E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo? escrita por RonLovesHermione


Capítulo 38
Capítulo 38 - Comemoração


Notas iniciais do capítulo

O veneno do Cormac já começou a fazer efeito...



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- E aí, como foi? Me conta tudo! – disse Hermione afobada. Ela quase não prestou atenção na aula a manhã toda de tão preocupada e ansiosa com a visita de Ronald a fábrica.

- Calma, calma! Foi tudo bem. – disse Ronald tentando acalmá-la. – Aliás, foi tudo mais que bem...

Então Ronald contou a ela que o Sr. Granger ofereceu um emprego para ele na fábrica. Hermione abriu um sorriso do tamanho do mundo:

- Você merece! – disse ela, e lhe deu um beijo.

- Ei, nós temos que comemorar! Quer sair pra jantar comigo hoje? – perguntou Ronald. – Eu sei que hoje é segunda, mas eu quero muito comemorar com você...

- Claro que eu quero! – respondeu Hermione na mesma hora.

- Beleza! Eu vou te levar num barzinho perto da minha casa, é simples, mas é muito bom. – ele olhou para ela um pouco inseguro. – Se você quiser, é claro! Não sei que lugares você gosta e tal...

- Não! Vamos nesse barzinho sim! Eu sempre gosto dos lugares que você me leva. – tranquilizou-o Hermione.

Os dois montaram na moto e Ronald levou Hermione direto para casa já que ela tinha que estudar.

Hermione entrou em casa toda feliz, não via a hora de contar para a mãe que Ronald iria trabalhar na fábrica. Agora que a Sra. Granger estava tentando aceitar o namoro, Hermione queria dividir tudo com ela. Mas quando entrou na copa viu que a mãe não estava almoçando sozinha: Cormac estava com ela.

- ... sabe, eu achei um absurdo! Como o Sr. Granger vai colocando qualquer um para trabalhar na... – Cormac se calou ao ver Hermione.

- Oi, filha! – cumprimentou a mãe. – Como foi na escola?

- Bem. – respondeu Hermione, olhando com raiva para Cormac. – Pelo visto a “rádio fofoca” já te contou as novidades.

- É... o Cormac resolveu almoçar em casa hoje... – disse a Sra. Granger, sem graça.

- Nossa, que alegria. – disse Hermione com sarcasmo. Cormac sorriu para ela com sua habitual arrogância.

- Pois é, Mione, eu esqueci uns papéis aqui e tive que vir buscar, então aproveitei para almoçar e contar as novidades à sua mãe. Seu pai agora está fazendo caridade.

- Meu pai adora fazer caridade, Cormac, e é só por isso que você ainda mora aqui. – respondeu Hermione. Cormac se levantou de um salto e a encarou com raiva.

A Sra. Granger também se levantou para tentar acalmar os ânimos:

- Ah... Cormac, acho melhor você ir antes que chegue atrasado. Hermione, vá lavar as mãos para almoçar.

Cormac saiu sem dizer nada, mas Hermione continuou parada ali.

- Eu só espero que você não esteja conspirando contra mim junto com ele outra vez, mãe. – disse a garota para a mãe.

- Claro que não! Eu não quero mais ter segredos com você. – respondeu a Sra. Granger. – Ele estava me contando que seu pai resolveu dar uma oportunidade ao Ronald.

- E você achou o que disso? – perguntou Hermione.

- Eu acho ótimo, filha! – respondeu a Sra. Granger na mesma hora. – Não posso fingir que o seu futuro ao lado de um rapaz como o Ronald não me preocupe, por isso acho muito bom ele começar a ter uma carreira melhor...

- Hum, então tá. – concordou Hermione. – O Ronald me convidou para comemorar hoje à noite, posso ir?

- Mas hoje é segunda e amanhã você tem que ir na escola, Hermione! – respondeu a mãe.

- Eu sei mãe, mas a gente só vai jantar e volta logo. Por favor? – pediu Hermione.

- Ai, tudo bem. Mas é pra voltar as 11, ok? E agora vai almoçar. – disse a mãe.

Hermione passou a tarde toda estudando e fazendo os deveres de casa. Não queria dar motivos para a mãe implicar com Ronald. No fim da tarde, quando ia começar a se arrumar, ouviu uma batida na porta do quarto.

- Pode entrar. – respondeu Hermione.

Então, Cormac entrou no quarto.

- Ai meu Deus, o que foi? – perguntou Hermione com impaciência.

- Nossa, quanta gentileza, hein? – disse Cormac. – Você está me tratando muito mal ultimamente, Mione, e eu não sei por quê.

- Você sabe sim. E pode parar de me chamar de Mione.

- Mas eu sempre te chamei assim, e você sempre gostou! – protestou Cormac.

