugido dessa paixão idiota logo no início, idiota por ter saído com tantas garotas, idiota por ter sido tão irritante esses anos todos e o principal idiota por amá-la tanto.

Após um minuto de reflexão Harry disse em tom se súplica:

– Só não desista daquilo que você ama.


É talvez... Só talvez, o idiota de toda história fosse ele, aquele que faz nossas mãos tremerem, aquele que nos faz cometer loucuras, aquele que faz as borboletas acharem que nosso estômago é um jardim, aquele que nos deixa sem fala, aquele nos faz achar que todos os dias é o mais bonito, aquele que nos faz ficar com um sorriso bobo só pela simples menção de um nome, aquele que faz nosso coração bater mais forte... Talvez, Só talvez o grande idiota da história fosse simplesmente o... Amor.

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*Nox



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Notas finais do capítulo

Se tiver alguma oriental lendo a fic fiquem sabendo que eu não tenho nada contra vocês, na verdade eu nem conheço nenhuma, mas voltando não generalizem, por favor. De qualquer jeito se alguma de vocês se sentirem ofendidas desde já, pedimos desculpas!
N/A (2):olá! Acho que não tinha deixado nenhum recado para vocês, espero que estejam gostando... Estamos dando o melhor de nós, qualquer dica é bem-vinda... Ah antes que eu me esqueça não gostei do nome deste capitulo tentei convencer a autora a mudar, mas não teve jeito (cabeça dura sabe?).



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