– É que... – começo eu.

– Desculpe, sra. Tsunade – me interrompeu Sasuke – Ela estava aqui em baixo por culpa minha. Eu pedi pra que ela descesse pois queria conversar com ela – olhei pra ele.

– Não é hora de ficarem namorando pela escola.

– Me desculpe, mas...

– Não vai acontecer mais. – Sasuke me interrompeu de novo.

– Dessa vez passa. Depois do que aconteceu não quero mais problemas. E não comentem com ninguém sobre o ocorrido de hoje. E agora vão pros seus quartos.

– Hai – dissemos e subimos. Já no segundo andar, falei:

– Nossa, foi por pouco. Hum, obrigada. Eu não sabia o que dizer.

– Hum. Vai me falar sobre o que houve lá em baixo? Chouji estava como?

– Amanhã. Estou cansada. E você também não me disse por quê estava fora do quarto naquela hora.

– Amanhã. Estamos cansados. – Ele sorri e entra em seu quarto.

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Domingo, levanto da cama e olho em volta, as garotas ainda estão dormindo. Olho pro relógio, já era hábito levantar e olhar o relógio. Eram 11:30. Desci. Preciso dessa vez é de café. Pensei em ir depois do café da manhã na enfermaria. Preciso saber o que aconteceu lá, e como é que o pessoal não o viu caído? Aquilo foi depois deles subirem, claro. Quando chego na cantina tem uns poucos alunos e avisto Sasuke em uma mesa com um copo de suco. Pego café mesmo e sento com ele.

– Depois vou ver como está o Chouji – disse eu.

– Certo. Vou também. – Olhei em volta. Os alunos estavam normais, como se nada tivesse acontecido. Será que eles não sabiam?

– Os alunos sabem do acontecimento de ontem? – pergunto.

– Não. Tentei até saber por algumas pessoas, e nada. O que faz com que a situação só pareça mais estranha. – E fico pensando naquela situação – Vai me falar como o Chouji estava ontem? – pergunta Sasuke olhando em volta.

– Tá. Só não me chame de louca. – Bebi um gole de café – Quando eu fui tocar nele, ele não estava... como vou dizer? Hum... normal. – Sasuke levantou as sobrancelhas – Olhe, fui tocar nele e ele estava duro feito pedra, todo gelado, como se ele estivesse saído de um freezer.

– Então ele ficou gelado e duro feito pedra? – perguntou ele, mas pra si mesmo.

– Isso é que é estranho. E por que você estava fora do quarto naquela hora? Pensei que tinha já subido com os outros.

– Eu fui ver onde você tinha se metido. O inspetor, quando eu e o pessoal estávamos passando pelo terceiro andar, ele tinha virado o corredor, aí desci de novo pra você não ser pega. – Fiquei pensando naquilo. Sasuke querendo me ajudar? Ele parece que não gosta de ninguém. Ficamos em silêncio. Quando vi tinha alguém vindo por trás do Sasuke, Karin. Ela o agarrou e ele quase caiu da cadeira.

– Vou pro quarto. Deixá-los á sós – disse eu olhando pra cara da Karin.

– Melhor ir mesmo. E o que é que você estava falando com ele, testuda? – disse ela já o agarrando de novo. Me contive, para não acabar pulando em cima dela e enforcá-la.

– Deveres. Nada demais. Ele é todo seu. Fui. – E saí. Sasuke estava lutando pra sair dos braços da Karin. Lutando como se tentasse tirar uma cobra de sua volta. E ri ao pensamento, enquanto subia as escadas. Entrei no quarto e as garotas já estavam acordadas. Umas sentadas em suas camas, e as outras nos pufes.

– Sakura, que bom que você chegou. Hinata vai nos contar de ontem com Naruto – disse Ino. Eu já havia esquecido da praia ontem. Também, com o que houve ontem...

– Anda, Hinata. Conta tudo – disse Tenten se ajeitando na cama.

– Certo – disse Hinata já vermelha. Ela disse que ele gostava dela desde a infância também. Só não tinha era coragem para falar. E também, Naruto achava que ela gostava do Kiba. Naruto e suas imaginações...

