Konoha High School escrita por Sahh


Capítulo 11
Torturada


Notas iniciais do capítulo

O que será que vai acontecer com Sakura?
Essa capítulo é bem diferente.
Boa leitura á todos!



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Eu ia dar um cotovelada nele, quando ele pega meus braços e força para trás. Me amarrando.

– Desgraçado! Você vai pagar por tudo isso – digo entre dentes. Ele ri friamente.

– Kabuto, me ajude aqui. – O inspetor pegou a cadeira em que Gaara estava sentado antes, e me sentou nela. Me amarrando com as mesmas cordas que Gaara estava amarrado. Ele estava olhando pro bolso da minha blusa, eu só vi que era meu celular quando ele havia tirado e botado numa mesinha distante de mim.

– Me diz, foi você mesma que tirou o ruivinho daqui, não foi? – disse Orochimaru com um sorriso malicioso.

– É claro. Quem mais seria? – falei com raiva. Quem sabe assim ele não soubesse que eu estava mentindo. Não vou dizer que tive ajuda. Muito menos que, nove pessoas estão nessa. Se eu contar... é capaz de ele ferir meus amigos.

– Você e aqueles dois garotos estúpidos estão sabendo... Quem mais sabe? – pergunta o inspetor.

– Ninguém, não é óbvio?! – Ao dizer isso, sinto uma mão pesada do lado esquerdo do rosto. Orochimaru havia me batido. Senti gosto de sangue na boca.

– Garota, você não sabe do que sou capaz. Você nem imagina o que fiz com sua querida mãezinha. – Ele sorri amarelo. Olho para ele com raiva. – Ah, a carinha igual de sua querida mãesinha! O que me lembra muito bem a sua mãe quando ela não quis fazer o que eu queria. Era só passar umas ações pro meu nome e eu deixava a família dela em paz. Mas não, ela teimou em não fazer o que eu queria, então, resolvi sabe o quê? – continuava olhando com raiva pra ele. Ele se aproximou e sussurrou no meu ouvido. – Eu explodi o carro dela. Ela ficou em milhões de pedacinhos. – Lágrimas rolaram pelo meu rosto. Perdi minha voz. – Foi divertido, sabia? Eu poderia fazer o mesmo com você. – Ele se afasta e sorri. – Eu vi você mexendo com um grampo. – Olhei para ele surpresa. – Claro que vi. Eu estava no quarto ao lado e vi vocês entrarem. Para pegar os papéis, meus papéis! Vi tirarem o ruivinho. Esperei até que você estivesse sozinha. E olhe só – ele ri –, consegui. Bem, temos que ¨congelar¨ mais alguém. Fique quietinha aí, hein. Vamos, Kabuto. A hora é essa. – Eles me amordaçaram e saíram.

Fiquei lá chorando, pensando na minha mãe. Eu vou fazer ele ir pra cadeia, quero que ele mofe lá. Eles disseram que iam pegar mais alguém. Sasuke? Naruto? Orochimaru sabe que os dois estão envolvidos. Me agitei na cadeira, me amarraram muito forte. Quanto mais eu tentava sair, mais as cordas me machucavam. Eu estava longe demais do celular. Aquela é minha única chance. Tentei arrastar a cadeira até a mesinha. Mas estava difícil. Quando eu estava quase perto, Orochimaru aparece na porta.

– Nem pense nisso. – Ele vai até a mesinha, pega meu celular e bota em seu bolso. Ele vai até sua cama e deita. – Mas um trabalho feito... Tsunade dessa vez tem que fazer o que digo... – Ele suspira e rapidamente cai no sono. Não dormi. Não conseguia dormir. Só conseguia chorar. Quando ele acordou eu estava quase dormindo. Ele foi ao banheiro, demorou, voltou ao quarto e estava na porta. – Sem gracinhas. – E saiu. Me trancando.

Fiquei com fome, tanto tempo havia se passado quando Orochimaru apareceu. Com um sanduíche e água. Botou na mesinha, perto do meu celular. E se virou para mim.

– Você precisa de companhia. Logo, logo ela virá. – E ele sorriu. – Foi ela quem me ajudou, sabia? Se não fosse por ela... eu acho que demoraria mais para descobrir quem tinha pego meus papéis – disse ele. De quem ele estaria falando? – Quando puder, me livro dela. Por enquanto ela vai ajudar, e muito. – Ele sai do quarto. Minha barriga roncava, e toda vez que eu olhava pro sanduíche em cima da mesa, parecia que meu estômago queria sair de dentro do meu corpo para ir atrás do sanduíche. Quando minha fome tinha aumentado, alguém entra. Não era Orochimaru e muito menos o inspetor. Ela riu friamente.

