Capítulo 7 – Hogsmeade

Era uma tarde de passeio a Hogsmeade. Era o que todos os estudantes de Hogwarts estavam esperando durante a semana. Era onde teriam os encontros com seus namorados, aonde iriam se divertir e sair da escola. E os Marotos não estavam diferentes. Queriam apresentar a vila inteira para Katherine (já que seria seu primeiro passeio). Ela estava bem animada, mas sempre tem algo que faz isso diminuir não é? Recebeu vários convites de meninos de todas as casas e recusou todos. Não tinha vontade de se envolver com algum menino por enquanto, queria aproveitar os amigos e não se prender a um relacionamento agora. Não fazia o tipo que saia ficando com todos que apareciam, mas também não era uma santa.

– A Lily não quer ir comigo – disse James se afundando na poltrona.

– Eu vou com a Kath – disse Sirius sorrindo e abraçando a Kath. Eles arregalaram os olhos.

– Não vai com nenhuma menina? – disse James desconfiado.

– hei! Eu sou o que? Homem? – disse Katherine com falsa cara de indignada.

– Desculpe Kath, mas você me entendeu – disse James ainda olhando desconfiado para Sirius.

– Não. – respondeu Kath no lugar de Sirius. – eu não queria ir com nenhum menino e Sirius não queria se livrar das meninas. Foi um acordo. – disse e Sorriu.

– Eu vou com a Dorcas. – disse Remo animado, Kath sorriu marota. Seu plano havia dado certo.

Estava saindo da aula de poções meio assustada. Profº Slughorn ficava no seu pé o dia todo para um tal clube. Ela não queria, até Lílian Evans e seu amigo estranho da sonserina estavam nisso. A última coisa que queria era estar com o seboso mais tempo do que era preciso. Era tenebroso só pensar. Estava andando quando se deparou com Sarah.

– Tenho um plano para nossa “Operação Cupido”- disse sorrindo.

– Diz – Katherine se animou, Sarah começou e demorou alguns minutos até terminar. Quando acabou Katherine exclamou – Brilhante! Eu tenho a sala perfeita pra isso- sorriu marota.

– Vai buscar o Remo e eu busco a Dorcas, ai depois você os leva pra tal sala OK? – disse e Kath assentiu e se virou para i correndo procurar o Remo. Passou em vários corredores e salas até ir á biblioteca, encontrando-o ali, lendo.

– Ah claro! Biblioteca. Como não pensei aqui antes? – disse irônica para si mesma. Chegou perto de Remo que já a fitava (tinha a ouvido de longe, com seus sentidos mais aguçados por ser lobisomem).

– Oi Kath – sorriu.

– Oie Remo! Eu PRECISO da sua ajuda. – disse dando ênfase a palavra preciso.

– No quê? - disse confuso, fechando o livro e colocando-o encima da mesa e sendo puxado por Katherine.

– Só vem. – disse enquanto corria e o puxava em direção ao corredor que estava a alguns minutos conversando com Sarah, encontrando Dorcas batendo o pé impaciente, com seus perfeitos cabelos loiros caindo em cachos pesados no busto.

– Por que a Samanta me trouxe aqui? Vocês estão fazendo algum tipo de brinc... – se calou e corou quando olhou para Remo, que sorriu e arrumou suas vestes de segunda mão. – Oi Remo.

– Oi – disse ainda sorrindo.

– OK. Remo, ainda lembra onde é a sala precisa? – perguntou Kath.

– Sim, porq... – começou mais foi cortado.

– Só nos leva lá. VAI HOMEM – gritou Katherine, já irritada com tantos “porquês”. Ele os guiou até a mesma sala com uma parede vazia do dia anterior. Katherine pediu uma sala e a porta apareceu. – OK, Entrem nessa sala. – apontou para a sala precisa.

– Como ela apareceu ai? – perguntou Dorcas enquanto era arrastada até a porta.

– Depois eu explico. Agora vocês vão ficar ai até se resolverem - sorriu e eles pareceram não entender.- e só poderão sair quando entenderem que se amam. – desejou e saiu.

Dorcas corou loucamente e gritou do outro lado da porta.

–Me deixa sair – ordenou.

– Por favor, nos deixe sair – disse Remo implorando. Era quase á noite e estava em sua semana de Lua Cheia. Não podia ficar preso com Dorcas naquela sala.

– Não até entenderem que se amam – gritou novamente sorrindo e praticamente os viu os dois corando e se olhando.

– Olha, Dorcas, eu não posso passar a noite aqui. – disse Remo ainda corado. – eu tenho que... Hum... Estudar, você sabe como eu gosto de estudar.