– Que coisa linda – disse Tenten sorrindo. E ficamos conversando sobre os garotos. Até perguntei:

– Vocês não acham que a Karin e o Sasuke formam um lindo casal? Ela estava agarrada com ele na cantina. – Eu e as garotas rimos.

– Duvido. Sasuke nunca foi muito de namoro. As garotas corriam atrás dele e nada. Parece que se a garota ficar correndo atrás dele, aí que ele não quer, né, Ino? – disse Temari, sorrindo pra loira.

– Ah, gente. Isso é passado. Eu só era tola como essas garotas. Sasuke é lindo, não vou negar. Mas prefiro muito mais o Sai... – disse ela quase babando – Vocês viram aquele tanquinho? Queria que fosse meu... – disse ficando triste. E todas nós rimos.

– Nunca imaginei a Ino atrás do Sasuke. – Fiquei imaginando.

– Ciúmes, Rosada? – disse Ino.

– É o que? Tá doida? Tenho namorad-

– Mas você disse que não sabia se o amava... – Tenten me interrompeu revirando os olhos.

– Ah, gente. Por favor – disse eu olhando pro chão – Eu vou conversar com Sasori quando ele vier pra cá. O que vai ser na próxima semana, eu acho. – As garotas não sabiam o que me responder. Então tentei mudar de assunto. Ficamos falando do abdome dos rapazes. Acho que se abrisse a porta daquele quarto, sairia baba por todo lado. Delas, claro. Fiquei só concordando. Lembrei de ontem. Lembrei que iria visitar o Chouji. Sai do quarto com a desculpa de que iria pegar meu caderno de volta no quarto dos garotos. Se a diretora estava escondendo aquele acontecimento, não vai ser eu a falar algo. As garotas não falaram sobre alguém ter desmaiado. Desci olhando pros lados. Vai que teria outro ataque daqueles? Mas e se nada o tivesse atacado? E se ele desmaiou porque estava cansado ou ... sei lá... Bati na porta da enfermaria. Eu só queria ver como ele estava agora, mas a enfermeira não me deixou entrar e disse que ele ainda não acordou. Mas o que será que aconteceu pra ele desmaiar e não acordar mais? Subi as escadas e ouvi vozes no segundo andar. Fui virar a curva do corredor e vi o Prof. Orochimaru segurando a gola da camisa do inspetor.

– Onde você estava ontem a noite? Como vai ficar a situação agora? Vão suspeitar.

– S-senhor Orochimaru. Acalme-se, ninguém suspeita de nada. Vou falar que eu estav... – parou a frase, ele viu que eu estava ali. Orochimaru largou a gola da blusa do inspetor e olhou para mim.

– O que você está fazendo aqui, senhorita Haruno? – pergunta Prof. Orochimaru.

– E-eu só estou subindo e ouvi vozes. Desculpe.

– O que você ouviu? – pergunta o Prof.

– Nada. Eu deveria ter ouvido algo? – menti. Será que suspeitaria que eu estava mentindo? Não sou muito boa nisso. E como é que eu não iria ouvir aquilo?

– Vá fazer seus deveres. Eu não lembro de ter passado pouco. – E passou muito mesmo. Todos quiseram estrangulá-lo por isso.

– Hai – digo e corro escada acima. Isso é muito estranho. Sasuke não disse que viu o inspetor virando o corredor justo no mesmo andar do acontecimento? Será que isso tudo está ligado? Não... Será que eu deveria descer e ouvir mais? Não! Se ele me pega de novo, é capaz de... fazer o mesmo que fez com Chouji? Que ideia, Sakura. Mas, não vou me arriscar mais. Estava virando o corredor quando vejo Sasuke na porta do seu quarto, com um pé apoiado na parede, de braços cruzados.

– Finalmente. Estava te procurando. Precisamos conversar sobre... – ele olhou de um lado pro outro – ontem... Vamos – disse ele abrindo a porta do quarto dos garotos. O que, no quarto dos garotos? Ele reparou na minha cara e riu. – Calma, precisamos de um lugar pra conversar. Contei á alguém.

– O quê? Contou pra alguém? Quem? – falei alto demais. Olhei de um lado pro outro para ver se tinha alguém ali. Nada.