– Que coisa, hein, testuda – disse Karin se aproximando. Minha barriga roncou. – Hum... Com fome? – Ela veio até á mim e tirou a mordaça. Com um sorriso ridículo no rosto. Fiquei calada. – Ah, sorria. Estou aqui para te ajudar. – Ela sorriu. Foi até a mesa, pegou o sanduíche e me trouxe. Ela o enviou pela minha boca, consegui só alguns pedaços. Minha fome ainda não cessou. – Água? – Ela pegou o copo e jogou a água em mim. – Tenho que ir, nos vemos mais tarde. – Ela colocou a mordaça de volta e saiu rindo. Desgraçada. O que ela pretende com isso? Ela nem liga pras pessoas que estão sendo atacadas.

O tempo passou e o tédio acompanhando. Ficar amarrada sem nada pra fazer não é mole. Estou sarcástica de novo, deve ser a fome provocando isso. Tinha vezes que ficava com o corpo todo dormente, e quando tentava me ajeitar na cadeira eu quase caia. Até que ouvi passos na porta, ela se abriu e apareceu os três idiotas. O inspetor veio até á mim e me desamarrou da cadeira, só me deixando com a mordaça e com os braços amarrados para trás.

– Aqui não é um bom lugar pra você. Temos um lugar melhor – disse Orochimaru sorrindo. Karin botou a cabeça para o lado de fora da porta.

– Ninguém – disse ela botando a cabeça para dentro. Ela abriu mais a porta e o inspetor me empurrou para fora. Ar fresco, o quarto do Orochimaru era todo fechado, quase não tinha como respirar, com aquele cheiro forte de gasolina. Eles me levaram ao quarto ao lado, o do faxineiro. Lá só tem uma cama, uma pequena mesa com uma cadeira e uma porta. Karin pegou a cadeira e botou no canto do quarto. O inspetor me amarrou novamente da cadeira. Amarrando meus pés nos pés da cadeira, meus braços amarrados cruzados para trás e amarrada na cintura.

– Pegou a chave? – pergunta o inspetor para Karin.

– Claro. – Ela pegou a chave no bolso da saia e mostrou, uma chave média. – Pode ir. Eu tomo conta. – E ela sorriu. O inspetor saiu e Karin se sentou na cama. Olhei com incredulidade para ela. – Ah, o que é isso. Não me olhe assim. Só quero o meu bem. Tadinho do Sasuke-kun, você o deixou para viajar com seu pai. – Olhei para ela sem entender. – Verdade. Olha aqui, quer ver? – Ela botou a mão no bolso e tira um celular, o meu celular. – Deixa que eu leio o sms que ¨você¨ mandou para ele hoje: ¨Querido, Sasuke-kun. Não aguento mais isso tudo na escola. Eu não gosto de você. Vou voltar para morar com meu pai. A Karin é a melhor opção para você. Seja feliz e aproveite¨. – Ao terminar ela me olha com olhar de glória. Mesmo com a mordaça, eu começo á rir. Ela veio até á mim e tira a mordaça. – Do que está rindo, testuda? – pergunta ela com raiva.

– Acha mesmo que Sasuke vai cair nessa? – E rio de novo. – Você é muito idiota, Karin. – Ao dizer isso, sinto algo voar na minha cara, do mesmo lado do tapa anterior. A vaca tinha me batido! Isso não adiantou, rio de novo pela idiotice dela e ela sai do quarto com raiva, me trancando. – É tão burra que esqueceu de me amordaçar – digo. E rio de novo.

Queria deitar, me sentia cansada. Tentei me arrastar até a cama e não consegui. Dormi sentada na cadeira ali mesmo. Ao acordar, vejo comida na mesinha. Ouço barulho vindo da porta ao lado, de descarga. O inspetor sai de lá. Ele bota a bandeja de comida no meu colo e desamarra meu braços.

– Come. Mas sem gracinhas – diz ele com um faca na mão. Ele acha o que? Que sou louca de tentar fugir com alguém com uma faca á mão? Cara pirado... Ele se senta na cama e termino de comer. Ele me amarra de novo na cadeira e me coloca a mordaça também. Ele sai resmungando. – Ah, cuidar de adolescente, que saco! – Ele fecha a porta e fico só de novo. Não sei quanto tempo havia se passado, acho que duas ou três horas. Como se as horas importassem agora... E a idiota da Karin aparece. Ela tira minha mordaça. Essa garota gosta de ser xingada...

