Konoha High School escrita por Sahh


Capítulo 7
Um pedido de casamento e uma arma poderosa


Notas iniciais do capítulo

Fiz o que minha cara leitora, Harumi Uchiha, falou:
mandei um rasengan no bund@ dessa preguiça! =D
Mais um saído do forno.
Boa leitura á todos! ^~^



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Nem era feriadão. Sasori chegou mais cedo. Apresentei ele para meus amigos. Sasuke ainda não tinha voltado. Achei que seria melhor assim. Sasori estava hospedado em um hotel próximo ao colégio. Já no sábado, ele veio me buscar para jantarmos num restaurante. Botei um vestido simples, rosa claro, que vai até o joelho e um salto não muito alto preto.

– Você está linda, como sempre, Sakura – disse Sasori, ao me pegar no portão do colégio. Alguém abriu a porta de um carro atrás do carro do Sasori. Saiu de dentro dele um garoto com uma jaqueta azul e calça preta, e seu cabelo como sempre, rebelde atrás. Sasuke olhou para Sasori que estava segurando minha mão, depois olhou para mim. Tem vezes que não consigo ler suas expressões. Ele chegou mais perto, mas... o que ele está fazendo?

– Não vai me apresentar seu amigo, Sakura? – Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, Sasori estendeu a mão e se apresentou:

– Prazer, sou Sasori, sou namorado da Sakura – disse sorrindo e estendeu a mão. Sasori sempre muito gentil. Sasuke ficou surpreso, olhou pra mim com uma expressão que nunca vi nele. Respirou fundo e apertou a mão estendida do Sasori. – E você é o?

– Sou Sasuke, amigo... amigo da Sakura. – E soltou a mão para segurar melhor a mochila que caia pelo seu ombro. Se virou e começou a andar, á uns poucos centímetros, ele parou e se virou para nós. – Cuida dela. – Se virou para o portão do colégio e entrou. O que ele pretende com isso? Ao fecharem o portão, Sasori perguntou:

– O que foi isso? – Nem eu sabia. O que falaria para ele?

– É que, hum, ele me protege. – Ele ergueu as sobrancelhas. Não sou muito boa com mentiras, espero que ele acredite. – É. É como um irmão mais velho. É que outro dia eu quase fui pega pelo inspetor – acrescentei algo á mais. – No dia que você me ligou, amor. Ele acha que não sei tomar conta de mim.

– Por isso estou aqui – disse e me beijou. Pelo menos ele acreditou. Não sentia direito os lábios dele, eu estava triste, meus lábios então estavam rígidos, e ele não notou. – Quando der agradeço á ele – e sorriu. Entramos no carro e pude ver pelo portão do colégio, Sasuke saindo á passos largos e firmes em direção á escada. Chegamos no restaurante. Muito lindo. Por fora, pintado de vermelho escuro e por dentro, paredes brancas com chão amadeirado. Mesas sofisticadas de vidro, com mesas redondas para duas pessoas, de um lado, e do outro, redondas para mais de duas pessoas. Nos sentamos e pedimos os pratos. Falei para ele do colégio, dos meus amigos e não toquei muito no Sasuke. Pedimos as sobremesas. Sasori se ajeitou na cadeira e pegou minha mão.

– Sakura, tem algo importante á lhe dizer. – Não imaginei o que seria. Com tanta coisa na cabeça, em que eu pensaria? – Sakura, aceita casar comigo?

– C-casar? – pergunto olhando pra mão dele. Como casar? Eu não sei o que quero...

– Se não quiser, tudo bem. Eu entendo. Você só tem 17 anos e eu 19. Se não quiser eu vou entender.

– Não é isso, Sasori. É que... – É que o quê? Eu não sabia o que responder. Como falar ao homem que me pediu em casamento que eu não... que eu... não o amo. Que acho que estou gostando de outro... Sasori sempre foi muito bom comigo, seria injusto eu dizer não. Mas e minha felicidade?

– Eu já falei com seu pai. Não foi muito fácil pois ele está trabalhando mais agora. – Já? Meu pai também? – Mas conseguimos nos encontrar. E ele disse que o que você quiser, está ótimo. – E sorriu. Pai...

