Capítulo 16 – Um quase Mapa do Maroto.

As semanas estavam passando e logo o ano estava quase no final. Os N.O.Ms estavam chegando e os alunos estavam cada vez mais desesperados. Todas as matérias estavam puxadas, eram muitos deveres e muita pressão. Alguns estudantes tinham constantes ataques de nervos e iam para a enfermaria, onde eram medicados com poções para o sono e calmantes.

Katherine também não estava diferente. Estava uma pilha de nervos. 40 cm de pergaminho para Transfiguração e poções, 35 cm para História da Magia. Que diabos interresa a revolta dos duendes? E ainda tinha a questão da animagia, ela não achava tempo para estudar sobre o assunto ou falar com os outros. James estava quase desmaiando de cansaço, por chegar das detenções e ter que passar a noite em claro fazendo seus deveres e não podia acompanhar Remo na semana de Lua-Cheia. Sirius estava do mesmo jeito, só que Remo era o mais atrasado. Mesmo sendo o mais certinho, estava na semana de Lua-Cheia, então Katherine estava fazendo as tarefas pra ele. Então, sua cabeça estava cheia. Ela estava de mal-humor e seus nervos estavam explodindo. Sarah Thompson estava na enfermaria após acordar a noite gritando achando que tinha perdido o N.O.Ms de Herbologia, mesmo que os testes ainda não haviam nem começado.

A biblioteca estava lotada constantemente, fazendo a bibliotecária quase estrangular os alunos por sujarem e por fazerem barulho. Hogwarts estava um caos, principalmente entre os alunos do quinto ano. Em todos os corredores havia estudantes se esbarrando por estarem concentrados na leitura de algum livro, dormindo em aulas por estar cansado ou então simplesmente surtar, como Sarah;

Katherine estava em frente a lareira da torre da grifinória, massageando a cabeça, havia esquecido o livro de poções e acabou levando o de DCAT. Horácio Slughorn a adorava e ela não sabia o porquê. Ela era boa em poções, isso para não dizer ótima, mas não era pra tudo isso. Ele estava ainda mais grudento quando ela se recusou a entrar em um clube que ele havia criado (esqueci o nome ;p). Quando voltou, a aula foi mais tediosa do que as outras. Cada movimento que ela fazia era um elogio, o mais idiota de todos foi:

“- Olhe lá, a Srtª Stevens pegou o ingrediente certo sem olhar no livro. Sigam o exemplo dela”.

O dia fora extremamente chato. A vontade de não ir a nenhuma aula aumentava a cada passo. A vontade de dormir era grande, passara metade da madrugada fazendo 25 cm para astronomia, 25 cm pra ela e 25cm para Remo. Estava exausta, os olhos quase fechando, e para sua total alegria, a próxima era história da magia.

Dormiu a aula inteira, não viu o Profº Binns atravessar o quadro negro e começar sua aula chata e monótona. Ela caiu no sono logo em seguida, não sabe o quanto dormiu, mas acordou ao sentir uma coisa macia abaixo de si.

Abriu os olhos e viu dois olhos azuis a olharem nos olhos. Sirius estava a observando, ela olhou para os lados, desorientada e se viu no dormitório masculino. Ela levantou e coçou a cabeça e perguntou:

– Porque eu ‘to aqui? – perguntou olhando para Sirius que estava sentado a beira da cama.

– Bem, você simplesmente apagou na aula do Binns – respondeu. – ninguém conseguiu te acordar e aquela era minha próxima aula, te levei pra enfermaria e Madame Pomfrey disse que você não estava dormindo direito, então era pra eu te levar pro dormitório, como eu não achei nenhuma menina e nem posso subir no dormitório feminino, te trouxe pra cá. – disse sorrindo de lado.

– Porque não está na sua aula? – perguntou se deitando novamente.

– Ele me deixou ficar aqui, nada melhor do que inventar uma desculpa encima de quem tem um problema – disse e Kath riu.

Eles ficaram em um silêncio momentâneo.

– Então, o que vamos fazer? – perguntou Katherine.

– Bem, não é aconselhável sair agora – disse Sirius com um ar maroto.

– O que você fez? – perguntou Katherine com os olhos fechados.

– Bombas de bosta no banheiro dos monitores – disse rindo e Katherine riu também.

– ótimo – aprovou, abriu os olhos rapidamente. – que tal me ajuda na missão A.I?

Ele se animou também. Pegou os livros sobre o assunto, que Remo tentou, sem sucesso esconder e começou a falar o que ele tinha feito para se transformar em um.

– Eu quero ver. – disse Katherine animada.

– OK – disse também animado, Sirius foi diminuindo, até ficar em quatro patas. Era um cachorro preto grande, com patas fofas que realmente pareciam almofadas. Ele latiu pulando em cima de Katherine e a lambendo, a fazendo rir. O cachorro se transformou em Sirius Black novamente, que ainda estava por cima dela. Parando de sorrir ela o encarou seus olhos azuis brilhantes e boca convidativa...

Não! Ela não ia beijar ele. Ontem mesmo, ele estava se agarrando com uma loira da corvinal na sua frente. Ela não era qualquer uma não se entregaria assim.

Ela se esquivou e pegou o livro mais próximo fingindo estar interresada em um parágrafo qualquer. Sirius fico meio estático por um momento, mas logo se recuperou e decidiu não tocar no assunto. Depois disso, os dois ficaram em silêncio absoluto, até que James apareceu pulando.

– Quero os dois na enfermaria. – disse Alegre. – e chamem Pedro.

E saiu saltitando. Eles se entreolharam e foram procurar Pedro. Ele estava em uma sala vazia com seu rato, Leite (por ser branco) e o contaram, juntos, foram para a enfermaria.

Ao chegar lá, pediram permissão para Madame Pomfrey que deixou resmungando. James já estava lá, ao lado de Remo que, apesar de muito machucado, estava com a expressão curiosa.

– Bem – começou James. – eu trouxe vocês aqui pra falar sobre uma coisa que eu andei testando. – disse.

– E... – pressionou Katherine curiosa.

– E aqui está – puxou do bolso um pedaço de pergaminho que se abria em varias partes, tinha uma aparência de velho.

– E o que esse pergaminho tem de tão especial, Pontas? – perguntou Sirius, se encostando á parede.

– Isso – disse encostando a ponta da varinha, logo o pergaminho começou a criar linhas e formas iguais a da enfermaria, só tinha a imagem no centro e não era muito visível, parecia que não tinha tinta o suficiente, e em um canto daquela sala, havia cinco pontos com os nomes “Stevens” ”Potter” ”Lupin” ”Black” e ”Pettigrew”

Todos encararam espantados.

– Por que nossos sobrenomes estão ai? – perguntou Remo, que se levantava com esforço.

– Bem, aquele dia, da Sala Precisa a Kath me deu uma ideia – sorriu para ela – Um mapa onde nós poderíamos ver onde todos estavam. Eu estava na detenção quando tentei, foi meio difícil, mas eu consegui.

Katherine se animou.

– Poderíamos aperfeiçoar, acho que com todos juntos, conseguiremos deixar a tinta mais forte, por exemplo – disse.

– Tentar colocar Hogwarts inteira – disse Sirius animado.

– E uma abertura especial – disse Remo, que pareceu animado mesmo com sue rosto cansado.

Eles ficaram por alguns minutos antes de serem expulsos por Madame Pomfrey “Ele precisa se recuperar e não ficar falando besteiras – disse enquanto empurrava todos para fora.”