E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo? escrita por RonLovesHermione


Capítulo 46
Capítulo 46 - Uma surpresa para Hermione




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Hermione só não pulou de alegria porque estava paralisada com a surpresa. Cormac finalmente ia sair de sua casa! Ela estava livre daquele encosto, agora tudo seria mais fácil.

- Mas, Sr. Granger, eu não estou entendendo. – Cormac ainda tentava argumentar. – Qual é o motivo dessa sua decisão? Eu nasci aqui nessa casa, vocês sempre me disseram que eu fazia parte desta família, e agora vão expulsar eu e minha mãe daqui sem mais nem menos?

- Cormac, você me conhece e sabe que eu não tomo decisão nenhuma sem pensar e sem ter um bom motivo para isso. – disse o Sr. Granger. – Sim, nós sempre dissemos que você fazia parte desta família, mas isso foi um erro. Eu sempre gostei muito de você, minha esposa também se apegou muito a você e a sua mãe, mas vocês não são da nossa família, e eu sinto muito se não deixei isso claro antes. Nós continuaremos sendo bons amigos, você pode vir aqui nos visitar, sua mãe continuará trabalhando aqui e você continuará na fábrica até quando você quiser.

- Não, mas por que isso? – insistiu Cormac nervoso. – Eu simplesmente não entendo. Nunca esperei ser jogado no meio da rua de uma hora pra outra, nunca, o Senhor nunca reclamou de nada...

- Por favor, Cormac, não torne esse momento mais difícil e desagradável do que já é. – pediu o Sr. Granger.

- Sra. Granger! A Senhora não vai dizer nada? – perguntou Cormac se dirigindo a mãe de Hermione.

A Sra. Granger ficou muito sem graça. Hermione estava achando muito estranho mesmo ela estar quieta até agora, ela esperava que a mãe fosse defender Cormac como sempre.

- Me desculpe, Cormac, mas se essa é a decisão do meu marido, eu aceito. Ele tem o seus motivos. – ela disse apenas. Hermione ficou de queixo caído, só não ficou mais perplexa que o próprio Cormac.

- Vocês não podiam fazer isso comigo e com a minha mãe! Isso não é justo! Isso é traição! – Cormac continuava dizendo, alterado.

- Já chega! – gritou o Sr. Granger. – Você quer mesmo falar em traição, Cormac? Porque eu tenho certeza que no fundo você sabe muito bem o motivo pra que eu não queira mais você aqui vivendo com a minha família, não sabe? Ou você quer que eu fale aqui na frente de todo mundo, na frente da sua mãe o que você fez?

Cormac ficou branco feito papel. Hermione percebeu que ele tinha entendido ao que o Sr. Granger se referia. A mãe de Hermione também parecia muito desconfortável com a situação, já que ela também tinha culpa no cartório.

- Eu não queria que fosse desse jeito. – continuou o Sr. Granger um pouco mais calmo. – Quando você esfriar a cabeça vai entender que assim é melhor. Eu gosto muito de você e da sua mãe, e não me arrependo de nada do que eu fiz por vocês até hoje. Você é um rapaz muito esforçado e sempre fez valer cada oportunidade que eu te ofereci. E eu não vou deixar vocês na mão. Vocês podem continuar aqui até encontrarem uma casa e eu vou pagar todas as despesas. Tudo bem assim?

Cormac não respondeu. Continuou olhando para baixo, de cara amarrada, com a respiração ofegante.

- Tudo bem, Senhor! – respondeu a mãe de Cormac. – Vem filho, vamos para o seu quarto. – ela pegou Cormac pelo braço e o levou embora.

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Hermione não via a hora de se ver livre de Cormac. Nos dias que se passaram, eles encontraram uma casa e iam se mudar dentro de três dias, e Hermione contava cada segundo.

Depois do que aconteceu, a garota evitou ao máximo cruzar com ele pela casa, com medo do que poderia ouvir.

Mas o maior problema de Hermione ainda não tinha sido resolvido. Ela tinha se livrado de Cormac em sua casa, mas ele ainda trabalhava na empresa e seu pai ainda acreditava que ele era honesto e que Ronald era um ladrão.

Cormac estava em casa, pois o Sr. Granger deu folga para ele poder arrumar as coisas para a mudança, então Hermione achou que era hora de enfrentar a fera e resolveu ir ao quarto dele.

