E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo? escrita por RonLovesHermione


Capítulo 44
Capítulo 44 - Investigação




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Hermione continuava deitada na cama, quando ouviu uma batida na porta.

- Hermione, sou eu. – disse Harry.

Hermione se levantou rapidamente e abraçou o irmão, chorando.

- Harry, eu não acredito nisso! Coitado do Ronald, ele não fez nada!

- Calma, Mione, calma. – pediu Harry consolando a irmã. – Toma aqui meu celular. Liga pra ele. – ele estendeu o celular para ela pegar.

Hermione pegou o aparelho na mesma hora e discou os números.

- Alô? – respondeu Ronald do outro lado da linha.

- Ronald, sou eu! – disse Hermione. – Eu to falando do celular do meu irmão, porque meu pai pegou o meu!

- Hermione! Eu não fiz nada... – começou a dizer Ronald, mas Hermione o interrompeu.

- Eu sei, nem precisa dizer nada!

- Armaram pra mim! Alguém colocou o dinheiro na minha mochila! Eu sou honesto, nunca faria isso, ainda mais com o seu pai! – ele parecia desesperado e isso cortou o coração de Hermione.

- Eu sei disso. Fica calmo, a gente vai conseguir resolver isso, eu prometo. Eu tenho certeza que foi o maldito do Cormac que colocou o dinheiro na sua mochila. Mas ele vai pagar! – disse Hermione.

- Pelo menos já é um alívio saber que você não acha que fui eu. – disse Ronald.

- Claro que não acho! Eu te conheço! – disse Hermione. – Meu irmão Harry também acredita em você, ele vai ajudar a gente. Eu tenho que desligar agora, por favor, fica tranquilo.

- Tudo bem, eu vou tentar. Mas eu preciso de você, Hermione, eu preciso de você aqui comigo. – disse Ronald.

- Eu prometo que vou dar um jeito pra gente se ver amanhã, ok? – disse Hermione. Ela não sabia o que dizer para tentar acalma-lo, ela não suportava ouvir o sofrimento na voz dele.

- Ok.  Eu te amo. – disse Ronald.

- E eu também. – disse Hermione.

Ela desligou o telefone, as lágrimas escorrendo de seu rosto.

- Dessa vez ele vai pagar! Eu vou matar o Cormac! – disse Hermione com raiva.

- Calma, Hermione, nós temos que ter calma! – disse Harry. – Nós temos que ser mais espertos que ele.

- E as câmeras de segurança? – disse Hermione de repente. – Ninguém foi ver nada?

- Foi, mas os arquivos das câmeras da sala do papai e dos lugares próximos sumiram. – disse Harry.

- Como assim sumiram? – perguntou Hermione.

- Foi isso que o Cormac disse quando o papai mandou ele ir até a sala da segurança pegar as gravações. – disse Harry com um olhar significativo.

- Há! Então tá na cara que o imbecil escondeu as fitas! Filho da mãe! Não acredito que o papai confia nele, não acredito! E agora, o que a gente vai fazer? – perguntou Hermione desesperada.

- Eu não sei ainda. Mas a partir de agora, eu vou ficar de olho no Cormac. Alguma hora ele vai fazer alguma coisa e se entregar. Eu vou pro meu quarto antes que alguém desconfie da gente. – disse Harry.

Hermione ficou sozinha pensando. A pior coisa do mundo era ficar ali parada, enquanto ela sabia que Ronald estava sozinho na casa dele sofrendo.

Então, bateram na porta mais uma vez. Dessa vez era o Sr. Granger.

- Pai, será que você pode me dar licença? Eu quero ficar sozinha. – disse Hermione sem olhar na cara dele.

Mas o Sr. Granger entrou no quarto assim mesmo e sentou-se na cama.

- Filha, por favor, não fique magoada comigo. Eu estou fazendo isso pro seu próprio bem. Eu não posso deixar que você continue se relacionando com uma pessoa de má índole. Ele enganou todos nós, ele enganou você também. Eu acreditei que ele fosse uma boa pessoa.

- Pai, eu conheço o Ronald, tá bom? Ele é uma pessoa honesta.

- Eu entendo que pra você seja difícil aceitar, é uma grande decepção, eu sei que você gostava muito dele. Mas ele estava se aproveitando de você, filha.