– Testuda! Vim lhe trazer as últimas notícias: Sasuke-kun está andando comigo. – E ela sorri.

– Deixa de mentira, Karin. Sasuke não é idiota.

– Não acredita? Olha isso. Pedi á uma amiga tirar. – Ela pega um celular do bolso, o dela agora, e me mostra uma foto em que ela está na cantina sentada ao lado do Sasuke e eles estão... sorrindo. Não acredito... Então é isso? Ele me esqueceu? Não choro, não quero chorar na frente dessa idiota. – Formamos um lindo casal. O que acha? – Ela sorriu. – Ah, tenho outra maravilhosa notícia. Você por acaso sabe quem foi atacado? – Orochimaru saiu naquele dia para atacar alguém. Não foi Sasuke, isso vi... Será que foi... Naruto? – É alguém que você conhece, sim – disse ela ao me olhar. Eu estava prestes á chorar. Ela ri. – Foi a tonta daquela sua amiguinha... qual o nome dela mesmo? Hum... Hinata! Isso, a namoradinha do loiro idiota. Ela está bem branca na enfermaria. Se bem que ela sempre foi branca. – E ela riu. Não acredito... impossível. – Pra provar que não estou mentindo... – Ela mexe no celular e sorri. – Aqui. – Na foto, dava para ver que Karin havia entrado na enfermaria. Hinata estava mais branca do que era, deitada ao lado de Matsuri, que também estava mais branca e Chouji, branco e magro, assim como a garota loira do primeiro ano que estava ao lado de Chouji. – Ah, da pena. Eles vão morrer... – Ela ri friamente. Lágrimas já haviam rolado pro meu colo.

– SUA DESGRAÇADA! ME DEIXE EM PAZ! SAI DAQUI!! – grito e ela ri. Abaixo a cabeça e choro mais. Ouço a porta bater, ela havia saído. Ouço alguém se aproximar da porta.

– Sakura? – Uma voz conhecida. Sasuke.

– O que você quer? Você já não está com aquela vaca? – digo chorando.

– É claro que não. Foi tudo armação. Eu fingi andar com ela para saber onde você estava.

– Sasuke... – Choro mais forte. Sasuke não me traiu, ele não ficou com aquela idiota. – Cadê Hinata?

– Ela... ela foi atacada, Naruto está arrasado... Sakura, vou tirar você daí. Vou atrás daquela vaca, vou conseguir tirá-la daí...

– Sasuke...

– Tenho que ir, alguém vem vindo. Eu vou te tirar daí, Sakura – disse ele apressadamente e ouço ele correr. Passou-se horas, não sei quantas. Umas duas ou três, quem sabe. Alguém está na porta, a destrancando. Que seja o Sasuke. Que seja o Sasuke. A figura que aparece não é nada parecida com Sasuke. É de novo a vaca, com seu sorrisinho de malícia.

– Vim te contar as boas – disse ela se sentando na cama, feliz. Bem, ela me odeia. E do jeito que estou, ela deveria mesmo estar feliz.

– O que é agora, vaca? – Mesmo dizendo isso ela não muda o sorrisinho no rosto. Se a notícia era boa para ela, para mim não era.

– Nada do que disser, me fará ter raiva de você, testuda. – Ela ainda sorrindo de ajeitou na cama, se encostando na parede. – Sem aqueles remedinhos do Orochimaru, seus amigos vão morrer, sabia? – disse ela sorrindo. Remedinhos? Do ela estava falando? Seriam... Antídotos? – Finalmente Sasuke-kun é meu. – Olho para ela, prendendo a respiração. Ela riu. – Ele ainda não é meu. Mas vai ser. Quando ele souber que você está aqui, vou fazer de tudo com ele. – Ela sorriu. Suspirei. – Ele não acreditou muito na sua mensagem, ele pegou seu celular de mim no recreio. – Ao dizer isso ela bufou. Eu sorri imaginando a cena. – Tenho que botar uns planos em prática. – Ela pega o celular do bolso da saia e vira pra mim. – Ah, seu rosto não está totalmente á meu gosto. – Ela abaixa o celular. – Tive uma ideia – diz ela com um sorriso malicioso. Ela pega algo do outro bolso da saia. Uma... faca? O-o quê?

– O que pretende com isso, Karin? – pergunto assustada, tentando me mexer enquanto ela se aproxima. Ela encosta a faca na minha bochecha.

