The Way I Loved You escrita por driana, yas


Capítulo 2
II - Restart


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente coisas lindas e minhas!
Gostaram do primeiro capitulo?
Espero que sim, porque eu AMEI os reviews de vocês. Muito obrigada ok? =))
Enfim, aproveitem o segundo capitulo e até lá embaixo.
:) xx



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O despertador tocou e com alguma dificuldade, me levantei. Percebi que Silena já estava tomando seu banho no outro banheiro do corredor. Fui até ao meu e tirei o meu pijama. Dentro de casa estava bem fresco (imagina-se do lado de fora), então foi um pouco difícil tirar o pijama tão rapidamente. Liguei o chuveiro na água quente e fui diretamente para debaixo da água corrente. Fechei a porta do Box e relaxei o máximo possível. Era meu ultimo banho naquela casa durante um belo tempo. Peguei um pouco de shampoo e enxaguei o cabelo.

Eu realmente estava com medo do que viria por ai. Estava temendo que o visse em algum lugar e ele me reconhecesse. Eu não queria isso. Primeiro: eu não faria a mínima ideia do que falar depois do que aconteceu. Segundo: e se ele não quisesse me ver? E por fim, terceiro: se ele estivesse com a Caroline, eu não ia nem chegar perto dele. Não conseguiria nem olhar na cara dele, quem diria conversar.

Eu deveria não ter mais nenhuma esperança em meu coração de que iríamos voltar a ser o que éramos antes. Ele não conseguiria curar essa ferida que está aqui ainda, ardendo e me matando cada vez mais. Ele já deveria ter me esquecido, eu não deveria passar apenas de mais uma. É claro que nossa relação durou alguns anos, foi a mais longa que ele teve (e eu também, admito. Mas por mim teria sido bem mais longa.) e não é tão fácil se esquecer dessas coisas. Mas depois de tudo o que aconteceu, eu, sinceramente, não duvido de mais nada vindo dele.

Terminei o banho e sai do banheiro enrolada na toalha. Silly estava lá já quase pronta. Usava uma calça jeans branca, uma blusa rosa quase pêssego e um All Star branco. Eu tinha apenas meia hora para terminar de me arrumar, para podermos ir até à casa do Matheus nos despedirmos. Eu realmente sentiria falta do meu melhor amigo gay.

Peguei a calça jeans que havia separado no dia anterior, uma blusa regata preta e coloquei uma camiseta caída no ombro, branca-transparente, por cima. Calcei um All Star branco também e voltei ao banheiro. Penteei meu cabelo calmamente, fazendo uma trança embutida de lado que ia até um pouco abaixo do ombro. Passei blush levemente, gloss e delineador na parte de cima do olho. Dei uma borrifada do meu perfume “212 sexy” e fui até ao quarto, com o nécessaire na mão. Coloquei-a na mala e fechei.

“Está pronta?” Ouvi Silly dizer e olhei para ela, que por sua vez me encarava. Ela parecia cansada e com sono, estava com uma cara péssima.

“Sim, já vamos?” Perguntei-lhe arqueando as sobrancelhas.

“Temos que ir, combinou com o Math às sete da manhã, lembra?” Ela disse e eu levei a mão ao rosto depois de ver que horas eram. Faltavam cinco minutos para dar sete horas. Peguei minha mala e a minha bolsa e desci rapidamente. É claro, certifiquei-me de que estava certa de que não esqueci nada. Comigo tem que ser sempre assim.

Descemos com as malas e apenas fechamos a porta, afinal já voltávamos. Colocamos as duas no porta bagagens do táxi.

“Pode esperar só um minuto para irmos fechar a casa?” Perguntei ao senhor, que aparentava alguns acabados quarenta anos. Ele assentiu e subimos. Entramos em casa e demos uma olhada pelos cômodos, apenas para ter mesmo total certeza de que não esquecíamos nada ali. Sai primeiro e desci, Silly ainda procurava seu carregador do iPhone. Entrei no taxi e a esperei, o que nem demorou tanto tempo. Como disse a ela antes, deveria estar mesmo na tomada da cozinha.

“Qual é o destino?” O senhor perguntou olhando-nos pelo espelho retrovisor.

