Sentei-me ao lado do Liam, que praticamente me puxou para lá, e Harry sentou-se ao meu lado puxando-me para mais perto de si – ainda com cara de merda.

“Então Prim, o que faz em Londres?” Louis perguntou depois de chocar uma mão à outra.

“Vim trabalhar e… trabalhar.” Falei indiferente e eles me encararam curiosos. “Ok, eu trabalho como estilista na Forever 21 britânica.” Disse assentindo lentamente como quem diz ‘pois é… ’. Eles me olharam surpresos e apenas sorri.

“Sério?” Niall perguntou intrigado. Assenti novamente e Zayn disse rapidamente:

“Conte-me quais são seus planos. Eu tô solteiro, só pra informar…” Ri de seu ultimo comentário e sorri.

“Bom saber…” Falei e rimos “Por enquanto eu ainda tô trabalhando na coleção de Inverno.”

“Faz uma roupa pra mim?” Liam perguntou com uma carinha de cachorro que acabou de cair de um caminhão de mudanças.

“Claro, vou pensar no seu caso… Quem sabe um dia, talvez.” Disse rindo e ele apenas me encarou seriamente.

Conversamos bastante sobre algumas coisas como a minha vinda e eles queriam saber mais sobre mim, ou como dizem:

“Mais do que o Harry já fala.”

Mas notei que Harry ficou calado por vários instantes, até que em um momento ele me chamou para o seu quarto.

“Eu estava com saudades” ele disse, quebrando o silêncio agradável que se instalara em seu quarto há pouco.

“Senti sua falta também” falei sem olhar para ele, fingindo que não me importava. Mas a verdade? Eu quase morri sem ele. Não era a mesma coisa acordar sozinha, tomar café quieta e calada, apenas dormir à noite, chegar a casa depois do trabalho e encontrar tudo conforme eu deixava antes de sair… Foi difícil e incomodo.

“Eu sei que você está chateada comigo e, provavelmente, nunca mais vai querer voltar… a… ser só…” ele falou devagar e, por fim, continuou: “… minha.”.

Encarei-o e ele desviou o olhar, fitando o chão como se o arrependimento por ter dito aquilo segundos atrás viesse até ele. Virei seu rosto e selei nossos lábios.

Percebi que ele ficou um pouco confuso, mas logo suas mãos encontraram minha cintura, puxando-me e me deixando por cima de si. Deitados e ofegantes. Nossos olhos se encontraram. Seu olhar penetrante me hipnotizava, e aquela corrente elétrica, dessa vez mais arrepiante, percorreu novamente meu corpo. Senti suas mãos levantando minha blusa. Cada toque seu em minha pele parecia uma trilha de fogo que se ascendia. Minhas mãos arranhavam sua barriga e peitoral, nos beijávamos voraz e urgentemente. Tirei sua blusa calmamente, e ele encostou-se à cabeceira da cama, me deixando por cima com as pernas em volta de sua cintura. Minha boca procurava a sua, procurava o caminho para a perdição e o paraíso. Ele puxou minha calça para baixo, o ajudei tirando o resto. Dei-lhe um selinho e desabotoei sua calça, ele me agarrou e me abraçou.

“Eu te amo” falou ele.

“Tem certeza?” perguntei em um tom provocante.

“Desde que te conheci de verdade.” Ele disse e me beijou, tirando sua calça. Percebi aquele volume crescer mais por debaixo de sua cueca preta. Beijei-o mais uma vez. Naquele momento eu sabia que precisava dele mais do que qualquer coisa.

Ele passou a mão por meus seios, passando pela cintura e terminando com ela por baixo de minha calcinha. Ele penetrou um dedo em minha intimidade e eu gemi baixinho. Beijamos-nos e tudo ficava cada vez mais quente. Comecei a baixar sua cueca e ele encarou-me com um sorriso malicioso. Mordi o lábio inferior e ri. Ele tirou minha calcinha lentamente e me pegou pela cintura, fazendo com que eu ficasse sentada em seu membro. Aos poucos a intensidade e velocidade iam aumentando, e os gemidos eram cada vez mais altos. O prazer era predominante. Paramos e ele veio para cima de mim e me beijou.

“Harry… Os garotos estão em casa…” Falei a ele, que riu. Olhei para ele sem entender.

