E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo? escrita por RonLovesHermione


Capítulo 30
Capítulo 30 - Hora de agir


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...



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Depois que Ronald foi embora, Hermione ainda ficou um bom tempo acordada, deitada na cama e pensando nele. Ela ainda não conseguia acreditar que ele tinha ido até a casa dela. Que ele tivesse ido até a sua escola para saber dela... Pensando nisso, ela não conseguiu deixar de sorrir. Isso significava que ele se preocupava com ela, não é? Mas quantas vezes ela tinha pensado que Cormac se importava com ela, e no fim quebrou a cara? Mas com Ronald era diferente, bem lá no fundo ela sabia disso. Ele não era como Cormac.

Mas o que ela podia fazer se agora ele tinha uma namorada? Hermione não estava acostumada a “correr atrás” dos outros, ela gostava que os outros corressem atrás dela. A única pessoa que ela tinha feito de tudo para conseguir foi Cormac, e agora ela não podia nem ouvir falar no nome dele. Ela simplesmente não sabia o que fazer, mas a ideia de não fazer nada era insuportável.

Então Hermione decidiu que não ia mais ficar sem comer, só deitada e chorando pelos cantos. Na semana seguinte ela foi para a escola, e quando o fim de semana já se aproximava, ela decidiu o que ia fazer. Quando o motorista chegou para busca-la, ela o dispensou dizendo que ficaria na escola aquela tarde para estudar. Pegou um táxi e pediu que ele a levasse até a casa de Ronald. Durante todo o trajeto suas mãos suavam de nervosismo, pois nem ela sabia o que ia fazer quando chegasse lá.

Hermione ergueu a mão para bater na porta no mesmo momento em que ela se abriu e Ronald que ia saindo apressado quase esbarrou nela.

- Ah! – exclamou ele, atrapalhado. – Hermione? O que você tá fazendo aqui?

- Ãh... eu vim... conversar, sei lá. – disse ela, sem graça.

- Conversar? – repetiu Ronald. – Agora?

- É... mas se você não quiser eu vou embora. – disse ela, já se arrependendo de ter ido até lá. Seu rosto estava vermelho de vergonha.

- Não, é que eu estava indo para o trabalho. – disse Ronald, parecendo tão desconfortável quando ela. – Vem comigo, então. A gente pode ir conversando no caminho. – disse ele, por fim.

Hermione concordou e os dois começaram a fazer o caminho até a oficina em que Ronald trabalhava.

- Então? – perguntou Ronald, vendo que Hermione continuava quieta andando ao seu lado.

- Ah... eu só queria dizer que eu achei muito legal, sabe, você ter ido até a minha casa pra saber como eu tava e tal. – começou Hermione insegura. Ronald ficou quieto, esperando que ela dissesse mais alguma coisa. – E eu queria saber se você não ficou bravo comigo por causa daquela nossa... discussão.

Ronald riu, antes de dizer:

- Não, eu não fiquei bravo. Só na hora, mas depois passou. Eu já estou acostumado com isso, você sempre consegue me tirar do sério. Mas pode ficar tranquila, eu não estou bravo.

Antes que pudesse se conter, Hermione disse o que estava querendo dizer fazia tempo.

- Sabe, Ronald, eu gosto mesmo de você.

Ronald pareceu espantado, mas logo se recuperou:

- Eu achei que você gostasse do seu irmão lá... – provocou ele. Hermione amarrou a cara, mas disse:

- Eu também pensei, mas depois eu conheci você! Eu era tão feliz quando a gente estava junto, eu conseguia ser eu mesma, eu me sentia bem...

- E na primeira oportunidade que teve foi correndo atrás dele... – disse Ronald. Hermione pôde sentir o ressentimento em sua voz. Ele não conseguia esquecer, não conseguia perdoar.

- Se você soubesse o quanto eu me arrependo! A partir do momento que eu deixei você por causa dele, nada mais na minha vida deu certo! Foi só sofrimento e humilhação! Mas eu acho que eu precisava disso, senão eu iria continuar com você, mas pensando nele, na pessoa que eu imaginava que ele era, uma pessoa que eu mesma inventei na minha cabeça e que não era ele. Eu me arrependi de verdade. Me desculpa, por favor?

Ronald continuou calado. Hermione andava ao lado dele, olhando suplicante o seu rosto, enquanto ele olhava para baixo. Eles tinham chegado na oficina.

- Eu não posso mais conversar. Tenho que trabalhar. – disse ele sério. Mas nesse momento, uma pessoa pulou de dentro da oficina e o abraçou pelas costas. Tanto Ronald como Hermione levaram um susto e só depois perceberam que se tratava da namorada dele.

- Oi meu amorzinho! Surpresa! – guinchou a menina com uma vozinha irritantemente fina. Então ela percebeu que Hermione estava lá. – O que essa menina tá fazendo aqui, hein?

- Eu vim conversar com ele, e você? – disse Hermione com seu tom superior, antes que Ronald pudesse responder.

- Há! Quem é você pra perguntar o que eu vim fazer aqui? Eu sou a namorada dele. – disse a menina.

- Hermione, essa aqui é a Lilá. – apresentou Ronald. – Minha... namorada.

Hermione apenas ergueu as sobrancelhas em resposta, mas Lilá disse:

- E nem precisa me apresentar. Essa é aquela bêbada ridícula.

Hermione deu um sorrisinho meigo e disse:

- Pra mim, ridículo é usar essa sua imitação barata de Chanel, minha filha. – disse Hermione, apontando para a bolsa que Lilá tinha pendurada no ombro.

Antes que mais alguém pudesse dizer alguma coisa, Ronald entrou no meio das duas e disse:

- Por favor! Eu tenho que trabalhar agora. Lilá, é melhor você ir pra casa, depois eu te ligo.

- Mas Roniquinho! – protestou a menina, como um bebê chorão. Hermione revirou os olhos.

- Por favor, vai pra casa. – repetiu Ronald. – assim que eu sair do trabalho eu te ligo.

Lilá fez biquinho e olhou com cara feia para Hermione, mas saiu em direção ao ponto de ônibus do outro lado da rua.

- E você também. – Ronald se virou para Hermione. – Amanhã eu passo na saída da sua escola pra gente terminar a conversa.

- Ok. – disse Hermione. – Tchau... Roniquinho. – ela pegou o celular para chamar o táxi e quando deu uma última olhada em Ronald, ficou feliz em ver que ele sorria.


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Notas finais do capítulo

Amanhã eu posto o próximo. Promessa!