Quando chegou na porta, viu que ele estava ajoelhado no chão, colocando alguns livros dentro de uma caixa. O quarto todo estava forrado de caixas.

- Oi. – disse Hermione.

Cormac virou-se para ver quem era, amarrou a cara e voltou a mexer nos livros.

- Veio festejar aqui no meio quarto? – disse ele ainda de costas. – Aliás, aqui nem é mais meu quarto. Espero que você esteja feliz.

Hermione quis responder que sim, estava muito feliz, mas resolveu não deixa-lo irritado tão cedo. Quem sabe com uma conversa amigável ele deixasse escapar alguma coisa?

- Na verdade, eu preferia que nada disso tivesse acontecido, Cormac. – disse Hermione. – Mas você aprontou muito e você sabe disso. Você deveria ter me deixado em paz depois que meus pais aceitaram meu namoro com o Ronald.

- Não sei do que você está falando, Hermione. – disse Cormac.

- Você sabe sim. Pode confessar, foi você que colocou aquele dinheiro na mochila do Ronald, não foi? – perguntou Hermione.

- De novo essa história? – disse Cormac ficando de pé para encarar Hermione. – Por que você não aceita que seu namorado é um marginal e pronto?

- Ele não é nada disso e você sabe! – retrucou Hermione. – Foi você, eu sei que foi. Eu só queria saber por que. O que você ganhou fazendo ele perder o emprego, hein?

Cormac revirou os olhos.

- Em outros tempos, teria me divertido muito continuar essa discussãozinha com você. Mas hoje não. Agora me dá licença, porque, graças a você, eu tenho que terminar de empacotar minhas coisas. – disse Cormac.

Hermione olhou para ele por um instante e depois saiu do quarto. Não ia adiantar nada ficar insistindo nessa conversa, ele não diria nada.

Hermione subiu para o quarto, desanimada. Entrou, fechou a porta e se jogou na cama. Tinha que pensar em algum jeito de tirar alguma informação de Cormac. Da próxima vez ela poderia gravar a conversa. Mas então ela se lembrou que nem celular ela tinha mais. Ela deu um soco no colchão com raiva.

- Para com isso, Bichento! – Hermione gritou para o gato que estava miando e unhando a porta do closet.

Hermione se levantou com raiva para pegar o gato.

- Sai daí, você vai estragar a porta! – disse Hermione, tentando conter Bichento.

Mas ele continuava avançando na porta, então Hermione percebeu que tinha alguma coisa estranha lá dentro. Devagarzinho, ela abriu a porta do closet. Hermione tentou gritar, mas alguém tapou sua boca com as mãos. Era Ronald.

- Não grita! – disse ele baixinho, tirando a mão da boca dela.

O coração de Hermione estava quase pulando para fora do peito, e ela não sabia se era de susto ou de emoção. Ronald estava ali! Ela continuou olhando abobada para ele.

- Puxa vida, faz quase um mês que a gente não se vê e eu não ganho nem um abraço? – disse Ronald sorrindo.

E como Hermione amava aquele sorriso! Ela se jogou nos braços dele, e logo percebeu que estava chorando de alegria. Só agora que via Ronald, que estava abraçando ele é que ela sentiu o quando ele fez falta. Nem ela sabia como tinha conseguido ficar longe por tanto tempo.

Eles se beijaram por muito muito muito muito muito tempo. Até que Hermione se lembrou que estava em sua casa e que seus pais estavam lá embaixo. Então ela foi até a porta e a trancou.

- Ai, eu nem acredito que você está aqui! – disse Hermione, abraçando Ronald. – Aliás, como você conseguiu fazer isso? Meu pai avisou os seguranças que você podia aparecer e eles estão proibidos de te deixar entrar.

- O Harry passou em casa depois do trabalho e eu vim escondido dentro do carro dele. – disse Ronald acariciando o rosto de Hermione.

Hermione ficou muito admirada com a atitude do irmão, mas ela não estava afim de conversar. Tinha passado muito tempo longe de Ronald e tudo que ela queria agora era ficar com ele. Os dois se beijaram cada vez mais apaixonadamente e quando perceberam já estavam na cama. E então ali, no quarto de Hermione, sem que ninguém suspeitasse, eles fizeram amor pela segunda vez, e a saudade que sentiam um do outro fez com que essa vez fosse tão linda e especial quanto a primeira.


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