“Calma. Aposto que eles não ouvirão nada.” Ele disse beijando meu pescoço e riu.

Ele me penetrou mais uma vez, mas com mais força. Eu gemi alto e ele tapou um pouco minha boca, abafando o som. Mordi sua mão levemente e ele a tirou. Dei uma risadinha e virei o rosto. Ele beijou-me e olhou em meus olhos.

“Senti falta disso.” Ele falou em meu ouvido.

“Eu também, muito…” Falei ofegante, enquanto ele fazia movimentos lentos. Aos poucos a velocidade foi diminuindo e chegamos ao nosso ápice. Ele se deitou ao meu lado, cobrindo-se com o lençol. Virei-me para ele e o mesmo sorriu. Puxei-o para um beijo e ele me abraçou.

The Way I Loved You

“Oi mãe.” Falei quando vi a mulher loira sempre com a mesma linda aparência que me abriu a porta poucos minutos depois de tocar a campainha. Um sorriso apareceu em seu rosto ao ver-me e pensar em como eu mudei tanto nos últimos quatro anos que passei longe de si.

“Prim… Quanto tempo!” Ela disse me abraçando e logo afagou meu rosto com as costas da mão direita, e com a esquerda em meu cabelo, dizendo: “Como você cresceu. E cada vez mais linda!”

“Obrigada mãe, a senhora também continua sempre linda. O tempo é sempre generoso consigo…” Falei e rimos. Ela puxou-me devagar pela mão para que entrássemos. Aquela casa sempre me trazia boas lembranças de minha infância.

“Silly tem perguntado por você. Ela viria comigo hoje, mas não pôde por causa do trabalho.” Disse e ela me encarou tomando um gole de seu chá, quando já estávamos sentadas nas antigas poltronas floridas onde eu tanto brincava de chá das quatro com Silly e nossos bonecos de pelúcia.

“Quem?” Ela disse aparentemente confusa.

“Silena.” Falei como se fosse óbvio. “Não se lembra dela?”

“Apenas me lembro de duas adolescentes loiras correndo pela casa com revistas do Justin Timberlake em mãos…” Ela falou fazendo piada de nossa juventude. “É uma pena, gostaria de vê-la.”

“Ela disse o mesmo, mas também disse que arranjará tempo brevemente para visitá-la esses dias.” Eu disse e sorri.

“Então, e o seu noivo? Não me mandou o convite do casamento. O que aconteceu?” Ela disse inocentemente. É claro, ela não soubera do acontecido no passado… E não tinha culpa em fazer-me lembrar do que se passou há dois anos.

“Nós… Não estamos mais juntos há alguns anos…” Eu por fim disse e ela olhou-me com uma expressão arrependida por ter dito aquilo. Não havia problema, como eu disse: não a culparia.

“Desculpe… Eu não sabia querida… Eu sinto muito.” Ela disse me abraçando, apenas retribui. Ela encarou-me novamente e disse: “O que aconteceu?” Como dever de mãe ela queria saber o que aconteceu com sua pequena filha. Contei-lhe tudo, até o que aconteceu dois dias atrás. Quer dizer… Menos aquela pequena parte que mães não necessitam saber.

“Ah vamos! Por favor?” Harry falou ao entrar no meu apartamento.

“Eu não sei se é uma boa ideia… Ela é sua namorada e…” Eu protestei, mas ele me interrompeu dizendo:

“Ela é minha namorada, mas eu aposto que ela vai gostar de você.” Disse ele que sorriu a seguir.

“Mas eu vou para a casa dela sem ser convidada? Nem pensar!” Falei colocando as roupas no armário, ele riu.

“Eu já falei com ela…” Ele disse e me abraçou ainda rindo – talvez de minha velha mania de fazer muito caso por ir à casa dos outros de ultima hora.

“Harry… Você precisa realmente parar com isso…” Falei e retribui o abraço. “E para de rir!” Disse saindo de seus braços, no mesmo instante ele tentou parar, mas foi em vão.

The Way I Loved You

Coloquei os saltos pretos, peguei minha bolsa e fui abrir a porta. Silena estava no trabalho, então não podia ir comigo. O pior é que eu teria de ser sínica com Caroline.

Harry estava ali, à minha frente, lindo como sempre. Ele olhou para mim e sorriu. Retribui o sorriso, um pouco envergonhada.

