Capítulo 19 – Natal na mansão dos Potter - Part. 1

Nesse momento, os marotos estavam em uma cabine no Expresso de Hogwarts, voltando para casa para o natal. A cabine estava um barulho, os marotos estavam aproveitando o tempo que sobrara para fazer magia antes de serem restritos (Não que James cumprisse isso, perto de seus pais, ele fazia magia a toda hora).

– Almofadinhas e Bolinha, vamos aprontar uma última coisa antes de chegar na estação? – disse James.

– Vamos – disse Sirius animado.

– O que? – perguntou Kath.

Um grupo de sonserinos passou pela cabine os olhando com desdém. James sorriu maldosamente.

– Acho que você tem a resposta – disse e os três sorriram cúmplices.

– Vocês não cansam de azarar as pessoas, não? - perguntou Remo revirando os olhos.

– Bem... Sonserinos sempre serão sonserinos, e eles parecem trasgos, então não são exatamente pessoas – disse James dando de ombros – eles merecem.

Eles saíram antes que Remo os impedisse.

Eles procuraram os sonerinos e os viram entrar em uma cabine, foram sorrateiramente até lá e abriram a porta de uma vez. Os sonserinos sacaram suas varinhas e, notaram, Snape lá no meio, com seu olhar de vingança.

Katherine sorriu maldosa. A vingança!

– Seboso! – disse com uma voz doce – Que ótimo te encontrar por aqui – disse com uma voz sarcástica.

– Pena que não posso dizer o mesmo Stevens – disse frio. – não me misturo com esse tipo de gente.

– Claro que não – reforçou James com uma fúria contida – você esta muito abaixo pra nos alcançar.

Os sonserinos riram, ao total, eram 4, contando Snape. Os marotos estavam em desvantagem

– Não tem como alcançar quem já esta no fundo – disse uma loira platinada. – Traidores do próprio sangue!

Sirius revirou os olhos ao ver que o insulto era diretamente pra ele.

– Melhor ser traidor de sangue do que um pau mandado do papai – disse e riu.

– O Seboso é meu – disse James, olhando com fúria para Snape.

– Eu fico com a loirinha – disse Sirius.

Os outros dois sonserinos sorriram maldosos para Katherine, que não se deixou abalar.

– Expelliarmus – disse apontando pra o sonserino ruivo de surpresa, a sua varinha foi para sua mão e ela sorriu irônica - Tem que melhorar seus reflexos, idiota!

James já havia lançado uma azaração em Snape, que tinha os dentes maiores que a boca, que o impediam de falar. Sirius e a loirinha ainda duelavam (eles já estavam no corredor) e até tinha uma plateia.

O outro sonserino negro lançou o mesmo feitiço que Katherine, só que ela desviou e, quando foi devolver o feitiço, fora impedida por um protego, lançado por Lílian Evans.

Ela estava furiosa, ficou meia-hora falando sobre terem respeito uns com os outro e evitava a todo custo olhar para Snape e para James, ela gritava sobre eles poderem ser expulsos e que coisas assim não deviam ser nem aprendidas nem praticadas, e arrastou os marotos para a cabine deles.

– E vocês, fiquem quietinhos ai, não me obriguem a chamar McGonagall – disse ofegante e vermelha.

– Ela não poderia fazer nada – comentou Remo, por trás do livro – já estamos no expresso Hogwarts voltando pra casa. Não adiantaria de nada. – Lílian ficou mais vermelha ainda.

– Mesmo assim, fiquem quietinhos ai – disse saindo.

– cara, ela ainda vai ser minha – disse James quase babando.

– Aham, e o ego do Sirius é pequeno. – disse Katherine irônica.

– Vocês deviam parar de falar no meu ego. – comentou Sirius emburrado. Todos na cabine riram e voltou à bagunça novamente.

(...)

A Estação King Cross estava uma bagunça. Eram pessoas chorando e se abraçando, pegando bagagens e gritando atrás de seus parentes. A fumaça da locomotiva era espessa mais não incomodava.

Katherine, Sirius e James estavam tirando suas bagagens da locomotiva. Rabicho já havia ido, com sua mãe. Remo também fora em direção a um homem e uma mulher, com vestes de segunda mão, que sorriam para ele.

Katherine sentiu ser cutucada na coxa esquerda e olhou pra baixo. Seu irmãozinho, Josh, sorria para ela.

Josh tinha os cabelos castanhos e lisos, bem cortados e estava vestindo uma blusa azul sem mangas e sem estampas. Seu sorriso era banguela nos dentes da frente. Usava uma calça preta e calçava um all-star. Tinha 7 anos.

– OOOOOOOOOOOI KATH – Berrou enquanto pulava nela, a abraçando fortemente.