– Vamos logo. Não dá pra falar disso aqui – disse ele impaciente. Entrei no quarto. Não é muito diferente do meu quarto e das garotas, paredes brancas, cinco camas, alguns pufes ao lado das camas, alguns armários, porta do banheiro e uma mesa de centro com suas 5 cadeiras. Eu achei que o quarto dos garotos seria uma bagunça, mas só uma cama era bagunçada, a do Naruto. Vi a blusa que ele usou na praia ontem em cima da cama e uma outra blusa que vi ele usando outro dia, meio que embolada entre a cama e a parede. Só tinha uma pessoa no quarto, Shikamaru. Shikamaru é inteligente, mas não imaginava que fosse ele. Ele estava sentado em um pufe e viu meu olhar pra cama do Naruto.

– É. Naruto não toma jeito. – E sorriu. Eu sentei em um dos pufes e logo comecei a falar:

– Vocês não acreditam no que vi – disse eu, e Sasuke se sentou numa cama, a dele, provavelmente. Toda arrumada com um notebook em cima. – Quando eu estava subindo á pouco, vi o professor Orochimaru conversando com o inspetor, e parecia que o professor estava furioso, estavam falando de suspeito e de uma situação. Pode ser imaginação minha, mas será...

– Que o professor está envolvido nisso? – completou Sasuke.

– Provavelmente – disse Shikamaru. Pelo visto, Sasuke contou tudo pra ele.

– Sakura, antes do que ouve com o Chouji, houve outro ataque. Outro quando você e as garotas foram para a casa da Hinata – disse Sasuke.

– O quê? Quem foi?

– Uma garota do primeiro ano, Matsuri. A amiga do Gaara – diz Sasuke abaixando a cabeça. Imagino como eles estão.

– Gaara sabe? Ele sabe o que houve?

– Não, ele não sabe... – disse Shikamaru triste. Me perguntei onde estavam os resto dos garotos. Uma hora voltariam, e pra casa dos pais não foram.

– Cadê o resto dos garotos?

– Naruto foi ver Hinata. Sai está no jardim desenhando. Neji na cantina comendo. Eles não voltariam pro quarto tão cedo. Eles vivem fora do quarto. Ficam aqui só pra dormir – disse Sasuke. Olhei pro Shikamaru, ele estava muito pensativo. Olhando pro chão.

– E só nós sabemos disso? Por que ninguém na escola sabe? – pergunto.

– Sim, pelo o que sabemos, só nós. Konoha High School é um dos colégios mais famosos do Japão. Tsunade não iria deixar uma notícias dessas vazar. Se vazar, a reputação do colégio vai pra lama. – disse Shikamaru ainda olhando pro chão.

– AAAAAAH, SAKURA-CHAN! – grita Naruto na porta – O que está fazendo aqui? – Me viro e ele está apontando pra mim.

– Ah, cala a boca, dobe. O colégio todo não precisa ficar sabendo – disse Sasuke.

– Bom, não vai ser só nós três a saber da situação – disse Shikamaru se espreguiçando.

– Que situação? – disse Naruto indo em direção a sua cama – E ninguém me respondeu porque a Sakura-chan está aqui! – disse ele pegando umas blusas e jogando no cesto de roupa suja.

– Lá vamos nós... – Ao dizer isso, Sai aparece na porta com seu caderno á mão.

– Ih, Sakura. Querendo ficar sozinha com os garotos? – disse Sai sorrindo.

– Sai, seu pervertido. Não é isso – quase grita Sasuke.

– Defendendo a namorada, Uchiha? – disse Sai indo á mesa.

– Eu já tenho namorado – digo quando Sasuke já estava de pé com os punhos levantados, ele olhou pra mim, e depois se sentou.

– Vão dizer ou não por que a Sakura-chan está no nosso quarto? – disse Naruto pegando o travesseiro de debaixo da cama.

– Tá... é qu... – ia começando Shikamaru, de novo, quando já tem outro na porta, Neji.

– Sakura? O que faz aqui? – disse ele, e foi se sentar na cama. De novo essa negocio de porta. Depois entra o Prof. Orochimaru querendo saber da situação.

– QUE DROGA! DEIXEM O SHIKAMARU FALAAAR! – grita Naruto. Olhamos para ele e rimos. Naruto foi até a porta, olhou pro lado de fora e entrou. – Pode começar – disse ele voltando pra mesa. Shikamaru contou tudo. Dos desmaios dos dois alunos, do que vi agora á pouco e de nossas suspeitas.

