2ªTemp.: 6º ano – Capítulo 5 – Um falso Amor.

Katherine poderia desmaiar naquele momento sem objeção nenhuma. Sua vontade era de desaparecer no mundo, simplesmente sumir pra onde ninguém a encontraria e onde ela poderia olhar aqueles olhos sem sentir a dor de seu amor não correspondido. Aqueles olhos azuis a encaravam tão fixamente que Katherine perdeu a fala por alguns instantes. Seus olhos brilhando de ciúmes, embora Katherine soubesse que ele negaria até o fim que estava apaixonado.

E com esse pensamento Katherine abriu a boca pra lhe fazer a mais linda declaração de amor.

Mas ele não está apaixonado, disse uma voz em sua cabeça antes que ela pudesse falar, Ele é o mais galinha de toda Hogwarts, ele perguntou somente por curiosidade. Ele nunca se prenderia a você.

Katherine fechou a boca bruscamente quando essa voz lhe disse isso. Como pudera ser tão obtusa? Sirius jamais a amaria. Não do dia pra noite. Ele ainda a olhava esperando uma resposta.

Katherine correu os olhos e avistou Luis, que estava checando uns pergaminhos.

– O Luis – disse rapidamente, ainda olhando-o – Eu o amo.

Mas você não sabe como dói dizer isso, pensou pra si mesma tristemente. Ela inventara um falso amor, pela falta de coragem. Era nesses momentos que ela se perguntava por onde sua coragem Grifinória andava.

Sirius ficou estático por alguns minutos e disse:

– Uau – disse somente. Katherine ainda olhava para Luis. Ele era lindo, carinhoso e fofo. Mas ela não o queria como sue namorado. Ela queria ele, aquele que estava a sua frente ouvindo sua declaração de falso amor a um menino. – Marlenne gosta do Luis? – perguntou incrédulo.

Katherine ficou decepcionada. Ela acabara de falar que amava o apanhador da grifinória e Sirius estava mais ocupado em perguntar sobre Marlenne.

– Não – respondeu, com seu tom mais seco.- Bem, ela acha que eu estou tentando roubar o seu homem.

– E quem seria ele?

Katherine não tinha resposta. Mas foi salva por Luis, chegando até eles. Sirius amarrou a cara.

– Katherine – disse sorrindo. – Sirius!

– Oi, Luis – disse Katherine num tom falsamente animado. – Posso falar com você?

Ele assentiu enquanto Sirius se afastava totalmente emburrado e com passos firmes e raivosos.

Katherine tomou um fôlego de coragem e começou a se desembestar a falar. Disse sobre a briga que teve há pouco tempo, sobre seu amor por Sirius e dizer que o amava. Ela falou tudo nos mínimos detalhes, andando de um lado pra outro e falando muito rápido.

Luis demorou alguns minutos, com o cenho franzido e expressão meio divertida até que finalmente falou:

– Tudo bem Kath. Eu vou ser seu namorado de mentirinha – disse brincando, mas logo ficou sério – Mas eu gosto de você, e vou mudar esse sentimento.

Katherine corou um pouco. O que menos precisava era de um menino querendo conquistá-la enquanto ela queria conquistar outro. Mas agora que mentira ficaria completa ela não poderia voltar atrás.

– Tudo bem – sorriu sem graça. Luis se aproximou e tomou seus lábios apaixonadamente, que Katherine tentava retribuir na mesma paixão.

O dia passou rapidamente, depois de ir para a enfermaria acompanhada por Luis e tomar uma poção de Madame Pomfrey e levar uma detenção de McGonagall que estava na enfermaria e soube os motivos do machucado. Fora para todas as aulas do dia (Dupla de Herbologia com os alunos da Lufa-Lufa, Poções e Feitiços com a Sonserina e Transfiguração com a Corvinal).

Não havia almoçado. Estava evitando encontrar com os marotos, há essa hora Sirius já devia ter falado com todos. Quando ele e James se juntavam, eram pior que uma dupla de velhinhas.

E conseguiu com sucesso, mesmo estando na mesma sala, eles não haviam conseguido chegar até ela. Profª Minerva não admitia alunos em pé durante suas aulas, Profº Slughorn não deixava eles se aproximarem por que sempre a rodeava e monitorava seus passos com admiração.

Mas ela não conseguiu fugir por muito tempo, no final de todas as aulas, os marotos a encurralaram. Sirius não estava com eles, então era somente Remo, James e Pedro.

– Katherine – disse James, sério. – Por que esta fugindo da gente?

Katherine olhou pro chão.

– Sirius já contou não? – perguntou.

Eles assentiram. Remo era o mais abatido.

– Por que não em contou? – perguntou James, enciumado.

– Desculpa James, mas eu não sabia como dizer. Quer dizer, você é ciumento... – gemeu em desgosto – desculpa!

Remo estava abatido e parecia doente. A Lua-Cheia estava chegando. A primeira lua-cheia que Katherine iria participar. As do ano passado ela não fora, por insistência de Remo, ele disse pra ela “treinar” suas transformações para depois, no ano seguinte, ir com ele.

Era uma mentira deslavada e ela sabia disso. Mas preferia ter esperado mesmo. Ela sabia que ele ficava desconfortável com o assunto de seu probleminha peludo, e ela não queria pressionar mais do que já pressionara.

– Remo, é lua-cheia semana que vem, não é? – perguntou, aproveitando o assunto para desviar a atenção de si.

Ele olhou pros lados como se alguém ouvisse tudo, mas não havia ninguém.

– Sim... – ele disse hesitante.

– E essa eu vou participar – disse convicta. James e Pedro trocaram um olhar maroto.

– A primeira Lua-Cheia da Bolinha – disse James sorrindo – vai ser demais!

Remo os fuzilou com os olhos.

– Diz isso porque não é você que se transforma num monstro – rosnou.

– Desculpa Remo – disse Katherine no lugar de James – Mas ele acha que é brincadeira.

– Eu não acho – de defendeu – Só quero saber como você vai agir.

– Ela não deveria nem ir. Kath, por favor, não vá. – implorou Remo enquanto eles recomeçavam a andar.

– Eu vou Remo, nada que você disser vai me impedir – disse convicta – Não me preparei tanto só pra observar. Eu vou!

– Cara, ela vai mesmo. Ela nunca desiste do que quer – disse James rindo. – Vamos, Aluado, animo. Vai ter uma menina para fazer esse lobo aqui – apontou para Remo – ficar mansinho.

Remo corou e logo começou a falar sobre todos os perigos que ela corria, sobre ele ser um monstro que a machucaria e que ela perderia seu tempo, entre várias outras coisas. Só que ele não haviam percebido que um Sonserino de cabelos oleosos ouvia tudo e sorria maldosamente.