– Desculpe, Sasori. Mas... não. – Tirei minha mão da mão dele. Eu estava triste por dizer isso á ele, ele sempre foi bom comigo. Quando de repente ele sorri.

– Você não aceitou, e isso é bom. – Olhei incrédula para ele. Como assim? – É. Meu pai me forçou á casar. Acredita? – disse surpreso. – E eu não quero, não agora. Ele disse que se você aceitasse eu teria mesmo de casar. – E riu. – Ele apostou mesmo que você aceitaria. Eu também pensei nisso. Não contava com mais ninguém para você. – Não acredito... Então nada de casamento? E nada de... Sasori? – Sasuke parece ser bem legal, sabia? – Por que ele falou do Sasuke? Ele deve ter notado o clima. Não respondi. Abaixei a cabeça. – Ora, Sakura. Tudo bem. Você é jovem. Não é hora de pensar em casamento. Ainda mas comigo.

– Obrigada. – E saimos do restaurante. Não falei muita coisa. Isso tudo foi tão repentino que nem sabia o que falar. Quando chegamos no portão eu lhe dou um beijo na bochecha. – Sortuda é a garota que se apaixonar por você, de verdade.

– Eu sei. – E sorri. Ele se aproximou e me deu um beijo na testa. – Se cuida, hein. – Sorrimos e entrei no colégio.


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– Sakura, Sasuke esteve vigiando por um tempo e nada – disse Shikamaru com os dedos entrelaçados, sentado em sua cama. – Então, pode ser você vigiando á partir de agora? – Bem, Sasori voltou pra sua cidade. Domingo, e não contei nada á ninguém de ontem sobre o pedido de casamento e tudo o mais. Nem mesmo ao Naruto contei. Não tive tempo para nada. Acordei com o Naruto me arrastando da cama, quando as garotas tinham saído para ir ao shopping, elas até que me chamaram, mas disse que estava muito cansada. Corri por quase todo o colégio atrás do Naruto, queria lhe dar uns bons cascudos por me arrastar até a porta do quarto dos garotos e ainda por cima de camisola. Pelo menos consegui deixá-lo com a cara bem vermelha.

– Ok – disse e olho pro Sasuke, e como sempre, olhando pra janela. – Vocês tiveram algum progresso?

– Ainda não... Mas vamos continuar vigiando – disse Neji.

– E mesmo vigiando pouco, porque... aai! – disse Naruto com um saco de gelo na cabeça e massageando a bochecha. – A semana de provas está chegando... – disse e fez cara feia.


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A semana de provas começou. Estudei muito nesse domingo. Segunda já vão ser dois testes, português e filosofia. Não vigiei nada. Ninguém vigiou. Mas quando terminar essa semana de provas eu vou vigiar. Eu quero muito é saber como o professor Orochimaru conhecia minha mãe... Isso é muito estranho... Entrei na sala segunda. Já que é semana de provas, seremos liberados cedo das salas. Me sentei no mesmo lugar de sempre. Sasuke ao meu lado. Não nos falamos muito. E eu ainda nem falei nada pra ninguém. Acho que vou falar com as garotas hoje. Elas tinham chegado tarde do shopping e foram direto para cama deixando as compras espalhadas pelo quarto. Ainda bem que dormi cedo, senão não conseguiria acordá-las segunda. Na sala, Sasuke ficou bem quieto, como sempre. Fiz normalmente as provas hoje, foram fáceis. Ainda bem que ajudei Naruto em Língua Japonesa, ele não sabia nada mesmo. Ficamos a noite estudando pro dia seguinte. Eu tinha vigiado do lado de fora a enfermaria hoje e nada aconteceu. Os enfermeiros nem saíram da enfermaria. No último dia da semana de provas, estava eu e meus amigos na cantina.

– Ainda bem que acabou – disse Naruto tirando a gravata. – Estou preocupado é com os resultados. – E gemeu.

– Calma, Naruto. Se você estudou, não vai ter com o que ter medo – digo ao suspirar. Ainda bem mesmo que acabou... Finalmente acabou as provas do segundo bimestre... agora é feriadão, e como sempre, vou ficar na escola.

– É, Naruto-kun – disse Hinata timidamente. Naruto se aproximou dela e lhe deu um beijo na boca.

