Capítulo 12 – O que eu fiz?

Katherine abriu os olhos devagar, a luz que adentrava o quarto por uma janela da parede esquerda estava diretamente em seu rosto. Sentiu sua cabeça latejar e colocou a mão na cabeça, sentia um braço musculoso e um cheiro amadeirado adentrar suas narinas. Estava meio insegura, não se lembrava direito do que fizera na noite anterior. Olhou para seu corpo, estava nua, em lençóis pretos de seda, e havia... chupões pela extensão de seu busto, mordidas e arranhões. Ela arregalou os olhos.

Olhou para o lado e viu inconfundíveis cabelos negros esparramados no travesseiro, ele dormia serenamente em um sono pesado de ressaca. Sua boca se abriu em um perfeito “O”.

Dois beijos eram relevantes, poderiam acontecer com qualquer um. Mas, uma noite de sexo? Era algo que deveria ser pensado com atencedencia. Não que ela fosse virgem, mas não era igual a aquelas exibidas que não largavam de Sirius.

O que ela estava fazendo? Lembrando de Sirius e suas ficantes, enquanto esta dividindo a mesma cama com ele? Se remexeu, tentando se soltar do braço musculoso e sentiu algo duro e grande encostar a sua coxa. Ela gelou.

Olhou por dentro dos lençóis e constatou ser sua varinha, soltou a respiração que não percebera ter prendido e resolveu acordar Sirius. Consciente que seu rosto devia estar parecendo um tomate, balançou Sirius pelos ombros.

– Sirius... – sussurrou baixinho, enquanto o balançava. – Sirius! – disse um pouco mais alto. – SIRIUS! – berrou e o homem de olhos azuis acordou assustado.

Ele olhou em volta confuso, e seu olhar parou em Katherine, a mediu de cima a baixo, seus olhos parando no busto cheios de marcas, ela nua em sua cama e seu cheiro se sexo. Sorriu maliciosamente pro um minuto depois ficou sério novamente.

– O que eu fiz? – ele disse para si mesmo.

– O nós fizemos? – corrigiu Katherine, com sua voz rouca.

– Bem, considerando nosso estados – seus olhos percorreram a perna exposta de Katherine, que estava entrelaçada com a sua. Ela corou até a raiz do cabelo e tentou separá-la, mas Sirius a impediu – nós fizemos sexo. – disse prolongando a palavra final, segurando a perna de Katherine e passando a mão por toda sua extensão.

Katherine fechou os olhos, sentiu os lábios quentes e macios de Sirius em seu pescoço, mas lembrou-se que tinham aula e que, por mais que gostasse da situação, ele era seu amigo. O melhor amigo do seu melhor amigo.

– temos que ir pra s-sala – fraquejou um pouco ao sentir os lábios de Sirius irem para sua orelha, seu ponto fraco.

– Desde quando ligamos para elas? – sussurrou com uma voz rouca e cheia de desejo.

Katherine estremeceu violentamente. Oh mérlin! Não sabia se encarava a situação como um desastre ou como um presente. Fala sério! Era Sirius Black ao seu lado. Qualquer uma ficaria assim.

Ela vacilou, e nesse momento, as mãos de Sirius, passaram por toda a lateral de seu corpo, roçando levemente nos seios. Ela não conseguiu resistir.

Era tentação demais.

(...)

Quando saíram do quarto, devidamente arrumados, cheirando a sexo, com as roupas amassadas e meio destruídas, encontraram a sala praticamente vazia. Em meio a vários estudantes desmaiados no meio do salão, avistaram Samanta, dormindo que nem uma pedra no peito de um garoto, que Katherine lembrava-se ter visto com as vestes da Corvinal.

Estava uma bagunça, eram roupas, copos, vidros quebrados, bebidas esparramadas, estudantes bêbados e desmaiados. Ela se perguntou como Samanta arrumaria tudo.

Pegou a mão de Sirius e o puxou para a saída. Abriu a porta, olhando pros lados e não avistou ninguém. Fez um sinal com a cabeça para Sirius a seguir e saiu correndo.

Após alguns minutos, chegara a torre da Grifinória, que estava vazia. Haviam perdido as primeiras aulas e subiu para o dormitório feminino sem olhar para Sirius.

Como o olharia depois de tudo? Estava envergonhada e com medo de sua reação. Congelou após um pensamento. James era esperto, teria percebido que Sirius e Katherine haviam sumido no mesmo instante e não voltaram depois. Estavam perdidos.

Depois de um banho relaxante, se vestiu rapidamente com suas vestes e desceu, atravessando o salão comunal, foi para o dormitório masculino e entrando no dormitório que sabia ser dos seus amigos.

Sirius estava deitado de barriga pra baixo, sem camisa, com os cabelos molhados e parecia estar dormindo. Katherine voltou para a porta mais ouviu um resmungo:

– Pode entrar, Kath, sei que está ai. – resmungou Sirius.

Ela entrou completamente. Contou-lhe sobre o pensamento sobre James e Sirius confirmara. Ainda estava corada e Sirius passou o dedo indicador por sua bochecha.

– Não precisa se envergonhar – disse chegando mais perto dela. – Não aconteceu nada demais.

– Como assim não aconteceu nada demais? – tinha o pressentimento, que se Sirius não estivesse tão próximo, haveria gritado. – Nós fizemos... sexo ontem a noite e hoje de manhã.

– Nada que pessoas normais não fazem. – disse Sirius risonho, danod um selinho em Katherine – Conversaremos sobre isso depois.

Katherine ficou um pouco desapontada, mas assentiu.

– Vamos, se arruma, vamos para a aula – disse se levantando, Sirius riu gostosamente.

– Você está louca? – disse risonho – hoje não tem nada de importante mesmo, e se eu não fui nas primeiras, por que me importaria com as outras?

– Você vai acabar reprovando nos N.O.M’s – repreendeu Katherine, se ajeitando na cama de James.

– Você não parece ligar mutio também – comentou Sirius.

– Sou inteligente por natureza. – disse Katherine, com um tom arrogante.

– Não acho – disse Sirius, brincando. Ela ficou ofendida.

– Me acha burra? – quase berrou.

– Não, só acho que seus neurônios saíram correndo com medo de pifarem – disse rindo, enquanto Katherine fechava a cara. – viu como é ruim ser zoada?

– Com você é engraçado por que é verdade- Disse rindo, com o tom de quem dissesse “e agora? Que é a boa?”

Ele revirou os olhos.

– Vamos dormir? Minha cabeça esta explodindo – disse se cobrindo, ela assentiu e se levantou.

– Vou no dormitório das meninas e já volto. – mentiu, mas Sirius pareceu com tanto sono que nem percebeu.

Ela iria preparar uma poção anticoncepcional, afinal, não queria ter filhos tão cedo.