Eu ainda gritava desesperada:

– AHH! MERDA! TEM COBRAS ME PERSEGUINDO! SOCORRO!

– Corra garota! Você não poderá me derrotar! – ria Medusa.

Nós corríamos por todo o castelo. Enquanto corria, eu lamentava:

– Por que fiquei com este bastão inútil? Na Família Nasegawa, os
artefatos são passados de pai para filho. Meus irmãos ganharam espadas e escudos, enquanto eu fiquei com este bastão que não serve para porra nenhuma!

022-The logic of courage!

– Merda! Onde a garota se escondeu? – reclamou Medusa.

Eu me escondi em uma das salas do castelo. Estava tentando fugir das cobras.

– O QUE EU ESTOU FAZENDO?! – perguntei-me, revoltada. – EU NÃO DEVIA DE ESTAR COM MEDO DELA! EU DEVIA ENFRENTÁLA! ALÉM DISSO...

Ei, se eu enfrentá-la e derrotá-la, provarei que sou melhor que a vadia da Ritsu, e o Tetsuya-kun irá se apaixonar por mim.

VISÃO DA MIDORI

Tetsuya: Ó, Midori, como você é corajosa e forte. Mais forte e corajosa do que a feiosa da Ritsu.

Midori: Hi,Hi... Eu sei... Sou muuuuiiitooo melhor do que ela.

Tetsuya: O que você acha de se casar comigo?

Midori: SIM! Eu aceito me casar com você! ♥

Tetsuya: Então, vamos nos casar, transar, e gerar um monte de filhos!

Midori: Sim! Aliás, porque não vamos para a cama agora?

Tetsuya: Boa ideia.

Midori: Siiiim! E nada de usar camisinha! ♥

Tetsuya: Certo! Vamos agora...

AQUI TERMINA A VISÃO DA MIDORI (OBS: a coisa estava ficando um pouco ****, por isso decidimos censurar).

– Awmmm! Como isso seria bom! Ver o Tetsuya nu é uma visão do paraíso.

– Achei você! – disse Medusa, que apareceu atrás de mim. Fui burra. Eu estava prestando atenção na ‘’visão do paraíso’’, que não percebi Medusa se aproximando.

– Não! Eu não vou fugir! – falei. – Se eu quero ver o Tetsuya pelado,
terei de derrotar essa daí!

Peguei a Ártemis, e apontei ela para Medusa.. Preparei-me para ativar seu poder.

– Espero que este ataque seja útil. – falei. – Long Distance!

O bastão começou a crescer. Esticou-se, se esticou até ficar longe. Medusa teve de se desviar ou a Ártemis atingiria seu rosto.

‘’Opa! Esse poder é interessante... ’’ pensei. ‘’ E se eu puder... ’’

Ártemis voltou ao seu tamanho normal. Comecei a correr.

– Não sei direito que tipo de poder era aquele, mas eu não me
intimidarei diante dele. – riu Medusa, que começou a me perseguir.

Chegamos a uma área onde havia vários pilares.

Lá parei de correr.

– Long Distance! – falei. E Ártemis cresceu de novo. – Agora toma
essa!

Com a Ártemis, derrubei dos pilares de uma vez em cima do exército de cobras de Medusa. Todas elas foram esmagadas.

– Não é possível! Minhas cobras... – Exclamou Medusa, surpresa.

– E agora? Eu provei que não sou só uma garota linda com um belo corpão. – falei rindo.

Medusa se enfurece. Ela então pega uns óculos e os coloca. Uma luz branca surgiu tão forte que tive de virar para o lado.

– O que é isso? – perguntei, quando estava me virando para olhar. Porém, parei. Tive a sensação que não devia olhar. – Pérai... Você colocou uns óculos cafonas, então, deve de ter algum poder aí.

– Acertou queridinha. – riu Medusa. – Você conhece o mito de Perseu, um herói da mitologia grega?

– Sim, eu conheço... – logo, percebi qual devia de ser o poder daqueles óculos. – Não me diga que enquanto você estiver com esses óculos, quem olhar nos seus olhos, vai se transformar em pedra?

– Isso mesmo! – Medusa ria. – Assim como no mito, eu também possuo esse poder, igual ao da minha chara.

–Mas, eu ainda posso lutar! – falei. – É só não olhar em seus olhos.

Corri até ela de olhos fechados. O problema é que eu não conseguia
enxergar o que tinha a minha frente. Por isso, trombava em paredes ou pilares. Tentava acertar Medusa com a Ártemis, mas eu só quebrava as coisas ao redor.

– Há! Prepare-se para morrer aqui! – Medusa estava rindo. Não sei de onde ela vinha, e nem com o que ela estava atacando, só sei que ela estava me atacando, com alguma coisa afiada. Uma faca? Ou uma espada? De qualquer forma, enquanto eu estava de olhos fechados, sentia a espada/faca atravessar meu corpo. Sentia o meu sangue espirrar para fora. Eu iria morrer.

– Prepare-se para o golpe final! – disse Medusa. – Morra!

Peguei a Ártemis, e fiquei balançando para todos os lados. Foi quando senti bater em alguma coisa. Poucos segundos depois, ouvi o barulho de algo caindo e se quebrando. Arrisquei olhar. Quando olhei, vi meu corpo cheio de cortes, sangrado. Vi que Medusa estava no chão agachada. Ela usava uma foice para tentar me matar. Os óculos dela estavam no chão quebrados.

– Meus óculos... – disse Medusa. – MEUS ÓCULOS! MEUS PRECIOSOS ÓCULOS, VOCÊ QUEBROU, SUA PUTINHA!

Entendi a situação: Enquanto ficava balançando a Ártemis de lá para cá, acidentalmente, acertei o rosto de Medusa. Fiz com que os óculos dela saíssem voando e caíssem no chão, e se quebrassem.

– Beleza! Consegui me livrar do problema maior! – falei.

– SUA MALDITA! VOU ACABAR COM VOCÊ!!! – gritou Medusa, que veio em minha direção com sua foice. Imediatamente, ativei a Ártemis.

– Shield! – gritei. Um escudo se formou no meu bastão, que me
protegeu do ataque da foice. A lâmina da foice se espatifou.

– O quê?! – Medusa estava espantada.

– Há! Lá se vai sua foice! – falei.

Medusa não desistiu. Pegou uma espada, e cortou minha barriga.

– Esta espada, além de cortar as coisas, também me mostra seus
pensamentos mais íntimos. – disse Medusa. – Agora, saberei seus medos e seus pesadelos!

Uma luz surgiu em meu ferimento. Ela começou a emitir imagens, como um projetor de cinema.

Porém, as imagens que apareceram foram do Tetsuya nu.

– O quê? Que tipos de pensamentos são estes? – perguntou Medusa. – Cadê as imagens de seu passado e de seus medos?

– Desculpe-me. – falei. – Mas o resto só em Pay-per-view.

– Não é possível! – exclamou Medusa. – Eu não posso estar perdendo!

– Está sim! Agora se prepare!

Peguei a Ártemis.

– Fleurs de vol! – Ártemis se tornou mais grossa – Midori Home Run!

Atingi Ártemis na cara da Medusa, e a mandei voando.

– Isso! Midori vence sua primeira luta! – falei, dando pulos de alegria. – Quando o Tetsuya-kun ficar sabendo disso, aposto que ele se apaixonará por mim!

O castelo medieval se desfez, e eu me vi na sala onde tudo começou.

CONTINUA
NO CAPÍTULO 023

HANKO HIGH SCHOOL # 22