– Algo sobre a Matsuri, Gaara? – perguntou Temari. Tomei um susto, olhei pros garotos, eles me lançaram um olhar pra eu ficar calma e olharam pro Gaara.

– Eu fui na diretoria saber dela... – Baixou os olhos. – A diretora disse que ela foi viajar com os pais... – Tsunade então está mesmo acobertando... Será que Matsuri está mesmo na enfermaria? Queria muito saber... – Matsuri nem me ligou nem nada... – Ao dizer isso Temari abraça o irmão.

– Calma. Uma hora você fala com ela... – disse Ino. Fiquei preocupada. Não gosto de ver meus amigos tristes. Gaara se levantou e foi em direção ao corredor com os ombros caídos. Temari se levantou pra ir junto.

– Deixa ele. Ele precisa de um tempo sozinho – disse Shikamaru ao segurar a mão da Temari. Tentamos distrair um pouco. Pra não ficarmos pensando na tristeza do Gaara.

– Vocês já compraram suas roupas? – perguntou Ino sorridente.

– Que roupas? – perguntou Sai.

– Ora, pra Festa de Branco – disse ela como se fossemos bobos.

– Vamos comprar quando der – disse Sai se espreguiçando.

– No ano passado foi muito chato. Eu não tinha com quem ir e fiquei sentado nas arquibancadas comendo batata frita – disse Naruto. – Mas agora mudou – disse sorrindo para Hinata, deixando-a, como sempre, vermelha.

– Verdade. Ano passado, ficamos só comendo e implicando com as garotas – disse Sai e viu o olhar de raiva da Ino. – Mas passou. – E sorriu – Eu tenho minha doida de volta. – E todos em volta riram.

– Nem fale... foi tedioso... Preferi dormir – disse Neji. – Nesse é que não vou mesmo dormir – disse e beijou a Tenten. Antes que todo o mundo ficasse ali se beijando, me levantei e sai. Não estou á fim de segurar vela. Quero é saber do professor Orochimaru... Cheguei no meu quarto e deitei na cama... preciso é de um bom banho... Pensar em baixo do chuveiro é o melhor.

– Festa de Branco... – murmurei embaixo do chuveiro – Acho que vou é dormir nesse dia... Não, melhor! Entrar na enfermaria... assim eu simplesmente posso saber se Matsuri está mesmo lá... e dar um jeito qualquer deles acordarem... precisamos sab-

– Sakura? – diz Sasuke alto.

– Aah, peraí. Entra aí. Mas espera um pouco... – digo alto, me ensaboando.

– Tá – disse ele. Demoro só uns poucos minutos e do nada a porta bate com força.

– Sasuke? – Espero uns segundos – Sasuke? Tá aí? – Me seco e boto a roupa que separei num canto. Saio do banheiro e ele não está no meu quarto. O que houve? Saio do quarto, olho de um lado pro outro e nada dele.



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– Vocês vão fazer o que no feriadão? – pergunto no sábado. Eu ainda não entendi porque o Sasuke saiu do meu quarto ontem. O que ele queria? Ah, como sempre, um arrogante...

– Bem, vai ter jantar na casa dos meus pais e vou apresentar o Sai. Vamos ficar lá no feriadão, então – disse Ino com seu notebook.

– Eu, Neji-kun, Naruto-kun e a Tenten-chan vamos ficar na fazenda dos meus pais – disse Hinata e olhei pra Tenten e ela concordou sorrindo.

– Gaara não está nada bem. Eu e ele vamos pra casa dos nossos pais mesmo. Vou ficar com saudade do Shikamaru – disse Temari triste. Do nosso grupo, só quem ficaria no colégio era o Shikamaru e eu. Ele queria muito descobrir sobre esses acontecimentos na escola. Mais do que qualquer um de nós, e entendo isso. Até Sasuke foi pra casa dele.