– Gaara não sabe disso? – pergunta Neji.

– As garotas sabem disso? – pergunta Naruto.

– Quem mais sabe disso? – pergunta Sai ao mesmo tempo que Neji e Naruto.

– Não, Gaara não sabe. Mas ele vai estranhar se a amiga não aparecer mais em sala, sem aviso algum. Por enquanto só nós sabemos, eu acho. – Shikamaru olha pra mim – As garotas sabem disso, Sakura? – pergunta ele.

– Não. Nem quis falar. Se não isso acaba se espalhando pela escola.

– É, por enquanto, ninguém precisa ficar sabendo disso. Só vai trazer problemas pra escola e para nós também – disse Shikamaru.

– Como assim? – pergunta Naruto.

– Quem acreditaria nessas suspeitas? Quem acreditaria em seis alunos quando Orochimaru e o inspetor são mais velhos e podem desmentir facilmente? E se nem nós sabemos no que pensar em relação á essas coisas? – falou Shikamaru.

– É, você tem razão, Shikamaru – disse Sai.

– Se descobrirmos o que o professor Orochimaru tanto conversa com o inspetor... – disse Shikamaru, pensativo. Ficamos conversando sobre o que o inspetor e o professor tanto conversam. Ficamos falando também de Naruto e Hinata. Sasuke estava muito calado, que nem nos meus primeiros dias ali. Olho pro relógio do quarto deles, 16:45. Nem reparei que tanto tempo havia se passado.

– Já, Sakura? – pergunta Sai quando chego á porta.

– Olha as horas – aponto pro relógio – Tem dever pra fazer. Não fiz nada até agora.

– Caraca, é mesmo. Tem o dever de História, do livro – disse Neji.

– Eu não sei nem a página – disse Naruto, e todos reviramos os olhos.

– Gente, tchau. Nos falamos outra hora.

– Espera, Sakura-chan, vou contigo ver a Hinata – disse Naruto.

– Você já não a viu hoje? – disse Sai.

– Naruto, não apronte com minha prima, hein, ou você vai ver só – disse Neji.

– Calma, Neji. Gosto muito dela. E nunca farei mal á ela – disse Naruto sorrindo. Shikamaru estava bem calado, assim como Sasuke. Eu e Naruto saimos do quarto, Naruto me puxou pra escada porque disse que queria conversar comigo.

– Sakura-chan, você acredita nisso tudo? Nessa situação toda, em que o professor quer ferrar os alunos? – Ele me pegou de surpresa. Ele estava falando sério, e poucas vezes Naruto fala algo sério. Eu não sabia ao certo sobre isso tudo, eu estava tão confusa quando ele, pelo visto.

– Naruto, não sei. Isso é meio que impossível, não? Do nada isso. O Orochimaru pode até não gostar muito dos alunos, mas querer fazê-los desmaiar? Qual seria o sentido disso?

– Eu também nã-

– Verdade, é bem impossível essa situação – Sasuke interrompe Naruto. Nos viramos e ele estava andando em nossa direção. E se sentou ao meu lado – Dava para ver lá no quarto que vocês eram os únicos que ainda não acreditam na situação. Eu também não. Você tem razão, Sakura, qual o sentido disso?

– Então o que faremos? – pergunto olhando através da janela da escadaria. O tempo estava bom. Vi as folhas das árvores balançarem.

– Eu não sei – suspirou Naruto e apoiou o rosto nas mãos.

– Por que Shikamaru estava tão calado?

– Chouji é o melhor amigo do Shikamaru, Sakura. Por isso ele não está nada bem, por isso ele quer saber o que houve direito – disse Sasuke. Shikamaru não estava bem mesmo. Entendo isso. Apareceu Karin do andar debaixo.

– Sasuke-kun, por que você está com essa testuda de novo? – disse ela, ajeitando os óculos.

– Vou pro quarto. Ainda tem dever pra fazer – disse e subi as escadas. Não queria saber de mais nada. Entrei no quarto, as garotas não estavam lá. Não queria saber de dever nenhum. Fui até minha cama e pulei nela.