- É, mas agora me irrita. Como tudo que você faz. Você me irrita, Cormac, desculpa te dizer. Então, sai do meu quarto. – Hermione mexia em suas roupas tentando escolher o que vestir.

- Você vai sair? – perguntou Cormac.

- É óbvio. – respondeu Hermione.

- Tudo bem então, aproveita esse seu namoro com a classe baixa, porque logo isso acaba. – disse Cormac, e saiu do quarto.

As 7 e meia, Hermione saiu para esperar Ronald na frente da casa. Logo ele chegou e os dois partiram.

O barzinho que Ronald a levou era simples e pequeno, mas era um lugar muito aconchegante. Ele escolheram uma mesa e se sentaram, Ronald parecia nervoso.

- O que você tem? – perguntou Hermione.

- Nada. Olha, se você não gostou daqui, a gente vai pra outro lugar, qualquer um. Eu posso pagar. – disse Ronald.

Hermione olhou para ele, um pouco surpresa. Não entendia porque ele estava se importando com isso, ela nunca tinha reclamado dos lugares em que eles iam.

- Eu sei que você pode pagar, Ronald. – disse Hermione sorrindo. – E eu amei esse lugar. O que você quer comer?

Os dois começaram a olhar o cardápio, quando ouviram uma voz ao seu lado.

- Nossa, que presença ilustre.

Ronald e Hermione olharam e se depararam com Lilá Brown, a ex-namorada de Ronald.  Ela tinha acabado de chegar acompanhada de uma amiga.

- Oi, Lilá. Tudo bem? – Ronald a cumprimentou sem graça.

- Aham. – respondeu a garota, olhando Hermione de cima a baixo. – Não sabia que gente da “alta” frequentava esse lugar. Cuidado pra não sujar essas suas roupinhas de grife com molho de salsicha.

- Na minha casa tem máquina de lavar, não se preocupe. – respondeu Hermione meigamente.

- Pelo visto você leva suas namoradas sempre nos mesmos lugares, não é Rony? A gente vinha aqui sempre, sabe... – disse Lilá.

- Bom saber. – respondeu Hermione se levantando. – Agora que eu tenho essa informação, vou evitar voltar aqui. Agora vai circulando, querida, não quero que pensem que eu ando com gente como você, vão acabar achando que a minha Chanel é falsa também.

Lilá abriu a boca para responder, mas Ronald que já havia se levantado, pegou Hermione pela mão e a levou para fora do bar.

- Espera, Ronald! A gente vai embora só por causa dela? Eu não me importo, você viu a cara dela? Eu acabei com a graça daquela mal vestida... – disse Hermione rindo. Ronald olhou para ela, mas ele não ria. Pelo contrário, parecia muito bravo. – Que foi? Se você quiser, a gente vai em outro lugar, então, mas eu não ligo, é sério...

- É melhor eu te levar pra casa. – interrompeu Ronald. – Antes que alguém pense que você anda com gente como eu também! Não quero te deixar envergonhada!

Hermione olhava para ele espantada.

- Ronald, o que foi? Você ficou bravo comigo? – perguntou a garota.

- Você viu o jeito que você falou? “Não quero que pensem que eu ando com gente como você”! E eu sou o que, Hermione? Você tem medo que vejam a gente juntos também? Por que eu sou gente como a Lilá! Eu sou pobre também!

- Isso não tem nada a ver Ronald! Foi ela que começou, eu não ia ficar quieta! Ela estava tentando me irritar...

- Não adianta mesmo. Você se acha melhor que os outros, sempre fala com as pessoas como se fosse superior! Você estava tentando humilhar a Lilá com o seu dinheiro, eu odeio isso!

Hermione não sabia o que dizer. Não achava justo Ronald estar falando isso para ela, ela só estava se defendendo. Foi a Lilá que começou a provoca-la.

- Ronald, me desculpa, tá bom? – disse Hermione por fim. – Acontece que ela me deixou nervosa, ficou dizendo que você levava ela lá também e ficou te chamando de “Rony” e...

- Rony é meu apelido por aqui. É assim que “gente como eu” que mora aqui me chama!

- Mas como é que eu ia adivinhar? Você nunca me contou isso! – Hermione não queria brigar, mas estava começando a ficar magoada com a atitude de Ronald.

- Vamos, eu vou te levar pra casa. A não ser que minha moto seja pouco pra você, quer que eu chame um jatinho ou o que?

- Quer saber? Eu não quero ir com você, você estragou tudo. – Hermione atravessou a rua e entrou em um táxi que estava parado. Olhou para trás enquanto o táxi partia e viu Ronald chutando uma garrafa caída na calçada.


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