- Você não acha estranho as fitas de segurança terem sumido, hein pai? – perguntou Hermione.

- Claro que acho! Mas ele deve ter pegado essas fitas pra ninguém descobrir que foi ele, pra ele continuar trabalhando na fábrica mesmo depois de ter roubado o dinheiro.

- Pai, escuta o que eu to te falando! Foi o Cormac! – disse Hermione.

- O Cormac é da nossa família, ele trabalha na fábrica já faz tempo. Ele nunca deu problemas.

- Nunca deu problemas? E o cartão do Harry que ele pegou? Isso é roubo!

- Essa questão do cartão já foi resolvida. Ele já se redimiu, entendeu que errou e devolveu o dinheiro.

- Mas isso não muda o fato dele ter roubado o cartão! – insistiu Hermione.

- Por favor, Hermione! Por que o Cormac teria interesse em incriminar o Ronald?

- Porque ele é um recalcado. Ele não gosta do Ronald.

O Sr. Granger suspirou.

- Já está ficando tarde e essa coversa não vai levar a lugar nenhum. Eu só estou fazendo o que é melhor pra você. Você vai entender isso mais cedo ou mais tarde.

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Hermione ficou acordada praticamente a noite toda.

No dia seguinte, antes de ir à escola, ela pediu que seu pai devolvesse seu celular, mas ele disse que não.

O motorista deixou Hermione na porta da escola como sempre, mas dessa vez ela esperou que ele se afastasse e não entrou na escola. Saiu correndo até um ponto de táxi e pediu que o motorista a levasse até a casa de Ronald.

Ela tocou a campainha e logo Ronald saiu desanimado para atender a porta. Hermione se jogou nos braços dele, o abraçando com força e eles entraram.

Ela ficou lá com ele a manhã toda.

- Não sei por que tudo dá errado pra mim. – disse Ronald. Ele e Hermione estavam deitados na cama abraçados. – Logo agora que eu achei que estava tudo certo...

- Mas isso vai passar. E dessa vez vai ser pra sempre, porque quando eu conseguir tirar a máscara do Cormac, ele vai se arrepender de ter nascido. – disse Hermione.

- Mas você tem certeza de que foi ele? – disse Ronald. – Esses últimos dias ele não implicou comigo, estava até me tratando bem.

- É porque ele estava se preparando para dar o bote, aquela cobra. Eu não acredito que meu pai acha mesmo que foi você, isso é o pior.

- Ele fez o que qualquer pai faria. Eu não tenho raiva dele. O mais importante é que você ficou do meu lado, isso é o que me dá força.

- Eu sempre vou ficar do seu lado. – disse Hermione acariciando o rosto de Ronald.

Ronald sorriu ao ouvir aquelas palavras e beijou Hermione.

Logo já estava na hora de Hermione voltar para a escola para que o motorista não desconfiasse que ela tinha matado aula. Eles se despediram e ela chamou um táxi.

- E se você precisar falar comigo, liga no celular do Harry. – disse Hermione de dentro do táxi.

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Hermione chegou em casa em casa, jogou a bolsa no sofá da sala e passou direto pela mesa do almoço.

Chegou na porta do quarto de Cormac e olhou para os lados para ver se não tinha ninguém e entrou.

Ela começou a abrir as gavetas, procurando alguma coisa que ela nem sabia o que era. Duvidava muito que Cormac tivesse escondido as fitas da segurança no quarto, mas não custava nada olhar.

- Se divertindo? – Hermione ouviu a voz vindo de trás de dela e sentiu seu sangue congelar. Virou-se lentamente e se deparou com Cormac parado de braços cruzados na porta.

- O que você tá fazendo aqui? – perguntou Hermione.

- Sei lá, o que eu poderia estar fazendo no meu quarto? – disse Cormac. – E você? Tá procurando o que?

- Sei lá, as fitas de segurança da fábrica que você roubou ontem. – desafiou Hermione.

Cormac riu.

- Ai, Mione, você anda assistindo muitos filmes de detetive ultimamente. Mas tudo bem, pode procurar a vontade. Só não bagunça muito, você sabe que eu odeio bagunça. Eu só vim aqui deixar um remédio pra minha mãe e já estou voltando ao trabalho. Até logo.

E ele saiu do quarto, rindo. Hermione ficou furiosa.


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