Segunda e ainda estou vigiando a enfermaria e nada. Se eu pudesse ao menos ver... Por que não pensei nisso antes? A janela, claro! Pelo outro lado dá pra ver numa pequena janela. Vi ela outro dia quando fui pegar a bola de vôlei que deixei escapar e quase foi parar no vidro da janela. Chego até ela. Ela nem é muito alta, e nem baixa demais, vai no meu ombro, então dá pra ver. Olho para dentro e duas macas estão ocupadas. A enfermeira estava na frente de uma das macas, enquanto a outra maca estava ocupada por uma garota de cabelos castanhos, Matsuri. Ela estava mais branca de como sempre foi. Mais magra... Eu não a via muito, mas ela estava bem diferente. O que será que eles estão fazendo com eles...? A enfermeira se virou na minha direção e me abaixei rápido. Por pouco não fui vista. Precisava falar com o Shikamaru. Subi correndo as escadas. Bato na porta e ele pede pra entrar. Ele estava sentado em sua cama com seu notebook no colo.

– O que foi?

– Eu vi. Vi Matsuri na enfermaria. Ela não está nada bem... e a diretora ainda encoberta iss-

– Como ela não está bem? Viu o Chouji? – Shikamaru me interrompeu, falando rápido.

– Pelo o que vi, ela não está nada bem. Está magra demais, mais branca do que era e... não vi o Chouji, a enfermeira estava na frente, só pude ver Matsuri na maca ao lado... – Sentei num pufe. – Shikamaru, conseguiu descobrir alguma coisa?

– Poucas coisas. Mas são importantes – disse e mexeu no notebook.  Como por exemplo, o Orochimaru trabalhou em várias empresas químicas, tem diploma e tudo. Eu estava pensando, você e Sasuke disseram que encontraram Matsuri e Chouji duros feito pedra e bem gelados, então, estava pensando, será que ele usa algo? A arma em que ele criou em uma das empresas e disseram que ela foi destruída.

– Arma? Uma arma? E ela faria o quê?

– Bem, aqui disse que a arma não é como uma arma comum. Ela faz com que todo seu corpo congele por alguns instantes e depois volte ao normal, mas só por fora. Por dentro está tudo congelado, como se tudo dentro do corpo parasse, menos o coração. O coração é aos poucos congelado com o tempo. – Será mesmo essa arma? Fiquei perplexa e afundei no pufe.

– Shikamaru, aí diz como destruir tudo o que ela fez? Como fazer voltarem ao normal? – Ao perguntar ele baixou a cabeça.

– Não. Ainda não achei. Fiquei a madrugada toda procurando. Vamos conseguir, eu sei. – Reparei que ficou a madrugada toda, ele está cheio de olheiras.

– Calma, vamos sim.

– Descobri de noite, depois de horas procurando. – Já decidi o que fazer. É um risco. Vigiar a enfermaria não daria certo. Não agora. Me ajeitei no pufe.

– Vou vigiar o Orochimaru agora. – Alguns professores moram no colégio. Só uns poucos. O Orochimaru, como por exemplo. No sexto andar são os quartos dos professores. Quarta, acordei bem cedo para ficar na cola do Orochimaru. Ele foi tomar café da manhã. Agora meu medo é que o inspetor me pegue aqui em cima. Aqui é proibido. Fui até a porta do quarto dele e... trancada. Arrumaria um jeito de pegar as chaves. Será que no quarto do inspetor tem algo? Só indo lá pra saber... O quarto do inspetor fica no segundo andar. Mas eu não entraria aí sem saber se ele está por perto ou não. Mas tentaria, não hoje. Fui pro meu quarto e ligo pro meu pai, será que ele sabe que não aceitei me casar?

– E aí, pai? Tudo bem?

– Filha! Filhinha – disse fingindo um choro. – Minha filhinha vai casar...

– Não – disse surpresa. – Sasori não disse?

– Disse o que? – perguntou e sua voz saiu com uma pontinha de esperança.

– Não vou casar, não, pai – disse sorrindo. – Ah, pai, não precisa desse drama todo, né.

– Pensei que perderia minha filhinha... Até te mandei um sms...

– Perder? Nunca! Sms? Não vi. Estudos demais...

– Filha, por que não aceitou? Não entendi...

– Pai... eu gosto do Sasori... Mas não a ponto de me casar...

– Ufa, digo... digo... pena, filha....

– Sei... – disse e rimos.

Ficamos conversando bastante naquele dia, ele ficou perguntando o tempo todo se tinha mais alguém. Eu disse que não. Mas na verdade... nem eu sei...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Gostou? Não? Mandem reviews!
Até o próximo capítulo.
Bjss"



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