E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo? escrita por RonLovesHermione


Capítulo 6
Capítulo 6 - O Jantar




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Ronald e Hermione chegaram à casa dos Granger. Passaram pelo jardim e entraram pela sala de visitas. Toda a família estava lá reunida. O Sr e Sra Granger se levantaram imediatamente ao avistarem os dois chegando. Os irmãos de Hermione, Draco e Harry, mal olharam para eles, mas Cormac se aprumou na poltrona na qual estava sentado, olhando para Ronald com a cara fechada.

- Boa noite. – cumprimentou Ronald, que parecia um pouco nervoso por ser alvo de tantos olhares.

Ninguém respondeu. Então, Hermione disse:

- Ronald, esses são meus pais, meus irmãos e aquele é o Cormac, o filho da empregada.

- Que é como se fosse nosso filho. – apressou-se a acrescentar a Sra Granger, com um olhar de reprovação para Hermione.

- Tanto faz. – disse a garota, com seu típico ar superior. – Vamos logo comer, porque eu e o Ronald já estamos com fome.

Dizendo isso, ela pegou Ronald pela mão e o conduziu até a mesa de jantar. O restante logo se juntou aos dois, e todos se sentaram. Enquanto o jantar estava sendo servido, o Sr Granger dirigiu-se a Ronald:

- Ronald, o que os seus pais fazem?

Ronald abriu a boca para responder, mas foi interrompido por Hermione:

- Ele não sabe quem são os pais dele. Foi criado em um orfanato no subúrbio. – ela disse isso cheia de satisfação, e ficou mais feliz ainda quando viu que seus pais fizeram cara de horror.

Depois de um momento constrangedor de silêncio, a Sra Granger disse:

- Nossa, deve ter sido muito difícil pra você.

- Foi mesmo, mas isso já é passado. – respondeu Ronald, querendo encerrar o assunto.

Todos começaram a comer. Ninguém parecia estar à vontade, apenas Hermione se divertia com a situação e lançava olhares a Cormac de tempos em tempos.

Quando estavam na sobremesa, Hermione disse:

- Sabiam que o Ronald prometeu me ensinar a pilotar moto? Não sei se eu contei, mas ele tem uma, e eu adoro passear com ele.

A Sra Granger se engasgou enquanto o marido parecia prestes a ter um acesso. Cormac levantou-se da mesa sem dizer uma palavra e foi para a cozinha. Ronald também parou de comer e olhava para Hermione com uma expressão dura.

Hermione derrubou sua colher no chão de propósito.

- Nossa, que desastrada eu sou... Já volto, vou pegar outra. – disse ela, depois foi direto para a cozinha.

Quando entrou lá, Cormac estava com os braços apoiados na pia, com a cabeça baixa.

- Que foi, Cormac? Não gostou do meu amigo?

Ele continuou parado por um momento, e depois, respirando fundo, virou-se para encara-la.

- Por que você está fazendo isso, Mione? O que você está pretendendo? Deixar seus pais loucos? Tá na cara que esse Rupert não é uma boa companhia.

- Não sei do que você está falando. Eu não posso ter amigos?

- Ele não é seu amigo, vocês mal se conhecem!

- Sabe o que eu acho, Cormac? Eu acho que você pensou que eu ia ficar a vida toda correndo atrás de você, não é? Mas é como dizem: se você não quer, tem quem queira.

Cormac olhava para ela com incredulidade. E então, uma voz que veio detrás de Hermione sobressaltou os dois.

- Então era isso. Foi pra isso que você me convidou pra esse jantar?

Ronald estava parado ao lado da porta, olhando para Hermione. Seu rosto não estava com aquele sorriso bonito de sempre, seus olhos mostravam dor.

- Ronald! Não... eu só... eu não... – Hermione não conseguiu pensar em nada o que dizer.

Ronald apenas olhou para ela, virou as costas e saiu. Hermione olhou para Cormac, que continuava parado ali, e depois saiu correndo atrás de Ronald.

Passou por seus pais, que ainda estavam sentados à mesa.

- Hermione, que está acontecendo? Que rapaz mais mal educado, passou aqui feito um furacão sem dizer nada! – disse a Sra Granger. Hermione fingiu não ouvir.

Saiu para o jardim e avistou Ronald, que estava saindo pelo portão. Correu até alcança-lo e segurou o braço dele:

- Espera aí! Aonde você vai?

Ronald virou-se para ela. Ele estava furioso.

- Eu devia ter imaginado. Desde o começo, era isso que você queria? Me usar? Você só queria afrontar seus pais me trazendo aqui! E de quebra fazer joguinho de ciúmes com esse seu namoradinho filho da empregada! Mas deixa eu te falar uma coisa, Hermione: eu não preciso disso! Eu realmente queria te ajudar, achei que você estava sofrendo, passando por um momento difícil. Eu gostava de você de verdade.

Hermione não respondeu. Se sentia envergonhada. As lágrimas escorriam por seu rosto.

- Mas agora acabou. – ele continuou. – Você vai ter que arranjar outro idiota pra continuar essa brincadeira, porque eu vou voltar pro subúrbio de onde eu vim. E você pode voltar a viver essa sua vidinha fútil e vazia.

Ele abriu o portão, subiu em sua moto e foi embora, enquanto Hermione continuava parada ali.

Ela sentou-se no chão, cruzou os braços sobre os joelhos e deitou a cabeça. Ficou ali, com o rosto escondido, chorando em silêncio. Nunca se sentira tão mal assim em toda a sua vida. O rosto magoado e ferido de Ronald não saia de seu pensamento.

Passados alguns minutos, ela se levantou e foi para o seu quarto. Pegou o celular e ligou para Ronald. Ele não atendeu.

Hermione deitou-se na cama. Se sentia vazia. Agora que pensava, a possibilidade de nunca mais ver Ronald era insuportável. Ela queria vê-lo outra vez, precisava dele mais do que tinha imaginado. Ele disse que gostava dela de verdade. Nunca ninguém falou isso pra ela, com tanta sinceridade. E agora acabou tudo, ele não queria mais vê-la.

Mas Cormac ficou com ciúmes, disse uma voz em sua cabeça. E de repente, ela percebeu que nem isso importava. Cormac parecia insignificante perto do que ela estava sentindo agora. Ronald tinha razão, sua vida era fútil e vazia. 


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