120 Rue Elias Howe, 94100 Saint-Maur-des-Fossés” Silena disse, pois era a única que sabia de cor. Na verdade, porque ela era apaixonada pelo Math, já há algum tempo. Mas como ele era gay, não tinha chances né? Quando estávamos quase chegando, o senhor estava com o radio ligado e então, para nossa alegria, começou a tocar ‘What Makes You Beautiful’. Fingi não me importar, e quando chegamos, voei pra fora do carro. É claro que Silly pediu para que o senhor nos esperasse, íamos ali apenas para nos despedirmos de um amigo. Eu já estava tocando a campainha, quando Silly ‘brotou’ ao meu lado. Digo que brotou porque não a vi chegar. Vi Math aparecer no portão com um sorriso torto e algumas lágrimas evidentes no rosto.

“Oh meu anjo” Eu falei ao vê-lo naquele estado e o abracei.

“Prometem pelo menos nunca me esquecer?” Ele disse e o olhei séria.

“Você tá brincando né? Acha mesmo que nós vamos te esquecer, sua cabeça oca?” Falei e rimos.

“Eu já sei que vocês têm que estar no aeroporto em menos de meia hora, então não vou ocupar o tempo. Só queria que se despedissem mesmo.” Ele disse e nos abraçou. Derramamos mais algumas lagrimas e por fim, por mais difícil que tenha sido, fomos. Foi uma viagem silenciosa até ao Aérodrome Charles de Gaulle. Saímos do carro, pegamos as malas e colocamos em um carrinho. Pagamos ao taxista e ele foi embora. Agora éramos apenas nós e tínhamos que nos virar para ir ao lugar certo naquele aeroporto enorme. Passamos pela porta automática e nos encontrávamos já no terminal do check-in. Ainda faltava meia hora para abrir, mas mesmo assim ficamos logo na fila. Já tinha bastante gente indo para Londres naquele voo – o que me admirava, pois não era alta temporada ainda.

“Será que vai demorar muito?” Ouvi Silly murmurar enquanto uma senhora que havia perdido o cartão de embarque reclamava à nossa frente com a atendente. Dei uma cotovelada nela e ela reclamou alguma coisa que não pude ouvir. Por fim a mulher acabou embarcando e fomos logo atendidas. Despachamos as malas – coisa que eu realmente não gostava de fazer – e fomos até ao Starbucks do aeroporto enquanto esperávamos o nosso voo ser chamado. “Quando chegarmos lá, temos que arranjar logo um hotel para ficar essa semana.” Ela disse folheando uma revista de imóveis de vários lugares.

“Eu procurei um na internet, parece-me bom.” Falei bebendo um pouco mais de meu café. Ela me encarou e por fim disse folheando mais rapidamente a revista até parar na seção de ‘Londres’:

“Qual é o nome?”

The Ritz, se não me engano.” Falei passando algumas páginas de uma revista de moda.

“Ah, aqui está. Parece ser bom, mas não acha que deve ser um pouco caro?” Perguntou um pouco receosa. Parei de fazer ‘zapping’ com a revista e a encarei por um momento.

“Claro que é, mas nós podemos. No seu trabalho te pagam por semana um cachê de pelo menos mil reais, e o meu dois mil. O hotel já tem todas as despesas pagas, esqueceu?” Disse voltando a ler a matéria sobre fotografia, como se fosse a coisa mais importante do mundo.

“Ah, é verdade… Não me lembrava disso.” Falou e voltou a ler alguma coisa naquela revista que ela tinha à sua frente.

“Novidade.” Disse rindo pelo nariz e de repente ouço uma voz feminina totalmente robotizada anunciando o nosso voo. Levantamos-nos rapidamente e andamos até ao portão de embarque. Eu estava com a minha bolsa no ombro e uma sacola do Free Shop na outra mão. O que eu comprei? Só uma lembrança de Paris para a minha coleção e um presente para uma amiga.

Passamos pelo portão de embarque e entramos em um daqueles corredores estranhos que iam parar em uma sala de espera. Comprei uma água na máquina e o ônibus enfim chegou. Fomos até ele e nos sentamos. Demorou um pouco para ele partir até ao avião, tinham que esperar todos os passageiros – ou pelo menos aquele paralelepípedo de ferro com quatro rodas estar cheio de gente encapuzada até às orelhas, como dizem por ai.

Ficamos conversando um pouco e por fim partimos. Quando chegamos ao avião, subimos aquela escada móvel e legal, dando de cara com a comissária de bordo na entrada.