– O-ho, pestinha, você já tá grandão – disse colocando-o de volta no chão, fingindo uma dor nas costas. Ele deu uma gargalhada gostosa.

– Ei, que mulher é essa? Não estou reconhecendo. Estava esperando minha menininha – disse o pai de Katherine, Eduardo, olhando em volta, fingindo procurar alguém.

Eduardo era alto, de olhos amendoados e cabelo castanho claro e sorriso encantador. Tinha uma postura ereta e parecia naturalmente extrovertido. Estava com uma blusa social para fora da calça e um terno aberto com as mangas nos cotovelos. Usava uma calça jeans preta e um sapato. Tinha a barba para fazer, mas não parecia desleixada. Tinha 37 anos.

(Eu, sinceramente, amo homens com barba. Barba é sexy [quando é bem cuidada, é claro])

Katherine lhe deu uma cotovelada.

– Besta – riu para depois o abraçar – Que saudades. – murmurou em sua camisa, ele retribuiu o abraço. – Cadê a Elena? – perguntou se referindo a madrasta. O pai corou.

– Bem... Hum... eu não estou mais com ela – disse e Katherine revirou os olhos. Era típico de o pai trocar de mulher a cada mês. – Ah, Olá James. O que dão pra vocês em Hogwarts que fazem vocês crescerem tanto? – comentou enquanto abraçava James.

Ele riu.

– Não sei Tio Edu. Mas você viu meu pai e minha mãe? – disse James olhando em volta. – ainda não os encontrei.

Antes que Eduardo respondesse, Sirius chegou.

– Monstro, sai da minha cola. Diz pra minha mamãe querida que eu não quero ver a cara dela tão cedo – disse Sirius para seu Elfo Doméstico, Monstro. – não sei por que ela ainda te manda vir me buscar e levar. Ela não liga.

O Elfo doméstico resmungou baixinho.

– Não fale assim da Sra. Black. Você anda com essa escória – resmungou olhando em volta. – traidores de sangue, ralé do mundo bruxo, o que minha senhora acharia se visse essa ralé? Lixos da própria raça...

– Vá embora Monstro – Sirius ordenou, Monstro resmungou e com um alto craque, desaparatou. – Odeio esse Elfo... ele ainda vai ser a causa da minha morte.

Katherine riu.

– Pai, Peste – disse sorrindo. – esse é Sirius Black.

Eduardo cumprimentou Sirius.

– Nunca te vi na casa dos Potter, mesmo você se refugiando lá – disse Eduardo curioso.

– é que eu não fico lá as férias todas, Sr. Stevens. Ainda não – disse Sirius, sorrindo pra James

– Por que seu cabelo é tão grande? – perguntou Josh. – você é uma menina ou quer ser?

Katherine corou de vergonha e deu um chutezinho no irmão. Sirius mexeu nos cabelos, incrédulo.

– Eles não são tão grandes. – disse Sirius.

– Mas é verdade Sirius, esta na hora de cortar – disse Katherine rindo da cara dele.

– Ele é lindo OK? – disse passando a mão nos cabelos sedosos que iam até o pescoço.

– Kath, querida – disse Sarah Potter, soltando seu filho de seu abraço esmagador, para abraça-la.

– Tia Sarah – sorriu Katherine a apertando forte. Depois foi cumprimentar Charlus Potter.

– hei tio Charlus – disse Katherine animada. Charlus a abraçou sorrindo.

Lílian Evans se aproximou sorrateiramente.

– Hum... Katherine... Posso falar com você um instante? - disse corando.

– Lily – disse James, arrumando a postura e sorrindo lindamente. – Bom natal.

Ela o olhou com desgosto e quando Katherine se aproximou, elas se afastaram um pouco e Lily pulou no pescoço da amiga, cobrindo o rosto de Kath com seu cabelo ruivo e espesso.

– Bom Natal Kath – disse sorrindo para a amiga.

– Me faz uma visita? – perguntou Katherine retribuindo o abraço.

– Vou ver com minha família e te mando uma carta – disse. Katherine sorriu se afastando e beijando o rosto da amiga.

– OK. Feliz natal – disse dando-lhe mais um abraço e sorrindo, e depois se afastando. Quando chegou perto de seus parentes e amigos, James gritou:

– TCHAU LÍRIO, FELIZ NATAL – gritou sorrindo.

– É EVANS, POTTER. – berrou, ao longe. – MAS, FELIZ NATAL. – e ela se virou, mas deu pra ver o vestígio de um sorriso em seu rosto.

James se virou com o sorriso de idiota apaixonado e todos o olhavam com uma sobrancelha erguida.

– Hoho, meu filho está apaixonado – disse Charlus, rindo maroto. James corou.

– Meu Merlin James – disse Sirius gargalhando – você fica tão veado quando cora!

Katherine sorriu, esse natal seria o mais louco de sua vida.