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Acordei e olhei pro relógio, 01:35 da madrugada. Nossa, estava cansada. Me sentei na cama e olhei em volta, as garotas já estavam dormindo. Peguei minha mochila para fazer logo esse deveres. Não tinha muitos, ainda bem. Só dever de História, onde fiz só oito de doze perguntas. E o dever de Química. Que chatice. Terminei os exercícios. Vi as horas, 02:30. Estava sem sono e queria sair do quarto, andar um pouco. Mas o inspetor ficaria bem feliz em me ver rondando a escola em plena madrugada. Ah, mas á essa hora ele deve estar é dormindo, do jeito que é preguiçoso. Como vi uma vez ele dormir em vez de ficar vigiando os alunos. Bom para nós. Peguei meu notebook, não tinha nada pra fazer, então arranjarei algo. Abri a porta do quarto devagar, olhei de um lado pro outro e nada. Desci as escadas sempre á escuta de algum barulho. Fui até o jardim devagar, pra nenhum porteiro me denunciar. O tempo estava bom, estava ventando um pouco, ainda bem que eu estava de casaco, não queria subir de novo pra acabar sendo pega. Cheguei á uma árvore distante do jardim, onde eu teria certeza que ninguém conseguiria me ver. Abri meu notebook, olhei em volta pensando em algo pra fazer. Resolvi fuxicar o site do colégio. Tem a festa FB, Festa de Branco, onde todos do colégio festejam no meio do ano vestidos de branco. Uma festa de aniversário do colégio. Esse ano o colégio faz 60 anos. Fico imaginando o professor Orochimaru vestido de branco, ele já é branco feito vela, vestido de branco na neve ele some, só fica aquele cabelo preto nojento dele. Ino deve adorar essa época, ela provavelmente vai pedir á mãe dela o melhor look para essa festa. No site diz quando vai ser a semana de provas, está bem perto, tenho é que estudar logo. Acho que agora me deu sono. Acho que estou aqui á uma hora. Resolvi voltar pro quarto, sempre atenta á qualquer barulho. Até o terceiro andar estou livre. Quando ouço vozes, de novo. Eu sou um ímã para problemas.

– A senhorita Haruno já deve estar suspeitando, seu imbecil – disse uma voz conhecida.

– O senhor está preocupado com uma simples adolescentezinha? – disse outra voz conhecida, a do inspetor.

– Ela pode botar tudo á perder. É uma adolescentezinha, sim. Mas lembra de como a senhora Haruno era? E viu o que- – interrompeu-se o professor Orochimaru.

– O-oquê? – disse o inspetor.

– Não vamos falar disso aqui. Odeio esses corredores. Vamos para o meu quarto. – Eles subiram e fiquei paralisada na escada. Como assim ¨De como a sra. Haruno era¨? Ele conhecia minha mãe? Como? Droga, ele nem terminou a frase. Mas não estou gostando disso. Vou para meu quarto. Boto meu notebook em cima da mesa e deito na cama. Fiquei rolando na cama tentando dormir. Não conseguia, principalmente agora sabendo que o professor Orochimaru conhecia minha mãe. Mas como? Depois de muito tempo consegui dormir. Mas tive pesadelos com o acidente de carro da minha mãe. Era como se eu estivesse no lugar dela.

– Sakura, calma. Shh, tudo bem – disse Tenten sentada na minha cama. Sento depressa na cama, toda suada e olho em volta. As garotas já estavam de pé, todas preocupadas.

– O que houve, Sakura-chan? – pergunta Hinata ao se sentar num pufe ao lado da minha cama.

– Pesadelo. – Faz muito tempo que não tenho pesadelos com minha mãe, achei que isso tinha acabado – Um pesadelo com minha mãe – Hinata pegou minha mão. Temari chegou perto. Ino sentou-se ao lado da Tenten – Minha mãe morreu em um acidente de carro. E eu tinha 14 anos. Achei que os pesadelos tinham acabado, mas não... – Temari saiu do quarto. Olhei pro relógio, 06:15. Por causa do pesadelo acordei as garotas. Temari voltou com um copo de água e me deu, bebi.

– Melhor? – pergunta ela.

– Sim, obrigada. Me desculpem por acordar vocês...

– Não se preocupe. Pelo menos não vamos nos atrasar – disse Ino sorrindo, sorri também.