– Sei sim – disse num fio de voz. – mas ela só vai deixar agente sair quando entendermos que nos Am... Nos entendermos.- disse corando loucamente.

– Vai comigo a Hogsmeade para conversarmos então? –disse mais alto para Kath ouvir. Dorcas entendendo respondeu também mais alto.

– Claro que sim. - disse e Katherine ficou satisfeita. Era pra eles terem se entendido ali mesmo, mas um passeio em Hogsmeade já é um avanço. Desejou que eles pudessem sair e quando saíram, Dorcas estavam com um sorriso gigante e toda vermelha. Remo com uma expressão feliz e mais relaxado. Despediu-se rapidamente e saiu correndo.

– Graças a mim você vai com ela – lembrou Katherine sorrindo. Ele sorriu agradecido. – eu sei que sou demais.

– OK senhorita sou-seu-cupido – disse James se levantando, ainda cabisbaixo – porque não me resolve com a Lily?

– Calma, sua hora vai chegar. – disse misteriosa e ele ficou curioso.

– Vamos? – perguntou Remo levantando com sua autorização.

– Vamos – disseram todos juntos. Eles se levantaram e foram para os portões de Hogwarts, onde o zelador estava pegando as autorizações emburrado. Eles deram as deles e foram junto com o fluxo de alunos.

(...)

Estavam no Três Vassouras em uma mesa, onde estavam gargalhando de uma piada idiota que Sirius tinha contado. Pediram mais cerveja amanteigada. Depois de um tempo, Dorcas chegou e saiu com Remo. James resolveu perseguir Lily, Katherine e Sirius, aproveitado o embalo, foram andar.

– Minha família é meio louca. – começou Kath – Junto com os Potter é considerada Traidora de Sangue – revirou os olhos – meu pai é cheio de vida. Ama viajar e conhecer o mundo, não consegue ficar parado muito tempo. Ama andar com um tal de aivão, ou será avião? que os trouxas usam. Viaja mais de 5 vezes no ano, indo pra diversos lugares, ele sempre tenta conhecer uma mulher depois da morte de minha mãe, e numa dessas teve meu irmãozinho, Josh, que é um amor de criança, tem sete anos e é muito curioso.

– Do que sua mãe morreu? – perguntou Sirius – desculpe a indelicadeza. – disse meio sem jeito e meio surpreso com si mesmo. Sempre fazia perguntas indiscretas e nem por isso pedia desculpas.

– Morreu por ser uma bruxa das trevas, acho que se chama comensal da morte. – disse com amargura e Sirius ficou surpreso. – Ela nunca amou meu pai de verdade, ela era prometida a um cara violento e se casou com meu pai, um tolo apaixonado e rico. – riu seca. – Se casou depois da iniciação de comensal, ela não se arrependeu, mas não quis mais ser uma seguidora de um tal Voldemort. Esse tal bruxo das trevas já tinha um numero significativo de seguidores e mandou-os matar minha mãe e a mim. No dia que foram nos matar eu estava com meu pai, em nossa outra casa. Então, eles foram lá e mataram ela, mas nunca me encontraram. – uma lágrima escorreu de seus olhos.

Sirius se aproximou e limpou-a com um singelo beijo no rosto. Katherine virou-se e eles se encararam, ele sorriu de lado e encostou os seus lábios aos dela. Foi a mesma sensação que o primeiro. Era ótimo se beijarem, um encaixe perfeito. Sirius que ficara confuso as sensações do beijo anterior, queria ter certeza do que sentiu e ficou com outras garotas, mas nenhuma fazia o que Katherine fazia. Seu gosto, seu sorriso e seus olhos não saiam de seus pensamentos. Não via mais as meninas com quem ficava, fechava os olhos e ela aparecia em sua mente e isso estava o deixando louco.

Ela percebeu a falta que Sirius fez. Passou a semana mentindo pra si mesma, tentando afastar o beijo de seus pensamentos e agora o beijava mais uma vez. Não sabia mais o que fazer. Estava confusa com seus sentimentos, não queria relacionamentos em sua vida agora, e se apaixonar estava fora de questão Ainda mais pelo cara mais galinha de todas Hogwarts. Tinhas medo de ser somente mais uma. De não ser nada para ele. Ser somente mais um nome em sua enorme lista.

Separaram-se ofegantes e encostaram as testas. Ainda recuperando o fôlego, abriram os olhos e se encararam por alguns minutos, para depois sorrirem. Katherine fechou novamente os olhos novamente e disse.

– Só não me peça para esquecer – disse baixinho, meio sem fôlego.

– concerteza não. – disse Sirius sorrindo.