– Vamos nessa! – falei.

Começamos a lutar. Espada contra espada. Lâmina contra lâmina. Orgulho contra orgulho.

A espada de Ed era de ferro e pequena. Porém, percebi pela força que Ed é um excelente espadachim.

016- Tetsuya V.S. Ed- Part 1

– Você é lento! – disse Ed. Ele soltou uma das mãos da espada, e fez um gesto de mão. – Kuroha, a Onda Negra.

Uma forte onda de energia negra me atingiu, me jogando para longe. Eu fiquei ensanguentado, cheio de cortes.

– Então, você sobreviveu? Você tem muita sorte. – disse Ed. – Uma pessoa comum teria morrido.

– Acontece que eu não sou uma pessoa comum. – falei.

Levantei-me e corri até ele com minha espada.

– Hi no kogane no nami, a Onda Dourada de Fogo!( 火の黄金の波) – gritei, enquanto lançava uma onda de energia dourada em Ed. Porém, ele a parou com uma única mão, o que me deixou surpreso.

– Suas técnicas são interessantes. – disse Ed. – Mas tão fracas.

Ed desapareceu num piscar de olhos. De repente ele aparece atrás de mim. Ed enfia sua espada nas minhas costas. Jorra sangue. Depois, ele me acerta com um golpe que me faz sair voando e bater em um pilar de gelo, que se quebrou com o impacto.

– Desista moleque. – disse Ed. – Você não poderá me derrotar. Não com estes golpes fracos e com seus reflexos lentos.

Eu me levantei. Mesmo todo ensanguentado e vomitando sangue, me levantei.

– Kogane no honō no hōtei, o Tribunal de Chama Dourada!( 黄金の炎の法廷) – gritei, enquanto lançava um feixe dourado de fogo muito poderoso e extremamente cortante. Ed tentou pará-lo como fez com o primeiro ataque, mas não conseguiu. Foi empurrado para trás, sangrando. Sua mão esquerda, que ele usou para tentar parar meu ataque, agora tinha um corte.

– ‘’Fracos’’? Acha que meus ataques são fracos? – perguntei.

– Admito que te subestimes. – disse Ed. – Mas, isso não significa que você ganhou. Garoto, você não sabe com o que está se metendo.

– Sei muito bem com o que estou me metendo. – falei.

– Se sabe, por que você luta? Você já sabe que você irá libertar
Satanás, de algum jeito. Por que não se rende?

– Quer saber por que eu luto? – perguntei. – Luto pelos meus amigos.

– Pelos amigos?

– Sim. Desde que eu entrei no colegial aprendi várias coisas. – falei.
Ergui minha espada de luz. – Aprendi que a dor de nossos amigos também é a nossa dor...

– Quanta besteira! – disse Ed, já abalado. – Amigos são coisas que não devemos ter! Eu não preciso de amigos, pois para mim, é melhor ficar sozinho do que ter amigos que depois vão te trair pelas costas!

Ed desaparece e reaparece atrás de mim. Porém, eu bloqueei o ataque dele.

– O que?! – Ed ficou surpreso.

–... Aprendi que para dar o meu melhor, não preciso depender de fatores externos. Depende só de mim.

Virei-me e cortei a barriga de Ed com um golpe. Jorra sangue do
ferimento.

– Não é possível! Como eu posso estar perdendo?! – exclamou Ed.

– Isso é porque você me subestimou. – falei. – E porque você não tem amigos.

– O quê?!

– Não se luta para talvez vencer, mas sim porque temos de vencer! – suspirei. – Você... Disse que não tem amigos, não é?

– SIM! EU NÃO TENHO!

Olhei nos olhos dele, e comecei a falar:

– Saiba que temos a opção de ficar com amigos ou ficar sozinhos... Mas ninguém consegue viver sozinho... Ninguém pode ficar sozinho, e quando se está com amigos verdadeiros, não há o que temer.

– NÃO! EU POSSO VIVER NA SOLIDÃO! – gritou Ed. – Já que você quer lutar a sério, já chega dessas coisas.

Ele se levantou, ergueu a espada, e começou a recitar:

– Voe, e arranque a cabeça de seu oponente... Murciélago Rojo!

Um forte circulo de luz vermelha se formou em volta de Ed. Ele então aparece com asas de morcego vermelhas, uma cauda vermelha. Ses ferimentos sumiram. Sua espada, agora, estava enorme, do tamanho de uma árvore.

– Este é meu verdadeiro poder. – disse Ed. – Agora, morra!

Ed começou a voar em volta de mim. Tentei acertá-lo com minha espada, mas não conseguia atingir Ed. Ed, porém, desferia golpes em mim, que também não conseguia me desviar. Quando vi, eu estava ensanguentado, e todo ferido.

– É o seu fim. – disse Ed. – Você vai morrer!

CONTINUA NO CAPÍTULO 017