E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo? escrita por RonLovesHermione


Capítulo 43
Capítulo 43 - Dinheiro na mochila




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Os dias foram se passando e tudo continuou igual. Harry e Hermione ainda não tinham conseguido pensar em nada para se livrarem de Cormac e ele continuava andando por toda a casa com sua habitual arrogância. Hermione fazia tudo que podia para não se encontrar com ele, principalmente se estivesse sozinha, não suportaria mais nenhuma das provocações dele sobre Ronald.

A única coisa boa era que Ronald continuava trabalhando na fábrica e tudo parecia mais do que bem, ele estava muito feliz e entusiasmado com o trabalho. O Sr. Granger também estava muito contente por tê-lo contratado, sempre o elogiava para quem quisesse ouvir, o que não agradava nem um pouco a Cormac, mas deixava Hermione muito orgulhosa.

Na quinta-feira à noite, todos estavam jantando, quando o Sr. Granger disse:

- O Ronald está indo muito bem no trabalho! O supervisor dele me disse que está muito impressionado, nem acreditou que ele nunca fez nenhum curso de engenharia...

- Pois é! – disse Hermione sorrindo. – Ele aprendeu tudo sozinho trabalhando na oficina.

- Esse rapaz tem um dom, isso sim! – disse o Sr. Granger. Cormac tossiu.

- É, mas ele ainda está em fase de adaptação, não é. – disse Cormac. – Não podemos nos animar muito, ainda não sabemos se ele é confiável.

- E o que é que você está fazendo aqui, hein? – disse Hermione furiosa. – Vai comer com a sua mãe na cozinha! Você deixa ela jantando sozinha pra vir aqui falar besteira...

- Hermione! – repreendeu-a a Sra. Granger.

- Eu sei que o Ronald trabalha com a gente há pouco tempo, mas ele demonstrou ser muito responsável e muito interessado em aprender. – continuou o Sr. Granger. – Aliás, eu andei conversando com ele, e no começo do ano que vem ele entra na faculdade.

Hermione não conseguiu conter sua felicidade. Levantou da mesa e foi abraçar o pai.

- Ai, muito obrigada, pai!

- Não estou fazendo nada de mais, filha. Só estou dando uma oportunidade a alguém que merece. – disse o Sr. Granger sorrindo.

Naquela mesma noite, antes de dormir, Hermione ligou para Ronald e contou sobre a conversa do jantar para ele.

- Nossa, mas ele disse isso mesmo? – perguntou Ronald.

- Disse sim! – respondeu Hermione feliz.

- Eu também estou gostando muito de trabalhar lá, é muito mais do que eu sempre sonhei. – disse Ronald. – Nós precisamos comemorar isso! Amanhã eu passo aí te pegar assim que eu sair daqui, pode ser?

- Eba! A gente podia ir nadar na cachoeira! Faz tempo que nós não vamos lá! – sugeriu Hermione.

- É mesmo! Combinado, então. Amanhã eu saio daqui e já passo te pegar pra gente não perder tempo. – concordou Ronald.

Na sexta-feira Hermione acordou feliz da vida. Não via a hora de sair com Ronald aquela noite. Passou a tarde toda brincando com Bichento no jardim, ansiosa para que o tempo passasse depressa.

Mais tarde, ela subiu para o quarto para arrumar as coisas que ia levar para a cachoeira e viu que seu celular estava apitando. Não tinha mexido nele desde que chegou da escola, e ficou surpresa ao ver que tinham onze ligações perdidas de Ronald. Imediatamente, Hermione tentou ligar de volta, mas ele não atendeu. Ela esperou e ligou de novo, mas nem sinal. Então ela começou a se preocupar. O que será que tinha acontecido? Por que ele tinha ligado tantas vezes assim no meio do serviço?

Hermione tentou afastar os pensamentos ruins de sua mente. Não poderia ter acontecido nada, certamente Ronald só tentou ligar para avisar que ia se atrasar ou coisa assim. Mas o coração de Hermione estava apertado e ela não conseguiu se livrar daquela sensação.

Mesmo assim, ela continuou a arrumar suas coisas e depois desceu na sala para esperar.