– Vamos pra casa como? – perguntou Katherine para o pai, enquanto segurava as mãos de seu irmão e iam em direção ao tumulto para sair da plataforma.

– Flu – disse e Katherine gemeu.

– Odeio viajar assim – disse e Josh riu.

– Eu gosto. Eu amo coisas verdes – disse com os olhinhos brilhantes.

– Acho que descobri por que você gosta tanto de alface – disse Eduardo rindo. Josh deu a língua.

– James, você já conversou com seus pais, sobre aquele assunto? – disse Sirius baixinho.

– Não, vou falar com eles hoje – disse James. – mas acho que eles deixam sim, Eles já desconfiam de você ficar tanto lá em casa, praticamente tem um quarto só seu – riu acompanhado por Sirius. – minha mãe gosta de você, vai gostar de te abrigar. Como um cachorrinho abandonado.

Sirius revirou os olhos. James olhou para a esquerda e viu, sua Lílian com sua família. Sua mãe também era ruiva, tinha cabelos longos e com cachos nas pontas, era meio baixa e seu rosto tinha algumas rugas, mas assim como Lily, tinha um belo sorriso estampado no rosto sempre. Seu pai havia seus olhos verdes e cabelos castanhos, um sorriso bondoso no rosto enquanto abraçava sua filha.

Ao seu lado tinha uma menina com cara de cavalo, com cabelos castanhos e olhos castanhos também. Tinha a cara amarrada e olhava pros lados, como se estivesse com medo de ser reconhecida ou que alguém a visse junto a eles.

Sua Lílian... tão linda...

– Katherine – chamou Sarah Potter, e Kath se virou.

– Sim? – disse sorrindo.

– Quem é aquela pra quem James tanto olha? – disse olhando curiosamente de James para a ruiva.

– Lílian Evans – Kath revirou os olhos, a mãe dele riu surpresa.

– Aquela menina que nunca quis sair com ele, desde o 3º ano? – perguntou, sorrindo.

– é, só que agora ele esta apaixonado – disse Katherine rindo gostosamente.

Ela atravessou a parede e se viu na estação King Cross, na parte trouxa. Sarah logo veio atrás.

– Sério? – disse ela risonha. Logo, James, Sirius, Charlus, Eduardo e Josh passaram pela barreira, Lílian Evans e sua família logo vieram atrás. – Ela é linda. E ruiva – disse pegando uma mecha de seu próprio cabelo, também ruivo e rindo.

– Potter e suas ruivas. – disse Katherine empurrando seu carrinho.

– E você, Kath, como anda seu coração? – perguntou, enquanto tomava o carrinho da mão dela entregando-o para Eduardo.

Ela corou.

– Não tenho ninguém em mente, tia. – disse corando. Sarah a olhou desconfiada.

– Sei, mas se tiver, eu vou descobrir, e você sabe disso – disse dando um sorriso maroto.

Katherine sabia de quem James podia ter puxado.

– Pai, onde esta a lareira? – perguntou Josh.

– Mudança de planos, vamos passar o natal na mansão dos Potter. Plink irá trazer nossas coisas – disse Eduardo e Katherine abriu um grande sorriso.

(Eu estava tentando inventar um bom nome pra um Elfo Doméstico e Plink veio na minha cabeça. E eu gostei *-*)

– James, você vai ter que me aguentar – disse rindo, enquanto James fazia uma cara melancólica.

– Por que, meu Merlin, por que? – todos riram.

– Vamos pra lá a maneira trouxa? – perguntou Katherine, enquanto pegava seu irmão no colo, mas ele se debatia tentando se soltar.- Aff, Josh, por que você teve de crescer? Agora ‘tá pesado e eu gostava de te pegar no colo.

Fez biquinho. Josh bufou, ainda tentando se soltar.

– Me larga, Katherine, esta me fazendo passar vergonha – disse e Katherine o soltou e ela a olhou incrédula.

– Eu que tinha um pirralho nos meus braços e você que passa vergonha? – perguntou e ouviu a risada/latido de Sirius.

– E você não pode rir muito não. Não quero que me vejam ao lado de um menino com cabelo de menina – disse enquanto andava mais rápido, em direção ao carro.

Foi a vez de Katherine e James rirem, enquanto Sirius passava as mãos no cabelos.

– Agora deu mesmo. Katherine, você deu muita liberdade pro seu irmão – disse passando as mão no cabelo. Katherine acompanhou os movimentos com os olhos, o que não passou despercebido pela mãe de James, que sorriu.

Katherine deu de ombros.

– Vem, garota lerda – disse Kath para Sirius enquanto ria, Sirius a olhou emburrado.

E assim eles foram até o carro, brincando um com o outro, aquele Natal seriam as mais loucas possíveis.