“Bem-vindas, posso ver o vosso bilhete?” Ela disse sem tirar o sorriso forçado do rosto. Quando ela olhou para mim – depois de me encarar por mais de dez segundos – arregalou um pouco os olhos, mas tentou parecer normal. Será que eu tinha alguma coisa a mais na cara? Entreguei as duas passagens a ela, que verificou o numero dos assentos e nos indicou o corredor direito. Pegamos os bilhetes de volta e fomos até lá. Sentei-me na janela e Silly sentou-se do outro lado, nos acentos do meio. Isso era ótimo. Não podia ser melhor. Eu me sentava em um lugar com outro vago ao meu lado, isso queria dizer que alguém desconhecido sentaria ao meu lado e eu seria obrigada a ser simpática, e a minha melhor amiga sentava longe de mim. Poderia ser pior? Com certeza não. Conversamos um pouco até um garoto loiro de óculos escuros apareceu, um pouco perdido.

“Com licença, esse é o meu lugar…” Ele falou sorrindo para a Silena, que estava sentada ao meu lado apenas para conversarmos um pouco.

“Ah claro, desculpe.” Ela disse e se levantou rapidamente. Enquanto o garoto colocava a pequena mala de mão no bagageiro, Silly olhou para mim maliciosa e riu. Mandei um dedo do meio um pouco discreto – tenho meus lados mal educados.

O garoto se sentou ao meu lado, verificou alguma coisa em seu celular e sorriu para mim.

“Desculpe perguntar, mas… Você é Primrose Collins?” Ele falou e eu olhei para ele um pouco desentendida, ele riu de minha expressão e fitou a cadeira à sua frente.

“Eu sou sim… Por que pergunta?” Falei ainda um pouco espantada e ele olhou para mim sorrindo novamente.

“Já te vi na TV uma vez…” Ele disse depois de algum tempo pensando. Comprimi os lábios e encarei o lado de fora. O sol estava nascendo, era bem bonito… Pena que tantas lembranças ficaram com ele e só voltam para me atormentar.

“Eu te amo muito meu amor.” Disse ele sorrindo para mim. Olhei para ele e sorri também. Selei nossos lábios mais uma vez e pude perceber mais um sorrisinho vindo de sua parte.

“Eu também te amo muito anjinho.” Sussurrei em seu ouvido e ele me abraçou, acabando por nos fazendo cair na areia e rir.
Estávamos ali, os dois, felizes vendo o por do sol nas areias do Rio Sena sem nos preocuparmos com o mundo ao nosso redor. Jogando conversa fora como se não houvesse amanhã.

“Você está bem?” O garoto ao meu lado – que ainda não sabia o nome – fez-me acordar para o mundo real. Olhei para o lado enxugando as lágrimas que caíram anteriormente e sorri assentindo. Ele retribuiu o sorriso ainda um pouco desconfiado, mas voltou a ler a revista do avião. Respirei fundo uma vez mais e fechei os olhos. Eu sabia que tinha que estar preparada para qualquer surpresa, mas eu não estava preparada. É difícil dizer adeus, mas é muito pior dizer olá outra vez… Parecia ontem que havia visto seu rosto. Parecia ontem que estava tudo bem entre nós e estávamos felizes por eu ter conseguido entrar na faculdade. Parecia ontem que eu cheguei a casa e me senti a pior pessoa do mundo por ter brigado com ele. Não haveria nada que eu não fizesse para ouvir sua voz novamente, de ter mais uma chance de olhar em seus olhos e beijá-lo, como se fosse a primeira vez. Pensava muito que era egoísmo da minha parte, porque na verdade eu estava orgulhosa por ele ter conseguido realizar o seu maior sonho. Eu apenas não estava orgulhosa do que ele se tornou e do que ele fez comigo. Nós tínhamos uma vida e um futuro, onde isso tudo poderia ter ido parar?




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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Espero mesmo que siiiiim!
Algumas leitoras tem me perguntado quando eu vou postar a segunda temporada de IWYWH, Don't Forget. Então lindas, eu vou postar quando eu acabar essa ok? Isso deve levar um mês e meio talvez, com mais uma pausa, em resposta concreta: dois meses.
Enfim, obrigada pelos reviews do ultimo capitulo, e continuem mandando e lendo a fanfic ok? Responderei com todo o carinho a qualquer pergunta ou comentário.
:) xx.



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