“Você está linda!” Senti minhas bochechas arderem ao ouvir isso.

“Obrigada. Você também… lindo.” Falei um pouco atrapalhada depois de nos abraçarmos. Ele estendeu o braço e disse:

“Vamos?” Enganchei meu braço esquerdo no seu e sorrimos. Fomos até ao carro jogando conversa fora.

Ele abriu a porta para mim e entrei. Logo a seguir ele entrou do outro lado e deu partida no carro. Liguei o rádio e tocava ‘Love is here – Sonohra’. Ele pareceu ficar um pouco incomodado, então disse:

“Quer que mude?” ele parou o carro, pois o sinal acabara de fechar, encarou-me e surpreendeu-me com um beijo calmo e doce. Era estranho esse efeito que ele tinha sobre mim. Ele tinha-me em mãos quando bem entendia e queria… Seu beijo era cheio de carinho e viciante. Inicialmente fiquei sem reação, mas depois correspondi. O sinal abriu e ele continuou andando com o carro, calado.

“Ahn… Quantos anos ela faz?” Disse querendo quebrar o silêncio.

“Hum… Acho que… trinta e três, que eu me lembre.” Falou com pouca certeza.

“Ah, achei que era mais…” Falei normalmente e ele me olhou risonho. Encarei-o confusa.

“Isso foi engraçado.” Ele disse voltando a atenção para a estrada. “Chegamos.” Falou normalmente ao parar o carro.

“Ela vai me fuzilar…” Indaguei em um tom medroso. Saímos do carro e ele me abraçou de lado.

“Fica calma. Ela é legal.” Ele falou me deixando calma – ou ao menos tentando. Paramos em frente à porta e ele ia tocar a campainha, mas antes peguei em seu braço e sussurrei:

“Eu te amo.”

“Eu também te amo.” Ele sussurrou de volta e sorriu. Larguei seu braço e ele tocou a campainha.

Depois de alguns segundos, Caroline apareceu na porta e sorriu para mim.

“Olá querida, até que enfim te conheci!” ela disse e me abraçou.

“Digo o mesmo.” Falei tentando ser simpática. Ela soltou-me devagar e deu um selinho rápido no Harry.

“Venham, entrem.” Ela falou e me puxou para dentro. Os meninos já lá estavam, me cumprimentaram e sentei-me ao lado deles, enquanto Harry foi só Deus sabe onde.

“Conseguiu ser simpática?” Zayn perguntou-me, como se conhecesse-me à anos, e todos rimos.

“Não sei, acho que sim…” Falei.

“A falsidade estava estampada na cara dela quando voltaram…” Louis disse olhando para os lados, certificando-se de que ninguém ouvira o que disse. Ri de seu comentário e olhei para Caroline e Harry, que conversavam com alguém na cozinha.

The Way I Loved You

“Venham. Vamos jantar.” Caroline falou ao aparecer, do nada, ao nosso lado. Sorri em retribuição e esperamos ela sair para assim podermos nos levantar.

Sentei-me ao lado de Niall e os outros se espalharam pela grande mesa, e finalmente Caroline sentou-se na primeira cadeira. Algumas pessoas falaram algumas coisas e fizemos um brinde a ele. Serviram um prato para cada um e tiraram a tampa.

Era Spaghetti à napolitana. Parecia bom, na verdade, delicioso. Olhei para Niall e ele sorriu. Peguei um dos mil garfos que havia ao meu lado e comecei a comer. Estava muito bom, como eu pensei. Enquanto comiamos, eu conversava com Niall, estávamos vendo o que faríamos no dia seguinte, talvez fossemos ao shopping. Senti uma volta na barriga, então bebi um pouco de água. Mas como sou muito sortuda, engasguei-me e ao mesmo tempo senti que iria vomitar. Apenas peguei na mão de Niall ao me levantar e fui correndo para o banheiro. Vomitei tudo o que comi. Niall segurou meu cabelo para que não sujasse.

“Você está bem?” Ele perguntou ao me levantar e bochechar água.

“Acho que sim, mas ainda um pouco enjoada.”

“Deve ter sido algo que você comeu… Oh não…” Encarei-o assustada e com uma expressão interrogatória. “Eu sei que essa ideia é um pouco estranha, mas…” Ele pausou e por fim disse em um tom misterioso: “Será que colocaram alguma coisa na sua comida?”