– Não se mecha. Ou posso acabar cortando seu rosto todo. – Eu estava tremendo. O que aquela louca pretendia com isso? – Quieta. – Vi a mão dela passar rápido pelo meu rosto. Senti algo rápido e doloroso no começo. Já bastava os dois tapas naquela bochecha, e ainda um corte. Karin é doente, totalmente. Abaixei a cabeça por não aguentar a dor do corte. Meu sangue escorria pela blusa e uns pingos caíram na saia. E com a dor forte, lágrimas saíram dos meus olhos.

– Você é doente, Karin! – digo me debatendo. – Você também vai pra cadeia. Vai pagar por isso. – Ela ri. Ela amarra a mordaça na minha boca e se senta na ponta da cama, e pega seu celular.

– Eu sei disso. Meus pais são bons advogados, testuda. E além do que, ninguém vai saber. Antes, te mato. – Ela ajeita o celular na minha direção. – Levante o rosto. Ou quer outro corte? – Faço o que ela quer. – Diga xis. – E o flash da câmera quase me cega. – Tenho alguém pra pegar. Até mais. – Ela sorri e sai do quarto. O que será que Sasuke vai fazer? Não quero nem imaginar meu rosto, pelos dois tapas recebidos, pelo corte cheio de sangue, pelas lágrimas e pela falta de luz solar, não deve estar nada bonito. Depois de uma meia hora a porta se abre, revelando o mesmo Orochimaru com seu sorriso malicioso de sempre.

– Boa tarde, como está? Ao que me parece, nada bem. Karin andou brincando, é? – diz ele levando uma bandeja até meu colo. Ele desamarra meus pulsos das costas e tira a mordaça. Com um arma apontada para minha cabeça. – Coma! – manda ele.

– Como vou comer com uma arma apontada para minha cabeça? – pergunto.

– Sem problemas – diz ele, que se senta na cama, com a arma apontada para meu coração. – Resolvido. – E ele dá um sorriso de arrepiar. Começo comendo devagar. Depois termino numa colherada. Ele volta á me amarrar de novo.

– Logo, logo pegarão você – digo com raiva.

– Antes que descubram algo, já vou estar no Havaí. – E ele ri. – Peguei uma amiguinha sua. Senhorita Hyuuga. Ela se meteu onde não devia. Era pra eu pegar aqueles dois moleques, que estavam perto do quarto do Kabuto. Mas não, ela apareceu. Alguém mais sabe. Me conte. Ou terei de descontar naqueles moleques – disse ele.

– Não têm mais ninguém – digo. – A diretora nunca iria assinar os papéis, Orochimaru. – Tento mudar de assunto. – Ela é durona. Nem que ela mesma tenha que descobrir o que está acontecendo ela não irá assinar.

– Talvez você tenha razão. Mas darei meu jeito. Nem que pra isso, eu tenha que ameaçá-la com uma arma na cabeça – diz ele apertando a arma.

– Bem, boa sorte. – Ele me olhou curioso. – Mas a polícia vai querer saber. Se você matar a diretora, ainda restará os alunos desmaiados. – Ele ri.

– Quanto á isso, não tem problema. Daqui uns dias, o efeito da minha melhor invenção vai se tornar maior, levando-os a morte. – Parei de respirar. Tenho que dar um jeito de sair dali. Se tinha mesmo antídotos, teria que dar um jeito de sair dali logo. Cadê o Sasuke?

– Q-quantos dias? – digo de cabeça baixa.

– Uns poucos. Os que foram atacados primeiro, no mínimo terão 3 ou 4 dias, já sua amiguinha, recentemente atacada, terá mais tempo. – Continuava de cabeça baixa, estava prestes á chorar. – Sabe essa minha invenção? – pergunta ele. Não respondi. Mais ele continuou: – Ela é como o ódio, é parecida com o ódio dentro de nós. Algo que corrói por dentro, te destruindo totalmente. – Já estava chorando, ele ri. – Bem, até descobrirem algo, já estarei longe. Karin também sofrerá as consequências. Não posso deixá-la viva. Problemas com o namoradinho dela. Foi você que o roubou dela? – Ele ri de novo e olho para ele. – Bem, tenho uns trabalhos á corrigir. Ainda sou professor. – Ele revira os olhos, se levanta, pega a bandeja e sai do quarto. Ódio... o mesmo que senti quando descobri que Orochimaru matou minha mãe... Algo por dentro te destruindo... Mas para essa invenção, tem o antídoto. Eu vou achá-lo. Vou fazer Orochimaru pagar por isso, apodrecendo na cadeia... Estava cansada, apoio a cabeça na parede e pego no sono.


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Notas finais do capítulo

Bem, aí está, leitores!
E quem diria, Orochimaru filosofando! o.o'
Gostaram? Não? Mandem reviews!
Obrigada á todos!
Bjss"



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