Mais de uma hora se passou e Hermione continuava na sala, tentando ligar para Ronald que não atendia. Já estava escuro e ele não tinha aparecido. O Sr. Granger, Draco, Harry e Cormac também já deveriam ter voltado do trabalho. Hermione tentou ligar no celular do pai, mas ele também não atendeu.

- Calma, filha. – disse a Sra. Granger que também tinha ido para a sala e observava Hermione andar de um lado para o outro com o celular na mão. – Às vezes deu algum problema na fábrica e eles tiveram que ficar até mais tarde para resolver. Isso sempre acontece.

Quando Hermione já estava quase chorando, alguém chegou em casa. Era Cormac.

- O que aconteceu? Cadê todo mundo? – perguntou Hermione no minuto em que Cormac pôs os pés na sala.

- Teve um problema na fábrica. – disse Cormac.

- Que problema? – perguntou Hermione desesperada.

- Eu não sei se sou a melhor pessoa pra te contar isso, Hermione. É melhor você esperar, seu pai já vem vindo. – disse Cormac.

- FALA LOGO O QUE FOI QUE ACONTECEU! – berrou Hermione.

- Tudo bem. Sumiu uma quantia muito grande de dinheiro da sala do seu pai hoje. – começou Cormac.

- E daí? – insistiu Hermione.

- E esse dinheiro foi encontrado... na mochila do Ronald.

- QUE?

- É, infelizmente é isso mesmo. Todos foram revistados e o dinheiro estava na mochila dele. – repetiu Cormac.

Hermione deu uma risada desesperada.

- Até parece, seu mentiroso. Tá na cara que isso é mentira. É só isso que você sabe fazer, é Cormac? Mentir mentir mentir mentir...

- Não é mentira, filha. – o Sr. Granger tinha acabado de chegar. – O Ronald tentou nos roubar.

- É claro que não, pai! Tem alguma coisa errada! Ele é honesto, eu conheço ele, ele não rouba!

- Nós todos fomos enganados, Hermione. – continuou o pai. – Eu também acreditava que ele era honesto, mas o dinheiro estava com ele.

- Não! Alguém colocou lá, não foi ele, não foi! – Hermione já estava chorando. Olhava para todos na sala, pedindo com os olhos que alguém viesse ao seu auxílio e a ajudasse a convencer o pai de que Ronald era inocente.

- Pai, eu também acho que armaram pra ele... – começou Harry, mas foi logo interrompido pelo pai.

- Nós já discutimos isso, Harry. Quem faria uma coisa dessas? Nunca houve um problema desses na fábrica antes.

- Cadê o Ronald, o que vocês fizeram com ele? – perguntou Hermione desesperada.

- Por consideração a você, minha filha, eu resolvi não dar queixa na polícia. Mas é claro que ele foi demitido.

- O QUE? Não, você não pode fazer isso com ele! – Hermione pegou o celular e começou a discar o número de Ronald com as mãos tremendo. Mas seu pai tirou o celular da mão dela.

- Eu não quero mais que você tenha contado com ele, filha. – disse o pai.

Hermione não acreditava no que estava ouvindo.

- Como assim? Ele é meu namorado! Não é justo isso que vocês fizeram com ele! Eu preciso falar com ele!

- Eu já conversei com ele, e já disse que não quero mais que ele chegue perto de você. E agora eu vou te dizer a mesma coisa. Não quero que você tenha mais nenhum tipo de contato com ele. Ele não é confiável. – disse o Sr. Granger.

- Você não pode estar falando sério! Você não tem prova de que ele é culpado! Eu sei que ele não fez isso! – gritou Hermione.

- O dinheiro estava na mochila dele, Hermione! – disse Cormac.

- CALA ESSA BOCA! – berrou Hermione. – Foi você que colocou lá, não foi? Eu sei que foi você!

- Hermione, se acalma! – pediu o Sr. Granger.

Mas Hermione saiu correndo para o quarto. Se jogou na cama, tentando pensar. O que ela ia fazer agora? Ela tinha que falar com Ronald, tinha que dizer pra ele que acreditava nele, que estava do lado dele. Ela sabia que Ronald não tinha tentado roubar nada, se o dinheiro apareceu na mochila dele, só podia ter uma explicação. E Hermione sabia muito bem qual era.


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